Pentecostes: “é uma palavra que vem do grego e significa quinquagésima ou espaço de 50 dias.”
Jesus ressuscitou num domingo, permaneceu com os apóstolos e demais discípulos por 40 dias e retornou ao Céu na data em que festejamos a sua Ascensão. Disse que mandaria o Paráclito e 10 dias depois, novamente num domingo, Jesus aparece aos apóstolos e o Espírito Santo desse sobre eles.
Hoje, portanto, a Igreja Católica festeja o seu aniversário oficial de nascimento.
Com a subida de Jesus ao Céu, seus discípulos e apóstolos, e também Nossa Senhora, passaram a viver a angústia da separação de Jesus e do medo de serem presos e mortos, mas ao mesmo tempo, depositando Nele toda a confiança esperaram no Cenáculo a sua aparição. Foi lá que ocorreu a efusão do Espírito Santo.
Nove dias em oração permanente, dia e noite. Portas fechadas, escondidos. E de repente, quando chega o dia de domingo, o décimo dia, Jesus passa pelas paredes e entra saudando a todos: “A paz esteja convosco”, sopra sobre eles... Recebei o Espírito Santo ... um barulho e ventania toma conta do ambiente, e então línguas de fogo se repartiram sobre cada um deles. “E todos ficaram cheios do Espírito Santo”, diz o livro Atos dos Apóstolos.
Foi um acontecimento extraordinário. Naquele momento foram revestidos de tanta fé e coragem que, sem nenhum temor, apenas levados pela força do Espírito Santo, saíram e começaram a falar, gritar e cantar soltando suas vozes para que tudo o que sentiam nos seus corações fossem repassados para os ouvintes, pessoas que com o barulho foram atraído para o local. Gentes originarias de regiões que falavam outras línguas. No entanto, todas elas que se aproximaram ouviram os discípulos anunciando as maravilhas de Deus cada um escutando e compreendendo na sua própria língua.
Amados amigos. Aquele momento deve ter sido o maior de todos para os discípulos e apóstolos. Homens simples, seguidores de Jesus, de medrosos e introvertidos passaram a ser corajosos, extrovertidos e eloquentes pregadores. É a força do Espírito Santo!
2ª PARTE
São Paulo em sua carta aos Corintios, aproveita para falar sobre os dons do Espírito Santo.
Em nossa vida somos surpreendidos por ações tão diferentes entre pessoas. Admiramos como cada uma desempenha a sua atividade e pensamos: “eu não conseguiria fazer isso”. É verdade!
Mas cada um tem a capacidade de fazer alguma coisa diferente ou igual que seja. Vai depender do dom pessoal.
São Paulo, então, diz que todos têm dons. O que precisa é descobri-lo.
Cita ele os dons dos ministérios, das diferentes atividades, com a ressalva de que, diferentes os dons mas “um mesmo é o Espírito”. Compara com o corpo: vários membros, mas um único corpo.
Esse mesmo Espírito que rege a todos é o que impulsiona para as boas ações, principalmente para as coisas do Reino de Deus. Encoraja-nos na fé, nas orações, na vida sacerdotal, diaconal e religiosa, na vida familiar.
Portanto, meu irmão, o Espírito Santo é indispensável em nossas vidas. E lembre que nós já O recebemos no Batismo. Somos Templos do Espírito Santo.
E quando somos impedidos de colocar em prática os nossos dons, o próprio Espírito saberá como nos conduzir pois ele sopra como o vento que sem nenhum barulho conduz para onde quiser. (Jo 3,8).
Mas existe um episódio valiosíssimo nessa aparição de Jesus. Uma das questões mais relevantes da nossa história cristã, principalmente da nossa vida de religião, de Igreja, e principalmente de Católicos.
Quando Jesus chegou e fez a saudação, para que todos acreditassem mostrou-lhes as mãos e o lado, e outra vez disse: A PAZ ESTEJA COM VOCÊS. e em seguida outorgou-lhes um mandato, como se fosse uma procuração irrevogável e em causa própria: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio. E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
Jesus veio a este mundo a mando do Pai para fazer a sua vontade, para ensinar e converter os pecadores para que encontrassem o caminho do arrependimento, do perdão e da salvação. Como sabia que deveria retornar ao Pai no Céu, entendeu Jesus deixar representantes aqui na terra, transferindo-lhes os mesmos poderes a quem viriam a ser seus primeiros bispos. Foi bem claro: “Assim como o Pai me enfiou, eu vos envio”, isto é, do mesmo jeito e pelo mesmo motivo.Nasceu, aí, a Igreja Cristã que veio a ser chamada séculos depois de Católica e Apostólica, com seus sucessores bispos, presbíteros e diáconos, sob a chefia do Papa, e com todo esse povo fiel que os acompanham sob a liderança primeira de Jesus Cristo, todos os dias e nas Santas Missas.
CONCLUSÃO
Perdoem-me os cristãos não católicos a quem também amo e até de certa forma os compreendo, mas essa voz de comando não foi dada a religiões que não contenham a garantia da sucessão apostólica e os Sacramentos.
Por isso Pentecostes deve ser a grande solenidade vinculada à Ressurreição.
Aqueles nossos primeiros bispos, presbíteros e diáconos já fizeram suas partes e estão gozando da alegria celeste e receberam a merecida coroa. Porém, a Igreja continua com os bispos, presbíteros e diáconos da atualidade, mesmo que um pouco machucada por culpa que se divide entre membros do clero, de seguidores que relativizam as coisas de Deus com as suas enfermidades pecaminosas tão conhecidas, e de forças não tão ocultas que se dedicam à promoção de outros caminhos tendo por alvo atingir o catolicismo.
Irmãos! O momento é agora. O Espírito Santo que está em você talvez sinta-se prisioneiro do seu coração. Liberte-o, “Deixe a Luz do Céu entrar!”. Você precisa ser corajoso, destemido, um cristão católico convicto e contente, lutando no bom sentido para que todos assumam os seus papeis de católicos, tenham vez na Igreja, e tornem-se verdadeiros servos de Jesus sob a proteção do Espírito Santo.
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