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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

MEUS 13 ANOS DE DIACONO

Santuário Nossa Senhora da Salette, Curitiba
           Estou completando hoje,  13 anos da minha ordenação diaconal.   
No ano de 1997 passei a participar como paroquiano da Paróquia de Nossa Senhora da Salette, de Curitiba, onde fui acolhido pelos Saletinos na pessoa do Pe. Anacleto Ortigara e uma comunidade maravilhosa.
            Naquela época, com autorização de Dom Alfredo Novack, então bispo de Paranaguá,  passei a frequentar a Escola Diaconal São Filipe, de Curitiba, até que no dia 28/11/1999 recebi das mãos de Dom Moacyr José Vitti, com a concordância de Dom Alfredo, a minha ordenação no grau do diaconato (permanente), incardinado na Arquidiocese de Curitiba e provisionado na Paróquia da Salette onde oficialmente permaneço.
            Entretanto, por circunstâncias, quando a diocese de Paranaguá recebeu novo bispo o Dom João Alves dos Santos, e colocando nele esperança para a realidade do diaconato permanente,  tomei a iniciativa de retornar à paróquia de Morretes e diocese de Paranaguá, não como diácono, mas na expectativa de ser aceito e incardinado com vista à Paróquia de Nossa Senhora do Porto de Morretes onde resido, fui batizado, casei, e batizamos nossos filhos e netos e ainda como leigo, participei intensamente das atividades religiosas, pastorais e como MESCE - Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucaristica,  além do fato de que nessa paróquia existe muito trabalho pastoral a ser desempenhado especialmente por diáconos.
Apresentei pedido de incardinação no ano de 2007 e ainda  aguardo.
Apesar de estar colaborando esporadicamente desde 2007 com o pároco da paróquia do Senhor Bom Jesus dos Perdões, em Guaraqueçaba, da diocese de Paranaguá, com a anuência do Revmo. bispo da diocese, encontro-me na maior ociosidade ministerial olhando o tempo passar, sofrendo pelo desejo de servir e da própria necessidade da Igreja que vê o enorme numero de católicos que se afastam buscando outras religiões, pelos jovens ausentes, pela urgencia de se ampliar a formação religiosa,  e com o impacto de uma desnecessária espera como um lutador idealista por Jesus Cristo e sua Igreja que mesmo consciente de que sozinho sou insuficiente, apesar dos meus já 71 anos de idade, poderei somar e alguma coisa ainda oferecer pelo Reino, embora não com tanto vigor como antes.
Agradeço a Deus pelo chamado. Agradeço quando o Pe. Anacleto, em nome da comunidade, afirmou ao bispo ordenante que eu fui considerado digno. Agradeço a minha família e a todos os que participaram e estimularam a minha  vocação e estiveram presentes na minha ordenação. Agradeço aos meus amigos e irmãos que acompanham o meu blog.
Confio em Dom João que já manifestou o sua intenção de me incardinar logo na diocese e que essa é a vontade de Deus, um anseio meu e dos católicos morretenses.  
Obrigado, Senhor.
Diac. Narelvi. 

domingo, 25 de novembro de 2012

BREVE INFORMAÇÃO SOBRE O ROTARY CLUB DE MORRETES

http://www.nossolitoraldoparana.com.br/imagens/thumb.php?imagem=../imagens/comunidade/phpnlLkmC_991699234.jpeg&width=600&height=400 
ROTARY INTERNACIONAL:

“Paul Harris, depois de peregrinar por vários lugares, se fixa em Chicago como advogado. Aluga um pequeno conjunto de escritórios, equipa-os, escolhe um deles e subaluga os demais.
Conhece vários empresários e pensa que seria interessante reuni-los em um ambiente informal de amizade e companheirismo, com a vantagem de cada um representar um ramo da atividade.
Assim em 23 de fevereiro de 1905, reuniu cinco companheiros que se encontravam regularmente com a finalidade de troca de informações e companheirismo e procura de novos nomes para o clube.
Paul sugeriu que se desse uma denominação para o novo clube. Chegou-se a conclusão que deveria se dar o nome de ROTARY, já quem as reuniões se dava em esquema rotativo. Estava criada a célula de Rotary Club. Acreditamos que Paul jamais pensou que aquela célula sofresse um processo de cissiparidade e se transformasse nesse organismo gigante que é hoje o ROTARY INTERNACIONAL.
Inicialmente a finalidade era para desenvolver o companheirismo, mas a idéia evoluiu e o Rotary passou a ser um clube de serviço social em prol da comunidade, pois achavam os fundadores que não poderiam ser egoístas e pensarem apenas em si mesmo, surgindo daí o lema maior de Rotary: “DAR DE SÍ ANTES DE PENSAR EM SÍ”.
Em 1923 chegou ao Brasil na cidade do Rio de Janeiro e expandiu-se pelos estados e municípios.

O ROTARY CLUB DE MORRETES-PARANÁ

FUNDADORES: Em novembro de 1972, os senhores Ivan Campos Bortoleto, Rogério Bacellar,Luiz Dílson Pinto, Gaelzer Pereira Gomes, Foed Saliba Smaka, José Daher, Aramiys Zanardi, Eric Jouber Hunzicker, João Pinto Veloso, Alaor Silvério, Josemar B. Silvério, João Batista Freitas, Honilson Madaloso, Sidney Antunes de Oliveira, Basilio C. Y. Bufara, José J. Paraná Fagundes, Moacyr França, Vitório Robassa, Ari Zanusso, Antenor V. Zambon, Narelvi Carlos Malucelli, José Ramos May, Lauro Consentino e João Jazar, se reuniram e fundaram nesta cidade de Morretes o ROTARY CLUB DE MORRETES que assim como os demais tem como Objetivo:
“Estimular e fomentar o Ideal de Servir como base de todo empreendimento digno, promovendo e apoiando:
Primeiro. O desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidade de servir;
Segundo. O reconhecimento do mérito de toda a ocupação útil e a difusão das normas de ética profissional;
Terceiro. A melhoria da comunidade pela conduta exemplar de cada um na sua vida pública e privada;
Quarto. A aproximação dos profissionais de todo o mundo, visando a consolidação das boas relações, da cooperação e da paz entre as nações.
Nestes 38 anos de existência nosso Rotary tem desenvolvido ações eficazes em prol de nosso Município.
Acreditamos que já teria valido a pena a fundação de nosso Rotary com a participação nas Campanhas de Vacinação contra a Poliomielite, campanhas estas que foi mundialmente iniciada pelo Rotary Internacional e que praticamente erradicou a doença a nível mundial. A seguir mais algumas realizações sociais realizadas pelo Rotary Club de Morretes:
Construção de três salas de aula no complexo do Colégio Estadual Rocha Pombo; campanha para aquisição de uma ambulância para a Secretaria de Saúde do Município, envolvendo toda a comunidade; ”Projeto Sabiá”, em parceria com os demais Rotaris do Distrito 4730 e Prefeitura Municipal de Morretes, quando foram distribuídas mudas de juçara e espalhadas sementes na mata atlântica(realizada por três vezes); bolsa escola pra alunos carentes da rede de ensino da Prefeitura Municipal; enxovais para o Hospital e maternidade de Morretes, trabalho efetivado pela Associação de Senhoras de Rotarianos; Várias campanhas natalinas e distribuição anual de cobertores para população carente; aquisição de uma máquina de raios X para o Hospital, etc., etc., etc.” (fonte email)
 

CRISTO, REI DO UNIVERSO




REFLEXÃO DOMINICAL – 34º DTC
Ano   B - 25.11.12
Dn 7,13-14; Ap 1,5-8; Jo 18,33b-37

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
             Encerramos hoje o ano litúrgico B baseado no Evangelho de São Marcos. E como acontecerá um dia, tudo se concluirá com a vitória de Jesus. Por isso que neste ultimo dia Jesus é festejado como Rei do Universo.
            É momento para antes de proclamarmos Jesus como Cristo Rei, refletirmos sobre que proveito nos trouxe as leituras bíblicas do Ano B, os Evangelhos dominicais, e as reflexões que tivemos.
            Meus irmãos e irmãs, teriam sido proveitosas as minhas reflexões? Foram enriquecidos pelas homilias dos nossos pregadores nas Santas Missas e fora delas?  Afinal, os dois maiores momentos da Missa são a Eucaristia e a Palavra.   A Eucaristia é milagre de Cristo que se opera cada vez sendo o sacerdote mero instrumento por força do Sacramento da Ordem. Mas a Palavra que se interpreta e prega na homilia, embora inspirada pelo Espírito Santo, depende muito do preparo e animo do pregador e especialmente do propósito da assembléia dos fiéis que se integram à celebração. Por isso a pergunta que somente você responderá e dependendo da sua conclusão, poderá ou não proclamar o CRISTO REI.  
            Daniel teve uma visão enquanto dormia, a principio terrível, com o mar revolto de onde saiam diferentes feras deformadas e que se transformavam em figuras assustadoras intermediadas com tronos, ancião, veste branca, labaredas de fogo, matança de feras e estraçalhamento de seus corpos e tantas outras assustadoras situações.
            As feras tinham os seus significados, lembrando os reinos que se sucederam no mundo e oprimiram o povo.
            Mas a visão de Daniel termina nos versículos 13 e 14 com alguém vindo entre as nuvens do céu, um homem, não mais as figuras horrendas da profundeza dos mares, mas do céu a quem “foi-lhe dado poder, glória e reino, e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu poder é um poder eterno, que nunca Lhe será tirado. E o seu reino é tal que jamais será destruído”.
            Essa profecia nos apresenta Jesus.

           Em Apocalipse, atribuído a João, cita Jesus como “o soberano dos reis da terra”, como pessoa que nos ama e derramou seu sangue para nos libertar do pecado.  E profetiza a sua volta não somente para os justos mas também para “aqueles que o traspassaram”, isto é, o feriram fisicamente na época e continuam ferindo-o por outros meios ainda hoje.
 O convite é claro: Olhai! Ele vem com as nuvens, e todos os olhos o verão - também aqueles que o traspassaram. Todas as tribos da terra baterão no peito por causa dele. Sim. Amém! Eu sou o Alfa e o ômega', diz o Senhor Deus, 'aquele que é, que era e que vem, o Todo-poderoso”.
         
        No Evangelho, Pilatos atreve-se a perguntar a Jesus: “Tu és o rei dos judeus?” e depois de Jesus questionar o inquisitor responde: “O meu reino não é deste mundo”. Pilatos insiste e Jesus complementa: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade”. 
            Pois é, meus irmãos e minhas irmãs.
            Jesus não se coloca como rei da terra, um administrador político, mas se impõe como um REI MAIOR, que reina sobre todos os reinos humanos.
            Jesus voltará um dia, mas que para esse dia aconteça em plenitude e todos sejam acolhidos por Ele, precisamos nos organizar já. Podemos dizer que enquanto não chega esse futuro, já estamos sentindo a presença de Jesus em nossas vidas em decorrência da sua primeira vinda natalícia e contamos com Ele que se faz presente no meio de nós, nos corações de cada um na medida das nossas condutas humanas, no trato  com os irmãos; na forma como lidamos com os nossos liderados, as nossas famílias; nas leituras e obediências bíblicas, na religião, nas Missas e nos Sacramentos . . .
            Diante de tantos sofrimentos físicos, morais, psicológicos e maldades presentes em nossa pobre sociedade com assassinatos por mero prazer, assaltos, drogas, infidelidades, abortos, uniões não consagradas, avacalhações do matrimônio e da religiosidade, corrupções, etc.  não estaremos impedindo ou no mínimo, dificultando a solenidade de hoje do CRISTO REI?
            Irmãos e irmãs, as controvérsias acima existem e não podemos fazer de conta que tudo está indo muito bem. Não seria o caso de dizermos: “Falha nossa. Desculpem!?”
            Entretanto, como felizmente dizem alguns provérbios populares “Nem tudo que  balança cai”,Nem tudo que reluz é ouro”,  principalmente de que “Não há regra sem excepção”, e mais principalmente ainda e que não é provérbio,  que Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz (Jo 18,37),  somos levados a confiar na bondade  da maioria dos corações humanos e de tantos abnegados que dedicam suas vidas buscando o bem dos próximos, servindo a Jesus e sua Igreja, pregando a mansidão e a paz. Por esses, podemos, sim, proclamar Jesus como o CRISTO, REI DO UNIVERSO.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi

domingo, 18 de novembro de 2012

UM FIM DO MUNDO SEM MEDO



REFLEXÃO DOMINICAL
33º DTC – Ano B - 18.11.12
Dn 12, 1-3; Hb 10, 11-14; Mc 13, 24-32

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

         As leituras de Daniel e do Evangelho nos levam a uma visão apocalíptica, profética, isto é, ao futuro, e até tenebroso.
         Falam-nos de angustias, tribulações, escurecimento do sol,  numa lua sem brilho, pensamos até, no “fim do mundo”, levando alguns a pregarem o desespero, a derrota, quando, na verdade, somos chamados para uma vida sã  que leva à santidade.
         Sim, e o próprio Daniel fala numa esperança gloriosa na ressurreição da carne, isto é, daqueles “que dormem no pó da terra” despertando para a vida eterna. Refere-se, evidentemente, ao corpo e não a alma uma vez que a alma não dorme em razão da sua imortalidade e do julgamento particular imediato à morte corpórea.
         A moral das narrações bíblicas é no sentido de que o homem não deve se deixar levar pelo medo do “fim do mundo”, pelas fatalidades e desgraças como se fossem caminhos traçados para o homem percorrer até o final dos tempos.
         A certeza é de que “uns brilharão como o firmamento por toda a eternidade”  e “outros para o opróbrio”. Portanto, a questão é opcional do homem!
         O importante segundo Daniel, é que ensinemos aos homens o caminho da virtude. Os nossos sofrimentos devem nos conduzir a uma esperança num mundo melhor, a mantermos otimismo e confiança em Jesus de que “todos os males chegarão ao fim e um reino de justiça e paz está para surgir” já neste mundo.
         Viver bem o presente é a melhor sugestão. Fazer deste tempo de vida em que vivemos momentos de ternura, de respeito a Deus e ao próximo. Procurar converterem-se diariamente buscando na nossa religiosidade cristã a força necessária para uma vida santa aqui, agora, cuidando-se para o fim do mundo que um dia chegará para cada um com a morte quando, então, a nossa alma viverá em continuação, lá no Céu, aguardando a ressurreição do corpo.
         “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”, diz Jesus. Busquemos ouvi-las e fazer delas nosso método de vida.
         Ninguém sabe quando o fim do mundo acontecerá, mas como somos mortais podemos prever que a nossa presença nesta vida humana é temporária e curta o que nos convida para a busca do Sagrado e a alcançar a santidade por Jesus Cristo enquanto é tempo.
         São Paulo nos ajuda a concluir a reflexão lembrando que Cristo é o sumo sacerdote que com um único sacrifício apagou os nossos pecados passados e nos fortaleceu  contra os pecados futuros oferecendo perdão aos que se arrependem.
         Irmãos e irmãs. Deixem-se levar pela espiritualidade cristã que está em vocês desde o batismo, aproveitando a força do Espírito Santo, e todo o terror de um fim inglorioso desaparecerá. Confie em Jesus.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi       

domingo, 11 de novembro de 2012

MORREMOS UMA SÓ VEZ.


 REFLEXÃO DOMINICAL – 32 DTC – Ano B – 11.11.2012

1Rs 17,10-16; Hb 9,24-28; Mc 12,38-44

Queridos amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

“O Livro de 1 Reis não cita especificamente o nome do seu autor e a tradição diz que foi escrito pelo profeta Jeremias. Provavelmente foi escrito entre os anos 560 e 540 aC.”
“O Livro de 1 Reis tem muitas lições para os fiéis. Nesse livro encontramos uma advertência para que tipos de amigos temos, especialmente no que diz respeito a associações próximas e casamento”
             Essas lições foram inspiradas na forma de vida que levavam os contemporâneos, escritos certamente por inspiração Divina conforme entendeu a Igreja.
            E justamente hoje, vemos uma situação tão antiga, mas que ainda acontece não apenas em nossas comunidades, mas em todo o mundo, com irmãos passando fome, doentes, vivendo na miséria, secas, enchentes, guerras, vitimas de tantos sofrimentos que necessitam de amparos que devem vir de todas as pessoas, individualmente ou dos governos que representam o povo. Mas uma esperança se sobrepõe: a fé em Deus.
            Elias foi um homem de biografia não tão conhecida, a não ser que era um homem de Deus, um profeta, que mesmo talvez não se enquadrando nos exemplos de sofrimentos citados, naquele momento da sua caminhada com destino a Sarepta, sentiu sede e fome.
            Quem o socorre é uma viúva em situação de miséria tal que estava preparando para ela e seu filho um punhado de farinha e um pouco de azeite como uma ultima refeição para depois aguardar a morte por fome. E ela desculpa-se jurando “Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão”.
            Porém, Elias insiste assegurando à pobre mulher que não se preocupasse, preparasse o seu alimento e trouxesse para ele um pãozinho e repartisse a sobra entre ela e o filho citando uma fala de Deus:  “A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até ao dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra”.
            A viúva confiou, e de fato não lhe faltou mais o que comer.
            A lição a ser tirada é que Deus, sempre em primeiro lugar, é quem nos provê em tudo. Mas isso não exclui a participação do homem das necessidades humanas como se bastasse ficar sentado, sem nada fazer, e tudo cairia dos Céus. Afinal, o homem foi sentenciado para o trabalho conforme Gn 3,19.
            Mas a Justiça de Deus e o seu infinito amor estão sempre presentes em todos favorecendo a fraternidade, a ajuda e amparo aos irmãos a tal ponto que o sofrimento humano se supera quando Deus está no coração dos homens.

2ª PARTE

            A nossa realidade presente é a vida nesta terra na certeza de uma nova vida eterna num outro “lugar” que é o Céu.
            O que Elias e tantos outros profetas ensinaram com lições de vida e de esperança num bem maior, se completou com a vinda do Messias que, feito homem, veio habitar neste mundo que não foi feito pelas mãos do homem, mas pelas Mãos de Deus. Por isso podemos chamar esta terra de santuário levando em conta que o santuário por excelência é o próprio Céu onde Jesus sempre se encontrou.
            Os ensinamentos proféticos e confirmados pelo anunciado Jesus, são de que a oportunidade deste mundo usufruindo do dom da vida, é temporário e necessário para a vida nova eterna após a morte.
            Temos, então, na morte, o fiel da balança, o ponto que separa a vida material da vida espiritual. Portanto, a oportunidade é única, porque, em que pese Deus levar em conta os nossos comportamentos durante a vida toda, é no momento da morte quando a alma se afasta para submeter-se ao julgamento imediato e particular de Deus que é selado seu destino no céu ou no inferno.
            São Paulo escrevendo aos hebreus lembra que Jesus está agora na presença de Deus, isto é, ressuscitado advogando a nossa causa, digamos assim, missão que iniciou aqui na terra.
            E faz um lembrete muito importante: Jesus não veio para se oferecer repetitivamente, mas por um único sacrifício, morrendo (como homem) uma só vez.  Até na Santa Missa o Sacrifício de Jesus é o mesmo que não se repete mas se atualiza.
            Irmãos e irmãs. Todos sabem que Jesus veio e morreu na cruz para nos salvar. E que a sua morte foi uma só vez. Logo, não teremos outra oportunidade para alcançar a salvação porque a segunda vinda de Cristo não será para oferecer perdão mas para mostrar a sua Glória, a sua vitória, e no gesto do Juízo Final revelar de forma talvez até festiva, o lado que nesta vida terrestre escolhemos para viver a eternidade no Céu, que a parábola dos talentos revela (Mt 25).
              E como nós igualmente morreremos uma única vez, resta-nos aproveitar do tempo para uma plena conversão para Deus.
            Aqui a doutrina cristã se diferencia e distancia das crenças reencarnacionistas que infelizmente muitos católicos e outros cristãos se deixam contagiar sem saber distinguir a reencarnação da ressurreição praticando o pecado da ignorância e incoerência da fé, visto que a ressurreição de Cristo abriu a ressurreição para todos depois de uma única vida aqui na terra.
            Por isso diz São Paulo que como Jesus destruiu o pecado com o seu próprio e único sacrifício, “O destino de todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento.”

3ª PARTE

            São Marcos, narrando Jesus, adverte sobre o risco de seguirmos homens inescrupulosos que sábios e doutores da Lei, pessoas que deveriam se impor pela humildade e não pela exaltação da sua função legal ou ministerial, se aproveitam sobrepondo-se aos outros com seus poderes e regalias em disputas de espaços, usurpando e prejudicando pessoas simples e cerceando vocações e servidores aptos a exerceram o múnus de servir às causas religiosas e civis. A pior condenação a esses, afirma Jesus.
            E o texto do Evangelho conta que Jesus observou uma viúva bem pobre colocando no cofre do Templo “duas pequenas moedas que não valiam quase nada”, enquanto que ricos depositavam grandes quantias.
            Jesus quis que seus discípulos aprendessem o significado da doação com o exemplo da viúva pobre dizendo: “esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
            O episodio pode ser aplicado não somente nas ofertas em dinheiro, mas também nas disponibilidades de tempo para auxiliar os próximos e para o serviço da Igreja.
            É a célebre desculpa que quase sempre ouvimos: “se eu tiver tempo, irei!”
            Por isso os elogios àqueles que se disponibilizam a doar e a servir na medida do seu coração, sempre encontrando uma forma de estar presente voluntariamente nas necessidades sociais, humanitárias e religiosas.   Deus saberá recompensar.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi

domingo, 4 de novembro de 2012

ALEGRAI-VOS E EXULTAI, PORQUE SERÁ GRANDE A VOSSA RECOMPENSA NOS CÉUS

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE[1]

Inicio com uma questão: Quem e quantos serão salvos?
No Apocalipse João fala num numero imaginário de 144.000 pessoas que seriam marcados para o Céu. E os Adventistas levam à sério esse numero como se fosse exato e verdadeiro o critério de Deus para a Salvação. Puro fundamentalismo sem nenhum cunho de verdade.
Observe, ainda, que se aplicarmos o Ap 14, 3,4 que tem relação com os 144 mil, então o Céu “de primeira classe” estaria reservado apenas para os homens “que não se contaminaram com mulheres: são virgens”. Do que se conclui que as mulheres e os homens não-virgens estariam excluídos dos marcados para o Céu “de primeira classe”. Horrível para os que pensam assim, pois nem para eles haveria espaço suficiente para abrigá-los junto de Deus.
Na verdade, 144 mil é um número simbólico como resultado da operação 12 x 12 x 1000.  12 são as tribos de Israel (os salvos do Antigo Testamento); 12 é o numero dos apóstolos (os salvos do Novo Testamento), portanto, todos os salvos. O 1000 é 103 : 10 x 10 x 10 porque 10 é o número de altíssimo valor e significado eis que reúne nele o 3 (numero perfeito por ser o primeiro composto de ímpar,e por represe3ntar o triangulo, que era uma figura perfeita,com três faces iguais), e o 7 indicava perfeição e totalidade.           Portanto, 144.000 significa uma quantidade ilimitada de almas (pessoas),isto é, o Céu único, o Reino de Deus, é reservado para todos e não apenas literalmente para 144.000.
Gostei do que escreveu Dennis Allan: “Não fique confuso por falsas doutrinas de homens que oferecem a terra quando você pode ter o céu! Ainda há lugar para mais. Sirva o Senhor para que você possa estar entre as multidões que o adoram eternamente na glória do céu”.

2ª PARTE

Hoje, domingo,  a Igreja celebra o dia de todos os Santos que foi na quinta feira passada.
São João, na sua carta, tem toda a razão ao manifestar alegria porque somos Filhos de Deus. “Todo o que espera nele purifica-se a si mesmo, como também ele é puro”.
E como Filhos de Deus que verdadeiramente somos, nos conforta saber que o Céu é de tamanho infinito, como infinita é a bondade do Coração de Jesus e a sua misericórdia, para acolher a todos que neste mundo souberem se manter dignamente cristão, semelhantes a Cristo,  na certeza de que um dia, no dia de todos os Santos, também seremos lembrados como moradores da Casa do Pai como santos.

3ª PARTE:

No Evangelho, Mateus cita a passagem em que Jesus sobe ao monte, olha para a multidão, e discursa as bem-aventuranças.
Deus é onipresente, por isso que Jesus, no monte ou lá do Céu, continua a contemplar a cada um dos seus, nós os pecadores esperançosos da piedade divina que contra as forças do mal nos esforçamos para uma conversão todos os dias.
E descobrimos que esse nosso esforço na busca da Salvação por Jesus Cristo está previsto em cada bem-aventurança que lembra dos pobres em espírito, dos aflitos, dos mansos, dos que têm fome e sede de justiça, dos misericordiosos, dos puros de coração, dos que promovem a paz, dos que são perseguidos, e dos injuriados.  
Jesus não esqueceu de ninguém! Por isto, meus irmãos e irmãs, eu e você também fomos lembrados e o Reino dos Céus nos foi oferecido.
Resta-nos ficar alegres, afinal foi Jesus quem falou: “Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.


[1] RECOMENDO LER NO MEU LIVRO CLICANDO NA FIGURA DA CAPA ESTAMPADA NO BLOG, O TEMA “Salvos. Somente 144.000?” item 35.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

TODOS OS SANTOS E FIÉIS DEFUNTOS



  
          A Igreja lembra nos dias 1 e 2 de novembro, respectivamente todos os Santos e os fiéis defuntos, dia também conhecido por Finados.   São momentos que ensejam meditações profundas sobre a vida depois da morte.

         As Sagradas Escrituras são ricas em citações sobre a santificação, intercessão, comunhão com os mortos, etc.

         “Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não têm esperança." ( 1 Tes 4, 13).

         “Deus não nos chamou para a imoralidade, mas para a santidade”.  (1 Ts 4,7)

         “Que o próprio Deus da paz vos conceda a plena santidade. Que o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados de modo irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” ( 1 Ts 5,23)
         O Catecismo da Igreja Católica no § 2013. «Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade» (68). Todos são chamados à santidade: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48).
         Somos chamados a ser santos. Santos são todos aqueles que morreram  na graça de Deus e estão no Céu, e com eles nos comunicamos através da oração. E se não o vemos, eles nos vêem e intercedem por nós.
         Portanto, santos não são apenas aqueles expostos nas Igrejas ou locais abertos à devoção publica através de imagens que os lembram, e são comemorados em datas escolhidas pela Igreja. Esses são apenas alguns que a Igreja canonizou, isto é, colocou na lista (cânon) dos Santos cuja santidade foi reconhecida. Não significa conforme quem não sabe diz, que os santos “são criados pela Igreja”, visto que na verdade ela apenas reconhece, através de um processo canônico e com a autoridade que tem, que uma determinada pessoa já é santa, já está no Céu desde o momento de sua morte, a exemplo de São Pedro, Santo Antonio, Santa Rita de  Cássia, São Benedito, Santo Frei Galvão, e tantos outros.
         E justamente para lembrar dos santos não canonizados foi que a Igreja instituiu o Dia de Todos os Santos que inclui pessoas inclusive da sua família, se merecedora do Céu.

         No dia de finados todos procuram lembrar dos entes queridos, não necessariamente os católicos, pois que neste dia somos levados a lembrar daqueles que fizeram partes das nossas vidas e nos antecederam na morte, independentemente da crença ou fé que tenham professado, parentes, amigos, conhecidos, namorados, colegas de escola, de trabalho,   enfim, momento de cada um ao seu modo, matar a saudade que sente deles com visitas ao cemitério, lugar de paz. E porque não dizer, para que nos lembremos de que iremos todos para o mesmo lugar: ”somos pó e ao pó voltaremos” (Ec 3,20), e como está em Mt 25,13 “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora”.
         Esforcemo-nos, portanto, para alcançar ainda em vida a perfeição mediante a força que Cristo nos dá, e a morte, então, não será nenhum motivo de medo, de derrota,  mas de glória, pois que é morrendo que se vive para a vida eterna.
Diac. Narelvi