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domingo, 28 de julho de 2013

INTERCEDER PARA SALVAR



REFLEXÃO DOMINICAL
17º DOMINGO Tempo Comum – Ano C – 28.7.2013
1ª leitura: Gn 18,20-32

Queridos amigos e irmãos em Jesus Cristo.



            No Gênese lemos sobre Sodoma e Gomorra, duas cidades contaminadas pelo pecado. A primeira vista, em se tratando de nomes de cidades, não nos impressionamos muito, afinal, são apenas dois lugares regionalmente falando.

            Entretanto, esses nomes na verdade representam comunidades, coletivos dos que lá residem. São as pessoas que formam agrupamentos para viverem juntos com seus usos, costumes, ideais, perspectivas de vida civil e religiosa principalmente em plena fraternidade.

            No caso, os habitantes de Sodoma e Gomorra perderam seus valores culturais, morais e doutrinários. Foram, portanto, os homens que erraram e fizeram perder a dignidade, o respeito próprio, o desajuste social e religioso afastando-se de Deus. O pecado foi generalizando e banalizado até que tomou conta de todos. No caso, toda a cidade pecou!

            Começamos, então, a entender que para os crentes em Deus na pessoa do Pai e em Jesus Cristo na pessoa do Filho, qualquer vilarejo, qualquer núcleo habitacional, qualquer reduto aonde os homens se juntam para formar comunidade deve ter acima de tudo a presença e o respeito a Deus. Por isto lembramos do salmo 32,12: “Feliz é a nação que tem o Senhor por seu Deus...” 
            A lição deve ser aplicada nos dias de hoje também na minha e na sua cidade.

            O pecado é um mal contagiante que quando praticado por um sem nenhuma correção aos poucos vai contaminando os outros, como uma laranja podre depositada numa caixa junto com as sadias. Deixada lá, todas apodrecerão. Mas se retirada, todas se manterão puras.

            Sodoma e Gomorra nos chamam a atenção também para o fato de que o Senhor Deus que nos ensinou e nos libertou pune os teimosamente irrecuperáveis, porém, não sem antes chamá-los à conversão e preservar os justos.

            Abraão se coloca como intercessor na defesa dos justos para que não venham a sofrer castigo pelos pecadores. E até pechincha com Deus apresentando sua reivindicação primeiramente com cinquenta justos: “Se houvesse cinquenta justos na cidade, acaso iríeis exterminá-los?”, tendo Deus respondido que não. Mas como Abraão suspeitava que o numero de justos era bem menor foi reduzindo o pedido para 45, 40, 30, 20 e finalmente 10 justos.

            Como em Sodoma e Gomorra nem 10 justos havia, foram destruídas com a morte de todos os habitantes. De lá se salvou apenas alguns da família de Lot que soube acolher os mensageiros de Deus que o orientou a fugir para outro lugar antes da destruição.

            A lição que tiramos é que o nosso primeiro pecado que veio de Adão e Eva, o pecado original, teve o seu mal cortado pela raiz no momento do nosso batizado.  A partir daí, a fraqueza humana levou a novos pecados que a Providencia Divina solucionou enviando o Messias.

            Porém, sendo o pecado é como uma doença, a cura vem de Nosso Senhor Jesus Cristo que ensinou o necessário confiando aos seus legítimos sucessores a continuidade do Plano de Salvação. Mesmo assim, nem sempre conseguem atingir o alvo dos frágeis na fé que se deixam levar pelos momentos e conveniências que demoniacamente são lançados contra o Povo de Deus pelos movimentos anticristãos, pelas vergonhosas e imorais  novelas, pelos escandalosos depoimentos de “celebridades” que  confessam suas podridões morais e sexuais para justificarem suas sujas condutas, homens que deveriam representar democraticamente o povo roubam o povo, mulheres preocupadas com movimentos feministas esquecendo do dom de ser mulher e mãe, homens deixando de ser homens para viver um homossexualismo mais forçado do que natural, decadentes nos vícios das bebidas e drogas destruindo-se a si mesmos e a família, projetos de matanças de crianças ainda no ventre materno, crimes e crimes tomando conta de nossas cidades... Meu Deus,  estaremos nos transformando em Sodoma e Gomorra?

            Irmãos, esses questionamentos são procedentes, mas não definitivos. Acabo de assistir o início da vigília dos jovens na Jornada Mundial com testemunhos espetaculares e emocionantes dessa turma embalada pelo exemplo do condutor espiritual de nossa Igreja, o Papa Francisco que lançou alguns desafios aos jovens que prontamente aceitaram. Esperamos uma nova Igreja com um batalhão de jovens servidores de Cristo dispostos a mudar o mundo, a começar pelas nossas pequeninas paróquias, nas suas casas, nas escolas, faculdades, locais de lazer e de trabalho, sem jamais deixar de abastecer seus corações nas celebrações da Igreja.  

            Tenho certeza que estamos preparando muitos “Lots” acolhedores de nossos missionários e prontos para engajarem-se na Missão de Cristo e salvar as nações, a começar cada um pela sua.          As trombetas soarão nos ouvidos de todos e para todos.

            Queridos, com a força de Cristo e a luz do Espírito Santo podemos fazer com que a desgraça do pecado seja eliminado dos nossos corações e quem aceitar a proposta de uma nova vida não será destruído e alcançará a alegria de uma vida plena aqui na terra formando uma família dignamente cristã e uma sociedade melhor estruturada,  e como premio, será coroado na vida eterna.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diac. Narelvi.

BATEI À PORTA E JESUS ATENDERÁ



 REFLEXÃO DOMINICAL
17º DOMINGO Tempo Comum – Ano C – 28.7.2013
2ª leitura: Gn 18,20-32 e Evangelho: Lc 11,1-13  
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo

            Afinal, se Deus já nos perdoou e estamos salvos, por que preocupar-se com o futuro?
            Para entender precisamos separar o antes e o depois.
            O antes se refere ao pecado original que herdamos de Adão e Eva. Como pode?
            Nas pessoas de Adão e Eva Deus criou a humanidade. Embora na bíblia conste que Deus criou o homem Adão e a mulher Eva e a partir desse principio partem as pregações, podemos entender que em Adão e Eva estamos todos nós concentrados. Não somos separados desse casal porque fazemos parte integrante da mesma criação nas suas qualidades e defeitos. Existe um tipo de hereditariedade, como se fosse doença genética transmitida de geração a geração por um genes originariamente defeituoso. 
            No caso, estamos tratando de uma doença espiritual adquirida voluntariamente pelos nossos primeiros pais que ficou tão impregnada na criação filosoficamente explicada pela causa e efeito. Em Adão e Eva está a causa do pecado e em nós seus descendentes, o efeito.
            Essa mancha de pecado somente se apaga pelo batismo motivo da fala de São Paulo em sua carta “Com Cristo fomos sepultados no batismo”. Portanto o Sacramento do Batismo perdoa o nosso pecado original e nos abre para uma nova vida. Por isso é chamado de sacramento da iniciação cristã, pois ninguém é admitido ao cristianismo se não passar primeiramente pelo batismo.
            Entendemos aqui a grandiosidade deste Sacramento no plano da salvação instituído por Jesus: "Aquele que não nascer pela água e pelo Espírito não entrará no Reino de Deus" (Jo 3,5);  "Me foi dado todo poder no céu e na terra; ide então e ensinai todas as pessoas, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (MT 28,19).
Entendemos, também, o porquê desde o inicio da Igreja as crianças são batizadas, para que desde o seu nascimento já possam gozar da graça batismal e preparadas para a salvação. Destacamos por esse motivo o triste equivoco de nossos irmãos protestantes que protelam o batismo para a idade adulta permitindo que as pessoas permaneçam longos anos afastados de Jesus e da graça sacramental, quem sabe até com risco de perder a salvação se morrer antes: “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”. (Mc 16,16).
            Muito embora o batismo fortaleça a pessoa capacitando-a para resistir ao pecado, o livre arbítrio e a própria fraqueza humana leva o homem a praticar novos pecados. São os que chamamos de “pecados originados”, esses sim que tivemos em Jesus Cristo a  abertura da porta para a Salvação pela sua morte na cruz. “Estávamos mortos por causa do pecado e tivemos vida por Cristo”; “Cristo cancelou nossos pecados na cruz”.
            Na cruz, portanto, Jesus nos libertou da escravidão do pecado, isto é, abriu as portas para o perdão. Sem essa entrega de Jesus não seriamos salvos. Pela ferida da fragilidade cometemos repetitivos pecados que graças ao Sacrifício na Cruz mediante o arrependimento e confissão a conversão acontece e caminha para um estado de santidade.

            No Evangelho vemos que Jesus também rezava e como bom catequista ensinou o Pai Nosso, a oração do perdão.
            Pela insistência da oração, ensina Jesus, a graça é concedida. E convence ao comparar você procurando um amigo pedindo ajuda. O amigo com pretextos reclama e evita acolhe-lo. Mas você insiste e o amigo resiste até que a certa altura, para não ser mais aborrecido, levanta e atende.
            A oração é um bater na porta de Jesus. Se você bater à porta de Jesus procurando-O, Ele irá atende-lo não para não ser aborrecido como na parábola, mas porque Ele nos ama mais do que nos a Ele.
            Aí está meus irmãos a indicação de Jesus para a obtenção das bênçãos e graças de Deus: a oração sob qualquer forma de apresentação. “Pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
E viva o Papa Francisco que neste momento retorna ao Vaticano.
Diac. Narelvi

ANTONIO DA SILVA, o BABICO.



 
Quadro pintado por Gilmar Cunha
ANTONIO DA SILVA, o BABICO

+ 27.7.13

            Um homem calado, mas que falava sozinho porque só foi a maior parte da sua vida. Ou melhor, mais resmungava do que falava. E muitas vezes era tomado por rápidas gargalhadas ... 

            Roupas simples, calça amarrada, barra arregaçada, camisa, paletó, mal abotoados, descalço ou calçado  ...

            Jovem lá do Pantanal ou Anhaia que quando criança até quase jovem brincava com seus amigos e até em futebol da garotada junto com o Dr. Luiz Fernando de Freitas, nosso saudoso médico e tantos outros amigos de infância ...

            De repente algo muda em sua vida e sua mente o trai na doença. E vem para a cidade desvinculado de tudo e de todos, apenas caminhando pela rua 15 como que contando seus passos e num rumo traçado por sua imaginação, sem desviar caminhava, parava, pensava, e continuava ...  nem que viessem veículos que diminuíam a velocidade e até paravam sem reclamar.

            Ainda por um tempo fazia alguns serviços avulsos pesados como descarregar sacos de mercadorias, recolher materiais nas casas, e metodicamente arrumando a carga como bem entendia e percorrendo com o carrinho sempre pelo mesmo caminho ... Não aceitava sugestão! E se fosse contrariado, largava o serviço e ia embora.

            Com o tempo sua reconhecida força física foi diminuindo e sua doença mental estabilizada num grau irreversível, antes manifestada ciclicamente com pequenos momentos de certa lucidez ao que parece perdida para a enfermidade tomar conta dele sem trégua.

            Mesmo assim a sua tarefa cotidiana continuava com suas caminhadas e se tornou conhecido também pelo seu gosto por velhos radinhos de pilha que sempre eram “negociados” em trocas.

            Babico era visto, viveu por muitos anos, oitenta para ser mais preciso, mas precisou ficar doente fisicamente e morrer para ser notado.

            Talvez alguns ainda não saibam que em Morretes tem uma família que o acolheu e o atendeu na medida do possível e do que o próprio Babico permitia: A dona Natalina Araujo e depois seus filhos que o acompanharam até o ultimo momento de vida. E foram eles que prestaram homenagem e mensagem cristã no seu sepultamento. Parabéns à exemplar família evangélica Araujo.

            Nós sabemos por princípio de fé que Babico, devido a sua enfermidade mental tinha assegurada por Deus a sua salvação. Essa mesma fé nos indica que Deus misericordioso recompensou o sofrimento dele acolhendo-o no Céu graças a ação salvifica de Jesus. E não precisamos fazer citações bíblicas nem tentar adivinhar qual seria a religião de Babico para essa afirmação porque para esses sofredores humanos a porta do Céu sempre está aberta incondicionalmente.

            Se alguém quiser arriscar uma pergunta fazendo o papel de advogado do diabo sobre a conduta de Babico, com toda a certeza não encontrará nenhum resquício de maldade em sua vida moldada pelo sofrimento físico e mental, mas quem sabe de conformismo e paz interior.  

            À religiosa família Araujo intrometo-me  dizer que Babico não está mais doente, pois que no Céu as almas são perfeitas assim como perfeitos serão os corpos na ressurreição e hoje, em plena consciência Babico encontrou sua felicidade e conscientemente estará agradecendo a Deus por vocês e Deus lhes dará a devida recompensa pelo ato de caridade.

            Outros pobres e sofredores físicos ainda existem necessitando de nossos gestos de caridade esquecidos por aí, até de seus familiares. Governos, sociedade, igrejas, cada um de nós, façamos a nossa parte de uma maneira mais concreta para não precisarmos no final da existência desses irmãos sofredores simplesmente dizer: “que pena!”

            Como eu acredito no julgamento particular imediato e na intercessão, peço que Babico interceda pelos que sofrem e pelos que o auxiliaram.

Na paz de Cristo

Diac. Narelvi

terça-feira, 23 de julho de 2013

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE


                                                               EM ESPECIAL, AOS JOVENS

 
Algo extraordinário irá acontecer e certamente já iniciou com os preparativos acolhedores dos jovens de diversas nações reunindo neste nosso querido país, raças, culturas, ricos e pobres, misturando-se com um mesmo ideal: Participar de um encontro com o Papa.

            Quanta euforia! Introvertidos e extrovertidos deixam de ser diferentes para se tornarem iguais no companheirismo, na amizade, na troca de experiências com suas maneiras de vestir, suas danças, seus instrumentos musicais e suas músicas, comunicando-se mesmo em diferentes línguas, brincando e divertindo-se como é próprio dos jovens, caminhando para o centro do encontro com o chefe da Igreja Católica de Cristo que traz em suas mãos a batuta de Jesus Cristo regendo essa grande multidão de jovens Filhos de Deus que sem perder suas origens nessa jornada transformam-se num único POVO DE DEUS. 

            Gostei do que pregou o Pe. Fabio, e lembrei-me do que ele falou com o significado mais ou menos assim: “Deus usou o Papa Francisco como pretexto para falar de perto e transformar os corações dos jovens”.

              Irmãos e irmãs jovens. Qual deverá ser a consequencia desse encontro?

            Toda essa alegre agitação e integração não deve se limitar a essas espontâneas manifestações de festa, mas fazer de tudo isso um pano de fundo para reconhecer no Papa o principal mensageiro de Jesus nesta terra que em missão sempre de paz quer a integração dos povos numa só fé e que a juventude seja a força viva que Jesus espera para que os homens do mundo inteiro redescubram que o mundo sem Deus é nada.

            Podemos imaginar a riqueza das mensagens que os jovens ouvirão e testemunharão. E mais ainda, que a potencialidade dos jovens será despertada muito mais porque estarão na jornada não porque foram mandados pra lá, mas porque quiseram estar lá. 

            "Ide e pregai o Evangelho", Jesus continua dizendo ao Papa, e nesse encontrão de fé  os jovens de todos os países presentes ouvirão em suas próprias línguas (At. 2,11) a voz de Pedro dos dias de hoje, o Papa Francisco. 

            Sem dúvida, os jovens junto com o Papa Francisco trazem ao mundo e em especial aos cristãos brasileiros em geral um despertar, uma retomada de uma religiosidade mais comprometida, mais responsável. 

            O que se espera é que terminada a jornada os jovens não se dispersem nem deixem esfriar o calor do entusiasmo por Cristo e sua Igreja. Que ao retornarem às suas dioceses e paróquias encontrem seus bispos, padres e diáconos de braços abertos não somente para acolhê-los, mas para oferecerem suas mãos e juntos continuarem a pregar o Evangelho, a fraternidade, o amor a todas as criaturas de suas comunidades, que se ouçam suas experiências e se realizem em cada comunidade Jornadas Paroquais multiplicadoras das mensagens do Papa e de Cristo.

            Jovens queridos. O Papa, em nome de Cristo está dizendo: “JOVENS, A IGREJA PRECISA DE VOCÊS!”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi.

segunda-feira, 22 de julho de 2013


EM ESPECIAL, AOS JOVENS

 
Algo extraordinário irá acontecer e certamente já iniciou com os preparativos acolhedores dos jovens de diversas nações reunindo neste nosso querido país, raças, culturas, ricos e pobres, misturando-se com um mesmo ideal: Participar de um encontro com o Papa.

            Quanta euforia! Introvertidos e extrovertidos deixam de ser diferentes para se tornarem iguais no companheirismo, na amizade, na troca de experiências com suas maneiras de vestir, suas danças, seus instrumentos musicais e suas músicas, comunicando-se mesmo em diferentes línguas, brincando e divertindo-se como é próprio dos jovens, caminhando para o centro do encontro com o chefe da Igreja Católica de Cristo que traz em suas mãos a batuta de Jesus Cristo regendo essa grande multidão de jovens Filhos de Deus que sem perder suas origens nessa jornada transformam-se num único POVO DE DEUS. 

            Gostei do que pregou o Pe. Fabio, e lembrei-me do que ele falou com o significado mais ou menos assim: “Deus usou o Papa Francisco como pretexto para falar de perto e transformar os corações dos jovens”.

              Irmãos e irmãs jovens. Qual deverá ser a consequencia desse encontro?

            Toda essa alegre agitação e integração não deve se limitar a essas espontâneas manifestações de festa, mas fazer de tudo isso um pano de fundo para reconhecer no Papa o principal mensageiro de Jesus nesta terra que em missão sempre de paz quer a integração dos povos numa só fé e que a juventude seja a força viva que Jesus espera para que os homens do mundo inteiro redescubram que o mundo sem Deus é nada.

            Podemos imaginar a riqueza das mensagens que os jovens ouvirão e testemunharão. E mais ainda, que a potencialidade dos jovens será despertada muito mais porque estarão na jornada não porque foram mandados pra lá, mas porque quiseram estar lá. 

            "Ide e pregai o Evangelho", Jesus continua dizendo ao Papa, e nesse encontrão de fé  os jovens de todos os países presentes ouvirão em suas próprias línguas (At. 2,11) a voz de Pedro dos dias de hoje, o Papa Francisco. 

            Sem dúvida, os jovens junto com o Papa Francisco trazem ao mundo e em especial aos cristãos brasileiros em geral um despertar, uma retomada de uma religiosidade mais comprometida, mais responsável. 

            O que se espera é que terminada a jornada os jovens não se dispersem nem deixem esfriar o calor do entusiasmo por Cristo e sua Igreja. Que ao retornarem às suas dioceses e paróquias encontrem seus bispos, padres e diáconos de braços abertos não somente para acolhê-los, mas para oferecerem suas mãos e juntos continuarem a pregar o Evangelho, a fraternidade, o amor a todas as criaturas de suas comunidades, que se ouçam suas experiências e se realizem em cada comunidade Jornadas Paroquais multiplicadoras das mensagens do Papa e de Cristo.

            Jovens queridos. O Papa, em nome de Cristo está dizendo: “JOVENS, A IGREJA PRECISA DE VOCÊS!”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi.

domingo, 21 de julho de 2013

OS FRUTOS DE UMA AMIZADE



REFLEXÃO DOMINICAL
16º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 21.07.2013
Gn 18,1-10ª; Cl 1,24-28; Lc 10,38-42 
 
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
Falamos anteriormente sobre a presença de Deus bem próxima a nós. Que Deus não é um Ser distante, que não possa ser alcançado e que nos ama incondicionalmente. Esse amor é também amizade o que nos leva a te-Lo como amigo assim como Jesus manifestou em Jo 15,15: “Não vos chamo empregados, pois o empregado não sabe o que o patrão faz; chamo-vos amigos, porque vos comuniquei tudo o que ouvi a meu Pai”.
Tragamos para nossa mente a imagem do velho Abrão descansando perto do carvalho de Mambré, em sua tenda, tentando aliviar o calor do dia e sentindo a presença do Senhor nos três homens que se aproximavam levando-o a antecipar-se para encontrá-los. Abrão agita-se bastante externando sua alegria ao sentir que aquela visita era um gesto de amizade, e como era de costume foi logo preparando água para lavar os pés dos visitantes acolhendo-os carinhosamente oferecendo descanso e alimento para fortalecê-los.
O encanto de Abrão era tanto que enquanto aqueles homens ceavam e descansavam, ele permanecia apreciando o momento, de pé. E no final recebe do Senhor a promessa de um filho com Sara.
Nossa vida de certa forma é parecida com a de Abrão. Também temos nossos momentos de desânimos seja pelo cansaço do trabalho, pelos compromissos que assumimos, pelo calor como o da nossa Morretes que nos esgota fisicamente. Mas nada disso derrota o homem que crê. Sempre existe em nós um espaço especial para a esperança daí porque, mesmo cansados, não devemos deixar que nossos olhos de fechem tanto a ponto de nos cegar, mas que tenhamos sempre um olhar de esperança porque Deus de um momento para outro se aproximará de nós quem sabe até nas pessoas de nossos amigos.
O amigo é um tesouro que quando se aproxima igualmente nos levantamos para acolhê-lo e abraçá-lo, e de pé nos colocamos em atitude de quem está pronto para servir com olhar de bondade atento ao que possamos fazer por eles, principalmente aos mais necessitados.

A quem acolhe os irmãos e está disposto a servi-los, Deus sempre reserva uma agradável recompensa.    
2ª PARTE
 Vejam irmãos, como São Paulo manifesta a sua amizade por Jesus oferecendo-se para completar na sua própria carne os sofrimentos que por ventura não tivessem atingido o corpo de Cristo. Amizade e solidariedade que Paulo dedicava  à extensão de Jesus que é a Igreja a quem ele servia.
Hoje, na Igreja, sentimos os sofrimentos de Cristo por tantas coisas ruins que acontecem na humanidade por indisciplina do próprio homem, e vergonhosamente, por católicos que se dizem cristãos mas ferem, matam, roubam, defendem o aborto, o homossexualismo como se fosse conduta promocional ferindo até a dignidade do próprio homossexual, magoam as pessoas, provocam anarquias, desrespeitam o Sagrado, criando nas pessoas de bem temor pelo seu patrimônio, pela sua família, pela sua vida, a ponto de até para a visita do Papa ao nosso pais fazer com que as autoridades se preocupem com sua segurança obrigando-se a manter um verdadeiro exército para garantir a segurança um homem de paz, da magnitude de um representante de Cristo, amigo de todos.
Aproveito do momento da Jornada Mundial da Juventude para dizer aos jovens e a todos nós que precisamos assumir uma nova postura de cristãos  cada qual fazendo a sua parte na família, na sociedade e na Igreja, uma vez que em sendo católicos temos a obrigação moral cristã de defender a nossa fé, a nossa Igreja, como São Paulo fez, mesmo que para isso tenhamos que nos indispor ou antipatizar, pois que a defesa de um ideal moralmente correto deve levar ao anuncio de uma vida renovada para a prática do bem, ensinar aos pobres de espírito e admoestar os de coração perverso para que se convertam e tornem-se imitadores de Jesus Cristo.
3ª PARTE
Falo para cristãos e principalmente católicos. Todos os defeitos que apontamos e somos portadores podem ser corrigidos.
Faz parte da nossa formação e educação aprender de nossos mestres a falar, escrever, a ter uma profissão, a ser religioso, a rezar e orar, a amar e conviver com os outros. Enfim, precisamos ouvir!
Vejam irmãos e irmãos a grande lição de Jesus dada a Marta.
Jesus foi acolhido por uma mulher de nome Marta em sua casa. Porém, Marta esquecendo o protocolo de quem acolhe, deixou Jesus com sua irmã Maria que se sentou ao seu lado para ouvi-lo. Marta estava mais preocupada com os afazeres da casa e até reclamou porque sua irmã Maria a deixou só nos serviços da casa para ouvir Jesus.
A resposta de Jesus nos atinge diretamente. Quantas vezes deixamos as coisas de Deus pra depois. Pronunciamos muitas vezes o nome de Jesus mas não o levamos a sério. Temos ao nosso alcance a Bíblia, temos nossas Missas e celebrações, nossos atos devocionais, temos, enfim, nossos bispos, presbíteros e diáconos pregando nas Igrejas, em palestras, retiros e reuniões, escrevendo mensagens, encontros catequéticos e de formação, e quantos católicos se esquivam sob o pretexto de falta de tempo ou outros interesses perdendo oportunidade para crescer na sabedoria, educar-se na fé, conhecer melhor sua Igreja, ou o que Jesus tem a nos ensinar.  
A esses Jesus também chama de Marta e admoesta: Marta, Marta! Tu te preocupas  andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte  esta não lhe será tirada.”
Irmãos e irmãs. Tudo é importante nessa vida e devemos aproveitar dos bens materiais que Deus colocou a nossa disposição. Porém, somente os ensinamentos de Jesus como caminho, verdade e vida lhe darão socorro para deixar os vícios e pecados e a reencontrar na espiritualidade mediante a conversão o que de maior importância existe, a melhor parte que nunca lhe será tirada: A amizade com Jesus!
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.

terça-feira, 16 de julho de 2013

BENEDITO NICOLAU DOS SANTOS FILHO



BENEDITO NICOLAU DOS SANTOS FILHO
Poucos conheciam Rocha Pombo
(In, Diário Popular de 20 e 21 de novembro de 1977)

Quando escrevemos sobre as expressões culturais de nossa gente, temos que pesquisar, nos arquivos, documentos comprobatórios para atestar a individualidade de um nome, que consumiu sua existência na luta pela manifestação do pensamento e pôr, em relevo, o processo de auto-análise, ainda incubado, dos fatos históricos, como o desbravado dos caminhos, que conduziram à fase atual, de plena efervescência, na qual se forja, na linha nacional, como expressão majoritária, a nossa autonomia literária.
Pesquisar e montar uma obra, de muitos volumes é tarefa por demais difícil, como o fez Rocha Pombo!
Não há dinheiro que lhe pagasse o trabalho, mas, pensava ele, como Eça:
“Que um só livro é capaz de criar a eternidade de um povo!”
Imaginemos, o que teria sido a vida desse pobre historiador, confinada, nesse recanto da cidade de Morretes, chamada, pelo Poeta José Gelbeck de
“Ninho de águias imperiais entre montes azuis”.
Somente ele sabe o que lhe custou a sua incomparável “História do Brasil” (5 volumes) e todas as suas obras de valor, porque, tendo nascido pobre, viveu mais pobre e mais pobre morreu, embora fosse dono das mais belas jóias espirituais da época, insubstituível, no gênero que abraçou.
Segundo o depoimento de Fleius, José Francisco da Rocha Pombo (nascido em 1857 – Membro da Academia Paranaense de Letras – Cadeira número 1- tendo como Patrono Antonio Vieira dos Santos – e da Academia Brasileira de Letras – faleceu no Rio de Janeiro em 1933) - “Não era como esses historiadores, que escrevem sobre o trabalho dos outros. durante mais de vinte anos, ele o viveu como traça, varejando os arquivos, na faina incessante e penosa. foi assim que ele obteve os sólidos alicerces de sua obra”.
Em sua terra natal foi que ele formou sua sólida cultura humanística, sendo na época, centro de importância capital, econômica e intelectual do Paraná – no dizer de Raul Gomes.  
Armado desse elemento de êxito foi morar em Curitiba e de Curitiba foi morar em Paranaguá, onde procurou uma tipografia, em que tudo fazia: compunha, imprimia, redigia, revisava, etc., para ganhar a vida.
Não vendo progresso material, vendeu tudo e, com a família embarcou para o Rio,
“Jogado como náufrago, às praias de Copacabana”, como conta um de seus biógrafos.
 Lá, foi encontrado num hotel de 5ª classe – segundo Nestor Vitor que, quando o viu, com sua tribo, quis saber com que ele contava, para enfrentar a situação.
Disse-lhe o autor de “O Paraná no Centenário” (1900) – que lhe sobraram cinqüenta mil réis – toda a sua fortuna.
A propósito dessa passagem da vida do autor da “História do Paraná”, “História do Brasil” e da “História Universal” – conta-se, que quando o Senhor Herbert Clarck Hoover - político americano, nascido em 1874 - Presidente dos Estados Unidos (1929 a 1933) e, depois da Segunda Guerra Mundial foi Presidente da Comissão de Socorro Extraordinário do Abastecimento – desembarcou no Rio de Janeiro, após os cumprimentos protocolares, perguntou porque não ouviu o nome do senhor Rocha Pombo entre os presentes.
Como seu admirador queria saber onde estava ele! Disse que o conhecia através de suas obras e, na simplicidade de homem americano, indagou qual a posição que o mesmo ocupava, no cenário nacional, pois, considerava-o o maior Historiador da América...
O grande estadista americano, certamente, tinha certeza da sua presença, naquela recepção, dado ao seu valor. Além disso, fazia questão de conhecê-lo pessoalmente, na rara oportunidade que se lhe apresentava, no desejo sincero, de apertar-lhe a mão, ante o valor de sua obra e dizer-lhe o que Herder disse de Deus:
“Ele é grande, quer no grande ou no pequeno”.
Sabe-se que o embaraço foi grande!
Muita gente, de fraque e cartola, nunca tinha ouvido falar desse nome... Outros vagamente...
A história não guardou, qual a “explicação ou desculpa diplomática, inventada na hora”, para responder a uma inocente pergunta, de tão ilustre visita!

domingo, 14 de julho de 2013

DEUS ESTÁ LONGE?

REFLEXÃO DOMINICAL
15º DTC – Ano C – 14.07.2013
Dt 30,10-14; Cl 1,15-20; Lc 10,25-37
SEJA UM BOM SAMARITANO!
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.


  PARTE

Toda nossa vida, desde que nascemos, é moldada desde o berço pelo que chamamos de “educação” ouvindo as lições simples dos pais, principalmente da mãe a melhor de todas as educadoras:  as primeiras palavras, segurar as pequenas coisas, sentar, levantar, engatinhar, andar, comer, vestir, rezar, abraçar, obedecer, reconhecer seus parentes, enfim, tudo o que é elementar e inerente a evolução e crescimento dos seres humanos até que esteja pronto para caminhar com suas próprias pernas. Tudo isso e outras coisas ajudam a formar o caráter e a personalidade das pessoas que as preparam para viver numa comunidade de amor e fraternidade.

Portanto, o ser humano nasce bom e ainda recebe orientações básicas que lhe servirão de estrutura para o ciclo futuro da vida em que pese as exceção dos desvios sociais a que muitos são levados devido às exclusões e pobreza extrema como pecado social.

Infelizmente a força do mal também faz sua parte causando tantas vítimas materialmente e espiritualmente falando escondendo em muita gente o cofre dos tesouros da sabedoria e do amor, transformando em seres senão perversos, em pessoas não tão boas, inclinação a que estamos sujeitos.     

Justamente pelos desvios do amor foi que Deus se manifestou primeiramente pelos profetas como Moisés anunciando  que é possível retornar ao bem e que sua mão está estendida para a conversão.

            Deus aponta os mandamentos e preceitos com carinho maior ainda do que aquele que recebemos de nossos pais, como antídoto que destrói o mal e nos torna imune ao pecado. O próprio Senhor afirma que o caminho que ele abre para o bem não está fora de alcance nem é difícil.

            Parece que o homem acostumou a olhar para Deus como se ele estivesse num ponto tão longínquo que algumas vezes até desiste dele.

            Os versículos 12 e 13 colocam muito bem onde está Deus: “Não está no céu, para que possas dizer: “Quem subirá ao céu por nós para apanhá-lo? Quem no-lo ensinará para que o possamos cumprir? Nem está do outro lado do mar, para que possas alegar: Quem atravessará o mar por nós para apanhá-lo? Quem no-lo ensinará para que o possamos cumprir?”

            Mas no v. 13 o profeta retira essa forma equivocada de ver Deus dizendo: Ao contrário, esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração,
para que a possas cumprir”.

            Irmãos e irmãs. Esse é o Deus verdadeiro que nos chama e apóia não “lá longe”, mas aqui, bem pertinho de cada um, ao alcance de quem quiser encontrá-lo. E diz mais: Deus está em tua boca e em teu coração. Não percamos tempo somente olhando para um mundo distante e  vazio como se Deus estivesse escondido no nada, mas olhemos para dentro de nós mesmo com os olhos fechados e o encontraremos tão fortemente presente e facilmente o encontraremos em nossas orações e com a fé do coração.


2º  PARTE

            São Paulo na sua lição traz o Deus invisível do Antigo Testamento para o Deus visível do Novo Testamento, que é Jesus.

            Se alguma dificuldade se encontrava para sentir mais claramente Deus Pai conforme vimos na reflexão acima, agora com Jesus tudo ficou muito mais presente.

            Antes conhecíamos somente Deus espiritual e agora conhecemos o mesmo Deus também humano que Paulo o situa como eterno e partícipe da criação, existente antes de todas as coisas. Sim, Jesus é o mesmo Deus que veio morar conosco propondo a conversão e assegurando a salvação, reconciliando a humanidade pecadora com o Pai Criador pela cruz derramada por Cristo na cruz.


3ª PARTE

            No Evangelho Jesus dá uma lição num mestre da Lei que o desafiou. Assim como muitos homens fazem com Deus querendo saber como fazer para ser salvo.

            Jesus liquida a malandra curiosidade respondendo com outra pergunta na mesma altura desafiando o mestre da Lei entrando ambos no assunto mandamento do amar ao próximo como a si mesmo. Mas o mestre da Lei indaga, quem é o próximo?

            Jesus com sua sabedoria de verdadeiro Mestre, em parábola cria a história do bom samaritano: Um homem é assaltado e abandonado quase morto. Passam por ele um sacerdote e um levita que sob pretextos o desviam e não o socorrem. Mas um samaritano aproximou-se, interrompeu a viagem e deu-lhe toda a assistência.

            O samaritano foi o próximo do homem assaltado e ferido porque usou de misericórdia com ele. E Jesus recomenda ao mestre da Lei: Vai e faze a mesma coisa.”

            Neste domingo fica a lição da prática bem, da renuncia ao mal, da obediência aos mandamentos, da crença em Jesus Deus, e na pratica do amor ao próximo usando sempre de misericórdia. A trilha do mal não é um caminho sem volta!

Com Jesus e Maria

Diac. Narelvi

sábado, 13 de julho de 2013

POLEMICA EM TORNO DO MINISTÉRIO DIACONAL



Afirmações apresentadas por "Sergio"  sobre o diaconato permanente, cujo texto dividi em versiculos:
Prezado Sérgio.
Vamos dividir as suas afirmações em versículos:
“1. Há sacramentos que podem e devem ser administrados por leigos: o Batismo, a administração da Eucaristia, da Unção dos enfermos (Extrema Unção), do matrimônio, etc..
2. Há porém, os sacramentos que só podem ser administrados pelo sacerdote. A Crisma, a Penitência, a Ordem. Nem todos os sacramentos imprimem caráter, só o Batismo, a Crisma e a Ordem.
3. O diaconato é apenas uma preparação para se chegar a Ordem, o Sacramento que configura o sacerdote figura de Cristo quando da administração dos sacramentos.
4. O diácono é o último degrau para o recebimento da Ordem, após passar pelas "ordens" menores: o acolitado, o leitorato, o subdiaconato e o diaconato, que culmina a preparação
para o recebimento do Sacramento da Ordem, que dá ao Diácono o caráter de sacerdote. É esse caráter que lhe dá a distinção de agir ïn persona Cristi".

5. O diácono não tem a condição de administrar os sacramentos da Crisma, da Penitência nem da ordem, simplesmente porque ele ainda não é ordenado, não tem o caráter impresso pelo sacramento da Ordem.
6. É um auxiliar no altar, sem, no entanto presidir o sacramento da Eucaristia. Então, ainda não age "ïn persona Cristi" (assunto já superado).
7. De forma alguma pretendo diminuir ou discutir a importância nem a legalidade do diácono, mesmo permanente, que prestam relevantes serviços a Igreja de Cristo”.


Agora, para respondê-lo, vamos colocar os parágrafos em ordem numa sequencia que favoreça:

V. 3:
“A Ordem é o Sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo a seus Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é portanto, o sacramento do ministério apostólico. Comporta três graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconado” (CIC 1536).

“A doutrina católica, expressa na liturgia, no magistério e na prática constante da Igreja, reconhece que existem dois graus de participação ministerial no sacerdócio de Cristo: o episcopado e o presbiterado. O diaconado se destina a ajudá-los e a servi-los. Por isso o termo “sacerdos”, designa na prática atual os bispos e os sacerdotes, mas não os diáconos” Mas acrescenta: “Não obstante, ensina a doutrina católica que os graus de participação sacerdotal (episcopado e presbiterado) e o grau de serviço (diaconado) são conferidos por um ato sacramental chamado “ordenação”, isto é, pelo sacramento da Ordem” (CIC 1554).

“No grau inferior da hierarquia encontram-se os diáconos. São-lhes impostas as mãos não para o sacerdócio, mas para o serviço” e “só o bispo, impõe as mãos, significando que o diácono está ligado especialmente ao bispo”. (CIC 1569).
“Os diáconos participam de modo especial na missão e na graça de Cristo. São marcados pelo sacramento da Ordem com um sinal (“carater”) que ninguém poderá apagar e que os configura a Cristo que se fez “diácono”, isto é, servidor de todos. Cabe aos diáconos, entre outros serviços, assistir ao Bispo e aos padres na celebração dos divinos mistérios, sobretudo a Eucaristia, distribuir a comunhão, assistir ao matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregá-lo, presidir funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade” (CIC 1570). Pode ainda presidir os sacramentais e até a Bênção do Santíssimo.

“O sacramento da Ordem também confere um caráter espiritual indelével e não pode ser reiterado nem conferido temporariamente (CIC 1582).


Após esse breve relato é possível esclarecer que:

O diaconado não é uma preparação para se chegar a Ordem, assim como o presbiterado não é uma preparação para se chegar ao episcopado. Episcopado, presbiterado e diaconado, são funções distintas, mas originadas de UM ÚNICO SACRAMENTO DA ORDEM que faz do ordenando um bispo, um padre ou um diácono. Não existe mais de um sacramento da Ordem, portanto, todos os ordenados são ministros ordinários (para não confundir com extraordinário).

V. 4:
Primeiramente, depois do Vaticano II não se fala mais em “ordens menores” nem “ordens maiores” para o acolitato e leitorado, mas “dois ministérios: o do leitor e o do acólito. Embora na maioria das Dioceses tais ministérios sejam conferidos mediante rito litúrgico somente aos aspirantes ao ministério ordenado, o ritual prevê a possibilidade de ser conferido oficialmente também aos leigos” embora a estes hoje praticamente se encontre em desuso.

O diaconato não é degrau nem preparo para o sacramento da Ordem, mas o próprio sacramento da Ordem no 1º grau diaconal (padre é 2º grau e bispo 3º grau). O grau sacerdotal é o mesmo sacramento da Ordem no grau episcopal e presbiteral.

V. 6:
De fato o diácono é um auxiliar no altar e não consagra, assim como não é um MECE de luxo ou vaso de enfeite, mas um ministro ordenado com funções próprias cumprindo no altar tarefas que liturgicamente lhe pertence até mesmo quando é o Papa quem preside. E o diácono é configurado com Cristo servo dos servos de todos e age in persona Christi Servitoris, inclusive com uso da estola que o identifica como tal.

O diácono, como ministro ordenado, é habilitado na tríplice função de sacerdote, profeta e rei, serve o Povo de Deus na diaconia da Liturgia, da Palavra e da Caridade, em comunhão com o Bispo e o presbítero, (Normas Fundamentais para a formação dos diáconos permanentes – Directorio do Ministério e da Vida dos diáconos permanentes I.1 e 7), não é leigo mas pertence a hierarquia do clero.

V. 1:
São os ministros ordenados que devem executar, em primeiro lugar, os serviços ministeriais litúrgicos. Por falta de numero suficiente desses, e graças a abertura dada aos leigos e para atender a necessidade do povo muitas vezes distantes e desprovidos de padres ou diáconos foi que a Igreja instituiu os diversos ministérios leigos que exercem suas funções extraordinariamente com destaque aos Ministros Extraordinários da Eucaristia. Para o batismo, matrimônio e até da Palavra, dizer que leigos “podem e devem ministrar” sacramentos não é bem assim, sendo que em algumas dioceses mais necessitadas e carentes de padres e diáconos concede-se permissão a alguns leigos escolhidos sem garantia de permanência para que atenda esses serviços. Agora, com relação a Unção dos Enfermos para os leigos conforme você citou, JAMAIS! Nem o diácono porque implica no perdão dos pecados, embora grandes teólogos entendam que o diácono poderia conceder a Unção dos Enfermos.

V. 2:
Os sacramentos do Crisma e da Ordem, somente o Bispo pode conceder. Excepcionalmente o bispo pode delegar ao padre ministrar o sacramento do Crisma, com raras exceções. Mas o da Ordem pertence exclusivamente ao Bispo.

V. 5:
Que o diácono não tem a condição de administrar os sacramentos do Crisma, da Penitência nem da Ordem, é muito óbvio.
Mas o diácono tem, sim, o caráter impresso pelo sacramento da Ordem.

V. 7:
Nenhum católico consciente teria a ousadia de diminuir, discutir a importância e a legalidade do diaconato, um ministério divino instituído pelos apóstolos (antes dos padres) e consagrado pelos concílios e restaurado pelo Vaticano II.

“O diaconato faz parte do sacramento da Ordem, e exercem seus ministérios a partir de uma graça sacramental”.
O católico precisa amadurecer mais, conhecer mais de perto os ministérios da Igreja, afinal ela é toda ministerial, e fazer o que o CIC no parágrafo 1554 recomenda: “Que todos reverenciem os diáconos como Jesus Cristo,
como também o Bispo que é imagem do Pai e os presbíteros como o senado de Deus e como a assembléia dos apóstolos: sem eles não se pode falar de Igreja”.
Afinal, se ser diácono fosse o que alguns pensam, então os apóstolos teriam errado ao escolherem os diáconos e o Vaticano II equivocado ao restaurá-lo. Tenha certeza, amigo, o diaconato permanente é uma luz de esperança para nossa igreja que adormece nas vocações sacerdotais e religiosas, e ótima experiência para que no futuro os padres possam ser casados.
Obrigado pela sua intervenção.
Com Jesus e Maria.Diac. Narelvi.