Uma matéria jornalística aborda um tema polêmico que implica num dilema escolar: mostrar aos alunos a criação do mundo segundo a religião e/ou a criação do mundo segundo a ciência.
Primeiramente, nenhuma religião deve temer a ciência. A Igreja Católica, sem desprezar os seus princípios doutrinários, aceita a ciência.
Só para exemplificar, se alguém se sente curado de doença tida como incurável, sem que a ciência médica confirme a Igreja não proclama como fruto de um milagre.
O Santo Sudário sempre esteve a disposição da ciência. O milagre Eucarístico de Lanciano, também. A ciência tem contribuído muito, inclusive para auxiliar a entender a bíblia. A Igreja recorre a ciência quando precisa falar sobre reprodução humana, anticoncepcionais, métodos de fertilização, etc.
Esticando um pouco, na Missa, na Consagração, o pão e o vinho se transformam no corpo e sangue de Jesus Cristo. Ocorre o milagre da transubstanciação. A ciência diz que após a consagração o pão continua pão, e o vinho continua vinho. É verdade! Nós sabemos disso. Só que por uma questão de fé, por acreditar nas palavras de Jesus Cristo, para nós, apesar de sentirmos o gosto do pão e do vinho, recebemos a comunhão como presença viva, real, do Corpo e Sangue de N. S. Jesus Cristo. É uma questão de fé. E nenhuma ciência se impõe ou contrapõe a fé.
O que precisa ser levado em conta é que a Bíblia não é um livro de ciência, geografia, física, matemática, mas um livro de fé, escrito por homens que foram inspirados por Deus. A sua finalidade é contar a história do Povo de Deus desde a criação do mundo e a história da Salvação dos homens em Jesus Cristo. Por isto que a Bíblia é a Constituição do Povo de Deus.
Deus não ditou a Bíblia, mas a inspirou. E essa inspiração recebeu dos escritores um pouco de si.
Na maravilhosa história bíblica da criação traz um relato cronológico de seis dias e descanso no sétimo. O homem, como criado do barro.
O sentido bíblico dado à criação É QUE DEUS É O CRIADOR. Isto basta! É no que devemos acreditar dentro da espiritualidade.
Compete à ciência estudar e apontar como se deu essa criação. Assim como se a terra é redonda ou quadrada, o seu tamanho, a sua cor.
Portanto, a questão da teoria do Big Bang, por exemplo, que diz que o universo foi criado a partir de uma grande explosão cósmica entre 10 e 20 bilhões de anos, é um problema da ciência que não diminui em nada a Onipotência de Deus.
Ouvi um estudioso assim argumentar a respeito: E quem teria determinado tal explosão?
E o homem! Porque não pode ser fruto de uma evolução? Se for, não deixa de ser Criação de Deus.
Portanto, bons mestres e leitores, se a aula for sobre o surgimento do mundo segundo a Bíblia ensine assim com a ressalva da ciência. Se você é religioso e a aula for de biologia ou qualquer disciplina sobre a criação do universo, fale conforme a ciência sem medo de fazer citação à Bíblia.
E você, meu irmão católico, fique tranqüilo que de parte da Igreja ela não te obriga a aceitar a criação segundo a ciência ou a criação segundo a Bíblia. Você é livre para acreditar no que lhe pareça ser mais razoável. O que você não deve é NEGAR A CRIAÇÃO DIVINA.
Diác. Narelvi
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