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domingo, 3 de abril de 2011

MONSTRUOSIDADE PATERNAL - REPRODUÇÃO ARTIFICIAL

           Chegou a nível de noticiário a conduta de um casal cujo nome não consta e nem interessa pela insignificância do personagem, que contratou uma inseminação artificial in vitro e gerou três filhas que vieram a nascer. Segundo noticias, o “pai” queria apenas dois filhos. Portanto, a terceira seria jogada fora, (isto é abandonada). É uma história asquerosa. Parece história de ninhada de gato quando se escolhe um ou dois mais fortes e jogam-se fora os outros. Noticia-se, também, que o Ministério Público, corretamente, tomou providencias judiciais contra o casal em proteção às três filhas recém nascidas, espera-se, com punição aos responsáveis. 
A minha posição de defesa da vida e de crianças se mantém inclusive com relação a tudo o que implica em mortes de embriões.
Os reflexos desses recursos artificiais de reprodução humana poderão trazer sérias surpresas como no caso em tela.  Querer ter filhos é desejo nobre e faz parte da união conjugal. Porém, os filhos não podem ser considerados produtos de fabricação como se fossem objetos descartáveis: “Este eu quero, aquele não!”.
Mesmo nos casos que dão certo, nascendo um, gêmeo, trigêmeo, quadrigêmeo  etc. os demais embriões são desperdiçados, quando não aproveitados para doações, experiências cientificas, ou sentenciados a congelamentos ad infinitum em depósitos hospitalares. Aliás, o Brasil e o mundo não sabem o que fazer com o estoque de embriões excedentes.
A palavra “embrião” como vem sendo tratada, dá a impressão de que se refere a qualquer coisa, uma matéria prima para fazer crianças, quando, na verdade,  embrião é um ser humano dotado de corpo e alma, já definido como pessoa que so falta nascer e crescer. É, sem dúvida, um cidadão que tem garantidos os seus direitos legais e religiosos. O embrião é um ser vivo. É gente. É UM FILHO DE DEUS.
Se a ciência fecundasse in vitro somente um embrião nascido de um espermatozóide do próprio pai e óvulo da própria mãe para desenvolver no útero da mãe, não me pareceria errado. Mas sabe-se que para possibilitar tal processo, vários embriões são criados gerando impásseis  e conflitos entre moral, ciência e  religião onde quem perde são os embriões e a consciência humana.
Numa palestra proferida para diáconos permanentes, um professor cientista no ramo da bioética um tanto apaixonado pela idéia, lembrou da primeira pessoa nascida por fertilização in vitro como uma façanha extraordinária da ciência apontando as qualidades dessa mulher assim nascida como alguém que passou a fazer parte deste mundo cheia de qualidades como todos.  Questionei o palestrante reconhecendo que essa pessoa não tinha culpa de nada e realmente gozava de todos os direitos  humanos. Mas lembrei que na realidade ela era uma sobrevivente porque para que a mesma pudesse existir e nascer, vários irmãozinhos seus tiveram que morrer. 
 Talvez os métodos artificiais estejam até favorecendo a banalização e mecanização da fecundação e até a gravidez extracorpo, fazendo perder a sacramentalidade da gestação natural e como conseqüência futura um possível difícil relacionamento familiar entre pais e filhos.
O caso dos pais das  trigêmeas é um péssimo exemplo. Mas que sirva de alerta à sociedade e principalmente aos casais que não podem ter filhos para que reflitam sob a luz da espiritualidade e decidam cristãmente sobre como decidir.  
Diac. Narelvi

3 comentários:

  1. Olá Narelvi
    A sua postagem de hoje é sobre um grande e sério assunto, que gera sempre muitas dúvidas.
    O caso dos trigêmeos é bem triste e outros que conheço são complicados e de difícil aceitação.
    Obrigada pelos esclarecimentos.
    Boa noite
    Ligia

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  2. Amigo Narelvi:
    Tomei conhecimento desse caso das trigêmeas narrado por uma amiga e fiquei horrorizado.E agora leio a apreciação do caso por você em seu blog. Quero parabenizá-lo pelo brilho com que você aborda o assunto.
    Um grande abraço do Nazir.
    Em 3 de abril de 2011 22,30

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  3. Oi Narelvi:
    Eu que trabalho com um grupo de ajuda mutúa, e vejo o sofrimento desses pais que falecerem os filhos, a dor é tanta que as pessoas só tenham uma noção a dimensão só eles sabem.
    E quando DEUS na sua imensa sabedoria da de graça três crianças perfeitas e são renegadas pelos pais,não acredito que uma mãe que carregou 9 meses no seu ventre tenha tido essa coragem, mãe verdadeideira lutaria com todas as suas forças e criaria seus filhos sozinha e teria muito orgulho de contar para os filhos a sua história de vida.

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