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domingo, 28 de outubro de 2012

CORAGEM, LEVANTA-TE, JESUS TE CHAMA!



 REFLEXÃO DOMINICAL
30º DTC - Ano B - 28.10.2012
(Jr 31,7-9; Hb 5,1-6; Mc 10,46-52)

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

  PARTE:

         Jeremias faz alusão a volta dos israelitas exilados em Nínive conduzidos por
Deus para a sua terra. “Tocai, cantai, dizei, ´Salva, Senhor, teu povo´”.
         Jeremias imagina a caravana composta de pessoas saudáveis, fortes, mas também “cegos, aleijados, e grávidas” no meio da multidão. E eles chegaram ao destino!
         Esse episódio já passou. Mas ainda hoje podemos imaginar quantas pessoas vivem como se fossem exilados dentro da sua própria cidade. Não me refiro ao exílio político, mas de um afastamento da religiosidade, da civilidade, da dignidade. Pessoas que tendo aceitado e aprendido o cristianismo, abandonaram tudo o que receberam de Cristo para abraçar a vida do crime, das drogas, dos vícios em geral;  largaram pais, mães, esposas e filhos em troca de um mundo cão sem Igreja, sem lar, sem nenhum compromisso com a vida. E não somente esses miseráveis ao extremo, mas também outros que sem passar pelas mesmas desgraças, e apesar de ostentarem luxuria, riquezas e prazeres mundanos, em termos mais brandos  também se acham perdidos quando se trata de pensar sobre a convivência humana e sobre as coisas de Deus que terão de enfrentar quando a morte chegar. Sem rumo e sem ideais concretos, apegados apenas no hoje, no agora, na satisfação social, como se fossem bon vivant  esqueceram de Deus ...
         Quando Deus acolheu novamente os israelitas em sua pátria, o fez entre preces e alegria diante de um povo que chorava e sofria. E os conduziu “por um caminho reto onde não tropeçarão”, diz Jeremias.
         Irmãos e irmãs. Isso nos mostra o quanto Deus é bom e não abandona ninguém no caminho. Fortes ou fracos, crentes ou incrédulos, pobres ou ricos, todos são acolhidos de volta. Em que mundo você se enquadra? A sua “felicidade” por acaso nunca esbarrou na lembrança daquele tempo em que você, realmente, era feliz?
         Sempre é tempo de retornar.  Jesus é o único caminho que nos conduz a Deus. E sem Deus, nada nesta vida terá sentido.
         Basta olhar um pouco para o Alto e você verá Jesus e ouvirá a sua voz: “Volte!”   
2ª PARTE:

         Mas se Deus pra você ainda é distante, São Paulo revela a existência de quem o represente neste mundo em que vivemos: Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote assim instituído pelo Pai, e que com sua autoridade, novos sacerdotes escolheu e deu autoridade a quem você poderá recorrer.
         Do meio dos homens, Jesus escolheu os Apóstolos e os fez bispos, e estes, por sua vez, escolheram os diáconos e os presbíteros para tratarem das coisas Sagradas, instruindo o povo contra o pecado e a seguirem a Palavra de Deus na busca da santificação.
         E embora possam parecer duras estas minhas palavras, acompanho a Igreja e  São Paulo que é bem claro ao afirmar que a ninguém é dado essa honra de ser bispo, presbítero ou diácono se não for pelo chamado de Jesus. E isso somente será possível mediante a imposição do Sacramento da Ordem através da Igreja  Católica que os fazem agir in persona Christi, daí porque o respeito que devem merecer, pois,  conforme disse Santo Inácio de Antioquia e o Catecismo da Igreja Católica no § 1593 repetiu, “Não existe Igreja sem o bispo, o presbítero e o diácono”.  Fora disso, qualquer distinção ministerial não passará de mera identificação de cargo não sacramental.
        
3ª PARTE:

          O passo a ser dado da antiga vida de vícios e pecados para uma nova vida consagrada está na corajosa manifestação de desejo: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim”.
         Foi assim que gritou Bartimeu, cego e mendigo que solitário lá estava sentado à beira do caminho, certamente desolado e sem esperança de vida quando pressentiu a presença de Jesus passando. E não faltou a intervenção daqueles que se achavam donos ou privilegiados de Jesus (ou da Igreja) mandando que Bartimeu se calasse.
         Mas como Jesus é mais forte, tudo sabe e tudo pode porque Ele veio para todos, determinou: “Chamai-o”.
         Sob essa  voz de comando, voltaram atrás os discípulos e agora sim, agindo como fiéis seguidores de Cristo disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!”.
         E Jesus, como nada impõe, mas oferece, antes pergunta a Bartimeu qual era o seu desejo e ele responde: “Mestre, que eu veja”. E foi atendido!
         Irmãos e irmãs. Tenho certeza que Jesus vê você e está a te perguntar: o que queres?”
         Se você souber pedir, não necessariamente a cura física, mas espiritual, Jesus que sabe o que é melhor pra você, te trará de volta para a Igreja e te preparará um prêmio que jamais se extinguirá já aqui na terra e  na eternidade. Ele te dirá, em outras palavras: “Vem, eu quero você comigo!”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi

domingo, 21 de outubro de 2012

SEJA O VOSSO SERVO


 REFLEXÃO DOMINICAL
29º DTC – Ano B – 21.10.12
Is 53,2a.3a.10-11; Hb 4,14-16; Mc 10,35-45

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

         Quem acreditaria antes, que aquela criancinha Jesus era Deus encarnado. Fugitivo da ira dos perseguidores, Maria com o auxilio de José protege o que está para nascer. Na simplicidade e pobreza, nasce Jesus.
         Foi assim que Isaias profetizou  o nascimento de Jesus comparando como “um pobre rebento enraizado numa terra árida”. De inicio, a exceção daqueles que o aguardavam, o menino teria se confundido com qualquer outra criança e até passado despercebido “sem graça e sem beleza capaz de atrair nossos olhares”.
         Isaias completa nos últimos versículos vislumbrando Jesus sob olhares diferentes, como  um servo libertador que assume os nossos pecados.
         Com Deus Filho foi assim. Também entre nós, quantas crianças nascem de mães frágeis pobres, famintas, sem nenhuma expressão familiar, social, sem fama, como se fossem criaturas sem expectativa de futuro. Um “Zé ninguém”!
         Mas quando menos se espera dessas crianças todas podem e quantas encontram no dom da Vida a possibilidade de se tornarem grandes homens e mulheres que colaboram com o Plano de Deus na humanidade dentro ou fora da igreja.  

2ª PARTE


         São Paulo revela um Jesus crescido, alguém que se tornou espetacular e que depois de conviver com seu povo retorna aos Céus como  sumo-sacerdote,  continuando a amparar a todos os que a ele foram confiados.
         Este Jesus que também viveu a experiência dos humanos passando por sofrimentos que se tornaram maiores do que dos outros porque apesar de igual em tudo, era justo, sem pecado. Era Deus!
         O convite de Paulo, então, é para que não percamos a fé em Cristo, incapaz de nos abandonar visto que por reconhecer as nossas fraquezas muito mais nos fortalece e se abre para a sua misericórdia.

3ª PARTE

         No Evangelho vemos Tiago e João pretendendo que Jesus concedesse tudo o que eles pedissem. Mas as coisas não são bem assim. Precisamos saber pedir e, além disso, deixar por confiança e fé, que a resposta fique por conta de Deus sabedor das nossas reais necessidades.  
Com relação a quem estará com Jesus no Reino dos Céus, Ele nos mostra que o caminho está em servir. “Todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo; e todo o que entre vós  quiser ser o primeiro, seja escravo de todos”
Essa é uma das mais belas missões que levará o homem a viver bem aqui na terra agora, e na presença de Deus no Céu, sem importar se à sua direita ou à sua esquerda, pois o importante é estar lá.  Afinal, foi assim que Jesus conquistou os corações dos homens, servindo, dando a sua vida por todos.
Aproveitemos irmãos e irmãs, das lições de hoje. Valorizar os irmãos sem distinção. Reconhecer que nos pequenos e humildes jorram bênçãos e graças e que somos todos iguais. Por isso devemos fazer a nossa parte colaborando para o crescimento material e espiritual dos menos favorecidos da nossa sociedade.
Tenhamos muita fé em Jesus nosso Salvador que reina para a humanidade porque ele é o Sumo-Sacerdote. Por isso não devemos nem podemos “determinar” o que ele deva fazer, mas pedir e aceitar com benevolência a vontade de Deus.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ANO DA FÉ

     

Carta Apostólica Porta Fidei, de Bento XVI, sobre o Ano da Fé
Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio
Porta Fidei 
com a qual se proclama o Ano da Fé (out/2012 – out/2013

         O Papa Bento XVI ao proclamar o Ano da Fé apresenta a carta apostólica “Porta da Fé” e quase como uma abertura lembra-se do que disse no inicio do papado: “Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo”.
         Redescobrir o caminho da fé. É o que me parece ser o objetivo do documento.
         Falamos tanto em fé, palavra que chega a parecer expressão quebra-galho aplicada para qualquer situação honrosa ou desonrosa que muitas vezes sai da nossa boca sem pensar, assim como quando se diz “Nossa Senhora”, “meu Deus” e outras exclamações. 
         Mas o assunto é “FÉ” no sentido profundo de quem crê em Deus e Nele confia e espera.
         Não se trata, portanto, apenas de acreditar como quem acredita na existência do sol ou da lua, mas de colocar essa crença num plano mais transcendental, divino, servindo-se dos conhecimentos adquiridos no dia a dia, seja na família, na igreja, na escola, na rua, em qualquer espaço deste mundo, e principalmente na experiência de vida.
         Podemos dizer que a fé nesse sentido de elevação para o mistério do conhecido ou desconhecido é nato do ser humano.
         Se encontrássemos um homem nascido e criado na natureza desacompanhado de qualquer outro semelhante, com certeza encontraríamos nele um sentimento de crença e de fé, mesmo que rudimentar.
         Entendemos, então, que a fé se educa e mesmo que adquirida ou desenvolvida em outras culturas, amolda-se à estrutura conhecida para se confiar no desconhecido.
         Como somos cristãos e reconhecemos em Jesus a mesma pessoa de Deus, naturalmente que o Papa preocupa-se com a fé cristã católica.
         Dentre tantas e sábias citações presentes na Carta Apostólica, situo-me no que diz  São Tiago 2, 17-18 de que a fé sem obras é morta,  com o desafio de que com as obras se revela a fé, mas a fé sem as obras não é transparente, embora possa ser verdadeira. 
        Podemos, então, dizer que para o cristão a fé que pedimos no batismo deve crescer com consciência e que se desenvolve com o aprendizado sobre o Sagrado, por intermédio de um exercício espiritual que desabrocha desde a pequenez do nosso ser criança até o amadurecimento da idade adulta e da velhice quando se chega ao fim da vida terrestre, momento em que a fé abstrata se transformará na certeza de tudo aquilo que a fé em vida sugeriu. 
           Esse exercício da fé se repete em todos os momentos, mas essencialmente nas orações, no Sacrifício de Jesus na Santa Missa e em outras manifestações de religiosidade.
         Não basta, portanto, julgar-se possuidor de fé, escondendo-a. Por isso somos chamados a ser Luz do mundo, testemunhas e imitadores de Cristo sem deixar de lado os exemplos dos Santos do Céu pelos seus passados  e especialmente dos santos vivos que estão conosco.
         Somos dotados de inteligência e ela deve nos fazer chegar a Deus pela razão e pelo intimo convencimento (a fé) de que o Senhor existe e é o único autor da vida, provedor da perfeição do homem e capaz de retirar o pecador do que a Carta chama de deserto para ingressar definitivamente na plenitude da vida no Reino dos Céus.
         Precisamos, então, avaliar a intensidade e consistência da nossa fé. Precisamos fazer das nossas vidas de Igreja não um costume rotineiro de prática religiosa pela simples tradição de fazer, mas de momentos de entrega e confiança num Deus real que se fez outro em Jesus para poder falar de si mesmo aos homens  propiciando-lhes a felicidade desde já.
“A Igreja é a porta aberta que acolhe a todos para ouvir a Palavra de Deus anunciada, deixando o coração plasmar pela graça que transforma, passando pela Porta da Fé permitindo embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira”, diz o Papa.
         Precisamos de uma nova catequese. Igualmente reaprender a sermos cristãos católicos, confiar naqueles que dirigem a Igreja de Cristo porque eles foram autorizados por Jesus para falar em seu nome embora também precisem como primeiros, de renovação espiritual, formação permanente, intelectualidade sem perder a caridade, e com muito zelo manter a unidade e diretrizes do clero e da Igreja.
Abandonemos o relativismo religioso como se os compromissos cristãos se limitassem aos três tempos: Batismo, primeira Eucaristia e Exéquias já que até o casamento religioso está sendo desprezado.
         Precisamos nos orgulhar da nossa crença, das nossas celebrações litúrgicas e por sermos católicos, defender a nossa fé, fazer dos Sacramentos verdadeiramente sinais da presença de Cristo.
Sem precisar dos exageros antigos das borlas fixadas nas roupas pelos filhos de Israel para lembrar e praticar os mandamentos (Nm 15,38-40), e com todo o respeito, nem andar com a bíblia debaixo do braço, saiamos do anonimato católico e nos transformemos em fiéis anunciadores e praticantes da Palavra. Espaço existe na Igreja. 
         A Igreja e o Papa nos convidam, portanto,  a “readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus e do Pão da Vida” que acontecem nas Missas.
         O Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.
         Somos fortes. Somos fiéis e estamos na Igreja certa instituída por Jesus. É só se deixar guiar pelo Espírito Santo, buscar Jesus na Eucaristia, fazer das nossas famílias verdadeiras igrejas domésticas e das nossas comunidades, comunidades do Povo de Deus que caminham lado a lado com o irmão sabendo que “A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude”.
         Temos o ano todo (out/12 a out/13) para refletir buscando soluções e crescimentos para o redescobrimento do caminho da fé e fortalecimento da Igreja de Cristo e da nossa religiosidade consciente.
Mãos à obra meus irmãos bispos, presbíteros e diáconos e todos os leigos que compõem a força viva da Igreja. Busquem nas suas paróquias intensificar através dos diversos movimentos e pastorais, principalmente naqueles em que devem estar presentes crianças e jovens, as formações que levem a descobertas de lideranças, transmitam um melhor conhecimento do catolicismo, das Sagradas Escrituras, do Catecismo da Igreja Católica e documentos da Igreja; a uma religiosidade que verdadeiramente religue o homem a Deus, e que é na Santa Missa que a Fé mais se desperta pelo ritual em que se celebra o memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Não deixem latente a sua fé.
Diac. Narelvi
(Publicado também no site:  http://missasalette.com.br)

domingo, 14 de outubro de 2012

RICO OU POBRE, SOMOS DE JESUS


Salomão

REFLEXÃO DOMINICAL – 28º DTC – 14.10.2012 – Ano B
Sb 7,7-11; Hb 4,12-13; Mc 10,17-30
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE
         O livro da Sabedoria “é atribuído a Salomão por algumas versões e manuscritos antigos embora reconhecido também como da responsabilidade de um autor anônimo, escrito entre 150 a 50 a.C”[1]      Por isso vamos nos utilizar de Salomão para auxiliar na reflexão.
         Segundo I RS 3, 4-12, Salomão se encontrava em Gabaon, uma cidade alta, e a noite Javé lhe apareceu em sonhos dizendo: “Pede. O que queres que te dê?”.
         Salomão responde fazendo uma abertura de diálogo confessando e reconhecendo o amor que Javé teve para com seu pai David destacando que Davi sempre trilhou no caminho do bem e em comunhão com seu Senhor.
         Então Salomão pede: “Ensina-me a ouvir, para que saiba governar o teu povo e discernir entre o bem e o mal. Pois quem poderia governar este teu povo tão numeroso?»
         Deus então o atende porque  não pediu vida longa, nem riquezas, nem a morte dos inimigos, mas discernimento para ouvir e julgar. E ainda acrescentou mente sábia e inteligente, riqueza, fama, além de prometer vida longa se seguisse os seus caminhos e observasse os mandamentos.
         Os versículos do livro Sabedoria nos mostram que foi pela oração que o autor aprendeu a ter prudência e sabedoria, tendo preferido a sabedoria aos cetros e tronos, e tudo isso sem nenhuma preocupação com a riqueza e sem igualar-se aos bens esplendorosos. Não se preocupou com a saúde e a beleza para valorizar o que está acima de tudo, a maior riqueza que é o Senhor Deus.
         E termina o texto bíblico mostrando que quem coloca Deus em primeiro lugar e pede em suas orações os valores e dons espirituais, terá do Senhor também os bens materiais.
         Por isso, irmãos, não devemos nos iludir com a onda da busca da prosperidade material, nem das promessas de riquezas como finalidade principal cantada por pregadores do “evangelho da prosperidade” deixando em segundo plano o principal e essencial que é a espiritualidade que nos aproxima de Deus.

2ª PARTE
         São Paulo escrevendo aos Hebreus engrandece a Palavra de Deus como forte instrumento de evangelização mostrando o quanto ela penetra nos corações dos ouvintes fazendo com que os crentes consigam revelar-se para Deus nada deixando às escondidas, pois que tudo o que praticam está sob os olhares do Senhor que tudo vê, deixando-nos preparados para o dia em que prestaremos contas das nossas ações.

3ª PARTE
São Marcos, falando sobre o que Jesus ensinou nos leva mais uma vez a examinar sobre a questão da riqueza, bastante repetida na Bíblia.  
         Na narrativa nos apresenta um jovem que aparenta ser correto e que ama a Jesus a quem já de inicio chama de “Bom Mestre”, e demonstra preocupação sobre como se comportar para merecer a vida eterna. A primeira resposta de Jesus é: cumprir os mandamentos citando alguns deles. E o Jovem diz que  cumpre todos eles “desde a juventude”. 
         Mas, inesperadamente para o jovem, Jesus o desafia a se desfazer de toda a sua riqueza para somente depois segui-Lo.  Que desilusão!
         Ai entra a afirmações de Jesus que confunde até hoje a cabeça dos ricos e cristãos em geral: É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!”. Ora, então por que Jesus não disse logo que nenhum rico irá para o Céu? Mas Jesus falou: “como é difícil”. Logo, não é impossível. E disse mais: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.
         Tranquilize-se meu prezado irmão rico. Rico também é amado e vai para o céu, assim como pode acontecer de o pobre ir para o inferno. Daí a citação paradoxal acima de Jesus ao falar sobre camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” que não pode ser interpretado como sentença.
         Então o que vale para Deus não é se o crente é rico ou pobre. Mas que seja correto, respeitador da verdade, justo, e que ame o próximo e Deus acima de tudo.
         O que Jesus revela como mais importante, está nos versículos 29 e 30. Todos são merecedores da salvação, ricos ou pobres, contudo, aqueles que se desprendem dos bens materiais para seguir somente a Jesus, deixam a casa, irmãos, os pais, os filhos, por causa Dele, esses serão especiais aos olhos de Jesus e terão recompensa já nesta vida e na vida eterna.
         Podemos lembrar como contemplados especiais, os ministros ordenados da Igreja, bispos, padres e diáconos que se despojam de seus bens materiais e deixam suas famílias pela causa de Deus, e também os leigos missionários e diáconos casados que mesmo mantendo-se em família, no trabalho, encontram espaços para servir a Cristo e trabalhar pela Igreja e pelo Reino de Deus.
         Dia 12 foi dedicado a Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças. Que Maria nos ajude a permanecer no caminho de seu filho Jesus e conceda às crianças uma proteção especial.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi


[1] Catequese Católica - http://www.catequisar.com.br/texto/materia/biblia/curso/curso1/26.htm

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

CATÓLICO NÃO CRISTÃO??? PISOU NA BOLA, PASTOR !!!




(Minha manifestação contra opinião do Pr. Eber em um de seus programas de TV):

Sou ministro ordenado da Igreja Católica Apostólica Romana no grau do diaconato (permanente), e assisto uma vez ou outra o programa Vejam Só quando o assunto parece ser interessante.
Acompanhei quase todo o programa do dia 02/10/12 sobre o tema Tai Chi Chuan, Yoga, Acupuntura: O Cristão pode praticar?
Achei inteligente a posição dos participantes convidados e fora da realidade o entendimento do Pr. Jamierson. Mas este não é o caso e era direito seu defender sua tese doutrinária.
Sem entrar no mérito da questão, em dado momento entendi que da conversa do apresentador Pr. Eber saiu a idéia, mesmo que timidamente,  de que os católicos não seriam cristãos ao se dirigir a uma das convidadas atribuindo-lhe o cristianismo somente depois da sua “conversão” para uma das religiões evangélicas.
E mais, ao ser citado como apoio à possibilidade da pratica do tema uma matéria de autoria de um padre, o fato de ser ele católico o levou a ironizar, provocando uma reação educada de uma das convidadas (evangélica) que ressalvou que ele (o padre) tinha o mesmo Deus e o mesmo Cristo, portanto, também era cristão
Parabéns pela sinceridade e reconhecimento.
Falar num programa de televisão dando a entender que os católicos não seriam cristãos, é lamentável, puro preconceito e ignorância religiosa e histórica.
Pisou na bola, pastor!  
Sempre em Cristo. Diac. Narelvi.

domingo, 7 de outubro de 2012

O QUE DEUS UNIU - CASAMENTO RELIGIOSO



 
 

REFLEXÃO DOMINICAL - 27º DTC – Ano B – 07.10.2012
Gn 2,18-24; Hb 2,9-11;  Mc 10,2-16

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo

1ª PARTE

         Vivemos um tempo de impulsos contra as regras de condutas tradicionais de um pais e de uma família cristã. Um bom numero de pessoas está aderindo a  novos costumes sem se preocupar com o que possa ser correto ou errado.
Para ilustrar o tema, aproveito que hoje é dia de eleições municipais e que todos os candidatos são filiados a um partido político, para perguntar: Mas, qual partido político? DEM, PSDB, PT, PMDB, PCdoB . . .? Alguém se entende nesses partidos idealisticamente falando? Uma misturança de extrema esquerda, extrema direita, democracia, comunismo, socialismo, ora num, ora noutro, mudando de sigla à torto e a direito não importando o ideal político-filosófico de cada um.
Mas deixando as alternâncias políticas de lado, vamos nos concentrar ao que nos diz o Gênese de hoje, o casamento que também está sofrendo, como no exemplo, de prevaricações e que também acontece o casa e descasa, descasa e casa também sem levar em conta os ideais e compromissos religiosos, morais e sociais que fazem partes integrantes da família e do casamento. 
         “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele”. E Adão, muito feliz, exclamou: “Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne” E Deus acrescenta: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne”.
         Foi assim que Deus instituiu o matrimônio, confirmado por Jesus no Evangelho. Disse: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”.

2ª PARTE

         Entretanto, a prática de conduta diferente sempre ocorreu, não fosse assim a Bíblia não falaria a respeito insistindo no casamento Sacramental e recomendando a união para sempre.
         Como cidadão do mundo e advogado que também sou, a experiência me autoriza a dizer que ninguém está fechando os olhos para a realidade atual, nem a Igreja, e que as uniões entre homem e mulher segundo o critério de Deus, não estão sendo seguidos, pois um bom número de casais junta-se sem casar, nem mesmo no civil.  E veja, o matrimônio é uma instituição primariamente religiosa motivo pelo qual o casamento no religioso é o que vale para os cristãos católicos.
         Dificilmente encontraremos uma família que apesar de bem estruturada religiosamente, não tenha dentro dela casais que vivam juntos sem casamento, e casais que casados ou não, estejam separados.  As consequências dessas uniões na prática religiosa católica, todos conhecem.
         A Igreja tem uma preocupação muito grande e carinho para com essas pessoas, muitas delas numa convivência responsável, harmônica e fiel,  e procura acolhê-las com respeito recomendando que continuem participando das Missas e demais atividades religiosas mesmo que não usufruam de todos os Sacramentos e atos litúrgicos, devendo entregar nas mãos de Deus os seus motivos – visto que saberá como julgar - e procurar educar seus filhos de modo a seguirem desde cedo os ensinamentos doutrinários cristãos católicos.
         Hoje existe a pastoral para os não casados, com encontros de formação e orientação que auxiliam como se conduzir como família perante a Igreja e seus filhos. 
         Contudo, mesmo em se reconhecendo essas situações e estendendo a mão, a Igreja continua ensinando que as famílias sejam constituídas a partir de uma união consciente entre homem e mulher com a bênção sacramental do matrimônio religioso que assegura a presença de Cristo na vida do casal. Esta, inegavelmente, ainda é a melhor maneira de se viver o casamento.

3ª PARTE

         São Paulo escrevendo aos Hebreus faz com que não nos esqueçamos da misericórdia de Deus e que Jesus de propósito sofreu a morte para ver todos os homens glorificados abrindo  caminho para a Salvação, para cujo destino homens e mulheres deverão estar espiritualmente preparados, inclusive na igreja doméstica onde são chamados a reavaliar com consciência as suas vidas matrimoniais, sem exclusão dos casais unidos sem casamento para que amoldem as suas vidas nos limites possíveis da vontade de Cristo.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi



terça-feira, 2 de outubro de 2012

Essas novelas e o desrespeito ao Sagrado


 

 Pois é!
As “grandes novelas”  apresentadas pela Globo despertam o acompanhamento de muitos telespectadores, e eu, como um deles, também tenho a minha participação embora sem dependência e exclusividade. Os artistas são bons e desempenham bem seus papéis. Cria-se um tema central e paralelamente uma outra história. E nesse contexto, dia por dia, capítulo por capítulo, vão empurrando por meses a mesma coisa a ponto de, se a novela fosse acompanhada uma vez por mês já seria suficiente para não se perder o fio da meada.
Faz-me lembrar os tempos dos seriados no cinema como  Flash Gordon, Jim das Selvas, O Filho de Zorro, Capitão Marvel e tantos outros em que o episódio terminava com encenação de um acontecimento espetacular como se fosse desastroso ou final, mas no episódio seguinte tomava rumo diferente para começar tudo de novo. que os seriados não precisavam recorrer a exploração do sexo.
            Não quero aqui aprofundar no lado avesso e burrice dos enredos como na atual novela da Globo onde dentro de uma família com muitos na mesma casa,  um casal de cunhados ou concunhados durante mais de dez anos  são amantes entre si sem nunca terem sido notados, ou a mulher que diz auxiliar uma instituição de caridade e o marido nunca a acompanhou ou visitou a entidade, e até mesmo a mocinha da novela procura o jeito mais complicado para se vingar, etc. etc.
Mas quero destacar como as novelas, de um modo geral, estão ridicularizando a família, o casamento, as religiões, os princípios cristãos e principalmente a Igreja Católica.
O adultério, a união sem casamento, o aborto, os divórcios e separações conjugais, intrigas, por exemplo, são demonstrados como comportamentos naturais, saudáveis, coisa de "gente fina”, que aos poucos vão acostumando as consciências de pessoas e das novas gerações que se deixam levar pelos modelos apresentados.
E quando incluem momentos celebrativos religiosos o fazem de uma forma ridicularizadora contra religiões inclusive inventando ritos e roteiros não condizentes com a crença, exibindo “fiéis” como se fossem  abobados.  
Os padres que na vida real são bem formados intelectualmente, estimados e socialmente bem relacionados, são apresentados como bobos, ridículos, comilões, como o personagem do  “Pe. Solano” numa das novelas que termina como golpista. No casamento de Dolores, outro exemplo, que não se entende  qual seja a religião que adotou, aparece o celebrante como se fosse um pastor, ridiculamente apresentável, com cara esquisita, para formar um quadro de deboche contra católicos e evangélicos. Até Jesus Cristo tem seu nome citado com irreverência e menosprezo.
Não adianta os autores desses tipos de novelas dizerem que se trata de ficção, pois ficção não autoriza falta de respeito. Não se brinca nem se desrespeita as religiões, seus  ministros ou seguidores para alimentar e até divertir roteiros de novelas ou qualquer forma de apresentação.
Na verdade, ficção é pretexto, pois o que se nota é um movimento anticristo, de intolerância religiosa. E isso é crime!
Se não se aplica censura aos maus programas, façamos nós os nossos comentários de repúdio contra as ofensas ao Sagrado. Não sejamos tão radicais e violentos como os defensores de Maomé, mas com eles devemos aprender que devemos defender o nosso Deus, a nossa religião, tão ironizados não apenas nas novelas, mas em entre piadistas  e desapegados da religiosidade.
Diac. Narelvi