Para inicio de conversa, todos sabem que existem falhas humanas na Igreja, afinal, ela é humana e divina. E apontar falhas com imparcialidade, sem deturpação da verdade, é plenamente aceitável.
O tiroteio, agora, é contra o Papa Bento XVI. Querem desacreditar a ICAR e o seu chefe saboreando gulosamente o tema “pedofilia”.
Sabemos que a prática da pedofilia é um mal presente em muitos segmentos familiares , sociais , religiosos , artísticos , etc. sobre cujo tema falarei oportunamente.
Vejo alardes em torno de informações de abusos sexuais com adolescentes que teriam ocorrido em alguns países, inclusive no nosso, com acusações contra padres e bispos , fatos que teriam acontecido na atualidade e até há 30, 50 ou 60 anos atrás desenterrados como se fossem de hoje . E para alguns deles, o Papa Bento XVI que não foi autor de nenhum desses crimes é chamado a atenção por fatos da sua alçada junto a Congregação para a Doutrina da Fé há décadas quando ainda era o Cardeal Ratzinger e Prefeito desde 1981.
Basta acompanhar alguns informativos imparciais para se convencer de que dentro de um volume de denúncias sobre abusos sexuais , uma ínfima parcela é, verdadeiramente, atribuída a clérigos . Apesar de não se justificar essa conduta mesmo que fosse de um só, esquecem da mesma prática por pastores evangélicos e de outras crenças conforme páginas da Internet, no momento silenciadas nos jornais e televisão .
Seria preciso mais do que ler noticias deturpadas e festejar em cima delas. Precisaria retroagir às épocas dos fatos , conhecê-los bem para opinar com segurança .
E o Papa virou alvo mesmo sem ter qualquer envolvimento pessoal com a pedofilia. O que tinha de agir e decidir como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé , antes de ser Papa , o fez corretamente , e agora , como chefe da ICAR, a sua posição contra o abuso sexual por clérigos é firme , definida e incontestável, e com coragem e humildade pede perdão em nome da Igreja por aqueles que realmente foram ou são culpados por tal delito.
Também eu tenho algumas contrariedades com relação a certas decisões pessoais do clero , e pode-se até discordar de algumas decisões suas com relação à direção eclesiástica, mas nem por isso posso deixar galopar desembestadas informações distorcidas contra a integridade de um chefe de Igreja cuja biografia o coloca no rol dos mais cultos, nobres e zelosos religiosos do Cristianismo.
Repudie-se o mal onde ele se encontrar , mas estejamos atentos contra o fermento da infâmia e dos interesses escusos . (Mc 8,15).
Diac. Narelvi
Publicado no Jornal MC Litoral Edição de abril/maio 2010
Pedofilia: O então Cardeal Ratzinger, ao ser escolhido Papa, optou pelo título "Bento VI" em referência a Bento de Nursia, considerado o patrono da Europa em vista da preservação do cristianismo diante das ameças que povos não cristãos impunham à civilização de sua época. É considerando, assim, um protetor do cristianismo (do catolicismo) ao seu tempo.
ResponderExcluirCertamente, o Cardeal Ratzinger, ao referir "Bento", sinalizou que a sua missão seria proteger a Igreja do ataque dos oponentes. É o que estamos vendo acontecer. A escolha do Papa, mais uma vez, demonstra ser influenciada pelo Espírito Santo.