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domingo, 31 de outubro de 2010

Finados - 02/11/2010

Queridos amigos e irmãos em Cristo.

- Você quer morrer?
Imagino a sua resposta: NÃO!
- Mas, você quer ir para o Céu?
A sua resposta será: SIM!
E agora? Como chegar ao Céu sem morrer?
    


      Deus é o Senhor da vida e da morte (Ecl 8,8). A vida é um dom de Deus. Nós existimos porque Deus nos ama. Portanto, vivemos por vontade de Deus.
    Porém, a morte é a realidade conhecida de todos, desde o primeiro homem que existiu.                     
     Ninguém até hoje conseguiu viver para sempre nesta terra. Deveria ter sido assim, mas o pecado rompeu a vida e veio a morte “Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Rm 6,23.
     A vida passou a ser, então, um tempo de permanência nesta terra usufruindo de tudo o que Deus criou no inicio, mas não mais a sua disposição pela própria natureza, e sim com o suor do rosto.  “Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”; "Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda erva verde por alimento." Gn 1, 28-30;3,19.
     Mas o pecado da desobediência fez com que o homem rompesse com Deus. Por isso: “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar.” Gn 3, 19
     A partir de então, a morte passou a substituir a nossa vida terrestre.
     Entretanto, Deus como Pai Criador, enviou seu Filho Jesus Cristo, o Messias, para que, através dele, todos fossem salvos, esperando de nós somente um ato de arrependimento, possível até o ultimo momento da nossa vida.
    Uma vez arrependido-se e perdoado por Deus, a morte abre o caminho para a vida eterna no Céu: “E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna” (MT 25,46). “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida” Jo 5,24. “Nós sabemos que fomos trasladados da morte para a vida, porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte”. (I São João 3,14).
     Por Jesus, a vida venceu a morte: “A morte foi tragada pela vitória (Is 25,8). Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão (Os 13,14)?”  (I Coríntios 15,55).
     Por isto diz São Francisco De Assis na sua oração: “é morrendo que se vive para a vida eterna”.
    No plano espiritual, vemos, então, que a morte para quem tem fé e crê em Deus, e foi reconciliado por Jesus Cristo, acaba sendo um momento de felicidade.
     Não negamos que nos apegamos a vida. Isto não é errado. Queremos viver sempre mais. E em São Paulo vemos como ele queria prender-se aos dois lados: de uma parte, morrer para estar com Cristo, e de outra, continuar vivendo por causa de Cristo para poder continuar o seu apostolado. Mas acima de tudo, são Paulo confessa: “Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Flp 1, 21-27.
     Irmãos, não tenhamos medo da morte. Aproveitemos deste nosso tempo na terra para as boas obras. Para vivermos a nossa religiosidade como católicos participando das Missas, dos movimentos e pastorais, arrependendo-se e pedindo perdão na confissão, amando o próximo, sendo uma testemunha que orgulhe a Igreja.
     O dia de finados serve para lembrarmos-nos dos nossos entes queridos, familiares ou não. O que eles representaram para nós. Dos momentos de alegrias que nos proporcionaram. Matar um pouco da saudade. Mas acima de tudo, rezar pelas suas almas pedindo a Deus que, se estiverem no purgatório, sejam logo acolhidas no Céu, e porque não, para que elas também intercedam por nós.
Louvado Seja N.S. Jesus Cristo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Reflexão dominical: A dimensão do amor de Deus e o Zaqueu que está em nós

  31 DTC - Ano C - 31/10/2010
(Sb 11,22 - 12,2; 2Ts 1,11 - 2,2; Lc 19,1-10)
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
     O amor é um sentimento abstrato como o ar. Não é possível ver, mas é possível sentir.
     Assim como não conseguimos viver sem o ar não viveremos sem o amor. A existência de Deus acaba por fazer com que todos nós transformemos o amor abstrato em sentimento concreto.
     Basta entender a sabedoria com que o livro Sabedoria nos ensina sobre o imenso amor de Deus. Tão forte, tão imensurável, que somente colocando-se dentro do contexto da Criação será possível compreender.
     Se nós pudéssemos pegar todas criaturas humanas que existem e já existiram desde que surgiu o primeiro homem e junta-los, “seriamos todos como um grão de areia ou uma gota de orvalho diante de Deus”.
     Mas, mesmo assim, apesar da nossa pequenez, Deus consegue enxergar um por um, e a todos amar sem fazer qualquer distinção, sem esquecer de ninguém. No olhar de Deus a maldade não existe. O mal está em nós, mas fecha os olhos para os que se arrependem. Não se vinga, mas sabe corrigir, porque ele nos criou e se existimos é porque ele quer, e por isso está sempre pronto para nos perdoar.
     Tão forte é Deus, que mesmo sendo um, podemos vê-lo e senti-lo em tudo o que existe na face da terra.
     E na diversidade, está Deus sobre quem podemos repetir: “A todos, porém, tu tratas com bondade, porque tudo é teu, Senhor, amigo da vida".


    Jamais conseguiremos amar com a intensidade de Deus. Mas o virtuoso São Paulo, pregador da Verdade, ensina aos tessalonisenses que a oração intercessora é um caminho que ajuda a manter viva a fé e faz de cada um de nós, servidores e transformadores dos corações humanos.
     E na medida em que nos aperfeiçoamos como cristãos, mais encontraremos Graça em Deus e seremos glorificados por Jesus Cristo. Encontraremos resistência para nos mantermos fieis à Igreja de Jesus unidos num único sentimento de amor, fraternidade e coerência, sinais da presença do Povo de Deus.

    No livro Sabedoria vimos como Deus nos vê e ama. Lucas, narra  sobre Zaqueu, lá de Jericó, homem rico e pecador, mas que sentia dentro de si uma vontade imensa de ser transformado.
     Não era preciso porque Deus tudo vê, mas Zaqueu preferiu subir numa árvore para poder enxergar melhor Jesus.
     Irmãos, Jesus nos conhece e nos vê. Mas assim como Zaqueu devemos fazer a nossa parte, ao menos nos apresentando.
     “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”.  Pronto. Operou-se o grande milagre da conversão mesmo que sob  protestos de incrédulos e invejosos, porque Deus é assim, quer a todos, até mesmo aqueles que o criticaram naquele momento.
      Todos temos um pouco do Zaqueu. Zaqueu procurou a Salvação e a encontrou. Façamos como este homem pequeno, rico e pecador; procuremos a Salvação em Jesus Cristo e teremos a certeza de que também ouviremos a afirmação: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão.Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Resposta a um convite para votar NULO ou em BRANCO

   
            Não me levem a mal, mas não acho que votar nulo ou em branco seja um exercício  de cidadania nem solução para o problema. É uma forma de repúdio, sim, (e como temos vontade de repudiar muitas vezes),  mas que de nada adiantará neste caso. De uma forma ou de outra, o futuro presidente do Brasil será Serra ou Dilma.  Um ou outro será o nosso representante, mesmo que não tenhamos votado nele. 

            O certo, a meu ver, é votar no melhor, ou no menos ruim. Votar por exclusão, mas não deixar de votar. E para isso devem ser levadas em consideração tantas coisas como, por exemplo,  as nossas convicções religiosas, o grau de cultura  e o currículo dos candidatos, os riscos democráticos que o candidato possa representar, a experiência administrativa governamental, a filosofia do partido, etc. etc. segundo a capacidade de analisar de cada um. 

    Não sei se a “palhaçada” estaria sendo atribuída aos programas eleitorais gratuitos ou debates devido às acusações. Mas entendo que nem tudo é "palhaçada". Toda acusação exige uma resposta sob pena de se interpretar como verdadeira. Iniciada a acusação por um, vem a resposta e o  efeito ping-pong, e quando se torna repetitiva e mentirosa, ai surge a dita  "palhaçada". Mas o povo quer respostas, quer e precisa dos  esclarecimentos sobre as acusações.

            Mas entremeio uma acusação e outra, são apresentadas propostas. Agora, se são criveis, boas, viáveis, irrelevantes, facciosas, oportunistas, cada um que analise.

            A maioria que votou em Marina, não foi porque ela seria a melhor, não. Foi por falta de opção. Ora, se votou em Marina por falta de melhor opção, agora não pode omitir-se, e pelo mesmo  raciocinio, escolha-se dentre os dois o que lhe parecer melhor

            O IMPORTANTE É VOTAR! Quem anula o voto ou vota em branco, na verdade, não vota, omite-se.             

     

sábado, 23 de outubro de 2010

Reflexão dominical: A Oração por igual, humildade e o dever cumprido.

 30º DTC - ano C - 24/10/2010
(Eclo 35,15b-17.20-22a (gr. 12-14.16-18); 2Tm 4,6-8.16-18; 
Lucas 18,9-14)

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

     Quem ora ou reza melhor? Ou Deus acolhe melhor a oração quando apresentada por um intercessor?
     Todos os batizados fazem parte do Povo de Deus. Não de um Deus aleatório, simbólico, cujo nome muitas vezes é pronunciado por pessoas descomprometidas e de curiosa religiosidade. Mas de Deus único e verdadeiro de quem somos suas criaturas e Dele dependemos, e que nós O chamamos de PAI. Podemos então nos sentir Filhos de Deus, membros da Família Espiritual de Deus. E como em toda a família, o diálogo torna a comunicação muito mais fácil e fraterna.
     A reza ou oração são diálogos que nos levam a comunicação com Deus.
     É inegável que podemos contar com as preces dos nossos ministros ordenados, pedir a intercessão  dos santos vivos e mortos. Mas nada retira de cada um de nós o direito de se apresentar diante de Deus rezando e orando, sem nenhum receio de sentir-se menor ou de parecer melhor do que os outros.
     O Eclesiástico nos ensina que Deus nos vê com os mesmos olhos, com o mesmo carinho, não discriminando ninguém, e que sempre está pronto para ouvir e atender as nossas súplicas e/ou agradecimentos. Basta que se peça com humildade e se confie na bondade Divina, sendo que não existe nenhuma barreira nem distância que impeça Deus de nos ouvir, pois a força da oração “atravessa as nuvens até chegar a Deus” e Deus      “não descansará até que a nossa prece seja atendida”.
    Mas não se rejeita as preces feitas através dos nossos intercessores. E aqui contamos com os nossos bispos, presbíteros e diáconos, com os nossos irmãos, e com todos os santos. E se aproveita melhor ainda quando fazemos as nossas orações pela Santa Missa e  demais Sacramentos e outros atos de piedade.
    
 São Paulo nos mostra através da carta a Timóteo, o quanto é importante ao Ministro de Deus, empenhar-se durante a sua vida no serviço da Igreja e dos irmãos.  Igualmente, o fiel leigo em geral, também exerce o seu sacerdócio pelo batismo e juntos formam uma bela comunidade orante.
     Não importa se as  vezes nos cansamos, se somos injustiçados ou perseguidos por motivo da nossa fé; se ninguém veio em nossa defesa. A lição de São Paulo nos ensina a perseverar dizendo que vale a pena ter uma vida de oração dedicada a Deus, sendo certo que também encontramos muitos momentos de alegria e entusiasmo que nos compensam muito mais.
     E como são fortes e estimulantes as palavras de São Paulo, e nos dá vontade de um dia poder repeti-las: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa".
     

 O Evangelho, então, nos ensina que a boa oração se faz sem comparação com nada, sem pretensão de parecer melhor do que os outros ou apontar os seus erros, sem necessitar gritar alto como se Deus fosse surdo, nem procurar o lugar mais elevado para ser visto rezando. Basta fazer como o cobrador de impostos, que se sentindo pecador, torna-se pequeno, humilde, prostra-se diante de Deus, bate no peito e diz: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!”.
Louvado Seja N. S. Jesus Cristo.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Reflexão dominical: Rezar e orar sempre


29º DTC – ano C – 17/10/2010
(Ex 17,8-13a; 2Tm 3,14-4,2; Lc 18,1-8)

Prezados amigos e irmãos em Cristo.
    Os Israelitas haviam saído do Egito e quando tiveram que atravessar um território ocupado pela tribo dos amalecitas, na passagem pediram que lhes dessem um pouco de água para saciarem a sede. Entretanto, os amalecitas não apenas negaram a água como atacaram e mataram os mais fracos da retaguarda da caravana dos Israelitas. Daí, então, o ataque dos Israelitas contra os amalecitas por ordem de Moisés dada a Josué.
   Enquanto guerreavam, Moisés, Aarão e Hur subiram à montanha para pedir a ajuda de Deus.
    É um pouco da história.
    Mas o que tiramos de bom dessa mensagem bíblica é a fé de Moisés em Deus e o apoio de Aarão e Ur, e acima de tudo, a atenção de Deus aos justos que lhe pedem ajuda.
    O gesto de Moisés com seus braços levantados em direção ao Céu representa para nós a posição de quem tem muita fé na oração e as suas mãos levantadas apontam para o infinito, para algum lugar, qualquer um, onde Deus se encontra.
    A força da oração fez com que os Israelitas vencessem a batalha. Para nós, significa que a oração é o diálogo que travamos com Deus que poderá ser de súplica ou de agradecimento.
    Moisés orou durante todo o tempo em que foi necessário. Podemos entender que ele orou  sem parar, ao ponto de cansar e precisar do apoio de Aarão e Hur.
    Ensina-nos também, que o cansaço ou o desânimo, pode fazer com que a nossa fé diminua.   E nessas horas, como é importante o apoio de alguém.
    Temos os nossos pastores servindo o altar nas Missas ou em outras celebrações, pastorais e movimentos sempre dispostos a ajudar. Temos os nossos irmãos leigos que também abraçaram a fé e estão espalhados por todos os lugares como missionários, e certamente perto da sua casa existirão muitos prontos para quando você se cansar, oferecer os seus ombros e não te deixar esmorecer.
 
     A oração te faz um homem firme e a preservar tudo aquilo que Deus te ensinou porque você sabe que é verdade.
    São Paulo continua escrevendo a Timóteo e recomenda mais uma vez a perseverança e a confiança na Sagrada Escritura, um compêndio de oração.
    A mensagem de Paulo é no sentido de que a Sagrada Escritura foi inspirada por Deus, e Timóteo, como bispo da igreja,  deveria não apenas segui-la como seu caminho, mas fazer dela uma maneira eficaz para  “corrigir e para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra”, e mais adiante acrescenta: “eu te peço com insistência: proclama a palavra, insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda paciência e doutrina”.
    Como é importante, e principalmente neste momento de vésperas eleitorais, o chamado de atenção de São Paulo, principalmente aos ministros ordenados da igreja, das suas obrigações de, com base nos Evangelhos e Cartas da Bíblia, apontar aos fiéis que o melhor caminho da humanidade seja na vida política, empresarial ou qualquer outro setor da sociedade, tudo deve se orientar nos ensinamentos de Jesus Cristo.
    E completa-se com o Evangelho com a lição de Jesus Cristo de que não devemos cessar de rezar.
    A parábola apresentada da viúva que insistentemente pedia ao juiz que decidisse a sua causa fazendo justiça mostra que aquela mulher já vinha implorando há muito tempo ao magistrado que, ao que parece, fazia a pouco caso. Mas um dia, de tanto receber a visita da viúva e ouvir as suas queixas que muito o aborrecia, resolveu de uma vez por todas decidir.
    Comparando-se com o juiz, Jesus na parábola te questiona: “E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?”
    O próprio Jesus responde no sentido de que Deus sempre atende as nossas orações quando os nossos pedidos são justos e isto ela fará sempre no tempo oportuno.
    Portanto, rezar e orar sempre, é a grande receita de Jesus para que o homem não perca a  fé e receba a recompensa de Deus.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia de Nossa Senhora Aparecida

Quem é esta mulher que atrai tanta gente ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida?
Será mãe de algum diácono, padre ou bispo? Ou de algum pastor evangélico? Ou de algum rabino? Ou de algum filósofo? Ou de algum político? Ou ainda de qualquer outra personalidade?
        Será, ainda, parente de Nossa Senhora das Dores, do Rocio, da Glória, de Guadalupe, do Carmo, da Luz e tantas outras “Nossa Senhora”?
        Eu respondo: Não e Sim.
        DIGO NÃO, porque Nossa Senhora é MARIA, MÃE DE JESUS Aquela jovem da cidade da Galiléia chamada Nazaré (segundo Lc 1,26), que ao ser perguntado pelo Anjo Gabriel, mensageiro de Deus, se aceitava ter um filho cujo nome previamente escolhido devia ser JESUS, depois que entendeu do que se tratava, respondeu SIM!
        Vejam, meus irmãos, no gesto de Maria, a doação de si mesma, a confiança absoluta em Deus, a responsabilidade de aceitar tamanha missão.
        Deus não escolheu nenhuma mulher famosa da sua época, nem rica ou influente, nem ligada a poderosos. Mas escolheu MARIA, simples, humilde, pobre, mas que tinha dentro do seu coração a riqueza do amor, da pureza, da fidelidade, acima de tudo, imaculada, alguém que encontrou graça diante de Deus.
        Portanto, Maria já predestinada desde o Antigo Testamento, faz parte do Plano da Salvação como escolhida dentre todas as mulheres. A sua colaboração fez com que Deus cumprisse a promessa do Messias.
        Maria não é nenhuma deusa, nem maior ou melhor do que seu Filho Jesus Cristo. MAS É A MÃE DELE a quem criou, educou e protegeu. De JESUS que sempre soube amá-la e respeitá-la. Do JESUS que caminhou até o calvário com o peso da cruz submetendo-se a toda forma de escárnio para a remissão dos nossos pecados. E esta mulher MARIA a tudo assistiu, com dor no seu coração, sem nada reclamar porque confiava em Deus e no seu Filho. E MARIA viu a vitória do seu Filho Jesus sobre a morte. Viu seu Filho ressuscitado.
        DIGO SIM, porque na cruz, Jesus ao dizer a Maria eis o seu filho, e a João eis a sua mãe, entendemos e aceitamos MARIA COMO NOSSA MÃE. E como esse gesto nos agrada e nos conforta!
        E assim como os cristãos primitivos se sentiam nós também nos sentimos FILHOS DE MARIA. Não importa sob que título Maria seja tratada porque MARIA É ÚNICA.
         Nossa Senhora Aparecida cuja história do nome conhecemos, é MARIA a mesma MÃE DE JESUS, cuja imagem milagrosamente encontrada no rio Paraíba pelos pescadores, serve de retrato da santa que não está na imagem mas no Céu, é venerada como nossa intercessora e acima de tudo porque é a MÃE DE JESUS QUE É DEUS.
        Por isto amamos Nossa Senhora. Por isto as romarias no dia de hoje principalmente, ao Santuário a ela dedicado, mas que não exclui as nossas devoções em todas as Igrejas próximas das nossas casas e em nossos próprios lares, agradecendo e pedindo a intercessão de MARIA, MÃE AMÁVEL E MÃE QUERIDA, e para que também através dela cheguemos a JESUS.
Salve Maria!
          

domingo, 10 de outubro de 2010

O PODER DA RELIGIÃO EM NOTICIA


"Não sejais imprudentes, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus."   (Ef. 5,17)



    A imprensa, de um modo geral, vem noticiando a reviravolta política com relação aos candidatos Serra e Dilma, entendendo como efeito de um “poder da religião”.
    O poder da religião, para qualquer delas, mas no caso  as cristãs, está diretamente ligado ao entendimento que cada uma tem de que, como porta voz de Deus e representante de Jesus Cristo, também detém poder.
    No momento, a expressão “poder” conforme noticiado, está diretamente relacionado a idéia de contra-ataque ao “poder político” da campanha presidencial maculada pelo propósito do aborto, principalmente.       
    Como entender esse “poder”?
    A Bíblia enumera diversas passagens onde Deus aparece como Todo-Poderoso. E de fato Ele é conforme um dos seus atributos, a ONIPOTÊNCIA.
    Mas é um poder diferente de alguns outros poderes. E boa parte das igrejas cristãs sabe disso.
    O poder das religiões cristãs, em nome do Senhor Jesus, é um poder manso, criterioso, coerente, de aconselhamento, inerente ao Sagrado e que se inspira também nas Sagradas Escrituras a exemplo da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo, 3, 16: "TODA A ESCRITURA É INSPIRADA POR DEUS, E ÚTIL PARA ENSINAR, PARA REPREENDER, PARA CORRIGIR E PARA FORMAR NA JUSTIÇA". Não é impositivo nem coercitivo.
    Evidente que a convicção religiosa, a fé em Deus, sobrepõe-se a qualquer legislação humana que contrarie os princípios doutrinários cristãos. Isto é, se a lei humana permitir, por exemplo, o aborto, você não é obrigado a abortar, nem o médico a assassinar.
     Mas isto não quer dizer que a religião cristã e os cristãos por si mesmos, na defesa da sua fé, na defesa dos princípios morais, éticos e religiosos em que  acreditam, omitam-se e deixem de bradar, e muito alto, contra tudo aquilo que venha a por em risco  o que eles e sua religião acreditam. É um dever cristão. É a convicção religiosa.
    Portanto, o que chamam de “poder religioso”, nada mais é do que o exercício do direito evangélico de “ensinar, repreender, corrigir, e fazer justiça”, além da própria liberdade de opinião.
    Afinal, o que fez Jesus? Desde que iniciou a sua missão e até o fim, nunca limitou a receptividade dos ouvintes. Falou para todos. Anunciou para todos. Convidou Mateus e a todos: “vem e segue-me”. Ensinou sobre as conseqüências de seus atos àqueles que não aceitassem a Sua Palavra, mas jamais obrigou a ninguém segui-Lo.
    O próprio Deus Pai, não forçou Maria a aceitar ser mãe de Jesus, e esperou dela o seu “SIM”.     Assim faz a Religião Católica. Não obriga ninguém a nada. Mas aponta as responsabilidades doutrinárias aos seus fiéis.
    Diferente é o poder da guerrilha, da corrupção, da ditadura, das quadrilhas, das facções criminosas, onde ou você obedece ou sofrerá as represálias que todos nós sabemos. 
    Entendemos o que a imprensa quis dizer com “poder da religião” e não estamos corrigindo nada. Apenas aproveitando para comentar. Aliás, foi até ótimo para divulgar que as religiões não estão dormindo, mas atentas e querem que os seus adeptos despertem e assumam as suas condições de seguidores religiosos.  Isto é coerência!
    Todos são livres para votar em quem quiser. Mas as religiões estão apontando e recomendando contra comprometimento confesso de um partido político e respectiva candidata que agride a Lei de Deus e o elementar direito a vida posicionando-se a favor do aborto. E não adianta iludir-se com discursos de retratação de ultima hora e temporária pela clara falta de sinceridade e obviedade do oportunista interesse político do segundo turno eleitoral. 
  Benditos sejam os corajosos católicos e evangélicos que estão assumindo as suas crenças, as suas condições de seguidores de Jesus Cristo, e querem proteger a vida porque somente Deus é o senhor da vida e da morte (Sab 16,13).

(Publicado no Jornal MC Litoral de outubro de 2010)

sábado, 9 de outubro de 2010

Reflexão dominical: Confiança, coragem e gratidão.

28º DTC – ano C – 10/10/2010
(2Rs 5,14-17; 2Tm 2,8-13;  Lc 17,11-19)

Prezados amigos e irmãos em Cristo.

     O livro de II Reis, narra sobre o profeta Eliseu e os reinos de Israel e Judá, escrito pelos anos de 550 a.C. O testemunho do autor leva a entender sobre a benevolência de Deus e os favores físicos e espirituais que Deus concede aos que Nele depositam a sua confiança.
     Conta sobre Naamã, um comandante do exercito da Síria que sofria de lepra e não conhecia Deus.
     Estimulado por sua empregada, procura um homem de Deus em Israel chamado Eliseu. Ao chegar, sem mesmo os rituais de apresentação, Eliseu manda que ele fosse se banhar no rio Jordão.  Relutando, faz o que lhe foi mandado. Por sete vezes lava-se e sai curado da sua enfermidade,  como se fosse uma criancinha, diz o texto.
     Foi o que bastou para que Naamã descobrisse que existe um único Deus em toda a terra. Quis compensar Eliseu, mas Eliseu responde que para a pratica das boas obras de Deus não há necessidade de pagamento. Naamã leva, então, uma quantidade de terra daquele lugar.
     Este é o nosso Deus.     Um Deus que acolhe e protege sem nada pedir em troca.
     Naamã foi curado da sua enfermidade física e também foi salva a sua alma. Tornou-se uma criatura nova, como criancinha. Sentiu que devia recomeçar a sua vida e conhecer melhor  o Deus único e verdadeiro em que ele passou a crer.
    Vê-se com que simplicidade o milagre aconteceu. A benevolência de Deus é um dom gratuito que é concedido a todos. Basta querer e confiar.
    Veja também a mansidão do profeta Eliseu. Não precisou esbravejar. Não precisou investir-se de autoridade como se mandasse em Deus. Não precisou exibir força e gritar “EU DETERMINO”  como se fosse um He-man. Com certeza que, como porta voz de Deus, bastou dizer para Naamã: “Vai. Faça o que Deus mandou”.
   Sim, meus irmãos, confiança. Confiança em Deus pela fé é o que nos mantém unidos em torno da Trindade Santa.       
     São Paulo, ainda preso, faz das suas algemas símbolo de união com Jesus Cristo e continua a lembrar Timóteo sobre a sua missão. 
     O apóstolo Paulo também lembra que a Palavra do Evangelho não pode ficar algemada. Ao contrário, deve ser anunciada proclamando a conversão, o Reino e a Salvação em Jesus, ao mesmo tempo em que o pregador deve ser corajoso para denunciar as injustiças e reagir contra propósitos e medidas religiosas, sociais, e políticas ou não  que venham a contrariar a doutrina cristã.
     São Paulo ainda usa de firmeza para recomendar a perseverança  ao afirmar: “se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele ficamos firmes, com ele reinaremos. Se nós o negamos, também ele nos negará. Se lhe somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo”.
     Mas, se mostramos, de um lado, o quanto é bom estar com Deus, Lucas no Evangelho de hoje narra sobre os dez leprosos que ao verem Jesus pediram compaixão e cura e foram curados, mas a exceção de um, não permaneceram com Deus. 
     É, somente um retornou para agradecer e glorificar. Jesus pergunta: 'Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?”.
   
     Deus não precisa de ninguém. Nós é que precisamos Dele. E nós O sentimos na pessoa de Jesus Cristo que mesmo de forma invisível continua entre nós, vivo, com presença real na Eucaristia que acontece em todas as Missas.
    Irmãos, quantos benefícios já recebemos de Jesus Eucarístico? Quantos católicos, como aqueles leprosos, pediram ajuda e compaixão de Jesus durante uma vida toda, foram atendidos,  e esquecem-se de agradecer? Muitos até deixam de perseverar e abandonam a Igreja de Cristo dispersando o rebanho que deveria ser mantido único e unido num gesto de ingratidão sem esperança que o livro Sab 16,29 define como: “a esperança do ingrato é como a geleira do inverno, que se derramará como água inútil.” Não seria melhor voltar e dizer: Obrigado,Senhor.
Louvado Senha N.S. Jesus Cristo.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Reflexão dominical: Lutar contra as injustiças, honrar os ministérios e agir como Servo do Senhor.


27º DTC – ano C – 03/10/2010
(Hab 1,2-3; 2,2-4; 2Tm 1,6-8.13-14; Lc 17,5-10)
 
 Prezados amigos e irmãos em Cristo.

      Na semana passada foi o profeta Amós e agora é a vez do seu quase contemporâneo profeta Habacuc.
     Sofrendo e enfrentando o poder político da sua época, do rei Joaquim, que vivia de luxos e festas, mas péssimo administrador, Habacuc sabia das coisas e nele seus compatriotas confiavam porque era um homem de Deus.
     E foi justamente para atender o clamor do seu povo que o profeta dirige-se a Deus e pergunta: “Até quando?”
. Até quando deveria a sua comunidade sofrer pelos desmandos políticos do rei Joaquim sem que Deus interviesse.
     Parecia-lhes que Deus os havia abandonado e por isso eram obrigados a submeterem-se aos roubos, corrupções, bandalheiras. . . . E agüentar sabe-se lá até quando!
     Habacuc era um profeta corajoso. Mesmo diante de Deus sua voz era forte e exigente:
“Senhor, até quando clamarei, sem me atenderes?”
     Paciente, Habacuc confiou e esperou até que Deus o responde mandando documentar.
     Deus quis que o profeta anotasse para não se perder da memória de que mesmo demorando um pouco,  o povo seria atendido e viria a libertação. E advertiu que os não corretos, morreriam, e os justos viveriam pela fé.
     Sim, Deus é assim. Não importa o tempo que se  tenha que esperar, pois no momento certo a sua resposta virá.
     O que Deus quer e Habacuc transmite é que não devemos nunca desistir dos nossos ideais e do propósito de servir e combater o mal pregando o bem.
    Não há mal que sempre dure. Continue acreditando. Deus jamais abandona a quem nele confia. É a nossa fé.

    
E nesse panorama em que a impressão que nos dá é de que tudo está perdido, São Paulo mais uma vez se dirige ao bispo Timóteo estimulando-o a ser firme no anúncio do Evangelho. Anunciar o Evangelho abrange também os questionamentos sociais, familiares, políticos, éticos, inclusive atingindo diretamente o alvo contra politicos  e todos os que publicamente declaram seus propósitos infames contra a liberdade religiosa e contra a vida aprovando o aborto e outros atentados aos verdadeiros direitos humanos. 
     Embora a sua carta tenha sido dirigida a Timóteo, podemos sentir que até hoje a força da fé de São Paulo ecoa em nossas igrejas e serve para todos aqueles que exercem o ministério ordenado, principalmente.
     Bispos, padres e diáconos receberam o chamado de Jesus e com o Sacramento da Ordem, o dom de Deus. Estamos revestidos, portanto, de força e coragem para testemunhar Nosso Senhor sem sentir vergonha. 
     Quem destes ministérios destoar das palavras de Jesus e dos exemplos dos apóstolos, fugindo da responsabilidade, da amizade, da fraternidade, do respeito, estará comprometendo o apostolado a que se propôs e prejudicando com o seu contra-testemunho a Igreja de Jesus Cristo.
     E é justamente com  confiança em Cristo e na sua Igreja que estaremos colaborando para um mundo bem melhor já aqui na terra transformando os corações para a prática do bem.

   O que leva os homens a reencontrarem o caminho do Senhor, educando-os à luz do Evangelho, é a Fé   


São Mateus nos leva a perguntar:  Qual será o tamanho da nossa Fé?     Terá ela o tamanho de um grão de mostarda?
    Será que o nosso comportamento, seja como ministros ordenados, seja como fiéis envolvidos nos diversos movimentos e pastorais da igreja, ou  como cidadãos, estará sendo sal da terra e luz do mundo?
     Estaremos dedicando a nossa vida com muita fé por aquilo a que fomos chamados, ou  apenas representando sem fé e ainda esperando que nos agradeçam?
     Tiremos o que é negativo e que ofusca e demos lugar à luz de Cristo que ilumina e alegra o cristão.   
     A oração é o nosso apoio e fortalecimento. Quando operamos em nome do Senhor Jesus cheios de fé e com o coração contrito e aberto para o amor estaremos ajudando a estabelecer o Reino de Deus já nesta vida. E pelo que fizermos, saibamos responder: “Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.”

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.