Terminadas as celebrações da Quaresma, a Igreja chega à Semana Santa e ao Tríduo Pascal que se encerra com a Celebração da Ressurreição de Jesus Cristo, no domingo.
Para os Cristãos a comemoração mais importante do calendário litúrgico é, sem dúvida, a RESSURREIÇÃO. Mais do que o próprio Natal porquanto que nessa festividade natalina é lembrada o nascimento de Jesus como o Messias prometido mas que apesar de todas as profecias e da própria fé, o seu nascimento guardava ainda para muitos uma forte expectativa divina ainda não revelada de forma clara. Mas foi com a Sua ressurreição que Jesus demonstrou que verdadeiramente é Deus.
Depois de um tempo fortemente levado à penitência e reconciliação, lembrando do sofrimento e morte humana de Jesus para a Salvação dos homens, a Ressurreição confirma a vitória de Jesus sobre a morte, a Páscoa, que significa passagem para uma vida nova.
A morte humana de Jesus (Deus não morre) foi um oferecimento da sua natureza humana por todos nós (I Cor 15,3; I Tm 1,15; etc).
A lembrança da morte de Jesus nos faz sentir a sua paixão e os momentos da cruz, e a compreender o seu infinito amor por nós. Mostra-nos que a morte foi necessária, pois que foi para morrer por nós que Ele veio (Jo. 12,27). Cristo morreu por nós diz São Paulo (Rm 5,8), e ainda João 10,18 confirma que Jesus deu sua vida livremente, por amor.
Entretanto, o tempo forte e pesado da quaresma e da Semana Santa não termina com Jesus morto, não! Ao contrário, marca o reinício de uma vida nova que a RESSURREIÇÃO nos traz. “Eu sou o pão da vida” (Jo 6,48); “Eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10,10); “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). “Mas Deus o ressuscitou ao terceiro dia” (At 10,40; I Cor 15,4)
É por isso que a Ressurreição de Jesus é a maior data cristã, alegremente comemorada não apenas pelos católicos, mas por todos os cristãos, e não somente no último dia da Semana Santa, mas a cada momento da vida e principalmente nas Missas onde se celebra a morte e ressurreição de Jesus. É a nossa fé, pois “Se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria a nossa fé” (I Cor 15,14).
Portanto, Páscoa da Ressurreição é Jesus vivo que permanece também na Eucaristia em Corpo, Alma e Divindade, e nos dá a certeza de que todos nós também ressuscitaremos.
É preciso que os cristãos repudiem a mercancia e os meios de comunicações usurpadoras dos motivos religiosos em proveito comercial substituindo a Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo por chocolates e coelhinhos, ao absurdo de se ler em manchetes jornalísticas que “Páscoa sem ovo não tem graça”, induzindo as crianças a pensar que Páscoa significa ganhar ovos de chocolate. Ajudariam muito ilustrando os seus cartões alusivos à data com figuras de Jesus e textos de espiritualidade, e nos cumprimentos pessoais saudando: “Feliz Páscoa com Jesus”.
No Tríduo Pascal, momentos de profunda espiritualidade acontecem com celebrações que favorecem a condução de todos ao verdadeiro sentido da Páscoa.
Na Quinta feira Jesus se revela como servo lavando os pés dos discípulos dando-nos o testemunho de serviço e humildade. Lembra a Ceia de despedida com os discípulos onde Ele se dá como “Pão da Vida e Vinho da Salvação” ao instituir a Eucaristia e o sacerdócio ministerial para perpetuar o seu Corpo e Sangue. Foi a primeira Missa.
Na Sexta feira, lembra-se da morte de Jesus. Em algumas paróquias costumam-se fazer a procissão do Senhor Morto e a Via Sacra. A celebração mais importante do dia é a Celebração da Paixão às 15:00 horas, horário da sua morte segundo Mc 15,25 com leituras bíblicas e Adoração da Cruz.
No Sábado, Jesus está morto e sepultado. Celebra-se a Vigília Pascal com Bênção do fogo acendendo-se o Círio Pascal que representa a Luz de Cristo, e Bênção da Água Batismal.
Domingo, é a grande festa da Ressurreição. Cristo ressuscitou. Verdadeiramente ressuscitou ao terceiro dia.
Feliz Páscoa com Jesus.
Diac. Narelvi
Publicado no jornal JMN edição de abril/2009
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