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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ABENÇOADO SEJA O NOVO ANO.

2.011 - 2.012


1. Primeiro Deus criou o céu e a terra e a luz, o dia e a noite; 2. Depois o firmamento  no meio das águas separando-as umas das outras, e ao firmamento chamou de céu; 3. Depois juntou as águas   num só lugar que chamou de mares e apareceu a terra e mandou a terra produzir frutos;  4. . Depois fez luzeiros no firmamento, um para presidir o dia e outro para presidir a noite, e também as estrelas separando a luz das trevas; 5. Depois mandou as águas produzirem répteis animados e viventes, e aves para voar sobre a terra, segundo a sua espécie; 6. Por ultimo, disse: FAÇAMOS O HOMEM... HOMEM E MULHER para presidir tudo o que existe na terra. 7. E reservou o sétimo dia para dar como concluída sua obra da criação, e o abençoou e o santificou. (Gn 1, 1ss).
       Seis dias de criação segundo a narrativa bíblica, ou bilhões de anos conforme a ciência. Não importa! À luz da fé você poderá acreditar nos números bíblicos ou científicos e não estará cometendo pecado, pois Deus nunca se utilizou de calendário visto que Ele é eterno, daí os atributos da Onisciência, Onipotência e Onipresença.
       Foi assim que iniciou o nosso mundo, essa maravilha da criação divina e os nossos dias até hoje, motivos de meditação para a passagem de ano.
       Mas o que festejaremos neste ano novo? Passagem de 2011 para 2012? Ou 2017?
       O monge Dionísio calculou o nosso atual calendário e o Papa Gregório XIII editou uma bula papal homologando. Só que Dionísio cometeu um erro ao calcular a data do nascimento de Jesus Cristo e estabelece-la como marco zero, visto que na realidade dos pesquisadores, Jesus nascera cinco ou seis anos antes, o que, se corrigido fosse, estaríamos entrando no ano 2.017.
       Meus amigos e irmãos.
       Em nosso falho critério de calcular, não importa se Deus levou seis dias ou bilhões de anos para criar este nosso universo e o planeta terra. Nem se estamos entrando no ano de 2012 ou 2017.
       Como o calendário vale assim como está, 2.012 será o próximo ano e o importante é refletir como seremos daqui em diante.
       O Natal de Jesus chamou a nossa atenção para a espiritualidade. O ano novo deve ser reiniciado com essa espiritualidade acrescentada da prática de boas obras sociais e comunitárias, exercendo a cidadania e a fraternidade, tendo a família como o esteio e alicerce de todos os valores humanos.
       Quando diz que Deus descansou no sétimo dia, não significa que deitou-se para dormir, mas inspira a idéia de que parou para olhar o que fez,  e achou que tudo FOI BOM, e com certeza encontra-se tão ativo como sempre a nos espreitar  esperando que também nós, coroas de toda a criação, olhemos para o ano que passou e possamos dizer: FOI BOM!
Que vocês possam olhar para trás e agradecer a Deus pelo caminho percorrido e encontrem consolo pelas aflições,  e que surjam no ANO NOVO, oportunidades para melhorar no que for preciso, e que seja um tempo de novas vitórias e conquistas visando o bem estar pessoal e de outros também.
Feliz Ano Novo.
Diác. Narelvi e família. 

domingo, 25 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL! - 2011


Prezados amigos e irmãos que acompanham o meu blog.

     Era uma vez o nascimento de uma criança, assim como todas as crianças desde o inicio da criação. Mas esta, mesmo tendo sido gerada e nascida de uma  nulher, teve uma paternidade diferente.
Lá estava a jovem Maria, em Nazaré, que mesmo desposada de José não tinha o seu casamento consumado segundo os costumes da época. Era uma moça completa de todas as virtudes. Pura, Santa, Imaculada! E nem imaginava que ela era uma escolhida, predestinada por Deus para ser a Mãe do Messias.
Qual não foi a sua surpresa e perplexidade quando o anjo Gabriel aparece diante de si como mensageiro de Deus e lhe faz um anuncio e uma proposta: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1, 28-31).
Como? Pergunta.
“O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra”, disse-lhe o anjo.
E Maria livremente aceitou e respondeu para Deus: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Pois é, meus irmãos.
Quis a vontade de Deus vir habitar entre nós através de uma mulher. E por que Maria?
A resposta encontramos na primeira parte da oração Ave Maria, recitada pelo Anjo Gabriel e completada por sua prima Izabel:
“Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1,28),  “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42), que reunidas assim rezamos: “AVE, MARIA, CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR É CONVOSCO, BENDITA SOIS VÓS ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DE VOSSO VENTRE, JESUS”.
Hoje é Natal. Aniversário deste menino filho de Maria, cujo pai adotivo é José.
Se aproveitamos a data para as nossas confraternizações em família com troca de presentes devemos lembrar de tantas e tantas famílias que não podem fazer o mesmo, seja porque são pobres, ou porque estão separados de seus familiares.  
Por isso que precisamos, no Natal, deixar um pouco de lado as nossas vaidades e materialização da data para lembrar dos que sofrem pelo menos com as nossas orações e com obras se possível for.
Maria era pessoa simples e pobre. Mas se tornou a bendita entre todas as mulheres, a mulher mais importante do mundo e quem mais conhece a Santíssima Trindade porque é filha do PAI, mãe de JESUS e esposa do ESPÍRITO SANTO, dando-nos a lição de que o importante é aceitar a vontade de Deus, saber dizer SIM quando chamados para alguma missão, e principalmente, colocar nas mãos desse menino que cresceu para trazer luz a este mundo e às NOSSAS VIDAS.

Que Jesus hoje festejado não morra amanhã vítima do esquecimento, mas que permaneça e faça de cada um de vocês Sacrário vivo onde Ele possa permanecer para sempre.
FELIZ NATAL!
Diac. Narelvi e Família.

HOJE VOS NASCEU NA CIDADE DE DAVI UM SALVADOR, QUE É O CRISTO SENHOR


No principio era a Palavra
Reflexão Dominical - Festa de Natal - Ano B - 25.12.2011
(1ª Leitura - Is 52,7-10;2ª Leitura - Hb 1, 1-6; Evangelho - Jo 1,1-18)
 Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
         
          Por que o Natal?
         Na Visão de Isaias, “sentinelas anunciavam o retorno de um grande número de exilados vindo de Babilônia que alegremente festejavam o fim da escravidão, da corrupção e da opressão e o começo de uma nova era, um reino no qual o Senhor guiara pessoalmente o seu povo. E pelo ano 530 a.C. realmente esse retorno aconteceu porém, sem provocar nenhuma explosão de alegria, e não foi triunfal”[1]  
         O sentido da visão de Isaias e o que realmente aconteceu não desmerecem a profecia do gozo de uma vida cheia de glórias e alegrias, porque o seu alcance não pairava naqueles momentos humanos, mas projetava-se para uma outra realidade: a vinda do Messias e com ele a Salvação.
         Jesus nasceu há mais de dois mil anos, mas essa realidade esperada ainda não aconteceu em sua plenitude, pois que as guerras, as maldades, as corrupções, as inimizades, as deslealdades e infidelidades ainda continuam. E isto ainda acontece até no meio dos próprios cristãos onde muitos deles retalharam o cristianismo ao seu bel-prazer, e criaram inimizades entre si.
         Mas o “O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações”, no dizer de hoje, “arregaçou as mangas” pondo em prática de imediato a preparação para a sua revelação diante de todos os homens mostrando que Dele  veremos a Salvação.

São Paulo na epístola de hoje, nos lembra que Deus é o Senhor do Universo e falou aos homens de varias maneiras e que nos últimos tempos nos fala através de Seu Filho Jesus a quem devemos adorá-lo.

No Evangelho, palavra viva de Jesus, João revela que Jesus é o próprio Deus atestando que “No principio era a “Palavra que estava com Deus e era Deus”, “Nela estava a vida que era a luz dos homens”, que “já estava no mundo” ,  “Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus”.  E no versículo 14, conclui a divindade de Jesus: “E a palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade”.

         Irmãos: JESUS É DEUS.
        
Precisamos dar continuidade ao Plano de Deus até o fim. Precisamos de uma conversão constante e sincera. O caminho é Jesus Cristo a quem devemos anunciá-lo com animo e coragem, pois como diz Isaias: “Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação”.
Eis aí, porque o Natal.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
FELIZ NATAL.
Diác. Narelvi


[1] Clebrando a Palavra, Ano B, Fernando Armellini, pág. 56.

domingo, 18 de dezembro de 2011

ALEGRA-TE, CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR ESTÁ CONTIGO!

  Reflexão dominical - 4º domingo do Advento - Ano B - 15.12.2011 
2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16; Rm 16,25-27; Lc 1,26-38 

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
         Hoje, a inspiração está numa mulher. 
         Iniciando pela primeira leitura, Davi foi um dos personagens bíblicos mais importante na formação do grande povo de Deus que viveu pelo ano 1.050 a.C.   
Na sua idade avançada sentiu que enquanto ele residia num  bom palácio, a casa de Deus (arca) estava alojada numa tenda. Queria, então, construir uma casa para Deus e recorre ao seu conselheiro o profeta Natã, que numa segunda intervenção ao transmitir a fala do Senhor transmite-lhe uma pergunta com sentido de resposta negativa: Porventura és tu que me construirás uma casa para eu habitar?
No livro I Cr 22,8-10 fica esclarecido que quem construiria seria seu filho Salomão.
Nos versículos 10 e  11 (2 Sm 7) o Senhor diz por Natã que iria preparar um lugar para o povo de Israel,  e que faria também uma casa para Davi.
O Senhor revela uma intimidade de pai para filho e de filho para pai com relação a Salomão, e que essa casa a que se refere seria uma casa estável, para sempre.
Casa tem também o significado de família e descendência. Essa casa anunciada aqui na terra referia-se a pessoa de Jesus.
É impossível, irmãos, imaginar a Casa de Deus sendo iniciada nesta terra, entre nós, sem lembrar de Maria. Nossa Senhora abrigou Jesus no seu ventre e o criou. Nela, portanto, se estabeleceu a primeira Casa de Deus de onde nasceu Jesus, o Messias tão esperado.

         São Paulo fala em mistério. Refere-se ao projeto de Salvação conhecido por Deus desde o inicio (daí o mistério), e que para nós se tornou conhecido por Jesus Cristo.
         O Natal se aproxima. Momento de recapitular o que as Sagradas Escrituras nos falam sobre a vontade de Deus e o que Ele quer e espera que façamos como partícipes da grande comunidade de Jesus.
         São Paulo fala em fidelidade à pregação de Cristo.
         Não se trata de preparar os festejos natalinos com presentes e passeios. Não é isto que Cristo quer, mas sim, que manifestemos nossa alegria com o seu nascimento e nos tornemos fiéis multiplicadores da sua Boa Nova.

         Lucas narra como o projeto da Casa de Deus se implantou.
         Deus é por excelência O HOMEM prudente que edificou sobre a rocha (Mt 7,4). Projetou a sua vinda na pessoa firme de Nossa Senhora.
         Antes, preparou a estratégia. Manda um anjo falar com Maria que já sabendo de quem se tratava, assim a saudou: “ALEGRA-TE, CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR ESTÁ CONTIGO”.  E depois do conhecido diálogo, respondeu: EIS AQUI A SERVA DO SENHOR; FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA!”
         Graças ao projeto de Deus e ao SIM de Maria, Deus habitou entre nós. Implantou-se aqui na terra A CASA DE DEUS que se perpetua em nossas Igrejas com Jesus presente o tempo todo na EUCARISTIA, e em nossas famílias.
         E o anjo retirou-se. Assim conclui o Evangelho de hoje.

         Nesta ultima semana do Advento, o que pretendemos?
         Creio que será preparar uma moradia muito especial para Deus feito Homem que é Jesus.
Vamos aguardar o seu nascimento como  um  renascimento nosso para uma vida nova. Para uma conversão sem mudar-se da Sua casa. Vamos convidá-lo a sair do Sacrário para morar também no Sacrário dos nossos corações. 
         O anjo retirou-se porque fez a sua parte. Resta-nos dar continuidade com Jesus e Maria.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diác. Narelvi

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pe. SAVINIANO - APRESENTAÇÃO


Pe. Saviniano Gonçalves Ferreira
 *   20.08.1988 
+   29.05.1948

         Contava eu com seis anos de idade, criança portanto, e lembro de uma correria na minha rua. Meu pai Narcizo, agitado, caminhando rapidamente para a “casa do padre”, nosso vizinho, falou: “morreu o Pe. Saviniano!”.
         O Pe. Saviniano era um padre extraordinário em todos os sentidos. Um padre pai, amigo, compadre de muitos, que vivia os votos de pobreza como pobre de verdade, com tantas outras virtudes conforme contavam as pessoas mais velhas.           
       Devido a minha idade infantil na época,  não lembro da sua fisionomia mas recordo dele como a figura de um vulto de alguém de batina, e também da existência no seu quintal de galinhas galizé.
         Foi ele quem me batizou na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto no dia 02/02/1942, na minha cidade de Morretes Pr.
         Pois bem! Depois de muitos anos, manuseando alguns livros tombo da paróquia, encontrei uma pérola da história paroquial: narrativas sobre o falecimento do Pe. Saviniano que copiei e recentemente o meu primo Eric reproduziu.
Com certeza a maioria ou talvez até todos os meus leitores não chegaram a conhecer a pessoa exemplar deste padre. Mas se tiverem paciência de ler os documentos que apresento, principalmente a ata e o discurso, sentirão pela riqueza de detalhes escritos respectivamente pelo Pe.  Camargo (Pe. João Raimundo Camargo Penteado de Faria que assumiu em seguida a direção da paróquia na condição de Vigário) e Aguilar Morais, a sensação de já conhecê-lo.
Diác. Narelvi

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CÓPIA DO REGISTRO EM ATA DO FALECIMENTO DO PADRE SAVINIANO


Livro Tombo número 5, folhas 92 verso a 97.
“FALECIMENTO DO VIGÁRIO REVERENDÍSSIMO
PADRE SAVINIANO GONÇALVES FERREIRA.”

Começo o lançamento dessas notas nesta página oitenta e seis, verso, donde passarei à página noventa e três por faltarem as páginas que medeiam. No dia vinte e nove do mês de maio de mil novecentos e quarenta e oito de Nosso Senhor Jesus Cristo, vim de Paranaguá, a convite dos Reverendos Padres Redentoristas, por não estarem bem familiarizados com a língua portuguesa, e para atender ao chamado por telefone de Morretes a fim de prestar espirituais auxílios ao Vigário acometido de mal súbito. Viajando no automóvel da Congregação dos Redentoristas, saímos de Paranaguá às dez horas da manhã e chegamos a Morretes às onze horas da manhã, o Reverendo Padre Guilherme Connors da Congregação dos Redentoristas, o Sr. Eleuter Rodrigues Viana, candidato à mesma Congregação e eu. Encontramos então o Reverendíssimo Vigário em estado de coma, vítima de um derrame cerebral ocorrido naquela noite. Morando sozinho, o Reverendíssimo Vigário fora encontrado naquele estado pelas autoridades locais, a chamado do Sr. Fábio de Souza que tomou essas providências, visto que o Vigário tardava em vir à Matriz, e se encontrava a casa Paroquial fechada, e não atendia a chamados e batidas. Apesar dos socorros médicos imediatos do Doutor Pedro Alves Baraúna, o Vigário não cobrou os sentidos. Ao Reverendíssimo Vigário desacordado prestou o Padre Guilherme os socorros espirituais, administrou a Extrema Unção. Duas horas depois chega Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Arcebispo Metropolitano Dom Ático Eusébio da Rocha, acompanhado do Secretário do Arcebispado Reverendíssimo Padre Bernardo Krosinski. Sua Excelência Reverendíssima, com voz forte, pois o sentido de ouvir é o último que se perde, fez paternais recomendações espirituais ao Reverendíssimo Vigário que continuava desacordado, deu-lhe a bênção papal e deu-lhe a beijar a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo crucificado, com indulgência plenária. Como era dia de sábado, os sacerdotes deviam voltar a seus trabalhos e Sua Excelência Reverendíssima tinha visita Pastoral marcada para o dia seguinte, e verificando-se que eu não tinha compromisso marcado nem colocação eclesiástica no momento, então Sua Excelência Reverendíssima mandou o Padre Secretário passar-me provisão de Vigário substituto, nesta data. Assim, nesta tarde, voltou Sua Excelência Reverendíssima com o Sr. Padre Secretário para Curitiba e o Sr. Padre Coadjutor para Paranaguá, e fiquei eu atendendo o Padre Vigário enfermo. Apesar da dedicação de outro médico, Dr. Abdon Nascimento, afilhado de batismo do Vigário, continuou o Revmo. Padre Saviniano em estado de coma até às dezenove e meia horas do mesmo dia vinte e nove de maio quando entrou em agonia: rezei então as orações litúrgicas da agonia e, ao finalizar, o Revmo. Padre Saviniano entregou sua alma ao Criador, termo de uma vida modelar e apostólica de trinta e quatro anos de paroquiato em Morretes. Soube-se pelos paroquianos que enchiam a casa paroquial e pela sobrinha do falecido, Sra. Eulita Ferreira Zanotto que era vontade do extinto ser sepultado em Araucária, sua terra natal, neste Estado do Paraná. Porém, Sua Excelência Reverendíssima, aliás, intérprete da vontade dos paroquianos, determinou que o Vigário fosse sepultado no Cemitério de Morretes, onde empregou os seus melhores esforços de toda sua vida sacerdotal, e assim se fez a vontade geral.
Morretes, 29 de maio de 1.948.
     (a)                 Pe. João Raimundo Camargo Penteado de Faria, -  Vigário Substituto”.

domingo, 11 de dezembro de 2011

DISCURSO DE AGUILAR MORAIS - Edição Pe. Saviniano

DISCURSO DO INTELECTUAL MORRETENSE, AGUILAR MORAIS,
À BEIRA DO TÚMULO DO PRANTEADO VIGÁRIO:

As palavras que vou ler foram por mim pronunciadas há mais de quatro anos, por ocasião de uma homenagem lítero-musical prestada, na Rádio Club Paranaense, ao Padre Saviniano, na qual tomaram também parte o poeta conterrâneo Sr. Dr. José Gelbeke, o ilustre musicólogo Benedito Nicolau dos Santos, o nosso querido Rodrigo de Freitas e outras pessoas:
“Minhas palavras não deverão ser apreciadas em sentido diverso daquele que eu lhes desejo emprestar. Têm elas apenas o cunho de um depoimento pessoal, o valor restrito de um testamento. O Padre Saviniano Gonçalves Ferreira, Vigário de Morretes há cerca de trinta anos, é um sacerdote paranaense, nascido em Araucária, e ligado, por laços de parentesco, a distintas famílias do nosso Estado. Se não me engano, iniciou e completou os seus estudos em Curitiba, onde se ordenou. Nada de misterioso, que aguce a curiosidade, há em sua vida limpa, que decorre como a de qualquer cidadão, desses que conhecemos desde a infância e de que seguimos todos os passos. De estatura acima da mediana, forte e risonho, amável, sabe ser de uma simplicidade e de uma modéstia incomuns, dando-nos a idéia de um São Cristóvão, que tivesse conseguido o milagre de concentrar no espírito todo o seu vigor físico, transformando-o em essência de bondade, de altruísmo, de caridade. Também do carvão de pedra, da hulha negra, que é calor, força, energia, se extraem perfumes, que geram sonhos e visões irreais. O vigário Saviniano já foi comparado a uma árvore robusta, cujo cerne não se presta a alimentar fornalhas, mas que fornece calor aos fogões dos pobrezinhos; árvore, que sempre pejada de flores e frutos, está plantada à porta das choças dos pequenos, dos que sofrem, para lhes dar a sua sombra, os seus parmos, a música das suas francas; árvore que alimenta o corpo e, como as lendas, fala aos homens uma linguagem cheia de ensinamentos, doces conselhos, de vida evangélica e simples. Infenso às pompas e postos, contrário a tudo quanto não seja natural, sábio e justo, foge o Padre Ferreira do convívio dos grandes e poderosos, para se acercar dos humildes, minorar-lhes os sofrimentos e ministrar-lhes, com a palavra meiga e sobretudo com o exemplo, as regras de viver piedosamente, no reino da ventura, que se alcança quando se chega à compreensão de que tudo no mundo é passageiro e que os homens são todos irmãos. Contudo, o Vigário Morretense não parece ser do seu século, se visto de um certo ângulo, que lhe enquadra a figura e lhe põe à mostra a alma apostolar, carregada de amor sem limites ao próximo, impregnada de piedade fraternal pelos seus semelhantes. Nesta época de transição e de angústia, em que mais feroz de nos mostra o egoísmo, avassalando a maioria das almas e das consciências e nelas destilando os seus venenos, o Padre Ferreira se assemelha a um elo de ouro solitário, desligado pelo tempo daquela corrente de amor, forjada por Jesus Cristo, e cujo segundo elo foi São Francisco de Assis, aparecendo agora, isolado, sem destino, perdido entre a montanha e o mar, no vale do Nhundiaquara...
O Vigário de minha terra tem da caridade uma noção de que as gerações contemporâneas rirão abertamente, julgando-a absurda, contrária às leis sociológicas, às diretrizes que se traçaram às nações e os homens desde há séculos. Ele não compreende a caridade que dá o que sobra, o que não faz falta, o que há em excesso; nem essa caridade que atira aos desvalidos a esmola com ostentação, que torna pública a dádiva, que transforma em moeda corrente e suja para edificação dos parvos, um ato puro que, se praticado às ocultas, sem alardes e sem ostentação, eleva e purifica a alma, ilumina a consciência e aproxima mais o homem de Deus, o Padre Ferreira pratica a caridade à sua maneira, como a pregava Jesus: reparte com o pobrezinho seu único pão, dá-lhe o agasalho que possui e fica, tiritando, ao frio. Nada lhe pertence, nada, quando seu irmão desventurado sofre necessidades.
Suas mãos estão sempre vazias, porque só tomam as cousas para as dar aos outros. Vazias, pensa ele, estão mais livres para abrir. O sacerdote que vive em Morretes veste-se pobremente, alimenta-se com frugalidade, não possui um vintém de seu. E oculta os benefícios que faz, nega-os risonhamente quando interpelado (graças atribuídas a Santa Filomena, de sua especial devoção, nota colhida do povo).
Quando sua batina desbota e começa a puir-se, são seus amigos, as senhoras, que o respeitam e veneram, quem primeiro se apercebe do mau estado das vestes sacerdotais. Cotizam-se, então, e oferecem-lhe uma batina nova. O Padre acha que não deve aceitar, reluta, deseja convencer seus amigos de que seu vestuário ainda serve, mas, afinal, como bom cristão, a recebe e aceita, sentindo-se, talvez mais próximo do Senhor por despojar-se do orgulho humano, por sentir-se menor do que os outros, por estender as mãos, no gesto humilde de receber. Este padre não é um asceta (anacoreta?), um fanático, nem mesmo um ser à parte, na vida da cidade em que reside. É um homem simples, chão acessível.
Dominando a língua latina, expressando-se em excelente linguagem, bastante culto e inteligente, quando prega parece estar conversando com o povo: nenhuma ênfase, nenhum tropo retórico, poucas parábolas, nenhum lance dramático. Conta às vidas dos Santos, narra os seus atos de heroísmo e de amor ao próximo e a sua crença, os seus martírios, a sua fé ardente, mas tudo de tal jeito, com os olhos tão baixos, com a expressão tão desnudada, que parece envergonhado.
Tem-se a impressão de que todas as grandezas, mesmo os sublimes sacrifícios dos mártires o deslocam, o ofuscam, o arrancam do seu natural, de sua santa simplicidade. Ponho o ponto final no meu depoimento, mas devo rematá-lo dizendo que o Padre Saviniano Gonçalves Ferreira, vigário de Morretes, é um santo do nosso tempo.”
Isto, dizia eu há quase um lustro. Repito-o, desolado, nesta hora triste em que o nosso grande amigo é chamado para o Reino de Deus, a cujo lado há um lugar para ele. Adeus, Padre Saviniano. Aqui fica, sangrando de dor, o coração deste povo que tanto te quis e que tanto amaste, protegeste e serviste, como sacerdote, como guia, como pai amantíssimo. Teu reino, padre, não era deste mundo. Passaste pela terra como uma estrela cadente, para lançar nas almas que te compreenderam e hauriram os teus ensinamentos, uma sementeira de luz, em que as flores divinas do amor, da preza, da bondade, do altruísmo e das mais belas virtudes cristãs desabrocharão à mil, como uma prova dos cuidados e da dedicação sem par do jardineiro que as semeou e as regou com suas lágrimas, dia a dia, minuto a minuto, dando-lhes às vezes o calor gerado pelos seus próprios sofrimentos físicos. No teu tugúrio, na tua humildade franciscana, durante trinta e cinco anos, cumpriste a missão sagrada que Deus te confiou: fazer o bem, purificar as almas, sofrer pelos outros. Cumpriste a tua dura e piedosa missão e voltaste para o Céu de onde vieste, de onde vieste, sim, porque seres corno tu só tem de humano o arcabouço material; a alma é luz celeste, que não morre, que não se extingue, que não se apaga.
Adeus, Padre Saviniano.
No coração morretense viverás como um santo que eras, num altar, perpetuamente incensado pela nossa imorredoura gratidão e pela nossa eterna saudade.
E agora eu peço a todos que, de joelhos, ergam suas preces a Deus pelo santo que foi o nosso irmão pobrezinho e cujo corpo se confunde com a terra-mãe, enquanto se evola para o Céu.”

QUEM ÉS TU?




Reflexão Dominical - 3º domingo - Ano B - 11.12.2011
Is 61,1-2a.10-11; 1Ts 5,16-24; Jo 1,6-8.19-28

 Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

João Batista estava lá, no meio do povo israelita desanimado pelo sofrimento e injustiça. Sua missão era consoladora, de levar àquele povo uma mensagem de esperança numa vida melhor colocando sempre Deus à sua frente.
Como é de praxe, sem que isto seja tomado como falta de humildade, o mensageiro deve sempre se fazer conhecer.  
João Batista tranqüiliza os seus ouvintes apresentando-se como alguém que foi ungido por Deus e que como profeta estava ali para trazer a todos um novo animo e aliviar-lhes os sofrimentos físicos e principalmente “curar as feridas da alma”
E o faz com coragem testemunhando que se sentia um homem agraciado por Deus, confiante na Salvação, assegurando aos que o ouviam que assim como da terra brota a planta e germina a semente, Deus fará germinar a Justiça a todos os povos. 
Isto, meus irmãos, serve de lição a todos os que se dedicam à evangelização, principalmente os Ordenados para o serviço de Deus.  Ninguém será capaz de convencer sobre algo em que não acredita nem empolgará se demonstrar preguiça missionária.
Seja você for um simples leigo que congrega na Igreja ou comprometido com as pastorais, ou até mesmo um ministro ordenado, mostre que é um ungido, uma pessoa escolhida para levar a alegria aos irmãos e que o seu trabalho, por ser um ministério que vem de Deus, deve ser anunciado com voz firme de quem tem convicção e contagiante que possa fazer o seu irmão crescer na fé e ser feliz.

         São Paulo escreve aos Tessalonicenses, justamente estimulando-os para uma vida alegre, alimentada sempre pela oração, preservando todos os bons ensinamentos e rejeitando as tendências pecaminosas, pedindo a Deus que os santifiquem na integridade do corpo e alma que compõe o homem.

No Evangelho João repassa a figura João Batista na sua pregação no deserto mandando endireitar os caminhos para a chegada de Jesus.
         Assim como em Isaias o profeta aconselha os anunciadores a revestirem-se da sua vocação, João Batista é anunciado como um homem enviado por Deus que poeticamente até assim descreve: Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz”. E sua galhardia provocou sacerdotes e levitas de Jerusalém a perguntar-lhe: “Quem és tu?”
         Aí prevaleceu a sua sinceridade e humildade para destacar o nome de Jesus. “Não sou o Messias, nem Elias, nem o Profeta”, mas “alguém que grita no deserto”, que está exercendo a sua missão catequética como líder de um trabalho em que acredita incondicionalmente e está disposto a levar adiante, com fé e coragem, porque na sua peregrinação era Jesus o personagem anunciado, colocado por ele acima de tudo, como o maior, pessoa que ele “não merecia desamarrar a correia de suas sandálias”.

         É isso, meus irmãos. Uma vida de alegria, de felicidade, é o que teremos se neste 3º domingo e semana do advento soubermos aproveitar do que nos ensina Deus através de Isaias, Paulo e João, educando-nos para uma vida nova cristã acolhendo Jesus neste Natal como Deus verdadeiro que é.
         Permita-me também perguntar-lhe: “Quem és tu?.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi


 

RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE TAMBÉM É CULTURA E EDUCAÇÃO

 Há algum tempo venho pensado em escrever algo sobre o comportamento de pessoas de segmentos religiosos cristãos diferentes. Hoje recebi um e-mail         que traz uma matéria atribuída ao pastor Ed René Kivitz, de uma Igreja Batista (de excelente  conteúdo), intitulada “No Brasil, futebol é religião”, que me estimulou a esta matéria. 
De plano expresso o meu sentimento de vergonha pela divisão entre os cristãos. Também que o que poderá levar para o céu ou para o inferno – consumado o erro das divisões – não será a denominação religiosa  mas a conduta de cada seguidor em relação não somente ao cumprimento ou descumprimento dos mandamentos da Lei de Deus e outros preceitos doutrinários, mas ainda de outros fatores.  A maneira  de tratar os irmãos e religiões diferentes da sua de forma preconceituosa e caluniosa divulgando inverdades,  pode se traduzir em pecado e, consequentemente, até levar ao inferno (“Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” – Mt 7,21).
Abro aqui um parêntesis para reconhecer que no Brasil, de um modo geral, fora e dentro dos templos, existe um relacionamento de amizade, respeito e consideração mútuos muito grande.
Entretanto, entre praticantes de diversas religiões, ainda existe um bom numero de pessoas  que viveram longos e longos anos com Jesus e de repente mudam dizendo-se convertidos e que passaram a conhecer Jesus noutra casa, e, fugindo à regra passam a detestar a sua moradia anterior até como se fosse endemoninhada. Isto também pode ser pecado!
         No tema do pastor, cita um episódio em que um time de futebol de São Paulo foi presentear crianças portadoras de paralisia cerebral em abril deste ano   com ovos de Páscoa. Chegando ao destino os atletas desceram e foram fazer a visita. Contudo, alguns jogadores bem famosos não quiseram sair do ônibus e o motivo teria sido religioso porque a instituição era o  Lar Espírita Mensageiros da Luz, cujo lema é a Assistência à Paralisia  Cerebral.
         Tenho testemunhado que muitos religiosos agem assim, desrespeitosamente. Só para ilustrar, tive um parente cuja família era toda católica, e de repente sua esposa e filhos passaram para a religião Testemunhas de Jeová mas ele não aceitou e permaneceu fiel à sua crença católica. Quando morreu, levado para as exéquias na Igreja Católica, sua esposa e filhos simplesmente não entraram na Igreja permanecendo lá fora, esperando.  Isto tem acontecido sistematicamente com alguns membros de outras denominações cristãs que se recusam a entrar em momentos excepcionais,  principalmente na Igreja Católica e em templos e locais não cristãos como se isso fosse um horrendo pecado, fruto de uma orientação imatura e desvirtuada de alguns pregadores que promovem o sectarismo e intolerância.  
         Muito bem disse o pastor: “quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião”.
         Aproveitando ainda da lição do pastor e até plagiando um pouco  o caso do ônibus dos jogadores, concluo dizendo que, em momentos e circunstâncias especiais, quem vive uma religiosidade fundamentalista e fanática, desprovida de espiritualidade, de cultura, de respeito e de educação, fica no ônibus, mas quem respeita, é bem formado, educado e convicto, nem é religioso preconceituoso ou intolerante, desce do ônibus, se apresenta e participa não importa qual seja a religião. Isto também se chama ecumenismo.
Diác. Narelvi

sábado, 10 de dezembro de 2011

AGRADECIMENTO - JORNAIS "O DIA"! e "GAZETA DO POVO" - Edição Pe. Saviniano

“AGRAEDECIMENTO DE PARENTES -  A IMPRENSA DE
CURITIBA PUBLICOU NOS JORNAIS “O DIA” E “GAZETA DO POVO”

“Agradecimento.
Isabel Gonçalves Ferreira Balão e Eulita Ferreira Zanotto, profundamente abaladas pelo falecimento de seu pranteado sobrinho e tio Padre Saviniano Gonçalves Ferreira, vigário em Morretes, por intermédio deste jornal, deixam consignada sua gratidão imorredoura ao povo cristão desta citada, notadamente ao Sr. Adalberto Villa Nova, bem assim a Sua Excelência Reverendíssima Dom Ático Eusébio da Rocha e aos Drs. Abdon Pacheco do Nascimento e Pedro Baraúna, que, num verdadeiro ato de fé cristã, prestaram sua devotada assistência em todos os transes deste infausto acontecimento”.

COMUNICAÇÃO E CONVITE PARA O FUNERAL - Edição Pe.Saviniano


“COMUNICAÇÃO E CONVITE. CÚRIA METROPOLITANA.
REVMO. PE. SAVINIANO GONÇALVES FERREIRA

Com lágrimas no coração e grande pesar, levamos ao conhecimento do Reverendo Clero e fiéis do Arcebispado que, a 29 de maio próximo passado, foi Deus servido chamar para a sua glória, onde receberá o prêmio de incansáveis trabalhos sacerdotais, o Revmo. Padre Saviniano Gonçalves Ferreira. Nasceu o Padre Saviniano em Araucária, aos 20 de agosto de 1888. Filho de João Chaves Marfins e de Gertrudes Gonçalves Ferreira. Tendo concluído o curso filosófico e teológico, recebeu Ordenação Sacerdotal das mãos do saudoso Dom João Francisco Braga, na Capela do Seminário São José, a 2 de fevereiro de 1.914. Em 12 de maio do mesmo ano, foi nomeado Vigário Cooperador das Paróquias de Antonina e Morretes, com residência nesta, onde passou toda sua vida sacerdotal. Jamais abandonou seu posto de luta, jamais vacilou perante o cumprimento do dever.
Desapegado inteiramente dos bens fugazes deste mundo, piedoso e exemplar, vivendo só para Deus e para as almas, desde há muito o Pe. Saviniano tornou-se querido de seus bons paroquianos e estimado dos seus companheiros de ministério sacerdotal. Vítima de repentina enfermidade, seu coração tombou sem vida, depois de confortado com os Santos Sacramentos e a assistência paternal de Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Arcebispo Metropolitano. Solenemente encomendado com os ritos fúnebres da Santa igreja, o seu corpo foi cortejado por uma grande multidão de fiéis e amigos até o Cemitério Municipal de Morretes, onde agora descansa entre os seus amados paroquianos. Sua alma bem merece a profunda e grata lembrança de nossas fervorosas preces e orações que, recomendamos, sejam feitas pelo seu descanso eterno. Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Arcebispo Metropolitano celebrará Missa de 7° dia, no próximo sábado, dia 5, às 7,30 horas, no Altar Mor da Catedral Metropolitana, para a qual convidamos os parentes enlutados, o Reverendo Clero e fiéis.            
Curitiba, 2 de junho de 1.948.
      (a)  Monsenhor Lamartine Correia de Miranda - Vigário Geral”.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

CONVITE - MISSA DE 7º DIA - Edição Pe. Saviniano


“Morretes. Convite para Missa de 7° dia.
A Irmandade de Nossa Senhora do Porto, a Irmandade de São Benedito, o Apostolado do Sagrado Coração, as Filhas de Maria, os Congregados Marianos, e a Prefeitura Municipal, convidam o povo de Morretes para a Missa de 7° dia em sufrágio à alma do inesquecível pastor das almas morretenses, o que fez o bem, sofreu pelos outros e cumpriu na terra sua piedosa missão, Padre Saviniano Gonçalves Ferreira, Missa essa que mandam rezar no próximo sábado, dia 5, às 8 horas, na Igreja Matriz, sendo oficiante o Reverendíssimo Padre Camargo.
Por mais este ato de fé, antecipadamente agradecem”.

domingo, 4 de dezembro de 2011

PREPARAI O CAMINHO DO SENHOR.


Reflexão Dominical – 2º Domingo do Advento – Ano B – 04.12.11
Is 40,1-5.9-11 ; 2Pd 3,8-14; Mc 1,1-8



Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

Como numa escalada, o segundo domingo do advento nos conduz a um degrau adiante em direção a Deus oportunizando espaço de tempo para uma preparação gradativa até a chegada do Menino Jesus.

Sabemos que Jesus já veio e ressuscitou. Mas providencialmente, a Igreja quer, iniciando novo ano litúrgico, levar todos a um reexame de consciência direcionado à conversão.

Nessa expectativa da vinda do Messias toda a vida que o Antigo Testamento representa se envolve. Um novo céu e uma nova terra é o que esperamos em Jesus Cristo.

Isaias mostra o quanto Deus se preocupa com o seu povo decadente pelo pecado: “Consolai o meu povo, consolai-os”, e manda aos profetas que anunciem o fim da submissão aos sofrimentos e ao pecado, e profetiza a missão de João Batista já traçando o perfil do Salvador como “um pastor, que apascenta o rebanho, reúne, com a força dos braços, os cordeiros e carrega-os ao colo”, e que “pessoalmente conduz as ovelhas-mães”.
É o sinal daquele que São Pedro descreve na sua carta animando todos os que dele aguardam milagres a confiar, esclarecendo que para o Senhor, “um dia é como mil anos e mil anos como um dia”, significando que Deus não conta tempo, pois que para ele o passado, o presente e o futuro, tudo está concentrado neste momento, agora.

Se para nós que contamos com calendário nos parece que Deus às vezes demora em atender, saibamos que somos nos mesmos que atrasamos a realização das obras milagrosas com a nossa falta de fé, de perseverança, e até mesmo de amor recíproco entre irmãos.

Existe um ditado que gosto sempre de lembrar, que diz: “Deus quer. Os homens é que atrapalham!”

Portanto, Deus quer que as coisas aconteçam agora com você e já sabe o que você quer e precisa.

Façamos, pois, a nossa parte. Esforcemos-nos para que a conversão aconteça logo em nossa vida transformando a maneira de agir, a maneira de ser cristão procurando descobrir o que Deus também espera de cada um dos seus filhos.

Deus é paciente na sua maneira de ser. Transformemos a nossa pressa em ações práticas de fé, de confiança, de arrependimento, de perdão, de caridade e de fraternidade, jamais esquecendo que Jesus não quer que nenhum de nós se perca. Um novo céu e uma nova terra onde habitará a justiça, isto é, uma nova vida, é o que Jesus nos propõe. Por isto neste advento O aguardamos com ansiedade no Natal que se aproxima.

São Pedro destaca a esperança e nos convida para essa conquista: “Esforçai-vos para que Ele vos encontre numa vida pura e sem mancha e em paz”.
São Marcos narra justamente o que Isaias profetizou: 'Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho. Esta é a voz daquele que grita no deserto: 'Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas estradas!''. Refere-se a João Batista.

Voz que grita é a voz que se ouve. “Sobe a um alto monte, tu, que trazes a boa nova a Sião; levanta com força a tua voz, tu, que trazes a boa nova a Jerusalém, ergue a voz, não temas”, diz em Isaias.

Deus quer que sejamos corajosos anunciadores do Messias convidando a nivelar os vales, rebaixar os montes e colinas, endireitar os caminhos. É uma boa provocação no sentido de que todos os obstáculos sejam derrubados deixando livre e fácil a presença do Senhor em nossas famílias e comunidades. A primeira barreira a ser desmanchada esta dentro de nós mesmos.
              E como João Batista soube desempenhar a sua missão! Muitos ouviram a sua voz fazendo com que “toda a região da Judéia e todos os moradores de Jerusalém fossem ao seu encontro”. Confessavam os seus pecados a Deus e no banho do rio Jordão simbolizava a purificação e a nova vida no chamado batismo de conversão, e com humildade e reconhecimento diminuía-se esclarecendo que o seu batismo era com água, mas que um homem superior a ele (Jesus) a quem não era digno de abaixar-se para desamarrar suas sandálias, traria o batismo com o Espírito Santo que nós até hoje

Louvado seja N.S. Jesus Cristo

Diac. Narelvi

domingo, 27 de novembro de 2011

AH! SE ROMPESSES OS CÉUS E DESCESSES! VEM, SENHOR!




 1º Domingo do Advento – 27.11.2011 – Ano B
Is 63,16b-17.19b;64,2b-7; Co 1,3-9; Mc 13,33-37

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

Reiniciamos um novo ano litúrgico, Ano B. E com ele passamos a contar as quatro semanas que antecedem o Natal. Hoje é o 1º domingo do advento.
Advento é uma espera, uma preparação para o nascimento de Jesus, que já veio mas que costumamos liturgicamente repetir lembrando a história da caminhada do Povo de Deus desde os tempos remotos da criação do mundo, de Adão até Jesus, do Velho ao Novo Testamento, repassando as lições do Criador que chegou até nós desde os Patriarcas e Profetas, depois dos Apóstolos e seus sucessores, e hoje os com os bispos, presbíteros e diáconos que com o Povo de Deus forma um único rebanho a seguir o pastor que é Jesus Cristo a caminho da conversão e da salvação.
Isaias muito bem clareia a nossa crença no Deus Pai que vem até nós como nosso redentor.
Ah! Se rompesses os céus e descesses!
Essa expectativa está nessas quatro semanas do Advento, esperando este Deus que jamais esqueceu do seu povo. Nos tornamos imundície e murchamos no dizer de Isaias, mas que em Deus  somos restaurados: Senhor, tu és nosso pai, nós somos barro; tu, nosso oleiro, e nós todos, obra de tuas mãos.
Por isso, meus irmãos, a Igreja costuma enfeitar o altar com a "Coroa do Advento" ascendendo cada semana uma vela até completar as quatro para simbolizar o tempo da preparação para o Natal.
Façamos do nosso coração uma coroa do advento e coloquemos a nossa  vela interior, também uma de cada vez a fim de que se de tempo para, aos poucos,  irmos formando uma consciencia cristã séria, responsável e forte para acolhermos o Menino Jesus com o nosso propósito de uma vida consolidada na fé e no Evangelho.
A renovação é um convite para todos, bispos, padres e diáconos que se dêem as mãos para o exercício de um apostolado à exemplo de Cristo,  liderando pastoralmente as comunidades e para trilharem juntos pelo mesmo caminho do bem, da caridade e da fraternidade.

Deus romperá os Céus neste Advento e se apresentará na pessoa de Jesus Cristo que nos dará perseverança e tornará o nosso procedimento irrepreensível porque Deus é fiel e por ele somos chamados à comunhão com seu Filho Jesus Cristo, diz São Paulo na sua carta aos Corintios.

 Marcos, no Evangelho de hoje, nos alerta no sentido de que precisamos estar vigiando sempre. A permanencia de Deus em nós, depende de nós. Significa que não basta um dia abrirmos o nosso coração para Jesus e pronto. A nossa comunhão com Deus é como uma semente que plantada depende de cuidados especiais para que germine e cresça firme. Precisamos manter a nossa fé em atividade crescente, zelando-a com as nossas orações e comprometimentos com Deus e a Igreja para que não sejamos surpreendidos quando chegar o momento: Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer
Hoje retomamos as lições que aprendemos desde o batismo, na catequese, nos Sacramentos, nas nossas participações da vida comunitária eclesial. É uma retomada do nosso compromisso de católicos fortalecendo-nos com a luz da vida que é Jesus Cristo. Vamos em frente!
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diác. Narelvi.