A pedofilia, atualmente, é definida simultaneamente como “doença, distúrbio psicológico e desvio sexual (ou parafilia) pela Organização Mundial de Saúde” e que “Caracteriza-se pela atração sexual de adultos ou adolescentes por crianças”. Cuidado, portanto, para não chancelar de pedófilo aquele que, mesmo cometendo crime contra a liberdade sexual, sua ação não se afina com a definição em razão da eventualidade e circunstância. É preciso, também considerar, embora a lei não o faça, a pedofilia sob o ponto de vista da agressão bárbara e covarde contra as criancinhas ou adolescentes inocentes e indefesas, da prática sexual circunstancial, esporádica, com adolescentes ou jovens já corrompidos sexualmente por culpa da própria modernidade libertina.A promoção do sexo e o seu endeusamento também levam à pedofilia.
Mas o centro da questão é a preocupação que deve existir sobre a realidade do abuso sexual de crianças de um modo geral, comportamento pecaminoso e detestável que envolve pessoas de todos os níveis culturais, sociais, religiosos, ricos e pobres, solteiros e casados, homens e mulheres, e até familiares.
Afinal, de onde provém tanta loucura?
Existem circunstâncias que podemos entender como favoráveis ao desvio de comportamento e que podem levar a pedofilia.
É de se pensar sobre o precário convívio social e de pobreza de muitas famílias deste Brasil afora, morando em barracos de um só cômodo, dando para sentir o ambiente desaconselhável levando-nos a imaginar o que possa acontecer dentro daquele “lar”. Ainda, que muitos tabus viraram vulgaridade, principalmente nas coisas que dizem respeito a sexualidade.
A prática do sexo foi banalizada praticando-se o “ficar” entre parceiros temporários, aqui se incluindo desde os pré-adolescentes entre si, verdadeiras crianças que ainda são.
E na banalidade e busca de prazer, os estímulos são no sentido de que, na medida em que se cansem uns dos outros, busquem novos parceiros, e quanto mais jovens, mais atraentes. A propaganda da camisinha embora útil como prevenção contra aids e outras doenças venéreas, como está sendo apresentada é responsável pelo aumento de adolescentes e jovens imaturos na atividade sexual. A televisão tem contribuído exibindo cenas sexuais explícitas colocadas à disposição de todos, até das crianças. Adolescentes se relacionam com beijos sexuais e sensuais publicamente. Estão priorizando e endeusando o sexo!
E assim as crianças vão armazenando mesmo sem entender esse tipo de relacionamento, compreendendo-se porque a idade para a prática do sexo vem sendo reduzida cada vez mais.
Crianças que deveriam ter respeitadas as suas fases importantes de formação como o caráter, a personalidade e a honra, são inconscientemente feridas e deturpadas em seus valores. Alguns pais já estão substituindo o beijo inocente e carinhoso no rosto dos filhos crianças ou não, pelo beijo na boca (lábios). Tudo contribui para o estímulo doentio e criminoso da pedofilia.
Por favor, não se está aqui generalizando essas situações, nem procurando justificar as atitudes diabólicas dos verdadeiros pedófilos, mas apenas trazendo para questionamento algo bem real, presente em nossa sociedade, que na sua hipocrisia estimula a prática do sexo sem amor desde cedo, para depois bradar como carrasco contra aqueles que aprenderam a lição como aconteceu com aquele Italiano surpreendido na piscina beijando sua filhinha na boca e que assim aquecido parece ter feito algo mais.
Quanto mais livre e precoce for a prática sexual, ou se expor imprudentemente a beleza física e até provocante dos infanto-juvenis; ou não se voltar para um social sério e uma educação familiar e religiosa que alcance também os adultos, maiores serão os riscos e estímulos à lascívia e mais facilitada a exploração sexual vitimando inocentes crianças.
Diac. Narelvi
Publicado no jornal MCLitoral, edição de agosto/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário