Diác. Narelvi.
A morte de Bin Laden provocou opiniões diversas. Um dos e mail que circulou à vontade, trouxe o título "Não há razão para comemorar um assassinato". Concorda? (a pedido, omito o nome de quem perguntou)
Respondo:
Recebi o email.
Certamente que a violência nunca é motivo para comemoração. Posso até entender o que a historiadora quis dizer.
Mas achar que a caça ao Bin Laden foi uma violência talvez só porque praticada pelos americanos é exagero.
Entre tantas coisas que a autora da matéria diz, está: "Eles simplesmente metralharam quem estava na frente". Como saber o certo como aconteceu? E o que se esperava que fizessem? Batessem à porta e dissessem: “Olá, Bin Laden, estamos aqui em nome da lei (ou de Alá). Da pra entrar? Mostre-nos a identidade e acompanhe-nos até os Estados Unidos”.
O que esse bruto fez com o mundo? Destruiu regiões, propriedades e tudo o que encontrava pela frente. Praticou atentados, torturas, matou homens, mulheres, idosos, crianças, inocentes, com métodos cruéis, em nome de um fanatismo político e fundamentalismo religioso.
A questão aqui não é julgar os americanos, mas julgar Bim Laden. Não simpatizar com americanos até aí tudo bem, mas ao ponto de quase simpatizar com Osama ...
De repente alguns irão condoer-se e querer homenagear Bim Laden como o humanitário do século.
Infelizmente existem situações extremas que exigem decisões extremas. Este homem era diabólico, perverso, sanguinário, inimigo do mundo. Ninguém quis isso. Ele quis!
Há quantos anos Bim Laden é procurado? Alguém reclamou contra isto? Alguém sugeriu que Bim Laden não fosse perturbado nem procurado por ninguém?
Não da pra acreditar que Bim Laden estivesse em casa dormindo como numa santa família, desarmado, sem nenhuma guarda, amando a humanidade e sem nenhum propósito de atentados, e quem sabe, até com a mesa pronta para servir um cafezinho para visitas.
Sabe, até religiosamente justifica-se em casos extremos medidas drásticas contra quem prejudica a humanidade. É uma forma de legitima defesa da sociedade praticada pelo Estado.
Evidentemente que ninguém, nem mesmo militares ainda que no exercício das suas funções, tem o direito de ficar atirando por aí a torno e a direito, ferindo ou matando pessoas mesmo que sejam bandidos, a não ser em legitima defesa ou estado de necessidade e neste caso, não seria assassinato.
In casu, havia um estado de guerra, uma operação militar necessária que se esperava terminasse com prisão e julgamento, mas, ao que parece, as circunstancias fizeram culminar com a morte do procurado cujo fim ele mesmo sabia sem, contudo, recuar um só momento das suas intenções.
Entretanto, se a morte do Bin Laden era desnecessária, então teria havido um assassinato.
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