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domingo, 10 de outubro de 2010

O PODER DA RELIGIÃO EM NOTICIA


"Não sejais imprudentes, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus."   (Ef. 5,17)



    A imprensa, de um modo geral, vem noticiando a reviravolta política com relação aos candidatos Serra e Dilma, entendendo como efeito de um “poder da religião”.
    O poder da religião, para qualquer delas, mas no caso  as cristãs, está diretamente ligado ao entendimento que cada uma tem de que, como porta voz de Deus e representante de Jesus Cristo, também detém poder.
    No momento, a expressão “poder” conforme noticiado, está diretamente relacionado a idéia de contra-ataque ao “poder político” da campanha presidencial maculada pelo propósito do aborto, principalmente.       
    Como entender esse “poder”?
    A Bíblia enumera diversas passagens onde Deus aparece como Todo-Poderoso. E de fato Ele é conforme um dos seus atributos, a ONIPOTÊNCIA.
    Mas é um poder diferente de alguns outros poderes. E boa parte das igrejas cristãs sabe disso.
    O poder das religiões cristãs, em nome do Senhor Jesus, é um poder manso, criterioso, coerente, de aconselhamento, inerente ao Sagrado e que se inspira também nas Sagradas Escrituras a exemplo da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo, 3, 16: "TODA A ESCRITURA É INSPIRADA POR DEUS, E ÚTIL PARA ENSINAR, PARA REPREENDER, PARA CORRIGIR E PARA FORMAR NA JUSTIÇA". Não é impositivo nem coercitivo.
    Evidente que a convicção religiosa, a fé em Deus, sobrepõe-se a qualquer legislação humana que contrarie os princípios doutrinários cristãos. Isto é, se a lei humana permitir, por exemplo, o aborto, você não é obrigado a abortar, nem o médico a assassinar.
     Mas isto não quer dizer que a religião cristã e os cristãos por si mesmos, na defesa da sua fé, na defesa dos princípios morais, éticos e religiosos em que  acreditam, omitam-se e deixem de bradar, e muito alto, contra tudo aquilo que venha a por em risco  o que eles e sua religião acreditam. É um dever cristão. É a convicção religiosa.
    Portanto, o que chamam de “poder religioso”, nada mais é do que o exercício do direito evangélico de “ensinar, repreender, corrigir, e fazer justiça”, além da própria liberdade de opinião.
    Afinal, o que fez Jesus? Desde que iniciou a sua missão e até o fim, nunca limitou a receptividade dos ouvintes. Falou para todos. Anunciou para todos. Convidou Mateus e a todos: “vem e segue-me”. Ensinou sobre as conseqüências de seus atos àqueles que não aceitassem a Sua Palavra, mas jamais obrigou a ninguém segui-Lo.
    O próprio Deus Pai, não forçou Maria a aceitar ser mãe de Jesus, e esperou dela o seu “SIM”.     Assim faz a Religião Católica. Não obriga ninguém a nada. Mas aponta as responsabilidades doutrinárias aos seus fiéis.
    Diferente é o poder da guerrilha, da corrupção, da ditadura, das quadrilhas, das facções criminosas, onde ou você obedece ou sofrerá as represálias que todos nós sabemos. 
    Entendemos o que a imprensa quis dizer com “poder da religião” e não estamos corrigindo nada. Apenas aproveitando para comentar. Aliás, foi até ótimo para divulgar que as religiões não estão dormindo, mas atentas e querem que os seus adeptos despertem e assumam as suas condições de seguidores religiosos.  Isto é coerência!
    Todos são livres para votar em quem quiser. Mas as religiões estão apontando e recomendando contra comprometimento confesso de um partido político e respectiva candidata que agride a Lei de Deus e o elementar direito a vida posicionando-se a favor do aborto. E não adianta iludir-se com discursos de retratação de ultima hora e temporária pela clara falta de sinceridade e obviedade do oportunista interesse político do segundo turno eleitoral. 
  Benditos sejam os corajosos católicos e evangélicos que estão assumindo as suas crenças, as suas condições de seguidores de Jesus Cristo, e querem proteger a vida porque somente Deus é o senhor da vida e da morte (Sab 16,13).

(Publicado no Jornal MC Litoral de outubro de 2010)

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