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quarta-feira, 10 de abril de 2013

RELIGIÃO É COISA SÉRIA!



Igreja N.S. do Porto, de Morretes Pr. Brasil
Sabemos que o ecumenismo aproxima algumas das igrejas tradicionais protestantes. Sabemos de muitos valores espirituais de membros dessas denominações. Somos amigos e nos respeitamos como pessoas e os respeitamos nas suas opções religiosas e até admiramos o comportamento e exemplos de muitos.


Aos cristãos católicos.
 Cristãos dividindo-se. Seitas crescendo ao bel-prazer[1] cada qual de forma independente, apresentando-se como CONHECEDORAS DA VERDADE E AUTORIZADAS A FALAR “EM NOME DO SENHOR JESUS”. Isto nos preocupa porque sendo Jesus único assim como único são os seus ensinamentos e doutrina, como admitir igrejas cristãs com pregações e conceitos diferentes e contraditórios? Afinal, a verdade não é uma só?
Irmãos, não basta dizer que aceita Jesus, e pronto!. Não basta recitar de cor a bíblia, pois o diabo também sabe e mesmo assim perdeu a salvação e nele está o inferno.
Não podemos entender uma celebração cristã sem incluir o rebanho celeste como nossos santos e intercessores, limitá-la tão somente aos que estão na terra. Refiro-me à comunhão dos santos da terra e do céu. Jesus convive conosco aqui na terra e também na Trindade divina com sua mãe Maria a Nossa Senhora e todos os santos “lá” no céu.
Biblicamente falando e historicamente também, Jesus quis formar uma Igreja e a instituiu nas pessoas dos apóstolos que por óbvio continuou por intermédio de seus sucessores senão a Igreja teria desaparecida com a morte do último apóstolo.  Essa sucessão deu-se sem sombra de dúvida nas pessoas dos bispos, presbíteros e diáconos e um número de seguidores sob uma chefia chamada de Papa.  
Esses seguidores de Jesus formaram um grupo coeso conhecido como Cristãos que desde o início eram orientados por esses mesmos ministros, participavam da Ceia do Senhor (Missa-Eucaristia), veneravam os santos, amavam Nossa Senhora, eram batizados (adultos e crianças), usavam imagens como referencias, reuniam-se aos domingos, oravam pelos mortos, pediam a intercessão dos santos, aceitavam o purgatório, seguiam os mandamentos de Deus, tinham a sua liturgia, altar, paramentos, e no primeiro século (60-90 dC) já contavam com um catecismo chamado “didaque”[2] assim como continuamos hoje com a bíblia, tradição, magistério, costumes, Catecismo da Igreja Católica, Encíclicas e demais documentos da Igreja que fortalecem a Igreja e orientam e alicerçam a nossa fé.
Foi assim até o século XVI quando aconteceu a REFORMA com LUTERO (frade agostiniano) provocando a ruptura do cristianismo, portanto, depois de 1.500 anos quando se denominou os reformistas de PROTESTANTES e os que continuaram fiéis à sua origem, de CATÓLICOS, denominação, aliás, já conhecida no primeiro século citada por Santo Inácio de Antioquia: “Onde está o Bispo, aí está a comunidade, assim como onde está Cristo Jesus aí está a Igreja Católica”,  embora hoje muitos se refiram àqueles cristãos como “igreja primitiva” cuja referencia não os desvincula da continuadora Igreja Católica.   
Segue-se, então, que a Igreja Católica, Apostólica Romana permaneceu firme e única  na sua doutrina cristã até hoje, enquanto que os protestantes, em decorrência dos ensinamentos de Lutero de que Sola Scriptura tem autoridade, e da livre interpretação da bíblia, levou a divisão do protestantismo que hoje alcança um número despropositado de denominações[3] independentes embora aliadas entre si pelo nome de “Evangélicos” ou “Crentes”, expressões que não os privilegia porque os católicos sempre foram desde sempre crentes e evangélicos.
Sabemos que o ecumenismo aproxima algumas das igrejas tradicionais protestantes. Sabemos de muitos valores espirituais de membros dessas denominações. Somos amigos e nos respeitamos como pessoas e os respeitamos nas suas opções religiosas e até admiramos o comportamento e exemplos de muitos.
Entretanto, não podemos chegar ao relativismo a ponto de achar que vale tudo, que qualquer religião cristã serve, que deixar de ser católico para adotar o protestantismo não é pecado, nem se justificar dizendo “que Deus é o mesmo”. Alguns tomarão o tema com antipatia, mas defender a fé e a convicção cristã católica é nossa obrigação por uma questão de fidelidade e coerência.
         Jesus não falou “MINHAS IGREJAS”, mas “MINHA IGREJA”.
Além do mais, as pregações protestantes -  à exceção da crença no mesmo Deus  e em Jesus como Deus e Salvador e outras pontos doutrinários comuns como Céu, Inferno, orações, etc. porque afinal eles são cristãos saídos do catolicismo - negam verdades cristãs reconhecidas pela Igreja Católica como a veneração aos santos, o purgatório, não possuem o sacerdócio ministerial sacramental, não têm os Sacramentos, não têm a Eucaristia presença real de Cristo, não dão o devido respeito à Maria, negam o batismo de crianças, negam o Papa, retiraram seis livros do Antigo Testamento, interpretam diferentemente até uns dos outros a própria bíblia, não têm a sucessão apostólica, etc. etc sem falar naquelas que fazem da sua “igreja” um centro de anúncios para obtenção de resultados financeiros em troca de bênçãos, prosperidade material e curandeirismo.
Jesus não quer divisão. Jesus não aceita desunião e quer que todos os cristãos perseverem com Ele e sua Igreja na mesma fé e preocupa-se com os afastados: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor” Jo 10,16.
“Jesus fundou uma única igreja e deseja ardentemente que haja um só rebanho e um só pastor (Jo. 10,16) e que todos sejam um como Ele e o Pai são um (Jo. 17,21). A divisão e multiplicidade de igrejas, com doutrinas diversas e contraditórias, são um contra testemunho porque a divisão não é obra de Deus”[4].
A Igreja Católica, Apostólica, Romana, apesar dos percalços que a história nos conta, pediu perdão e superou todas as dificuldades e sobrevive até hoje e sobreviverá para sempre.  O Espírito Santo assegura!
Não é intenção retirar de ninguém a livre escolha. Nem Deus faz isso! Mas mudar de religião não é o caminho mais indicado nem a solução para recuperar-se dos próprios erros ou para acomodar interesses pessoais. A Igreja Católica como Apostólica é a única depositária fiel da fé, das obras e dos testemunhos dos Apóstolos, e eficaz no amparo nas dificuldades e na condução ao mais importante de tudo que é a SALVAÇÃO.
Por isso o título: Religião é coisa séria! Não se pode de um dia para outro renegar a tudo o que antes acreditava e servia como alguns católicos estão fazendo.
Se motivo fortíssimo e aparentemente insuperável existir, busque-se com calma a solução. Consulte-se um bom dirigente espiritual. Aconselhe-se com seus irmãos de fé. Ore bastante porque a rejeição à Igreja de Cristo importa em renúncia e por consequência no pecado da separação que somente a misericórdia de Deus resolverá, sendo certo que não se recrimina aqueles que já nasceram no seio de outras religiões ou crenças, nem os que, sem culpa própria, desconhecem Cristo e sua Igreja e ignoram o Evangelho[5].
Católicos, ouçam Jesus: “Mas quem perseverar até ao fim, será salvo” (MT 24,13).
Diac. Narelvi.


[1] A palavra seita vem do latim secta e singifica cortada, separada. Trata-se de um grupo religioso com uma concepção derivada dos ensinamentos de uma das principais religiões do mundo. Ou seja, uma seita é uma subdivisão de uma religião.
[3] Veja uma relação de denominações “evangelicas” no site http://www.pspsp.com.br/art.php?c=24
[4] Pe. Silvio Mocelin - http://www.pspsp.com.br/art.php?c=248
[5] Catecismo da Igreja Católica – 846-848.

2 comentários:

  1. Diácono, qual é a posição correta do Sacrário e as cadeiras dos celebrantes na Igreja?

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    Respostas
    1. Disciplina o assunto a Instrução Geral do Missal Romano e a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis.
      Na IGMR, parág. 314, estabelece que o sacrário fique “num lugar de honra da igreja, insigne, visível, devidamente ornamentado e adequado à oração”.
      O parág. 314 traz uma recomendação de que o sacrário não esteja no altar em que se celebra a Missa.
      O Bispo diocesano pode autorizar que o sacrário fique no presbitério, fora do altar de celebração com forma e localização mais convenientes “ou também nalguma capela adequada à adoração e oração privada dos fiéis, que esteja organicamente unida à igreja e visível aos fiéis”.
      Na Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, do parag. 69 podemos destacar: “por isso, é necessário que o lugar onde são conservadas as espécies eucarísticas seja fácil de individuar por qualquer pessoa que entre na igreja”, “nas igrejas, onde não existe a capela do Santíssimo Sacramento mas perdura o altar-mor com o sacrário, convém continuar a valer-se de tal estrutura para a conservação e adoração da Eucaristia”, “Nas novas igrejas, bom seria predispor a capela do Santíssimo nas proximidades do presbitério; onde isso não for possível, é preferível colocar o sacrário no presbitério, em lugar suficientemente elevado, no centro do fecho absidal ou então noutro ponto onde fique de igual modo bem visível”.
      Com relação ao local apropriado para o sacrário, a conclusão a que se chega é que o sacrário merece ocupar um lugar digno e a orientação maior da Igreja é o que está na EASC, isto é, no presbitério, em posição mais central e elevada.
      Fora disso, pode existir uma capela própria para o sacrário, mas bem visível e de fácil acesso aos fiéis.
      Portanto, se não ficar bem visível a ponto de dificultar ao fiel que o localize e enxergue facilmente, sempre é preferível permanecer no presbitério.
      Considere-se ainda, que Jesus é o centro da celebração e é a ele que os presentes na celebração devem dirigir seus olhares e devoções. Ao se olhar para o altar, é Jesus que deve atrair a atenção.
      Essa disposição do sacrário deve seguir a orientação do bispo diocesano.

      Presbitério.
      Para entender melhor a questão, “O presbitério é o lugar onde sobressai o altar, donde se proclama a palavra de Deus e onde o sacerdote, o diácono e os outros ministros exercem as suas funções. Deve distinguir-se oportunamente da nave da igreja, ou por uma certa elevação, ou pela sua estrutura e ornamento especial. Deve ser suficientemente espaçoso para que a celebração da Eucaristia se desenrole comodamente e possa ser vista” (parag. 295 e 294 – Secretariado Nacional de Lirturgia)
      O altar é a mesa do sacrifício incruento do Cordeiro que é Jesus, centro do presbitério, motivo pelo qual ninguém, nem outra atividade deve ser exercida no espaço além da presença do sacerdote, diácono e outros ministros em função (não confundir com equipe de música e amontoado de pessoas e instrumentos musicais). Veja a recomendação: para que os serviços litúrgicos desenvolvam-se comodamente e possam ser vista, logicamente, com o sacrário em destaque.

      Cadeira dos celebrantes:
      O parag. 310 do SNL, reserva ao sacerdote presidente da celebração uma cadeira distinta (sem aspecto de trono), uma para o diácono ao seu lado, outras para os concelebrantes, e devem se colocar AO FUNDO do presbitério, de frente para o povo, não devendo ficar de costas para o sacrário nem onde chamem a atenção para si deixando o tabernáculo em segundo plano.

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