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sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval. Coisa do bem ou do mal.

Será que o carnaval é coisa do bem ou do mal? Depende.
        Primeiro, vamos afastar a idéia de que carnaval é invenção da Igreja.
        Segundo pesquisadores, a história do carnaval é um tanto confusa, não se sabendo, ao certo, da sua origem.
        Louvo-me num dos maiores teólogos recentemente falecido, D. Estevão Bittencourt, que na revista Pergunte e Responderemos, nº  5, ano 1958, página 213[1], ao falar sobre a etimologia da palavra aponta como uma das explicações o termo do latim carne vale, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”, cuja derivação “carnaval” indicaria que o consumo de carne era considerado licito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. Outros usam a expressão carnem levare, isto é, “suspender ou retirar a carne”. Cita o Papa São Gregório como quem teria dado ao último domingo da Quaresma o titulo de “dominica ad carnes levandas”, daí, carneval ou carnaval e fala num terceiro grupo de origem pagã com relação ao deus Dionísio ou Baco com uma forma de cortejo chamado de currus navalis, donde a fórmula "carnavale", costume anterior a era cristã.         
        Outra fonte fala sobre membros da nobreza e os escravos que se misturavam nas ruas festejando com comida, bebida, máscara e música durante a “Saturnália” (homenagem ao deus Saturno), quando se invertia a hierarquia do poder, assumindo nos festejos o papel de rei o Rei Momo, um escravo da classe mais baixa de Roma. 
        “Com o fim do Império romano e a ascensão do cristianismo, na Idade Média, essas festividades correram o risco de acabar. A Igreja Católica quis cancelar as Saturnálias, mas sem desagradar completamente a seus fiéis. Então, no ano 325, ficou decidido que os 40 dias antes da Páscoa deveriam ser guardados apenas para orações e jejuns - intervalo de tempo que ficou conhecido como Quaresma. As festividades foram movidas para antes do início desse período e ganharam o nome de "Carnevale", que em latim significa "adeus à carne". Por isso o carnaval é uma festa móvel.” [2]
        Pois bem. O carnaval em si não é pecado. Dançar não é pecado nem proibido. Por exemplo, Maria irmã de Aarão e outras mulheres tocavam tamborins e dançavam (Ex 15,20); O salmo 86,7 diz: “Louvai-o com tímpanos e danças, louvai-o com a harpa e a flauta”; Na parábola em Mt  15,25, o filho mais velho ao voltar para casa ouviu musica e dança; “Davi e todo o Israel dançavam diante de Deus, de toda a sua alma, cantando com acompanhamento de cítara, de harpas e tamborins, de címbalos e trombetas (I Crônicas 13,8).
        Portanto o carnaval, com os foliões comportando-se com dignidade e respeito numa festa de alegria e de amizade, é coisa do bem.
        Mas, se envolvidos com drogas, orgias, bebedeiras, crimes, em trajes seminus ou sem traje algum aí é coisa do mal que poderá levar ao pecado.
        Depende, portanto, do folião fazer do carnaval uma coisa do bem ou do mal.
        E vamos torcer para que neste ano se consiga, em Morretes, retomar o Clube 7 de Setembro e quem sabe, relembrar os carnavais dos bons tempos.



[1] http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2007/02/15/%E2%80%9Cqual-a-origem-do-carnaval-e-qual-a-atitude-da-igreja-diante-dele%E2%80%9D/

[2] www.independenciaoumorte.com.br/node/154

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