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domingo, 30 de março de 2014

DESPERTA, TU QUE DORMES



REFLEXÃO DOMINICAL

4º Domingo da Quaresma – Ano A – 30.03.2014

1Sm 16,1b.6-7.10-13ª; Ef 5,8-14; Jo 9,1-41



Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

 1ª PARTE

        Deus pode tudo e não precisa de ninguém, pois Ele é Onipotente. Esse mesmo atributo lhe permite dividir com os homens a missão de salvar a humanidade do pecado, inclusive por tarefas políticas de reinado e administrativas deste mundo.

        A questão aqui é quem ele escolhe?  No primeiro livro de Samuel da liturgia de hoje encontramos a resposta.

        O Senhor escolheu um rei para Israel e quis servir-se de Samuel para a missão na sua busca antecipando que esse rei seria da família de Jesse de Belém.

        La chegando avistou Eliab, um dos filhos de Jesse e foi logo pensando que este seria o escolhido, pois segundo a avaliação de Samuel, Jesse tinha boa aparência e boa estatura. Errou, porque Deus não o escolheu justificando que não faz escolha segundo os critérios dos homens, mas Dele mesmo.

        Então vieram os demais filhos de Jesse e também nenhum foi escolhido, mas o Senhor sabia que faltava ainda um dos filhos e mandou chamá-lo.  Apresentaram-Lhe, então, o filho mais novo, Davi e este o Senhor o escolheu e mandou ungir na presença dos irmãos.    Davi era um jovem ruivo, de belos olhos e de formosa aparência cf. o v. 12.

        Vejam irmãos, que o Senhor não deixou de reconhecer os dotes físicos de Davi, mas deixou bem claro que nas suas escolhas para o serviço do Reino não são essas qualidades físicas que devem orientar, mas a justeza do coração das pessoas que nem precisa ser belo ou formoso.

        Portanto, Deus escolhe para o seu serviço, não com o olhar dos homens, pois onisciente, que tudo sabe, conhece as pessoas pelo seu caráter, sua índole, sua qualidade interior, pelo coração.

        Foi assim que o Senhor escolheu o rei Davi, e o ungiu, que a partir desse momento foi tomado pelo Espírito Santo.

        Isso nos ajuda a entender com Jesus também escolheu para servir Sua Igreja, os apóstolos, discípulos, e sucessores chegando hoje aos bispos, presbíteros e diáconos, religiosos e religiosas, e uma gama de homens e mulheres que estão engajados no serviço pastoral em suas próprias paróquias ou como missionários pelo mundo todo.  

2ª PARTE

        São Paulo falando aos efésios reporta-se a uma vida anterior nas trevas e outra de conversão para uma vida de luz. E justamente essa é a pregação do período da quaresma, fazer com que os homens e mulheres apaguem das suas vidas o passado de trevas, de pecados, para assumirem um novo tempo de conversão, de paz, de união efetiva com Deus e com os irmãos.

        O v. 10 e seguintes traçam uma cartilha de conduta ajudam a trilhar pelo bom caminho. Primeiro nos chama à responsabilidade pelas escolhas, pelo discernimento, rejeitando com todas as forças tudo aquilo que trai nossas consciências e nos precipita para o abismo.  Obras das trevas são os pecados, os vícios, as maldades, que chegam levar à concupiscência. Lembra-me agora em particular, por exemplo, o corporativismo entre os viciados em drogas que aprendem a mentir, a dissimular, a ferir a si mesmos e à própria família, a proteger os traficantes seja por medo deles ou pela dependência química, sendo muito apropriados os vv. 11 e 12: “Não vos associeis às obras das trevas, que não levam a nada; antes, desmascarai-as. O que essa gente faz segredo, tem vergonha até de dizê-lo”.

        Desmascarai-as, é a recomendação de são Paulo para que sejam combatidas e sepultadas das nossas vidas uma vez por todas. “Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá”.

3ª PARTE

        No Evangelho, João transmite a lição de Jesus e já de inicio afasta a idéia ilógica de muitos de que as pessoas pagam pelos pecados de seus pais. Foi a duvida dos discípulos apresentada a Jesus.

        No episodio de hoje Jesus curou um cego de nascença e explicou que a cegueira física do curado não tem origem em culpas dos pais nem dele próprio. Mas deixou claro que a cegueira ou outras enfermidades servem para despertar os sentimentos do homem com relação a Deus.

        Jesus ainda quer dizer que estamos neste mundo para servir, e essa tarefa deve ser exercida enquanto é tempo.  Não somente para ajudar os irmãos nas questões físicas humanas, mas também e principalmente espirituais. O relacionamento entre os homens e Deus tem reciprocidade também entre os homens.

        O cego é um exemplo que envolve o provedor da cura e a gratidão do curado, afinal somos luz do mundo e sal da terra daí porque nossa vida faz parte de toda a criação motivo pelo qual nossas ações devem dizer respeito aos interesses de todos.

        O cego fez questão de revelar que foi curado. Nem mesmo sabia direito do nome daquele que o curou, mas reconhecia nele uma pessoa virtuosa e seu testemunho levou a Jesus Cristo, o Messias. “Só sei que Ele me curou!”.

        Houve uma reação contrária dos fariseus e o que era  cego chegou a ser expulso da sua terra. Mas Jesus o encontra e se apresenta e o pobre homem se assume como crente: “Eu creio, Senhor”.

        Irmãos e irmãs, de alguma maneira vocês já não se sentiram cegos para as coisas de Deus e mesmo ser ter percebido, voltaram a enxergar? Jesus é a luz que nos transforma em seres melhores, santos. O caminho queira ou não, passa de uma maneira muito especial e particular pela Igreja de Cristo e pelos seus ministros servidores. O necessário é que todos assumam o compromisso de cristãos e vivam a realidade de Jesus.

        Honre irmão, o teu chamado porque a sua escolha foi pelo que você é interiormente, pela força do pulsar do seu coração.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo

Diac. Narelvi

domingo, 23 de março de 2014

DÁ-ME DE BEBER




REFLEXÃO DOMINICAL

3º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A – 23.03.2014

Ex 17,3-7;  Rm 5,1-2.5-8; Jo 4,5-42

 Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

            Desculpem a introdução, mas você, por acaso, já não foi mal agradecido alguma vez? Talvez sua primeira resposta seja NÃO!

            Moisés recebeu do Senhor a incumbência de retirar do Egito o povo hebreu que lá se encontrava escravizado. E eles esperavam o dia da libertação visto que ninguém quer ser escravo e menos ainda pelo resto da vida.

            A fuga do Egito, o retorno para Israel, assim como em todos os episódios iguais são difíceis e cheios de transtornos. Mas eles conseguem.

            Contudo, as dificuldades próprias da caminhada de fuga aos poucos desanimaram os caminhantes que depois de uma partida entusiasmada e esperançosa, o cansaço dominou e exaltou os ânimos.  Além de todos os percalços imagináveis o êxodo fala em sede. Deserto e água não se dão bem.

            E aos poucos a alegria do retorno passa a ceder espaço para agitações e intolerâncias contra o líder Moisés: Por que nos fizeste sair do Egito? Foi para nos fazer morrer de sede, a nós, nossos filhos e nosso gado?”.

            Moisés quase que se perde na sua missão e recorre ao Senhor, já não sabendo como acalmar o povo. “Por pouco não me apedrejam!”, observa.

            O Senhor, então, orientou Moisés sobre como conseguir  fazer jorrar água da pedra.

            Irmãos e irmãs. Será que nossa vida não se assemelha à caminhada dos hebreus? Vamos pensar um pouco, desde o nosso nascimento. Imaginem  quantas e quantas vezes nossos pais nos tiraram dos perigos naturais da vida orientando, aconselhando, cuidando da nossa saúde, educação, alimentação, da nossa religiosidade... E nossos mestres e educadores o quanto fizeram por nós? Nossos padres, freiras, catequistas, parentes, amigos, conhecidos, e tantos outros com quem nos relacionamos, o quanto nos ajudaram!

            Será que ainda nos lembramos deles com carinho e reconhecimento? Ou será que devido as situações adversas que aconteceram conosco por nossa própria culpa, nós as transferimos a eles a responsabilidade?

            Na libertação do Egito os hebreus tentaram o Senhor pondo em dúvida a sua presença “O Senhor está no meio de nós, ou não?”

            Será, também, que nós ainda hoje não nos comportamos como mal agradecidos e questionamos até contra Deus duvidando se Ele está ou não no meio de nós?

2ª PARTE

            Pois é, somos, então, chamados a refletir melhor sobre as oportunidades que Deus concede a cada um para alcançar a libertação já que se não estamos escravos de outras nações, continuamos escravos do pecado.  

            Inicia São Paulo falando em justificação pela fé e estar em paz com Deus pela intermediação de Jesus.

            Justificação lembra justiça que na bíblia tem um sentido também de relacionamento e fidelidade a si próprio. Portanto, todos têm um compromisso pessoal, consigo mesmo. E todos são dotados de virtudes ligadas a crença, a vida em comunidade e em família.

            E quando traímos essas virtudes? Precisamos da justificação pela fé porque infringimos regras de vida.  E aqui entra Jesus fonte de amor e misericórdia e que nos concede a graça do arrependimento, da correção e da salvação porque como Deus Ele nos ama profundamente e gratuitamente.

            Deus faz a parte dele, mas cabe ao homem acolher essa confiança que deposita em nós.  Jesus nos quer como novas criaturas e que todos tenhamos uma vida feliz já aqui na terra e sejamos salvos para a glória de Deus.

            O homem justificado pela fé é um homem ressuscitado para essa vida nova como herdeiro com Cristo do Céu.

            No v. 6-8 Paulo mostra que Jesus nos amou desde que éramos fracos, diferente de nós que em algumas vezes convenientemente queremos nos aproximar mais dos fortes. Dificilmente alguém, na hora de socorrer, não de preferência antes aos homens importantes deixando por ultimo os humildes e necessitados.

            Ora, se Jesus nos ama desde que éramos pecadores, mostra que não faz distinção entre os justos e injustos tratando-os igualitariamente, sem que isso signifique dar a mesma recompensa aos arrependidos e convertidos e os que teimosamente recusam-se a aceitar as graças de Deus. Ele nos quer a todos, porém, a ninguém obriga.

3ª PARTE

            Veja irmãos e irmãs, na passagem bíblica que fala sobre o que aconteceu junto de um poço, na cidade de Samaria de Sicar, região central da Palestina.

            Um poço onde todos iam buscar água. Lá estava Jesus quando uma mulher da Samaria chegou e Jesus pede-lhe: Da-me de beber”.

            Havia animosidade entre judeus e samaritanos. Jesus era Judeu e a mulher, samaritana. Por isso ela estranhou o fato de um judeu pedir-lhe água.

            Jesus responde-lhe com uma catequese dizendo que se ela soubesse quem ele era, ela é quem teria pedido a água viva.

            A samaritana começa a falar sobre o poço, a dificuldade de tirar a água engrandecendo Jacó que foi quem abriu aquele poço, e Jesus vem falar em agua viva?

            A água viva que Jesus falava referia-se a ele mesmo. Essa água que você bebe não saciará sua sede, mas a água que eu ofereço fará com que voce nunca mais tenha sede, disse-lhe Jesus.

            A samaritana interessou-se pela água oferecida por Jesus, mas por comodidade imaginando que não precisaria mais retornar ao poço.

            O diálogo entre Jesus e a samaritana continuou de forma doutrinária com Jesus insinuando-se como o Salvador a ponto de a mulher vê-lo como um profeta.

            A mulher falava de uma forma de adoração e Jesus  a fez ver que estava adorando o desconhecido, mas com Jesus a adoração se oferecia ao conhecido a quem ele chama de Pai. A samaritana até já ouvira falar de um Messias demonstrando confiança naquele que estava para chegar. Foi quando Jesus se apresentou: Sou eu!.

            A mulher, feliz, saiu e foi contar aos outros e muitos foram procurar Jesus. 

            Irmãos e irmãs. Mais uma vez Jesus deixa de lado preconceitos para conversar com uma mulher e samaritana, pede-lhe água num momento em que judeus e samaritanos representavam grupos inimigos.

            Jesus converteu aquela mulher e tantos outros samaritanos que passaram a saciar suas sedes com a água viva que é  Cristo.

            Também cada um de nós tem um poço privativo que impede a aproximação de outros irmãos. Precisamos como Jesus e a samaritana nos deixar aproximar um do outro para conversar e quebrar convenções preconceituosas e fazer do poço um local público, democrático, de aproximação e convivência harmoniosa sob os olhares daquele judeu que hoje é nosso Senhor Jesus Cristo, com quem possamos partilhar os frutos de nossas vidas.

            Podemos não ter em nossas paróquias um “poço de Jacó”, mas temos uma Igreja onde Jesus se mantém presente a espera de quem quiser oferecer-lhe alguma oferta ou conversar com Ele. Irmão e amigo faça essa experiência.

Louvado seja N.S Jesus Cristo

Diac. Narelvi    

domingo, 16 de março de 2014

UMA TENDA PARA VOCÊ

REFLEXÃO DOMINICAL
2º Domingo da Quaresma - 16.03.2014 - Ano A
Gn 12,1-4ª; 2Tm 1,8b-10;  Mt 17,1-9



Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª parte

         Segundo domingo da quaresma.

         Falamos que quaresma é tempo de conversão, não que a oportunidade seja somente agora, uma vez que Deus espera que aproveitemos de cada momento de nossa vida para o crescimento interior. Quaresma é apenas um tempo especial!

         Mas converter-se é uma atitude de entrega à espiritualidade que ultrapassa o limite de deixar de ser pecador para ser santo; é preciso que a nova oportunidade que Deus por seu filho Jesus oferece, nos encaminhe para águas mais profundas. Isto é, que coloquemos em prática, em ação, a Palavra de Deus, que haja efetivamente uma participação religiosa.

         O Gênesis nos aponta a vocação de Abraão: “Sai da tua terra, da tua família ... Farei de ti um grande povo e te abençoarei ...”

         Naquele tempo havia um mundo todo precisando saber sobre Deus. E sabemos as maravilhas que os patriarcas e profetas fizeram para tornar Deus conhecido e mais perto.

         Hoje já chegamos ao mundo conhecendo Deus, próximo a Jesus e protegido pelo Espírito Santo. Desde o batismo...

         Então podemos aproveitar do exemplo da vocação de Abraão no limite territorial da nossa comunidade ajudando o bispo da diocese, os párocos e diáconos a chegarem mais perto do povo de Deus que tem sede de espiritualidade e religiosidade. Os clérigos ordenados exercendo os seus ministérios ordinários, e os leigos o ministério comum dos batizados colaborando nas pastorais e movimentos da Igreja da sua paróquia. Tenham certeza, irmãos, que o Senhor fará da nossa comunidade um povo santo e derramará sobre todos a sua bênção, transformará a juventude, as famílias,  em proclamadores da Palavra, testemunhas de Cristo e do Evangelho como irmãos verdadeiramente crentes em Jesus.

2ª parte

         São Paulo usa de uma expressão “sofre” não no sentido de dor, mas de vontade, empenho pelo Evangelho assegurando que Deus concede a força necessária para o serviço de evangelização.

         Num tempo de tantos vícios, desarmonia familiar e social, e até de descrença,  devemos lembrar que temos uma vocação especial que é a de sermos santos, não pelos nossos próprios méritos, mas pela graça dada por Jesus que por ser Deus desde toda a eternidade nos reservou esse presente.

         Portanto, irmãos e irmãs, a nossa santidade, a nossa salvação, está assegurada por Jesus Cristo e sem Ele não seria possível, embora, secundariamente, dependa da nossa aceitação, do nosso querer. A morte foi destruída por Cristo justamente para que pudéssemos ter vida em abundância e vida imortal. 

3ª parte

         O Evangelho transmitido por Mateus testemunha a transfiguração de Jesus que perde por um momento o seu lado humano para ser visto como o Filho de Deus: “seu rosto brilhou ... suas roupas ficaram brancas como a luz...”

         Podemos imaginar, então, a felicidade de Pedro, Tiago e João convivendo aquele instante celeste com a aparição de Moisés e Elias representando a Lei e os Profetas.

         Vejo aquele momento como um Templo na natureza da montanha e os apóstolos envolvidos espiritualmente no cenário do Céu. Tão maravilhoso que Pedro propôs ficarem ali contemplando e vivendo aquele momento de revelação:  Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!”

         Amigos e irmãos. Nós católicos temos a oportunidade de viver igual momento senão todos os dias, ao menos aos domingos nas Santas Missas. E até mesmo fora dessas celebrações quando visitamos o interior de uma Igreja.

         Certamente vocês já tiveram a experiência de entrar numa Igreja com a aparência de vazia, e caminhar espaço por espaço olhando para as imagens, para cima, para baixo, para as janelas com seus vidros coloridos ou decorados, para o altar, para o confessionário, e num silencio quase absoluto olharam para o Sacrário e lá enxergaram Jesus, vivo, real, presente na Eucaristia. Quanta paz!  Até dá vontade de não sair mais de lá e quem sabe até de propor a Jesus construir ali uma tenda para você, para os santos, e toda a sua família celestial, sendo que a de Jesus já está lá, pronta, que é o Sacrário. E quando citei aparência de vazia é porque nenhuma Igreja Católica fica vazia já que Jesus está também lá, o tempo todo, na Eucaristia.

         Quaresma, irmãos, é para isso. Para que nossos momentos sejam todos de conversão. A paz que queremos já nos é oferecida aqui, em vida e continuará no céu, eternamente.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diac. Narelvi  

A QUESTÃO DA ATÉIA x VEREADOR. Discriminação?



Diac. Narelvi
     Levado pela rede social do facebook, li a matéria “Vereador pede demissão de assessora por ateísmo - Episódio ocorreu na Câmara de Antônio Prado, no interior do Rio Grande do Sul; no ano passado servidora retirou crucifixo do plenário, mas foi criticada” publicada no Jornal Estadão em 11.3.14 - http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,vereador-pede-demissao-de-assessora-por-ateismo,1139645,0.htm gerando comentários nas redes sociais sobre direito de manifestação do ateu. Faço também em meu blog.
           Achei interessante comentar e de inicio concordo sobre observações de discriminação, o que não pode ocorrer. Apesar da discriminação evidente no caso, vejo um vereador despreparado e uma servidora que por “gostar de questionar” também perde seus limites. Retomando a questão do crucifixo que a mesma servidora teria retirado da parede da Câmara “no ano passado” sob o argumento de que “por ser laico, o Estado não pode ostentar símbolos religiosos em suas instituições”, assim analiso:
          Primeiro, quem era ela na disciplina administrativa da Câmara para retirar da parede o crucifixo? Uma servidora sem autoridade para essas decisões! E se ela resolvesse retirar da sala as bandeiras do Brasil, do Rio Grande do Sul e do município de Antonio Prado? Aliás, neste caso ela foi atrevida e até mereceria no mínimo uma advertência não pelo crucifixo, mas pela iniciativa indevida e de afronta à Mesa da Câmara a quem ela era subalterna hierarquicamente, portanto, não representava o Legislativo Municipal.
         A questão dos crucifixos em repartições públicas nasceu de uma polêmica não por se tratar o Brasil de um estado laico (mas que é incontestavelmente um país majoritariamente religioso que até a constituição federal foi promulgada sob a proteção de Deus), mas principalmente pelos preconceitos protestantes contra imagens, símbolos religiosos, etc. Interessante, se os crucifixos permanecem, discriminação contra os protestantes; se retirados, discriminação contra os católicos!!!
         Mas afinal, os crucifixos e símbolos religiosos cristãos ou não, não ferem os princípios religiosos de ninguém. Aliás, na maioria dos casos até passam sem serem percebidos ou até respeitados. Será que aquela servidora ou apoiadores da idéia mandariam retirar o Cristo Redentor, o nome do Estado de São Paulo, do Espírito Santo, de Santa Catarina, de praças e ruas??? Mas deixa pra lá, isso já está superado!     
           Agora, quanto a questão de ser ateu (graças a Deus) e discriminação, não existe “proibição” de alguém manifestar-se nesse sentido. Já acompanhei debates, pontos de vista, argumentos e contra-argumentos expostos livremente. É uma questão de convicção, um direito dos ateus, assim como é direito dos cristãos ou de outras crenças defender a existência de Deus. A conduta do vereador que teria pedido a exoneração e substituição da servidora causadora da polêmica (não se sabe se pediu extraoficialmente ou através de algum requerimento) merece todo o repudio e esse vereador sim, deveria ter sofrido um processo administrativo de cassação de mandato e até criminal, uma vez que a servidora usou do seu direito constitucional de expressão e de manifestação do pensamento (não de crença porque ateu não crê no sentido religioso). Porém, como o presidente manteve acertadamente a servidora no cargo, nenhuma medida administrativa ou criminal parece ter sido tomada, foi menos mal o episodio do que o enfoque dado pela imprensa.

domingo, 9 de março de 2014

PROCURE JESUS E REENCONTRARÁ A PAZ

REFLEXÃO DOMINICAL
1ª Semana da quaresma – Ano A – 09.03.2014
Gn 2,7-9; 3,1-7; Rm 5,12-19; Mt 4,1-11
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
        A Primeira Leitura nos fala sobre a criação do homem, a abundância lhes oferecida, uma regra a ser obedecida, a desobediência e o pecado.
        O Senhor formou o homem do pó da terra e soprou-lhe nas narinas o sopro da vida e o homem tornou-se um ser vivente, v. 7.
        Hoje existe um questionamento sobre a origem do homem: a) foi assim como se encontra na bíblia ou b) decorrente de uma evolução.
        Nada de misterioso para quem crê em Deus. A Bíblia nos narra segundo a inspiração do escritor – Moisés, no Pentateuco.
        O sentido da bíblia e a Igreja ensinam é que Deus criou o homem. Como, exatamente, não nos preocupa. A bíblia, como livro inspirado por Deus ensina que o homem foi feito do barro e somente depois soprou-lhe nas narinas quando tornou-se um ser vivente.  Nada de errado, portanto, que você, meu irmão, creia que foi exatamente assim como está na bíblia. Mas também nada de errado existe se você acredita que somos frutos de uma evolução. Afinal, não estamos aqui para tirar de Deus a liberdade do processo da criação. A verdade é que o que deu origem a vida humana não foi tanto o gesto de manipular o barro, mas o sopro da vida. Podemos entender que se Deus tivesse feito apenas uma moldura de barro, seriamos como um boneco. Mas foi o sopro da vida que nos deu a identidade de homem com corpo e alma.
        É perfeitamente possível aceitar, e não é pecado, que Deus tenha preferido criar alguma criatura e deixá-la evoluir até o momento em que julgou ser oportuno transformá-lo, digamos assim, em ser humano com o sopro da vida. O IMPORTANTE É QUE NINGUÉM PODE TIRAR DE DEU A AUTORIA DA CRIAÇÃO DO HOMEM.
        Quando nos tornamos verdadeiramente criatura humana, com inteligência, capacidade de pensar e agir, seja no momento da moldura de barro ou do sopro da vida, fomos colocados nesta terra como seu dono para usufruir de tudo o mais que Deus já havia criado e entregue ao domínio do homem. 
        Irmãos, hoje não defendemos a necessidade de se dar liberdade aos nossos filhos, porém, com limitações?
        Deus já fez isso com o homem na criação. No meio de toda a natureza, Deus quis medir a responsabilidade da sua criação humana, a obediência, o livre arbítrio. E dentre todas as árvores do jardim, uma em especial foi reservada: a “arvore do conhecimento do bem e do mal”.
        Todos nós continuamos com nossas liberdades, mas também sabemos que nem tudo o que nos é oferecido ou que está ao nosso alcance pode ser tomado por nós. Precisamos, então, refletir, analisar, avaliar se isso que ambicionamos será do agrado de Deus que o aceitemos ou manipulemos.
        Então o bem e o mal podem estar inseridos em qualquer coisa, em qualquer lugar. A questão é usar do discernimento. 
        O demônio traiu nossos primeiros pais e eles foram levados a fazer justamente aquilo que Deus o havia proibido.
        E hoje? Quantas coisas erradas estão sendo empurradas goela abaixo em nossas vidas e o demônio se aproveitando: "Não seja bobo", "você pode mais do que Deus!",  "Roube", "adultere", "seja venal", "não vá à Igreja", "não case", "pratique o sexo aventureiramente", "engane", "minta", "pratique o aborto", "não respeite seus pais", etc. etc.
        Deus advertiu: se você desobedecer, morrerás! E se tornará frágil e perderá sua pureza.
        Vejam o que nos diz a leitura de hoje no v. 7: Adão e Eva estavam nus e não se envergonhavam por isso. Entretanto, quando desobedeceram e reconheceram o erro envergonharam-se porque a virtuosa ingenuidade do bem perdeu espaço para a perversão do mal.
        Queridos, quando nossa conduta é maculada pelo pecado, passamos a agir sob os efeitos dos maus pensamentos, das más intenções, e no fundo, passamos a sentir vergonha.
        A quaresma nos convida a refletirmos sobre essas coisas que o Gênesis nos apresenta. Essa vergonha, esses pecados, são afunilados  para o lixo e desaparecerão para dar lugar a vida pura tal qual fomos criados por Deus. É a conversão para a qual somos chamados e  que nos traz de volta a Deus, que nos coloca novamente num jardim de paz.
2ª PARTE
São Paulo nos tranquiliza no sentido de que, quando pecamos, a graça de Deus se torna mais presente em nossa vida.
        Apesar de todos os erros e dificuldades humanas que nos conduzem para a pratica do mal, Jesus é o homem-Deus que sozinho nos transforma desfazendo o erro de um único homem, Adão.  O v. 19 expressa bem que pela desobediência de um só homem (Adão) a humanidade toda foi colocada em situação de pecado mas que, pela obediência de um só, (Jesus) passamos para uma situação de justiça, de salvação.
3ª PARTE
O Evangelho nos ensina que somos fracos e propensos ao pecado. Essa fraqueza é um legado de nossos primeiros pais sob a influencia do demônio.
        O próprio Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo. Quarenta dias e quarenta noites de retiro com o intuído de fortalecer-se. O diabo se aproveita e o desafia por três vezes, sempre provocando: “Se és Filho de Deus...” e lhe propõe parceria ou submissão: “manda que estas pedras se transformem pães”, “lança-te daqui abaixo”, “ajoelha diante de mim para me adorar”.
        A cada desafio uma resposta fulminante contra o diabo até que ele é expulso.
        Jesus expulsou o demônio de perto de si, e colocou o Senhor Deus como o único a ser adorado, e os anjos o serviram.
        Irmãos e irmãos. Nós não vivemos sob o domínio do demônio o tempo todo conforme lamentavelmente nossos irmãos protestantes pregam. Vivemos sob o domínio de Deus. Mas a tentação existe, sim!
        Se nossas respostas às tentações forem firmes como foram as de Jesus, seremos vitoriosos e os anjos nos servirão.
        Estamos contando com quarenta dias de quaresma para colocar nossa casa espiritual em ordem. Jesus abre seus braços nas Igrejas do mundo todo, e na sua cidade, na sua paróquia, sob a bandeira de algum padroeiro, lá está Jesus pertinho de você. Procure-O e você reencontrara a paz.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi 

domingo, 2 de março de 2014

OPÇÃO E CONFIANÇA EM DEUS





Reflexão dominical

8ª DTC – Ano A

Is 49,14-15; 1Cor 4,1-5;  Mt 6,24-34

 Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo:
        Quantas vezes não nos perguntamos: “Será que Deus esqueceu de mim?
        O profeta Isaias em nome de Deus confirma que Deus nunca se esquece da criatura mais importante no cenário da criação: Os homens e as mulheres.
        E que belo exemplo apresenta ao perguntar se seria possível a uma mãe que carregou por nove meses seu filho em seu ventre, esquecer-se dele? A resposta moral e cristã imediata é: Não!
        E prossegue assegurando que se a mãe esquecer, Ele, Deus, jamais esquecerá.
        Vejam irmãos e irmãs que com essa afirmação Deus admite a possibilidade de que algumas mães possam esquecer sua gestação, seus filhos . . .   E aqui, um momento muito importante para reprovar aquelas mães aborteiras, que conscientemente rejeitam, reclamam e até odeiam o pequeno ser que está em seu ventre e os matam brutalmente,  e até formam grupos feministas em movimentos pro-aborto disputando espaços políticos para convencer legisladores a aprovar leis favoráveis ao ato criminoso conforme já está acontecendo, demonstrando que Deus estava certo na sua previsão.  
        Mas Deus afirmou a essas mães e a outras que de outras maneiras também abandonam e matam seus filhos: “EU NÃO ME ESQUECEREI DE TÍ”, afirma Deus aos rejeitados.
Deus não se manifesta somente às mães,  porém as usa como exemplo do seu amor infinito por todos nós, a todos que se sentem rejeitados pelos homens e pela sociedade, e até pelo próprio Deus: DEUS NÃO ESQUECE DE NINGUÉM.

         São Paulo fala em seu nome como apóstolo, servidor e administrador de Cristo.
        Certamente que os destinatários da carta são os povos de Corinto, mas ecoa até hoje servindo a cada um de nós cristãos, e de uma maneira muito especial, aos que fizeram opção pelo ministério ordenado, bispos, padres e diáconos e a outros ministérios extraordinários.
        Esses são os administradores diretos da Igreja de Cristo a quem até o próprio Papa Francisco recomenda a mesma fidelidade e responsabilidade.
        A palavra destaque é FIDELIDADE. Fidelidade no exercício do ministério ordenado não significa apenas recitar Missas, fazer homilias bonitas, enfeitar e cuidar do patrimônio da Igreja, mas revestir-se do próprio Cristo, agir como Cristo, viver como Cristo, amar e perdoar como Cristo, acolher os fiéis e os próprios irmãos no ministério com o mesmo carinho de Jesus.
        Quando vivemos segundo Jesus, é a nossa consciência que deve medir os acertos e os erros, mas com sinceridade, pois Deus é o Senhor que julga e a ele ninguém tapeia.  E quando se procede corretamente, não se deve importar com as reações alheias. Os que não servem a Deus conforme deveriam, vivem nas trevas e cada um receberá de Deus o prêmio que merecer.

        Outra questão que a reflexão de hoje nos leva, é a preocupação sobre o futuro, o que precisa ser bem entendido.
        Primeiro, Mateus é bem claro no sentido de que ninguém pode servir a dois senhores e esses que assim procedem nunca serão leais.
        No versículo 24 fala em servir a Deus e ao dinheiro. Aqui que fique bem entendido: não se pode colocar o dinheiro, a riqueza, acima de Deus, mas o homem pode ser rico sem deixar de servir a Deus, afinal, riqueza honesta não é pecado.
        O que Mateus em nome de Jesus prega, é justamente a confiança em Deus. Os exemplos da preocupação com o corpo, com o comer ou beber, faz parte das necessidades humanas, mas sem jamais tornar essa preocupação um empecilho para as atividades humanas ou espirituais, visto que Deus, realmente, premiou a todos com a capacidade de superação pela capacidade, inteligência e trabalho e quando não dá certo, a falha é do próprio homem ou da sociedade em que vive.
        Quando Deus formou a natureza o fez com perfeição, daí o exemplo dos pássaros e dos lírios. E veja que Jesus ensina que essas preocupações com o futuro não prolongou a vida de ninguém e quando o final chegar ninguém levará consigo as suas conquistas materiais, mas apenas as espirituais. 
        Termina com o versículo 34 com uma sugestão que se vê aplicada, por exemplo, entre os alcoólicos anônimos, e num programa da TV Canção Nova (PHN): Viver o dia de hoje sem vício, sem pecado, e assim venceremos todas as etapas dos dias seguintes.
        Irmãos e irmãs, podemos resumir a reflexão no versículo 33:  buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo”, cujo hino cantamos sempre nas celebrações litúrgicas.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi.