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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

ANO NOVO - 3º TEMA. 2020-2021

 

 Ano 2020 para o 2021. Quem estabeleceu essa contagem? Idade do planeta terra ou idade de Jesus? Para Deus o tempo não conta. Ontem, hoje, o futuro, para o Criador é um tempo só. Deus não tem idade. Ele é eterno.

 Nos fala a Sagrada Escritura em Gn 1, 1-31 e 2, 1-4 que Deus criou os céus e a terra materializando o universo e aos poucos foi-lhes organizando tão perfeitamente para a gloria dos homens. E não de uma vez só que o escritor da bíblia inspirado pelo Criador preferiu dividir em etapas: 1º dia, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º dia não necessariamente de 24 horas por que, como disse, Deus não se preocupou com marcação do tempo. Para cada uma dessas fases da criação Deus olhava, admirava e afirmava QUE TUDO ERA MUITO BOM.

 Ainda no 6º dia, chegou o momento então de concluir sua obra criando o que Ele mais desejava, o HOMEM e a MULHER e mais uma vez admirando a sua criação no conjunto chancelou: TUDO ERA MUITO BOM. Tudo perfeito. E tudo foi entregue ao cuidado do HOMEM e o abençoou para formar uma família e multiplicar sua descendência, reinar sobre toda a natureza e criaturas. E na última etapa ou 7º dia, Deus descansou do seu trabalho e abençoou e consagrou o 7º dia por representar toda a obra da Criação.

             A eternidade é o tempo de Deus. Porém, para a humanidade em algum momento deste mundo o tempo passou a ser contado e criados os calendários. Em Eclesiastes 3, o Senhor nos ensina que existe um tempo para cada coisa: para nascer, morrer, plantar, colher, falar ou calar, enfim, todas as coisas que Deus fez são boas, a seu tempo.

             Para nós no Brasil e grande parte do mundo o calendário oficial surgiu com o Papa Gregório 13, conhecido como calendário gregoriano, iniciando a contar do nascimento de Jesus Cristo. E aqui estamos no ano 2020 já pertinho de 2021 a ser comemorado desta vez com as limitações materiais da pandemia da Covid mas sem, contudo, nos afastar da reflexão da criação do mundo e do ano novo.

             Façamos como Deus fez; Olhemos para cada passo da nossa vida desde tenra idade.  Deixemos por um momento que nossa mente visualize como num filme toda a nossa trajetória. Temos consciência de que com relação a Deus Ele viu que tudo o que fizera foi muito bem feito, diferente de nós que tropeçamos nas nossas fragilidades e sentimos que nem tudo o que fizemos foi bom.

             Contudo, isso não exclui as coisas boas que fizemos ou participamos. O que não foi bom, que fique para traz e as nossas boas ações sejam lembradas e fortalecidas para o novo ano que vai entrar.

             Não nos esqueçamos que Deus nosso Senhor, ao abençoar e consagrar todas as suas criaturas, abençoou e consagrou a cada um de nós até hoje e assim continuará em todos os dias da nossa vida.   

             Que seja hoje não o 7º dia da criação, mas último dia do ano de 2020 para uma boa reflexão e agradecimento ao Senhor rendendo-Lhe graças por tudo o que alcançamos, e colocando nossos propósitos de vida segundo a vontade de Deus pois nós a Ele pertencemos, e como momento de sentimento lembremos sem desanimo dos nossos entes queridos que mudaram-se daqui para a Eternidade junto ao Criador e estão colhendo os frutos da vitória em Cristo Jesus.

              Que o Senhor Deus da vida conceda paz a todos vocês.

 Irmãos e irmãos, tenham um feliz e abençoado ano novo 2021.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

3. A Igreja Católica alterou os Dez Mandamentos? (3)

 

A Igreja mudou os Mandamentos de Deus? (3)

Os Mandamentos de Deus e os Mandamentos da Igreja
https://www.ofielcatolico.com.br/2001/05/os-mandamentos-de-deus-os-da-igreja.html

RECEBEMOS EM NOSSA caixa de e-mails, de um leitor que se identifica pelo pseudônimo "Edu," a seguinte mensagem:


Há alguns ramos protestantes que acusam o catolicismo de ter alterado os mandamentos de Deus. Há até mesmo aqueles que acusam a Igreja Católica Apostólica Romana de ser o cumprimento de Daniel 7:25. Gostaria de fazer duas perguntas: Os mandamentos do catecismo são essencialmente os mesmos de Êxodo 20? Por que há alguma diferença entre eles? É devido a alguma mudança ou ao resumo das leis contidas no Novo Testamento?
E qual é a interpretação oficial da Igreja sobre Daniel 7:25?"


Prezadíssimo Edu, em primeiro lugar agradecemos pela confiança depositada em nosso apostolado. Antes de qualquer análise a respeito dos temas que você propõe, é fundamental entender que "o cristianismo não é a religião do livro", como disse o grande Papa Bento XVI na Exortação Apostólica Verbum Domini, e foi assim esclarecido pelo biblista Pe. Giorgio Zevini: “O cristianismo é a religião da Palavra de Deus (que não se limita às Sagradas Escrituras, sendo um conceito muitíssimo mais amplo), e não do livro; não de uma palavra escrita e muda, mas do Verbo Encarnado e Vivente (Jesus Cristo)”.


Nós não somos judeus: somos cristãos. Os antigos judeus se baseavam exclusivamente nas Escrituras para saber o que era certo e o que era errado. Eles tinham como única regra de fé e prática a Bíblia hebraica, que era (e é) composta da seguinte maneira:


• O Mikrá, mais popularmente chamado Tanakh, constituído dos livros da Lei, a Torá ou Chumash, que é o conjunto dos cinco primeiros livros da Bíblia cristã, chamado Pentateuco);


• Os oito livros dos Profetas ou Neviim;

• Os onze livros chamados Escritos ou Ketuvim.


Dizendo de modo mais simples, as Escrituras que eles observavam são os livros que compõem o Antigo Testamento da nossa Bíblia cristã. Quando vemos, na Bíblia, alguma alusão às "Escrituras", refere-se sempre ao conjunto ou a algum destes livros.


O costume da maioria dos antigos judeus, nos tempos do Antigo Testamento, era simplesmente "fazer o que estava escrito, e não fazer o que não estava escrito". Assim se resumia a sua espiritualidade. Justamente por isso foram tão duramente criticados por nosso Senhor; sua observância era apenas ritual, enquanto que seu espírito estava longe: "Este povo somente me honra com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim" (Mt 15,8-9).

Em outra oportunidade, Jesus falou diretamente do erro de pensar que o Caminho e a Vida podem ser encontrados somente pelo estudo das Escrituras: "Vós examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna. Pois são elas que testemunham de mim, e vós não quereis vir a Mim, para terdes a vida” (Jo 5,39-40). – "Julgais ter nelas a vida eterna", diz o Senhor, mas estão enganados! Não se pode chegar a Deus somente por meio da leitura da Bíblia. Estudavam muito a Escrituras, achavam que nelas encontrariam todas as respostas, mas não procuravam o Senhor! Qualquer semelhança com certos "bibliólatras" que conhecemos hoje não é mera coincidência.

Além disso, como acabamos de ver, as Escrituras observadas pelos judeus são os livros do nosso Antigo Testamento, e todas as vezes que Jesus ou os Apóstolos falam em "Escrituras", estão se referindo a esses livros, pois, evidentemente, no tempo em que eles estavam no mundo a Bíblia cristã ainda não existia.


Muitos dos ditos "evangélicos" de hoje em dia são rápidos em citar determinadas passagens da Escritura, como por exemplo o Salmo 119, que diz: "Lâmpada para os meus pés é tua Palavra", imaginando que o salmista está se referindo à Bíblia que eles levam debaixo do braço(!). Com isso tentam provar que o cristão deve se basear exclusivamente nas Escrituras para viver a sua fé, e que a Igreja não é importante. Mas eles não entendem o óbvio: na época em que esse Salmo foi escrito, o Novo Testamento da Bíblia, – que é o eixo e o cumprimento de toda a Escritura, para o cristão, – simplesmente não havia sido escrito. Logo, não é da Bíblia cristã que ele está falando.

Essas pessoas também não param para pensar que foi a Igreja Católica que, guiada pelo Espírito Santo, produziu o Novo Testamento, determinou quais livros seriam canonizados para compor a Bíblia como a conhecemos, copiou-a e preservou-a através da História, para que chegasse até nós, hoje. A verdade é que sem a Igreja não haveria a Bíblia, e não o contrário.

Hoje, porém, depois de Jesus Cristo, graças a Deus nós vivemos nos tempos da Nova e Eterna Aliança! Somos membros da Igreja, que é o Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo na Terra. Por isso, não há sentido algum nessa obsessão de achar que é preciso sempre encontrar na Bíblia alguma palavra que confirme tudo o que a Igreja diz ou faz. Até porque a própria Bíblia diz que é a Igreja "a coluna e o sustentáculo da Verdade" (1 Tm 3,15), e diz ainda mais: "Não há dúvida de que vós sois uma Carta de Cristo, redigida por nosso ministério e escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, em vossos corações" (2Cor 3,3). Sendo assim, é à Igreja que devemos recorrer para entender e interpretar a Bíblia, e não o contrário.


Esse novo e maravilhoso tempo, em que agora vivemos (e que deveríamos verdadeiramente viver, de todo coração e alma), já havia sido profetizado desde os tempos antigos: "Eis a Aliança que farei com a casa de Israel: Oráculo do Senhor, incutir-lhe-ei a minha Lei, gravá-la-ei em seu coração. Serei o seu Deus e Israel será o meu povo!" (Jr 31,33). – Somos nós, os cristãos, a nova Israel. Devemos gravar a Lei de Deus em nossos corações, e esta é a Lei do Amor (Mt 22,36-40)! Deus espera ser buscado em Espírito e em Verdade (Jo 4,24), e não mais na letra morta da Lei, pois “A letra mata, mas o Espírito Vivifica” (2Cor 3,6).

 

** Fique claro que nada do que dissemos até aqui diminui a importância fundamental da Sagrada Escritura, que é, sim, Palavra de Deus em forma de Livro Sagrado, e que é, sim, extremamente útil para a nossa instrução. Apenas demonstramos que a própria Bíblia Sagrada nos ensina que devemos ir além do que está escrito, seguindo o Cristo que é Presente entre nós, como membros da única Igreja que Ele nos deu (Mt 16,16-19), Igreja que é seu Corpo (1Cor 12,27 / Ef 4,12 / Rm 12,5), Igreja que é a Casa do Deus Vivo e fundamento da Verdade (1 Tm 3,15), única Igreja na qual comungamos Corpo e Sangue, Alma e Divindade do próprio Cristo, em santa Intimidade (1Cor 10,16).


Esclarecidos esses pontos essenciais, passamos às questões que você trouxe. Infelizmente, são muitos os que inventam calúnias para tentar denegrir a Igreja de Cristo, mas o importante é notar que isso acaba também se constituindo em mais uma prova de que somos a autêntica Igreja, pois o próprio Senhor nos alertou que seria assim: "Sereis odiados de todos por causa do meu Nome" (Mt 10,22). Você pode facilmente observar que o ódio de todos, sejam ateus, comunistas, homossexuais, "vadias", protestantes, espíritas, esotéricos, modernistas, etc... é sempre direcionado em primeiro lugar contra a Igreja Católica Apostólica Romana.



Os Mandamentos de Deus

 

É claro que a Igreja Católica não mudou os Mandamentos do Antigo Testamento. Isso simplesmente não existe. O que a Igreja fez, com a autoridade que lhe foi conferida pelo próprio Senhor Jesus Cristo, foi sintetizar os Mandamentos, – porque eles foram dados a Moisés para a condução de um povo específico, num tempo específico, conforme uma situação específica e no contexto da Antiga Aliança. – Aqui é preciso reafirmar a importância fundamental de assumir que vivemos agora no tempo da Nova e Eterna Aliança em Cristo.

 

A Igreja, pois, sintetizou os Mandamentos no contexto do Novo Testamento, assim como foram aperfeiçoados por Jesus com o seu ensinamento e o seu exemplo. Todos os pontos essenciais dos Mandamentos de Deus, todavia, permanecem; todas as orientações de Deus estão fielmente mantidas. Vejamos:

 

1) Amarás a Deus sobre todas as coisas;

2) Não tomarás o Nome de Deus em vão;

3) Santificarás as festas;

4) Honrarás a teu pai e a tua mãe;

5) Não matarás;

6) Não cometerás atos impuros;

7) Não roubarás;

8) Não dirás falso testemunho nem mentirás;

9) Não consentirás pensamentos nem desejos impuros;

10) Não cobiçarás os bens alheios.

 

Digno de nota é que as pessoas que se apresentam como muito preocupadas com a fidelidade à letra são as mesmas que arrancaram de suas Bíblias sete livros inteiros (Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico, I Macabeus e II Macabeus e fragmentos dos livros de Ester e de Daniel) que sempre constaram da Bíblia, desde os primeiros exemplares impressos, e que eram observados pelos próprios Apóstolos.


Os Mandamentos da Igreja

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Já os Mandamentos da Igreja são diferentes dos Mandamentos dados por Deus ao povo hebreu no deserto. E por que é que a Igreja tem também os seus próprios mandamentos? Mais uma vez, porque vivemos agora o novo Tempo da Graça. Como é que Deus haveria de dar a ordem a Moisés, por exemplo, para que o povo não deixasse de comparecer à Celebração do Sacrifício do Cristo, aos domingos, se naquele tempo ainda não existia a Missa? Como daria o mandamento de comungar Corpo e Sangue do Cordeiro de Deus, se o Cordeiro ainda não havia sido imolado, pois o Senhor ainda não havia se oferecido na Cruz?

 

Assim, os Mandamentos da Igreja são uma espécie de complemento aos Mandamentos de Deus, e se referem mais específica e diretamente a nós, povo cristão. E foi Cristo mesmo quem deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer os meios para a salvação da humanidade. Ele disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou" (Lc 10,16). E disse ainda mais: “Em verdade, tudo o que ligardes sobre a Terra, será ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a Terra, será também desligado no Céu.” (Mt 18,18)

 

Ele falava aos Apóstolos, que eram a Igreja no seu primeiro início. Logo, a Igreja legisla, isto é, define suas leis, com o Poder de Cristo. Quem não a obedece, desobedece a Cristo, logo, desobedece a Deus Pai. Assim, para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo cristão tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo. São eles:

 

1) Participar da Missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho;

2) Confessar-se ao menos uma vez por ano;

3) Receber o Sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da Ressurreição;

4) Jejuar e não comer carne, quando manda a Igreja;

5) Ajudar a Igreja em suas necessidades.

 

 

O Livro do Profeta Daniel, cap. 7, vs. 25

 

A passagem de Daniel, 7,25, diz o seguinte: "(Esse reino) proferirá insultos contra o Altíssimo, e formará o projeto de mudar os tempos e a Lei; e os santos serão entregues ao seu poder durante um tempo, tempos e metade de um tempo".

 

É um trecho um pouco complicado para os leigos, mas bem simples para os bons teólogos, que sabem que se refere à política de infidelidade a Deus de um governante chamado Antíoco Epífanos, que foi contra a observância do sábado e das festas judaicas. Esse fato você pode conferir no primeiro capítulo de 1Macabeus (vs. 41 a 52).

É claro que essa passagem não tem absolutamente nada a ver com a Igreja Católica, e no final do versículo está a prova definitiva: fala em "um tempo, tempos e metade de um tempo", e nós sabemos que está se referindo a três anos e meio, pois cada "tempo", nesse caso, representa um ano. Para confirmar isso, você pode ler no capítulo 4, versículo 13 do mesmo livro de Daniel: fala em "sete tempos". Pois bem, o estudo histórico (e exegético do texto original em hebraico) revela que se refere, aqui, a sete anos. Então, "um tempo, tempos e metade de um tempo", significa um ano (um tempo), mais dois anos (plural sem definição, segundo o costume, são dois; se fossem três ou mais seria dito 'três tempos', ou 'quatro tempos', etc.), mais metade de um tempo (meio ano). Total, três anos e meio.


E assim, vemos claramente que o profeta não pode estar ser referindo à Igreja Católica, que existe há dois mil anos; lembre-se que contra ela todo tipo de falso profeta já "profetizou" que acabaria, no correr dessa longa história.

 

A única coisa que podemos fazer pelas pobres pessoas que acreditam em mentiras tão estúpidas e diabólicas quanto essa é rezar por elas. E tentar instruí-las, sempre que tivermos a oportunidade. Para isso, precisamos nós próprios procurar a reta instrução, como você e a maioria dos nossos leitores fazem. Assim como diz o primeiro Papa: "Estai sempre prontos a responder, para vossa defesa, a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança" (1Pd 3,15)... Deus certamente irá abençoá-los por isso.