Reflexão dominical: 5º Domingo da Páscoa - 22.05.2011
(At 6,1-7; 1Pd 2,4-9; Jo 14,1-12)
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
Neste 5º Domingo da Páscoa, as leituras iniciam com Atos dos Apóstolos citando o surgimento do diaconato.
Jesus havia escolhido seus Apóstolos. Deixou-os cuidando do seu rebanho. Concedeu-lhes poderes eclesiais. Mas as tarefas missionárias eram árduas porque aumentava o numero dos discípulos. Apresentar Jesus para comunidades distantes umas das outras exigia uma dedicação exclusiva e exaustiva. É fácil entender a peregrinação. Anunciava Jesus para grupos de pessoas locais mas logo deviam seguir para outros povoados e regiões.
Queixas começaram a surgir. Os Apóstolos não podiam assumir todos os trabalhos. Precisavam repartir os seus afazeres ministeriais com alguém.
Foi assim que, antes do surgimento dos presbíteros (padres), confiaram às comunidades as escolhas de homens “de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria”.
Assim surgiram os primeiros diáconos: Estêvão, Felipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau, e sobre eles impuseram-lhes as mãos.
Foi a primeira vez que os Apóstolos ministraram o SACRAMENTO DA ORDEM. .
A primeira tarefa dos diáconos foi a pratica da caridade atendendo viúvas, órfãos, e quem mais estivesse necessitando de amparo.
O trabalho diaconal foi crescendo e já naquela época também o anuncio da Palavra fazia parte das suas funções.
O diaconato cresceu bastante desde a sua instituição e passou a representar o 1º grau da hierarquia clerical, ministério necessário para o passo seguinte que era a ordenação presbiteral e, por ultimo, no grau superior, o episcopado. Ainda hoje é assim.
O Concilio Vaticano II restaurou o diaconato para homens casados.
Hoje a participação do diácono casado (diacono permanente) é de importância extraordinária. Assim como no inicio os diáconos dedicavam-se a tarefas menores e permitiam aos Apóstolos e depois bispos ampliarem as suas evangelizações, hoje mais do que nunca, os diáconos colaboram com a sua tríplice função: Caridade, Palavra e Liturgia, permitindo aos bispos e padres uma maior disponibilidade de tempo para cuidarem das almas. É atribuição do diácono em qualquer celebração, até com o Papa, proclamar o Evangelho. O diácono celebra cultos, faz homilias, batiza, preside ao casamento, exéquias, proclama o Evangelho, é Ministro Ordinário da Comunhão Eucarística, concede bênção do Santíssimo e todos os Sacramentais e muito mais.
Contudo, boa parte do clero brasileiro ainda reprime o diaconato permanente, evitando-o em muitas dioceses e paróquias.
Se você, meu irmão, for participar das missas de hoje e amanhã, preste atenção se o pregador fará alguma referencia ao ministério diaconal...
Sem duvida, a leitura deste Domingo deveria levar ao anuncio do diaconato e estimular as vocações diaconais que com toda a certeza, trata-se de um Ministério que é uma luz que junto com os bispos e padres ajuda a iluminar e evangelizar os povos.
Nós, diáconos, também somos “pedras vivas”, “raça escolhida” por Deus pois que fomos chamados para proclamar as obras admiráveis de Jesus conforme diz São Paulo. Somos Ministros Ordenados. Pertencemos ao clero.
E a esse chamado, todos vocês, meus irmãos, são incorporados pela graça de Deus e pelo sacerdócio comum adquirido no Batismo.
Precisamos todos, o povo e a própria Igreja, redescobrir Jesus Cristo para entender o que Ele quer.
Podemos dizer que nascemos sob a égide de Jesus Cristo. Mas como Filipe ainda indignamos Jesus ao ponto Dele, certamente nos chamar a atenção dizendo: “'Ha tanto tempo estou convosco e não me conheces?”
Quem permanece em Cristo realiza as obras do Pai.
É o que nós diáconos e todo o Povo de Deus queremos.
Louvado sena N. S.Jesus Cristo.
Diác. Narelvi
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