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domingo, 28 de abril de 2013

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS



REFLEXÃO DOMINICAL
  Domingo da Páscoa – Ano C – 28.04.2013
At 14,21b-27; Ap 21,1-5ª; Jo 13,31-33a.34-35
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE
         Mais uma vez encontramos o registro dos Apóstolos Paulo e Barnabé em missão, que mesmo não fazendo parte dos doze foram assim chamados e tinham autoridade episcopal. 
         Relatam o lado muitas vezes difícil de quem anuncia a Palavra de Deus, passando por muitos sofrimentos como esforço para entrar no Reino de Deus.
         A Igreja era nova. Era preciso sacrifícios para fazer chegar ao povo o anuncio da existência de Jesus como Deus e Salvador. O numero dos Apóstolos não permitia alcançar a todos e aos que eram visitados logo ficavam sós, sem amparo religioso devido a partida dos apóstolos.
         Surgiram, então, os diáconos e presbíteros para atendimento de suas comunidades.  Foi por isso que Paulo e Barnabé ordenaram presbíteros para cada uma delas, nos sugerindo a idéia da paróquia de hoje.
         No trecho bíblico, conhecemos a viagem destes apóstolos, partindo de Antioquia passando por diversas regiões e completada a missão retornando para Antioquia onde faziam as suas exposições sobre as atividades pastorais  à comunidade reunida. 
         Hoje nossa Igreja mantém o mesmo apostolado com o Bispo da Diocese e os diáconos e presbíteros nas paróquias. Cada qual fazendo a sua parte no anúncio do Evangelho e prestando contas uns aos outros mediante reuniões e assembléias do clero, e importante, também, nas suas respectivas paróquias dando satisfação e estimulando os fiéis  paroquianos, trocando experiências e chamando a atenção para a responsabilidade que todos têm com a Evangelização e assiduidade e idoneidade na vida religiosa. É a liderança do presbítero como pároco que deve zelar por essa iniciativa como priorização da espiritualidade.
2ª PARTE
         O Apocalipse nos mostra a recompensa pelos sofrimentos que Paulo e Barnabé falam para a conquista do Céu.
         “Um novo céu e uma nova terra”. Não é isso que aspiramos?
         Por quantas turbulências passamos nesta terra. Discórdias, desencontros familiares, depravação sexual, perseguições, estruturas sociais corrompidas, o conceito de família desmoralizado, religiosos dilacerando Jesus, crendices desprovidas de verdade, leis obrigando a distorções morais, e como se não bastasse, religiosos íntegros e grande número de ótimas e bem intencionadas pessoas sendo criticadas no exercício de suas cidadanias e religiosidade.
         Certamente que o bem sempre vence o mal e não podemos achar que tudo está perdido. O conserto está em nossas mãos. São Paulo diz: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” Rm 12,21.
         Estar com Deus sem nunca mais morrer, ficar livre do luto, do choro e da dor, são alguns dos prêmios que Jesus nos permitiu alcançar no Céu, deixando para trás os sofrimentos para gozar a plenitude da felicidade ao lado dos justos.
         Irmãos, isto é possível!  Jesus falou: Eis que faço novas todas as coisas”.
3ª PARTE
         O interessante de tudo isto é que depois do susto das dificuldades, Jesus   dá a receita mais simples para a vitória do bem: Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.”.
         E compactuando com esse amor Jesus encontra uma das expressões mais queridas que já ouvimos e aplicamos: “Filhinhos”, para dizer a seus apóstolos, discípulos e seguidores que estaria por pouco tempo com eles aqui na terra como prenuncio de sua volta para o Céu.
         Ainda hoje Jesus nos trata de “Filhinhos”, expressão de amor paterno e de amizade.
         Saibam perdoar fazendo a sua parte. Amem, e as portas para um novo Céu e uma nova terra estarão abertas para vocês. 
Louvado Seja N.S. Jesus Cristo.
Salve Maria!
Diac. Narelvi

sábado, 27 de abril de 2013

DIA DO SENHOR: SÁBADO OU DOMINGO? Pelo Prof. Alessandro Lima.




Autor: Por Prof. Alessandro Lima.
Apostolado Veritatis Splendor

Publicado em

COMUNIDADE CATÓLICA, APOSTÓLICA ROMANA

 http://comunidadecatolica.wordpress.com/2008/04/09/dia-do-senhor-sabado-ou-domingo/

DIA DO SENHOR: SÁBADO OU DOMINGO?

 Introdução
Pelo fato dos primeiros cristãos terem vindo do judaísmo, desde os tempos apostólicos houve uma certa controvérsia no seio da Igreja Antiga, sobre quais normas dadas por Deus no AT deveriam ou não ser abolidas. A questão torna-se ainda mais grave pelo fato de que os cristãos oriundos do paganismo (gentilidade) são evangelizados sem tomarem conhecimento das observâncias mosaicas. Os primeiros conflitos tornaram-se inevitáveis, obrigando os apóstolos a se reunirem em Jerusalém para tratar de tal questão (At 15).
Neste contexto qual deveria ser o Dia de Adoração a Deus? O Sábado conforme fora transmitido por Moisés e os Profetas, ou o Domingo, dia da Ressurreição? 
A Instituição do Dia de Adoração
Todos sabem que no AT, o Senhor instituiu o Sábado como o Seu dia de adoração. Mas resta a pergunta: por que? Para entendermos o motivo deste mandamento divino, devemos responder às seguintes perguntas: 1) Por que Deus instituiu um dia para o Seu culto? 2) Por que o Sábado (Shabath) foi escolhido para ser este dia?
A resposta para a primeira pergunta encontramos no livro do Deuteronômio, onde lemos: “Lembra-te de que foste escravo no Egito, de onde a mão forte e o braço poderoso do teu Senhor te tirou. É por isso que o Senhor, teu Deus, te ordenou observasses o dia do sábado” (Dt 5,15).
Como vemos a observância de um dia de adoração está relacionada à libertação que o Senhor proporcionou ao povo Hebreu, quando o tirou do cativeiro no Egito. Deus manifesta-se como o libertador de Seu povo, manifestando todo o Seu Poder e Glória, como verificamos no envio das pragas (cf. Ex 8;9;10;11) e depois ao separar o Mar Vermelho (cf. Ex 14,21-31) para que Israel pudesse finalmente se ver livre do julgo do Faraó.
O Deus libertador é aquele que guia o Seu Povo à Terra Prometida. Devemos perceber aqui que a libertação promovida pelo Senhor da escravidão do Egito é prenúncio da libertação que Cristo posteriormente promoverá da escravidão do pecado, nos conduzindo à Jerusalém Celestial.
Quanto à segunda pergunta, a resposta encontramos no livro do Êxodo: “Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que contêm, e repousou no sétimo dia; e por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o consagrou” (Ex 20,11; cf. Gn 2,3).
Por esta razão no dia da libertação, o homem também deveria livrar-se do trabalho secular (cf. Am 8,5; Ex 34,21; 35,3; Ez 22,8; Jr 17,19-27; Dt 5,12-14); no dia em que Deus manifestou o Seu Amor pelo povo, o povo também manifestaria o seu amor por Ele (Lv 23,3; Lv 24,8; 1Cr 9,32; Nm 28,9-10; Is 1,12s). Isto lembra as palavras de São João: “Nós amamos, porque Deus nos amou primeiro” (1 Jo 4,19).
Depois do que foi exposto, podemos identificar a dupla raiz da instituição do Dia de Adoração:
1)       O dia da salvação do povo de Deus conforme Dt 5,15;
 2)       O dia da plenitude da criação cf. Ex 20,11; pois o Senhor cessou o seu trabalho (a criação do mundo) no sétimo dia, por que ele foi terminado no sexto dia. Deus não se cansa, caso contrário não seria Deus. O “descanso” ou “repouso” de Deus refere-se à cessão do Seu Divino trabalho. Shabath (Sábado) significa “cessão”, “término de alguma atividade”. Por isso, o Sétimo Dia também é o dia da Plenitude da Criação e não do “descanso” de Deus.

 Jesus, o Sábado e o Domingo

Com o passar do tempo, os Judeus deturparam a observância do Sábado. Eles se esqueceram das raízes espirituais desta divina observância, e se prenderam apenas à letra.
Na época de Jesus, 39 tipos de trabalho eram proibidos. Entre eles colher espigas (cf. Mt 12,2), carregar fardos (Jo 5,10), etc. Os doentes só podiam ser atendidos em perigo iminente de morte, motivo pelo qual se opuseram a Jesus, que curava aos sábados (cf. Mt 12,9-13; Mc 3,1-5; Lc 6,6-10; 13,10-17; 14,1-6; Jo 5,1-16; 9,14-16).
O Senhor contra os fariseus afirmou: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” (Mc 2,27). Por isso, declarou que era o Senhor do Sábado (Mc 2,28) e foi incriminado pelos doutores da Lei (Jo 5,9), ao que respondeu que nada mais fazia senão imitar o Pai que, mesmo tendo cessado a criação do mundo, continuou a governá-lo e também aos homens (Jo 5,17).
Alguns cristãos acreditam que neste momento Jesus estava abolindo a observância do Sábado. Os sabatistas contra-argumentam dizendo que não; que Jesus estava era resgatando o sentido espiritual (a verdadeira raiz) desta divina observância. E neste ponto eles estão com toda razão.
Entretanto, os sabatistas enganam-se em pensar que a divina observância do Dia de Adoração, estaria para sempre fixada no Sábado.
Eles argumentam que o Sábado é perpétuo. Se isto fosse verdade, significaria que toda Lei Levítica (circuncisão, páscoa, incenso, sacerdócio, etc) também seria perpétua. Por exemplo, em Ex.12:14 está declarado que a páscoa terá de ser observada “por suas gerações” e “para sempre”, exatamente como é dito sobre o Sábado. A oferta de incenso também é dita como perpétua (Ex.29:42). Lavagem de mãos e pés também (Ex.30:21).
Quando o Senhor afirma que o Sábado é perpétuo, não está se referindo à fixação do sétimo dia como dia de Adoração, mas refere-se ao Seu acordo, à Sua fidelidade para com a humanidade.
É o próprio Deus que através dos Profetas do AT anuncia que Seu Acordo se dará de uma nova forma: “Eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que farei um pacto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá, não conforme o pacto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, esse meu pacto que eles invalidaram, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniqüidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados” (Jr.31:31-34) (grifos meus).
O pacto da Antiga Aliança seria substituído por um Novo, onde o primeiro foi apenas uma figura do segundo que é Eterno (cf. Hb 9 ). Neste Novo pacto, o Senhor instituiria um novo dia para Sua Adoração, pois em um novo dia Ele iria salvar o seu Povo para sempre, conforme profetizou Oséias: ”Farei em favor dela [Sua nova nação, a Igreja], naquele dia, uma aliança, com os animais selvagens, com as aves do céu e com os répteis da terra: farei desaparecer da terra o arco, a espada e a guerra e os farei repousar em segurança. Então te desposarei para sempre; desposar-te-ei conforme a justiça e o direito, com misericórdia e amor. Desposar-te-ei com fidelidade, e tu conhecerás o Senhor” (OS 2,20-22) (grifos meus).
O Senhor Jesus não aboliu a observância do Sábado em seu debate com os fariseus. Ele o fez após cumprir o anúncio dos Profetas, morrendo na Cruz e ressuscitando no primeiro dia da semana: Domingo.
Na Antiga Aliança, o Sábado foi estabelecido como o Dia de Adoração, pois foi o Dia da Libertação (cf. Deut 5,15) e o Dia da Plenitude da Criação (cf. Ex 20,11).
Na Nova e Eterna Aliança, o Domingo é estabelecido como o Novo Dia de Adoração, pelas mesmas razões: é o Dia em que o Senhor nos salvou do cativeiro do pecado e o Dia em que ressurgindo da Mansão dos Mortos, cessou o trabalho em Sua nova Criação (a natureza humana incorruptível). Desta forma, o Domingo também é o Dia da Libertação e da Plenitude da Criação.
A própria carta aos Hebreus acentua a índole figurativa do sábado, afirmando que o repouso do sétimo dia era apenas uma imagem do verdadeiro repouso que fluiremos na presença de Deus (cf. Hb 4,3-11). Onde no Sábado estava a figura (o prenúncio), no Domingo está a concretização. O Domingo é o Sábado eterno.

O Testemunho de Cristo, dos Apóstolos e do Espírito Santo

Jesus aparece à primeira vez aos Apóstolos no domingo, no dia da Ressurreição. Imaginem a alegria que os Apóstolos sentiram ao ver o Senhor Ressuscitado! Sobre isto escreveu o Salmista: ”A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça da esquina. Foi o Senhor que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos. Este é o dia que fez o Senhor; regozijem-nos e alegremo-nos nele” (Sl 118,22-24). Ora, Jesus se tornou a Pedra Angular no dia em que Ressucitou, o dia da Ressurreição ”foi o Dia que o Senhor fez“.
Conforme o Profeta Jeremias, em Seu novo pacto, o Senhor promete escrever a Sua Lei no interior e no coração dos homens. E conforme Ozéias, no dia em que isto acontecer, os homens O conhecerão. Ora, isto se cumpre exatamente num Domingo, quando o Espírito Santo é dado aos Apóstolos (cf. Jo 20:19-23; At 2,1-4); pois é o Espírito Santo que nos convence da vontade de Deus.
A segunda aparição do Senhor aos discípulos não é no Sábado, mas no novo “dia que o Senhor fez” (cf. Sl 118,24), isto é, no Domingo (cf. Jo 20:26), dia em que Tomé o adora como Deus (cf. Jo 20:29). Talvez temos aqui a primeira adoração cristã a Deus no dia de Domingo.
O Culto Cristão acontece no domingo (cf. At 20:7; 1Cor 16:2). Os Sabatistas alegam que a “Ceia do Senhor” não era uma reunião de culto. A Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios mostra claramente que a reunião da “Ceia do Senhor” era uma reunião de culto. Basta verificar os capítulos 11 a 16.
No entanto muitos cristãos se viam tentados a judaizar, isto é, a observar as prescrições da Lei Mosaica. Os Gálatas era um exemplo e por causa deles São Paulo dirige-lhes uma epístola exatamente para tratar desta questão. E vejam a bronca que o Apóstolo dá neles: “Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou a vós, ante cujos olhos foi apresentada a imagem de Jesus Cristo crucificado? Apenas isto quero saber de vós: recebestes o Espírito pelas práticas da lei ou pela aceitação da fé? Sois assim tão levianos? Depois de terdes começado pelo Espírito, quereis agora acabar pela carne?” (Gl 3,1-3).
Quem ainda duvidar de que São Paulo também estava se referindo à observância do Sábado, então veja o que ele escreveu aos Colossenses: “Que ninguém vos critique por questões de comida ou bebida, pelas festas, luas novas ou sábados. Tudo isso nada mais é que uma sombra do que haveria de vir, pois a realidade é Cristo” (Cl 2,16-17) (grifos meus).
São Paulo confirma que o Antigo acordo (que incluía a observância do Sábado) foi substituído pelo Novo acordo cumprido pela Morte e Ressurreição do Senhor Jesus (que inclui agora o Domingo como o Dia do Senhor).
Mais uma confirmação Bíblica de que o Domingo é o Dia do Senhor, está no Livro do Apocalipse. Em Ap 1,10 São João escreve: “Num domingo, fui arrebatado em êxtase, e ouvi, por trás de mim, voz forte como de trombeta”. A expressão que no português está como “num domingo” no original grego está “té kyriaké hémerà“, que significa “No Dia do Senhor”. Ora, aqui São João está dizendo que no Domingo, que é Dia do Senhor, Deus lhe deu uma revelação. Se o Domingo não é o Dia do Senhor, por que São João assim o indicou no Livro do Apocalipse?

Testemunhos dos primeiros cristãos

A Igreja do período pós-Apostólico, também confirmou a doutrina do Novo Dia de Adoração que recebeu dos Apóstolos. Vejamos alguns exemplos:
Reúnam-se no dia do Senhor [= dominica dies = domingo] para partir o pão e agradecer, depois de ter confessado os pecados, para que o sacrifício de vocês seja puro” (Didaqué 14,1 – primeiro catecismo cristão, escrito no séc. I, mais precisamente no ano 96 dC) (grifos meus).
Santo Inácio, Bispo de Antioquia, que segundo a Tradição foi a criança que Cristo pegou no colo em Mc 3,36, também confirma a Doutrina Apostólica do Domingo: “9. Aqueles que viviam na antiga ordem de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte. Alguns negam isso, mas é por meio desse mistério que recebemos a fé e no qual perseveramos para ser discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre. Como podemos viver sem aquele que até os profetas, seus discípulos no espírito, esperavam como Mestre? Foi precisamente aquele que justamente esperavam, que ao chegar, os ressuscitou dos mortos. 10. Portanto, não sejamos insensíveis à sua bondade. Se ele nos imitasse na maneira como agimos, já não existiríamos. Contudo, tornando-nos seus discípulos, abraçamos a vida segundo o cristianismo. Quem é chamado com o nome diferente desse, não é de Deus. Jogai fora o mau fermento, velho e ácido, e transformai-vos no fermento novo, que é Jesus Cristo. Deixai-vos salgar por ele, a fim de que nenhum de vós se corrompa, pois é pelo odor que sereis julgados. É absurdo falar de Jesus Cristo e, ao mesmo tempo judaizar. Não foi o cristianismo que acreditou no judaísmo, e sim o judaísmo no cristianismo, pois nele se reuniu toda língua que acredita em Deus ” (Carta de Santo Inácio de Antioquia aos Magnésios. 101 d.C.) (grifos meus).
Como se vê o discípulo pessoal de São Paulo confirma a doutrina que recebeu do Mestre, conforme este mesmo expôs aos Gálatas (Gl 1;3) e aos Colossenses (Cl 2,16-17).
Outro testemunho do séc II sobre o Domingo é de Justino de Roma, vejamos:
67. Depois dessa primeira iniciação, recordamos constantemente entre nós essas coisas e aqueles de nós que possuem alguma coisa socorrem todos os necessitados e sempre nos ajudamos mutuamente. Por tudo o que comemos, bendizemos sempre ao Criador de todas as coisas, por meio de seu Filho Jesus Cristo e do Espírito Santo. No dia que se chama do sol, celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou nos campos, e aí se lêem, enquanto o tempo o permite, as Memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas. Quando o leitor termina, o presidente faz uma exortação e convite para imitarmos esses belos exemplos. Em seguida, levantamo-nos todos juntos e elevamos nossas preces. Depois de terminadas, como já dissemos, oferece-se pão, vinho e água, e o presidente, conforme suas forças, faz igualmente subir a Deus suas preces e ações de graças e todo o povo exclama, dizendo: ‘Amém’. Vem depois a distribuição e participação feita a cada um dos alimentos consagrados pela ação de graças e seu envio aos ausentes pelos diáconos. Os que possuem alguma coisa e queiram, cada um conforme sua livre vontade, dá o que bem lhe parece, e o que foi recolhido se entrega ao presidente. Ele o distribui a órfãos e viúvas, aos que por necessidade ou outra causa estão necessitados, aos que estão nas prisões, aos forasteiros de passagem, numa palavra, ele se torna o provedor de todos os que se encontram em necessidade. Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos. Com efeito, sabe-se que o crucificaram um dia antes do dia de Saturno e no dia seguinte ao de Saturno, que é o dia do Sol, ele apareceu a seus apóstolos e discípulos, e nos ensinou essas mesmas doutrinas que estamos expondo para vosso exame” (Justino de Roma 155 d.C, I Apologia cap 67) (grifos meus).
No tempo de Justino os cristãos eram ferozmente perseguidos e acusados das mais variadas calúnias. Justino que era responsável por uma escola de estudos bíblicos, escreve uma apologia (defesa) ao Imperador em favor dos cristãos. Por isso, ele ao se referir ao domingo utiliza a expressão “dia do sol”, pois era no primeiro dia da semana que os pagãos adoravam o sol.
Podemos verificar aqui mais uma vez que a “Ceia do Senhor” não era uma mera reunião de confraternização, mas uma celebração de culto a Deus.
Ainda do segundo século temos o testemunho do advogado cristão Tertuliano, que escreveu muitas obras para as autoridades romanas em defesa dos cristãos perseguidos:
Outros, de novo, certamente com mais informação e maior veracidade, acreditam que o sol é nosso deus. Somos confundidos com os persas, talvez, embora não adoremos o astro do dia pintado numa peça de linho, tendo-o sempre em sua própria órbita. A idéia, não há dúvidas, originou-se de nosso conhecido costume de nos virarmos para o nascente em nossas preces. Mas, vós, muitos de vós, no propósito às vezes de adorar os corpos celestes moveis vossos lábios em direção ao oriente. Da mesma maneira, se dedicamos o dia do sol para nossas celebrações, é por uma razão muito diferente da dos adoradores do sol. Temos alguma semelhança convosco que dedicais o dia de Saturno (Sábado) para repouso e prazer, embora também estejais muito distantes dos costumes judeus, os quais certamente ignorais” (Tertuliano 197 d.C. Apologia part.IV cap. 16) (grifos meus).
Tertuliano como escreve para os pagãos, também se refere ao primeiro dia da semana como “o dia do sol”. Ele é testemunha que nestes dia os cristãos não adoravam o sol, mas a Cristo.
Do terceiro século temos o testemunho de Hipólito de Roma, que também confirma a Tradição Apostólica de celebrar o culto cristão no Domingo: “No domingo pela manhã, o bispo distribuirá a comunhão, se puder, a todo o povo com as próprias mãos, cabendo aos diáconos o partir do pão; os presbíteros também poderão parti-lo. Quando o diácono apresentar a eucaristia ao presbítero, estenderá o vaso e o próprio presbítero o tomará e distribuirá ao povo pessoalmente. Nos outros dias, os fiéis receberão a eucaristia de acordo com as ordens do bispo” (Hipólito de Roma 220 d.C Tradição Apostólica part III) (grifos meus).
 Conclusão
A fundadora do Adventismo do Sétimo Dia, a senhora Ellen G. White, afirmava em seus escritos que a instituição do Domingo como dia do Senhor, era invenção do Papado, e quem observasse este dia com Dia do Senhor receberia a marca da Besta. Por esta razão alguns Adventistas (acreditando mais na senhora White do que na Bíblia, nos Apóstolos, no Espírito Santo e nos cristãos dos primeiros séculos) têm procurado fundamentar esta afirmação pesquisando onde o Papado teria feito tal instituição.  O melhor que fizeram até agora foi afirmar que o Papado substituiu o Dia do Senhor de Sábado para Domingo durante o Concílio de Laodicéia na Frigia, realizado em 360.
O Concílio de Laodicéia apenas confirmou a doutrina apostólica da observância do Domingo contra os cristãos judaizantes. Este Concílio não foi Geral, mas Local, e por esta razão, não envolveu o Bispo de Roma e nem tinha o poder de alcançar a Igreja inteira espalhada pelo mundo.
Devemos lembrar que os decretos contra os cristãos judaizantes foram instituídos pelos Apóstolos durante o Concílio de Jerusalém (cf. At 15). Conforme já expomos, estes decretos não favoreciam a observância do Sábado como Dia do Senhor.
Os Bispos de Jerusalém sempre foram fiéis a estes decretos, conforme podemos observar no testemunho de São Cirilo, Bispo de Jerusalém: “Não ceda de forma alguma ao partido dos Samaritanos, ou aos Judaizantes: por Jesus Cristo de agora em diante foste resgatado. Mantenha-se afastado de toda observância de Sábados, sobre o que comer ou como se purificar. Mas abonime especialmente todas as assembléias dos perversos heréticos” (São Cirilo de Jerusalém. Carta 4, 37) (grifos meus).
Então, devemos ficar com o testemunho de Ellen G. White ou com o testemunho de Jeremias, Oséias, Jesus, Espírito Santo, dos Apóstolos e dos primeiros cristãos?
LIMA, Alessandro. Apostolado Veritatis Splendor: DIA DO SENHOR: SÁBADO OU DOMINGO?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/3948. Desde  28/8/2006.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

NÃO FAÇAMOS DE NOSSA FÉ, MEMORIAL DO DIABO

Diac. Narelvi
Sei que o assunto não é muito simpático, mas resposta é resposta, em defesa da fé. É a lição do Evangelho.
O que me leva a tocar nesse assunto é a badalação, o apego exagerado ao diabo como se ele reinasse a nossa vida, e também por confundirem imagens de santos com materialização do demônio.

Queremos aqui, mais fortalecer a confiança em Deus do que prestigiar e enaltecer o diabo, e mostrar o que nós católicos pensamos sobre as imagens.
O motivo desta intervenção é considerar a promoção e credibilidade exageradas que muitas denominações “evangélicas” estão dando para o diabo. Até parece que a engrenagem movedora de suas pregações é o demônio que os inspiram a motivar seus membros a ter medo de tudo o que vem de fora de seus centros religiosos, principalmente do catolicismo contra quem centralizam seus bombardeios.
Você tem medo do diabo?
         Pois é, reconhecemos que o demônio existe e pode exercer influências negativas nas pessoas, pois o diabo é um anjo mal e foi ele quem instigou o homem a pecar. Admitimos também que o diabo pode ocupar coisas e objetos e até pessoas para por em prática suas tentações.
         Chamou-me a atenção um dos programas evangélicos de TV que as vezes acompanho pela curiosidade dos temas abordados (alguns proveitosos), com a participação de pastores que quase sempre  coerentemente com a livre interpretação da bíblia se desencontram em suas opiniões.
         Um dos que assisti versava sobre Os demônios podem se materializar?”
         Acabei por me deparar com um debate defendendo a presença do diabo praticamente em tudo, materializando-se em animais, plantas e imagens para justificar a maldade e o pecado. Tema interessante quando abordado com seriedade e sem fundamentalismo ou fanatismo.
         Mas o assunto foi sendo direcionado para as imagens, e daí para as imagens de santos na Igreja Católica não precisou nem mesmo de um pulo.
         Não perderam tempo e euforicamente passaram a afirmar que todas as imagens eram a materialização do diabo. Que absurdo pecaminoso!
         Um dos participantes, naturalmente sem divergência dos demais, lembrou de uma “imagem de santa”, disse, encontrada num rio, com o corpo num lugar e a cabeça em outro, fazendo de conta que não sabia se tratar da imagem de Nossa Senhora Aparecida, aquela que outro pastor chutou num palco, lembram? Até citou o gesto de levantar a imagem nas mãos, numa alusão ao que se costuma fazer na Igreja Católica.
         E o assunto prosseguiu empolgadamente, e uma das perguntas que fizeram entre si, era de como eles se desfaziam das imagens apresentadas pelos “convertidos”. Quebramos", responderam! “Quebramos para que outros não aproveitem a imagem”. Quanta baboseira e imaturidade cristã e religiosa! É o primeiro sentimento de ódio contra o catolicismo impingido àqueles que abandonam a fé cristã católica: Quebrar as imagens e rasgar estampas de santos como iniciação ao protestantismo. Esse ódio realmente existe embora sutilmente camuflado. Que pena!
         Um dos pastores chegou a supor que a imagem a que se referiu (de N.Sra. Aparecida) muito provavelmente teria sido quebrada propositadamente e jogada no rio por alguém justamente para que a mesma não fosse aproveitada... Meu Deus!
         Aí passei a fazer algumas considerações.
         Primeiro, nunca, em toda a minha vida, presenciei nem soube de ninguém que as imagens de santos existentes na Igreja Católica ou mesmo em casas, tivessem provocado qualquer ação demoníaca. E olhe que são milhares de imagens.
         Também lembrei que nunca presenciei, assim como certamente você, católicos dentro da Igreja participando de celebrações serem possuídos pelo demônio. E já estou com meus 71 anos ...  Seria possível? Sim, mas de probabilidade rara (graças a Deu). 
         Entretanto, em denominações protestantes brasileiras como não existem imagens, - embora algumas já estejam introduzindo emblemas e cruz e até se ajoelhem diante dela para agradecer coletas, - estariam livres da materialização do diabo pelas imagens.
         Mas livres das imagens, a possessão demoníaca acontece nas pessoas conforme a televisão mostra nos cultos apresentados ao vivo e sabemos por testemunhos de próprios membros. Então, não são as imagens que atraem o diabo, mas a falta de santidade dos “crentes” possuídos, vulneráveis a satanás. Isso não é valorizar demais o diabo?[1].
         Aí seria de preocupar os “evangélicos” santos, pela facilidade com que o diabo se materializa ou incorpora no corpo vivo de fiéis, situação comprometidamente pior do que se acontecesse numa imagem inerte e sem vida. Triste, então, imaginar que tantos sejam tão frágeis na fé e pecadores a ponto de permitir a incorporação do diabo, pois quem é submisso a Deus não teme o demônio. São Tiago diz Portanto, sede submissos a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” Tg 4,7.
Peçamos sempre em nossas orações que Deus nos livre das tentações do demônio. Mas não nos curvemos a ele, pois somos tementes a Deus, fiéis seguidores de Jesus, e por isso não temos medo nem somos abrigos do diabo e sabemos por experiência e certeza de fé que em nenhuma imagem dentro de nossa Igreja e nossas casas, o diabo encontra  espaço. A tônica de nossas celebrações e pregações é Jesus e as imagens de Maria e outros santos são objetos destinados a pratica devocional, lembranças de homens e mulheres que em vida exemplarmente testemunharam Cristo e receberam a recompensa no Céu, e devocionalmente (sem adoração) são expostas para relembrar o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo[2] e que por eles e por Maria, pessoas reais que as imagens representam assim como a própria Bíblia, nos ajudam a aproximar de Jesus.   
          Encerro com duas frases de Martinho Lutero, PAI DO PROTESTANTISMO:
"Ninguém nunca se esqueça de invocar a Virgem e os santos pois eles podem interceder por nós." (Lutero, Prep. ad mortem)[3]
"Agora, nós não pedimos mais do que gentileza em considerar um crucifixo ou a imagem de um santo, como testemunha, para a lembrança, como um sinal, assim como foi lembrado à imagem de César. (Lutero - Contra os Profetas Celestiais, 1525; LW, vol. 40,96)"4.


[1] Recomendo:  http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=63&materia=571
[2] Sobre imagens, clicar neste blog sobre a capa do livro “Conhecer para ...”, e no índice, nº 21.

ANIVERSÁRIO DO GABRIEL



Gabriel Malucelli,
É hoje o seu grande dia! Uma data especial para você, e que também me deixa muito alegre por saber que você esta feliz, agora com o Bernardinho colhendo mais um fruto do seu pomar, você nos demonstra toda sua vivacidade e sua luta para realizar os seus ideais, fazendo faculdade, trabalhando e ainda tirando um tempo pra academia, cuidando de sua família, batalhando para um futuro GRANDE. Desejo que esse incentivo esteja sempre presente em sua vida para que possa conquistar mais e mais todos os seus sonhos.

Que nesta data você esteja em total harmonia com muita paz e amor no seu coração, que esteja cercada de pessoas que te querem bem, e mesmo que estejam longes, saiba que todos nós tem amamos! Desejo que todas as suas buscas cheguem aos seus objetivos, e que consiga ser mais feliz do que és hoje.

E que seu pomar produza muitos outros frutos para você colher muitos e muitos anos, seja feliz hoje, amanhã e sempre.

Parabéns pelo seu dia irmão. Felicidades!

Te amo. Seu irmão Felipe.

domingo, 21 de abril de 2013

BOM PASTOR



Reflexão dominical

4º Domingo da Páscoa – Ano C – 21.04.2013

At 13,14.43-52; Ap 7,9.14b-17; Jo 10,27-30

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo. Salve Maria!

1ª PARTE:

         Iniciemos a reflexão meditando sobre o que nos diz o apóstolo São João Evangelista.
         No capítulo 5, João narra a visão de um livro contendo registros que ninguém era digno de abrir e desatar os seus selos a não ser o filho de Davi, o Cordeiro.
         Nessa imagem do livro de registro encontram-se as lembranças de todos os sofrimentos, angustias, desesperos, lágrimas dos homens.
Mas João vê também uma multidão de pessoas diante do trono do Cordeiro ao que um dos anciões explicou como sendo aqueles que saíram das tribulações e convertidos prestaram seus cultos a Deus e assim permaneceram durante toda a sua vida, em função do Cordeiro que é Jesus, “17Porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água da vida. E Deus enxugará as lágrimas de seus olhos.”
Por isso que muitas vezes somos tomados de aflições que prejudicam o nosso coração e a nossa conduta religiosa, perturbam a nossa fé, nos tornando inseguros porque sabemos que muitas práticas nossas desagradam a Deus e são do seu conhecimento. Não que Deus tenha um caderninho de anotações diárias sobre o que fazemos ou deixamos de fazer, mas porque Deus, pelos seus atributos, tudo sabe a meu e a teu respeito. E isso nos assusta pelo lado negativo!
Porém, a visão de João nos tranquiliza porque por Jesus Cristo, o filho de Davi, o Cordeiro, tem o poder de transformação das almas e as purifica com seu sangue oferecido a todos, mas que aproveita somente àqueles que o aceitam assegurando a esses a presença no meio da multidão dos que “trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão.”

2ª PARTE

Esse apagar dos nossos defeitos e a luz de uma vida nova que nos conduzirá “às fontes da água da vida”, fica na dependência do nosso animo.
Hoje não somos mais criaturas abandonados, distantes de Deus, povo desconhecido e distante da fé. Conhecemos Jesus. Sabemos que Ele existe e que uma numerosa quantidade de Servos do Senhor está espalhada por tudo o mundo, portanto, em nosso Brasil e em nossa paróquia. A vós de nossos sacerdotes e diáconos soam por toda a parte. Não as ouve, quem não quer!
Paulo e Barnabé cumpriam sua missão anunciando a Palavra de Deus. Mas não faltavam aqueles que os repudiavam.
Quando a leitura fala nos judeus, entendamos hoje todos os que divergem do  cristianismo catolicismo por infundada opção.
Os apóstolos justificavam a necessidade de levar a Palavra primeiro aos mais próximos. Mas ante a recusa, a inveja, insista-se mas não se perca tempo, e procure-se outros que a que o texto chama de “pagãos”.
         Paulo e Barnabé foram severamente criticados pelos “mandões” de outras crenças levando-os a sair da cidade. Diz o versículo 51 que eles “sacudiram a poeira dos pés”  e procuraram outro lugar para pregar.
         O incrível disso, é que mesmo sendo expulsos, ficaram “cheios de alegria e do Espírito Santo”, sentimentos que compensam a todos os que trabalham pelo Reino. Mesmo que alguns não aceitem, mesmo que alguns ligados pelo mesmo ministério contrariem. O que importa, mesmo que com tristeza nesses casos, é fazer o que Jesus ensinou e confiou. Cabeça erguida. Olhar para o Céu. Espelhar-se em Jesus e seguir adiante porque todos precisaram ouvir a mensagem de Cristo e sempre encontraremos no meio de um povo conturbado pelas confusões religiosas e pelas idéias estapafúrdias sobre Jesus e a religião, quem queira ouvir e viver a verdade. 

3ª PARTE
                 
No Evangelho sentimos a força carinhosa de Jesus que como Cordeiro de Deus, mostra-se como pastor de ovelhas.
Esse é o grande valor de Jesus: amar, amar profundamente mais. Não deixar que  ninguém se perca.
Tiramos das leituras a certeza de que existe o Céu para os justos e o inferno para os que rejeitam Deus.  Mas também tiramos da mesma leitura mensagens de fé, esperança, e certeza de que quem segue Jesus e cumpre os seus ensinamentos, não se perde. Não pelos seus próprios méritos, mas porque Jesus sempre corre atrás dos que se afastam.
Jesus é o BOM PASTOR. Aquele que sabe cuidar do rebanho conhece a cada uma das ovelhas e é por elas conhecido. Expressões do Mestre falam por si:
“27As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. 29Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. 30Eu e o Pai somos um”.
Jesus não nos abandona. Ele nos quer junto dele. Ele busca a mim e a você. Deixemos que Ele nos encontre.
Louvado Seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi.

domingo, 14 de abril de 2013

TESTEMUNHAR JESUS



Reflexão dominical – 14.05.2013
3º Domingo da Páscoa – Ano C
At 5,27b-32.40b-41; AP 5,11-14
 Amigos e irmãos em Jesus Cristo.

         Gostaria de desafiá-lo a responder: Você realmente considera-se testemunha de Jesus?
         Pois bem!
         Uns responderão SIM  porque participo das Missas. Outros dirão SIM porque rezo em casa. Outros dirão SIM porque leio a bíblia, e assim por diante.
         Mas, e daí?
         Você fala sobre religião com sua família e seus amigos? Defende a sua crença contra os que atacam a Igreja Católica? Quando você é acusado de idólatra ou adorador de imagens porque na Igreja ou em sua casa existem imagens de santos, como reage? E quando falam mal da mãe de Jesus, você permite? Ou você é daqueles que falam que “Religião não se discute!” e se cala?
Depois da morte de Jesus os Apóstolos foram presos e diante do sumo sacerdote do Sinédrio foram chamados à atenção porque continuaram a ensinar em nome de Jesus mesmo que proibidos.
Pedro (citado em primeiro lugar) e os outros apóstolos defenderam-se afirmando que era preferível antes obedecer a Deus do que aos homens posicionando-se como testemunhas junto com o Espírito Santo. O preço foram os açoites. Mas quando terminou a cessão de tortura mais fortalecidos ainda saíram, e felizes pelas injurias.
Irmãos, defender Cristo, defender nossa Igreja e seus membros, mesmo que isto nos custe humilhações e sofrimentos, deve nos fazer sentir honrados pelas injurias porque em assim procedendo estaremos demonstrando um gesto de fé e de coragem. “Todo aquele que der testemunho de Mim diante dos homens, também Eu darei testemunho dele diante do meu Pai que está no Céu.” MT 10, 31-32.

  Jesus continua conosco. Na Eucaristia podemos vê-Lo e senti-Lo bem perto de nós. A sua presença Eucarística foi revelada de diversos modos na Bíblia, e hoje João fala sobre um dos sinais desse Sacramento.
Já reconhecendo Pedro como seu líder, os discípulos saíram para pescar. Nada de peixe! Mas um homem os estimula  a tentar novamente e a pescaria foi farta. Então Jesus foi reconhecido e o próprio Jesus prepara alguns peixes e os convida para a refeição e serve aos discípulos distribuindo peixe e pão.
Irmãos, o peixe e o pão distribuídos por Jesus para saciar a forme física, lembrava a Eucaristia, que no Pão e no Vinho consagrados, também Jesus se oferece como alimento para as nossas almas.
Foi uma reunião celebrativa.  Naquele momento Jesus preparava o núcleo humano da Igreja escolhendo o discípulo já líder nato para chefe, não sem antes interrogar: Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”  “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo', respondeu Pedro. Então, Jesus o encarrega de cuidar de seu rebanho: “Apascenta os meus cordeiros”.
Três vezes Jesus pergunta, e três vezes Pedro reafirma o seu amor por Jesus até que na terceira vez parece que ficou angustiado e triste e quase exaltando-se, em vós firme  chancela o seu amor por Cristo:   “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus confirma a nomeação: “Apascenta as minhas ovelhas”, e conclui: SEGUE-ME.
Como se vê meus irmãos, os discípulos sofreram perseguições, martírios e mortes porque amavam e testemunhavam Jesus. Estava nascendo a Igreja Católica sob o comando de Jesus e representada por Pedro. Mais de dois mil anos e esta mesma Igreja continua com sua missão.
Ainda  a poucos dias – 13.03.2013 – confirmou-se mais um sucessor de Pedro, o Papa Francisco  que como leigo, depois diácono, padre, bispo e cardeal dom Bergoglio sempre testemunhou Jesus e merecidamente vai continuar apascentando as ovelhas de Jesus.
Tudo isso irmãos, Jesus deixou para que sejamos salvos.
Estamos comemorando o Ano da Fé. Um despertar com o pescador Pedro e as virtudes do Papa Francisco dirigindo a Igreja, convidando-nos para avançar para águas mais profundas (Lc 5,4) que se traduz num engajamento mais forte e sincero na missão evangelizadora como testemunhas luz do mundo e sal da terra, assumindo com responsabilidade a missão de Cristo através da Igreja e com a força do batismo que recebemos.
Seja um cristão disponível ao convite de Jesus: “SEGUE-ME”.
Com Jesus e Maria.
Diac. Narelvi.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

RELIGIÃO É COISA SÉRIA!



Igreja N.S. do Porto, de Morretes Pr. Brasil
Sabemos que o ecumenismo aproxima algumas das igrejas tradicionais protestantes. Sabemos de muitos valores espirituais de membros dessas denominações. Somos amigos e nos respeitamos como pessoas e os respeitamos nas suas opções religiosas e até admiramos o comportamento e exemplos de muitos.


Aos cristãos católicos.
 Cristãos dividindo-se. Seitas crescendo ao bel-prazer[1] cada qual de forma independente, apresentando-se como CONHECEDORAS DA VERDADE E AUTORIZADAS A FALAR “EM NOME DO SENHOR JESUS”. Isto nos preocupa porque sendo Jesus único assim como único são os seus ensinamentos e doutrina, como admitir igrejas cristãs com pregações e conceitos diferentes e contraditórios? Afinal, a verdade não é uma só?
Irmãos, não basta dizer que aceita Jesus, e pronto!. Não basta recitar de cor a bíblia, pois o diabo também sabe e mesmo assim perdeu a salvação e nele está o inferno.
Não podemos entender uma celebração cristã sem incluir o rebanho celeste como nossos santos e intercessores, limitá-la tão somente aos que estão na terra. Refiro-me à comunhão dos santos da terra e do céu. Jesus convive conosco aqui na terra e também na Trindade divina com sua mãe Maria a Nossa Senhora e todos os santos “lá” no céu.
Biblicamente falando e historicamente também, Jesus quis formar uma Igreja e a instituiu nas pessoas dos apóstolos que por óbvio continuou por intermédio de seus sucessores senão a Igreja teria desaparecida com a morte do último apóstolo.  Essa sucessão deu-se sem sombra de dúvida nas pessoas dos bispos, presbíteros e diáconos e um número de seguidores sob uma chefia chamada de Papa.  
Esses seguidores de Jesus formaram um grupo coeso conhecido como Cristãos que desde o início eram orientados por esses mesmos ministros, participavam da Ceia do Senhor (Missa-Eucaristia), veneravam os santos, amavam Nossa Senhora, eram batizados (adultos e crianças), usavam imagens como referencias, reuniam-se aos domingos, oravam pelos mortos, pediam a intercessão dos santos, aceitavam o purgatório, seguiam os mandamentos de Deus, tinham a sua liturgia, altar, paramentos, e no primeiro século (60-90 dC) já contavam com um catecismo chamado “didaque”[2] assim como continuamos hoje com a bíblia, tradição, magistério, costumes, Catecismo da Igreja Católica, Encíclicas e demais documentos da Igreja que fortalecem a Igreja e orientam e alicerçam a nossa fé.
Foi assim até o século XVI quando aconteceu a REFORMA com LUTERO (frade agostiniano) provocando a ruptura do cristianismo, portanto, depois de 1.500 anos quando se denominou os reformistas de PROTESTANTES e os que continuaram fiéis à sua origem, de CATÓLICOS, denominação, aliás, já conhecida no primeiro século citada por Santo Inácio de Antioquia: “Onde está o Bispo, aí está a comunidade, assim como onde está Cristo Jesus aí está a Igreja Católica”,  embora hoje muitos se refiram àqueles cristãos como “igreja primitiva” cuja referencia não os desvincula da continuadora Igreja Católica.   
Segue-se, então, que a Igreja Católica, Apostólica Romana permaneceu firme e única  na sua doutrina cristã até hoje, enquanto que os protestantes, em decorrência dos ensinamentos de Lutero de que Sola Scriptura tem autoridade, e da livre interpretação da bíblia, levou a divisão do protestantismo que hoje alcança um número despropositado de denominações[3] independentes embora aliadas entre si pelo nome de “Evangélicos” ou “Crentes”, expressões que não os privilegia porque os católicos sempre foram desde sempre crentes e evangélicos.
Sabemos que o ecumenismo aproxima algumas das igrejas tradicionais protestantes. Sabemos de muitos valores espirituais de membros dessas denominações. Somos amigos e nos respeitamos como pessoas e os respeitamos nas suas opções religiosas e até admiramos o comportamento e exemplos de muitos.
Entretanto, não podemos chegar ao relativismo a ponto de achar que vale tudo, que qualquer religião cristã serve, que deixar de ser católico para adotar o protestantismo não é pecado, nem se justificar dizendo “que Deus é o mesmo”. Alguns tomarão o tema com antipatia, mas defender a fé e a convicção cristã católica é nossa obrigação por uma questão de fidelidade e coerência.
         Jesus não falou “MINHAS IGREJAS”, mas “MINHA IGREJA”.
Além do mais, as pregações protestantes -  à exceção da crença no mesmo Deus  e em Jesus como Deus e Salvador e outras pontos doutrinários comuns como Céu, Inferno, orações, etc. porque afinal eles são cristãos saídos do catolicismo - negam verdades cristãs reconhecidas pela Igreja Católica como a veneração aos santos, o purgatório, não possuem o sacerdócio ministerial sacramental, não têm os Sacramentos, não têm a Eucaristia presença real de Cristo, não dão o devido respeito à Maria, negam o batismo de crianças, negam o Papa, retiraram seis livros do Antigo Testamento, interpretam diferentemente até uns dos outros a própria bíblia, não têm a sucessão apostólica, etc. etc sem falar naquelas que fazem da sua “igreja” um centro de anúncios para obtenção de resultados financeiros em troca de bênçãos, prosperidade material e curandeirismo.
Jesus não quer divisão. Jesus não aceita desunião e quer que todos os cristãos perseverem com Ele e sua Igreja na mesma fé e preocupa-se com os afastados: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor” Jo 10,16.
“Jesus fundou uma única igreja e deseja ardentemente que haja um só rebanho e um só pastor (Jo. 10,16) e que todos sejam um como Ele e o Pai são um (Jo. 17,21). A divisão e multiplicidade de igrejas, com doutrinas diversas e contraditórias, são um contra testemunho porque a divisão não é obra de Deus”[4].
A Igreja Católica, Apostólica, Romana, apesar dos percalços que a história nos conta, pediu perdão e superou todas as dificuldades e sobrevive até hoje e sobreviverá para sempre.  O Espírito Santo assegura!
Não é intenção retirar de ninguém a livre escolha. Nem Deus faz isso! Mas mudar de religião não é o caminho mais indicado nem a solução para recuperar-se dos próprios erros ou para acomodar interesses pessoais. A Igreja Católica como Apostólica é a única depositária fiel da fé, das obras e dos testemunhos dos Apóstolos, e eficaz no amparo nas dificuldades e na condução ao mais importante de tudo que é a SALVAÇÃO.
Por isso o título: Religião é coisa séria! Não se pode de um dia para outro renegar a tudo o que antes acreditava e servia como alguns católicos estão fazendo.
Se motivo fortíssimo e aparentemente insuperável existir, busque-se com calma a solução. Consulte-se um bom dirigente espiritual. Aconselhe-se com seus irmãos de fé. Ore bastante porque a rejeição à Igreja de Cristo importa em renúncia e por consequência no pecado da separação que somente a misericórdia de Deus resolverá, sendo certo que não se recrimina aqueles que já nasceram no seio de outras religiões ou crenças, nem os que, sem culpa própria, desconhecem Cristo e sua Igreja e ignoram o Evangelho[5].
Católicos, ouçam Jesus: “Mas quem perseverar até ao fim, será salvo” (MT 24,13).
Diac. Narelvi.


[1] A palavra seita vem do latim secta e singifica cortada, separada. Trata-se de um grupo religioso com uma concepção derivada dos ensinamentos de uma das principais religiões do mundo. Ou seja, uma seita é uma subdivisão de uma religião.
[3] Veja uma relação de denominações “evangelicas” no site http://www.pspsp.com.br/art.php?c=24
[4] Pe. Silvio Mocelin - http://www.pspsp.com.br/art.php?c=248
[5] Catecismo da Igreja Católica – 846-848.