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domingo, 27 de junho de 2010

Programas! Na barraca de sucos e nas televisões. (critica ao BBB)

          No dia 18 de janeiro p.p. uma reportagem no Fantástico: “Barracas de suco são utilizadas como ponto de prostituição em rodovia de São Paulo”.
          Acompanhei a matéria que dava ênfase aos encontros amorosos que lá ocorriam e informava que a Policia Federal Rodoviária flagrou tudo à distância, acabaram com a festa e o caso foi para a polícia com inquérito e tudo.
          Mas, logo em seguida vejo a mesma Globo transmitindo em horário nobre o programa Big Brother Brasil e me chamou a atenção para o que vem acontecendo em alguns programas de diversas redes de televisão, a exemplo desse, de novelas e outros, bem parecidos com a prostituição da barraca de sucos lá da notícia.
          Inspirou-me fazer algumas comparações e como não é possível fazê-las com todos, mesmo não sendo telespectador do programa conhecido como BBB, o mesmo serve muito bem de parâmetro visto que o conteúdo é bem conhecido, e tracei uma comparação com algumas informações da internet:
Bar: Local, um acanhado espaço no acostamento da rodovia Marechal Rondon.
BBB: Local, o Brasil todo.
Bar.: Ponto, barraca de suco, margem de rodovia.
BBB: Ponto, a Rede Globo, com 55 câmeras e 75 microfones espalhados pela casa, apresentadores como o Bial “emocionando” o público com os seus estímulos: “Espie 24 horas ao vivo tudo o que acontece na casa mais vigiada do Brasil”.
Bar.: O proprietário vendia suco e permitia a garotas fazerem programas ali mesmo, atrás da cortina, reservadamente.
BBB: A proprietária Rede Globo de Televisão apresenta o show com direito dos participantes extravasarem seus instintos sexuais ali mesmo, ao vivo para muitas famílias, inclusive menores.
Bar.: Padrão do programa: encontros sexuais eventuais e oportunistas, na base da rapidinha.
BBB: Padrão do programa: Acasalamento desde o primeiro dia. Intimidades transmitidas ao vivo com beijos, abraços, agarros, seminus, relações sexuais, libertinagens na cama, no banheiro, fofocas, intrigas, baixaria, confusões, etc. durante três meses por ano, com entrevistas perguntando: “quem você levaria para o quarto”.
Bar.: Preço do “programa”: R$ 20,00 por cliente. Sem cliente, nada ganha.
BBB: Preço do programa: R$ 1,5 milhão liquido para o vencedor, 2º lugar R$ 150 mil, 3º lugar R$ 50 mil. Os participantes não classificados também recebem gordos prêmios e vantagens.
Bar.: Comissão do proprietário, o produto da venda do suco, talvez R$ 1.000,00 por mês.
BBB: Comissão do proprietário (Globo): “mais de R$ 400 milhões”, para ser modesto.
Bar.: Hospedaria, um cercado de lona, improvisado, escondido dos olhares dos outros.
BBB: Hospedaria: “Casa com dois quartos: um com cinco camas de solteiro e uma de casal decorada, e o outro para o líder, contendo frigobar, banheira de hidromassagem, tudo 24 horas no ar " .
Bar.: Participação: Qualquer pessoa ocasionalmente necessitando de sexo.
BBB: Participação: homens e mulheres selecionados à dedo, na busca de fama e prêmios estimulantes através do sexo.
Bar.: Infração: crime por atos obscenos em público.
BBB: Infração: crime por atos obscenos e outras infrações.
Bar.: Reação de autoridade: denuncia ao Ministério Público, inquérito e diligencias para impedir o alvará de licença dos vendedores de suco. Afinal, a barraquinha não pode.
BBB: Reação de autoridade: nenhuma. A Globo pode.
          Pois é! Vocês não acham que os personagens do BBB são iguais ou piores do que as personagens da barraquinha?
          A diferença é que para o BBB, apesar de algumas reações de grande numero de pessoas que qualificam o programa como imbecil, medíocre, ridículo, indecência, desvalorização da condição humana e outros adjetivos, nenhuma providencia é tomada pelos Ministérios da Justiça, das Comunicações, pelo Ministério Público. Afinal a Constituição Federal no artigo 221 obriga a televisão aos princípios da finalidade educativa, cultural, informativa, e principalmente o respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. 
Diac. Narelvi
Publicado no jornal MC Litoral, edidção março/2010

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