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sábado, 19 de março de 2011

ESCUTAR JESUS. UMA ABERTURA PARA A VOCAÇÃO.

Transfiguração de Jesus
REFLEXÃO DOMINICAL
2º Domingo da Quaresma – Ano A – Domingo 20.03.2011
Gn 12,1-4ª;  2Tm 1,8b-10;   Mt 17,1-9

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

            Todos querem a Salvação. E é por Jesus Cristo que nos somos salvos. Daí a importância da Quaresma porque é um tempo em que somos convidados a refletir sobre os caminhos que nos leva à vida eterna junto ao nosso Pai Eterno.
            Entretanto, em que pese a Salvação vir por Jesus, não foi com ele  (como Homem) que iniciou o processo salvífico. Afinal, desde que o homem pecou no paraíso Deus já iniciou o processo de restauração das almas. É a razão da promessa do Messias.
Mas a leitura do gênesis deste domingo fala da vocação de Abraão, um patriarca que viveu lá pelo ano 1.850 a.C, portanto, quase 4.000 anos atrás. Foi com Abraão que começou, portanto, a história da Salvação.
Esse processo de salvação beneficia os homens de 4.000 anos atrás, ou a nossa geração depois de Cristo? Ou ainda o ser humano desde a sua existência cujo tempo a ciência tem demonstrado que aconteceu alguns milhões de anos antes de Abraão? A resposta é: beneficia a todos.
Em Abraão Deus confiou a formação de um povo para si, para através dele,  alcançar a todos as gerações.
Aconteceu o primeiro chamado e a missão: Abraão aceitou o chamado e partiu para a missão deixando sua terra, seus pais, confiou em Deus e foi para onde ele mandou. E Deus foi tão firme no seu propósito que o protegeu afirmando que abençoaria os que o abençoassem,   e amaldiçoaria os que o amaldiçoassem, mas que por Abrão todas as famílias da terra seriam abençoadas. 
Quanto tempo demorou. Quantas gerações foram se agregando a Abraão e seus sucessores. Foi um processo longo aos nossos olhos, não para Deus.
Ainda hoje, apesar da acontecida chegada do Messias muitos chamados ainda são feitos. Não mais para anunciar a vinda de Jesus, mas para trabalhar para a sua messe anunciando o Evangelho de Cristo Luz que brilha o rumo para o Céu. São Paulo, escrevendo para Timoteo, mostra o quanto é forte o serviço evangelizador por quem ama verdadeiramente a Jesus Cristo e sua Igreja. “Sofre comigo” diz São Paulo. Não no sentido de dor física, mas levado pela forte dose de responsabilidade, de compromisso, de amor por Jesus e todo o Povo de Deus. Sei, como Diácono, o quanto é dolorido querer desempenhar o ministério e evangelizar,  e sofrer restrições egoísticas e  intolerancia.
 
E nesse vai e vem entre a graça e o pecado, o homem precisa de quem, em nome de Jesus Cristo, anuncie o Reino e reitere sempre à misericórdia de Deus, o perdão, a acolhida, recomendando que todos os dias se procure a conversão.
Essa é a missão de todos, mas de um modo muito especial, dos ministros ordenados bispos, presbíteros e diáconos com todas as forças vivas da Igreja. O Evangelho vivido e praticado assegura a imortalidade, isto é, a ausência do pecado e a vida eterna no Céu.    

São Mateus escreveu que Jesus escolheu Pedro, Tiago e João, seus apóstolos, para dirigirem-se a uma montanha e transfigurou-se diante deles.
Transfiguração, segundo a Bíblia Ave Maria, é a Entronização de Jesus como Messias Sacerdotal”. Cristo é o único sacerdote e a sua transfiguração mostra o Jesus Divino “com o seu rosto brilhando como o sol e suas roupas brancas como a luz”.
É a certeza de que Jesus verdadeiramente é Deus. Certeza que se completou com as Palavras de Deus: Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!”
Esta certeza é a mesma que  sentimos nas Missas quando Jesus se faz presente na Eucaristia. Também lá Jesus está transfigurado.
Quem compreende a presença real de Jesus na Eucaristia, apega-se tanto a Missa que o seu desejo é de não sair mais do Templo como fez São Pedro quando propôs permanecer na montanha e construir três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias”.
Não perde a fé quem põe em prática os ensinamentos de Cristo. Não perde a fé quem persevera na Igreja de Cristo. Não perde a fé quem comunga Jesus na Eucaristia e também pela comunhão espiritual. Não perde a fé, meu irmão, quem escuta Jesus.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diác. Narelvi

Um comentário:

  1. Muito boa a sua comparação do Jesus transfigurado no seu tempo com a transfiguração na Eucaristia.
    Grande abraço, Lúcia Ani.

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