Reflexão Dominical – 29º DTC – Ano A – 16.10.11
Is 45,1.4-6; 1Ts 1,1-5b; Mt 22,15-21
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
“Ungido” é a palavra forte de hoje que dentre outros significados quer dizer segundo os dicionários, “purificar, corrigir, melhorar, conferir dignidade, poder a alguém. “Cristo” na origem grega significa “ungido”. Na Igreja significa: com os santos óleos sagrar, dar a unção a alguém.
Já é possível perceber quanta dignidade a unção concede ao ungido. E responsabilidade também!
Ninguém é ungido para nada, mas para um exercício de fé, de religiosidade, para uma liderança espiritual já que aqui tratamos de evangelização. E evangelização não é uma ação privativa dos bispos, padres e diáconos, mas de todos os cristãos, sendo que cada um procure na unção que recebeu encontrar os seus dons.
Em que pese a universalidade do evangelho, Isaias me inspira a falar sobre os que foram ungidos para a missão especial de servir a Deus em Jesus Cristo e sua Igreja.
“Eu sou o Senhor, outro não existe” e fora de Deus nada tem consistência.
Na pessoa de Ciro podemos percebemos o sentido da unção porque ele foi um dos ungidos por Deus que nele imprimiu a condição de alguém com poderes espirituais para “purificar, corrigir, melhorar, conferir dignidade, poder a alguém” conforme o significado do dicionário. Afinal, um homem sagrado.
E por ele ter sido ungido foi tomado pela mão de Deus para dirigir os povos mostrando os caminhos retos com uma segurança muito maior do que a dos reis, abrindo-se-lhe todas as portas dos caminhos e dos corações humanos por onde passar, e não permitindo que essas portas se fechem.
Na unção encontramos a força de Deus.
Mas eu queria hoje, chamar a atenção principalmente a nós ministros ordenados da Igreja, do sinal da unção buscando inspiração na Carta de Paulo aos Tessalonicenses.
Vejam com que carinho São Paulo, Silvano e Timóteo se dirigem aos tessalonicenses. Não se apresentam como donos da Igreja ou da paróquia, mas como servidores. Começam saudando com a graça e a paz de Deus num gesto de abertura e acolhimento, e revelam o quanto eles eram lembrados nas suas orações para que perseverem na fé, na caridade e na esperança em Jesus Cristo, pois essa é uma das grandes missões dos ungidos.
Todos nós fazemos parte do Povo escolhido de Deus. E o anuncio do Evangelho se desenvolve não somente pelas palavras muitas vezes bonitas, porém sem raízes, mas acima de tudo com a força da fé, da caridade e da humildade, sem jamais esquecer que é na pessoa do Espírito Santo que se consegue discernir e assimilar o que Jesus realmente espera que faça.
Se não nos sentirmos ungidos, se nós ministros ordenados não relembrarmos que fomos escolhidos e chamados por Jesus para o Ministério Ordenado, e que pelo nome fomos chamados por Deus, estaremos incapacitados para o serviço e frágeis às provocações desafiadoras que a modernidade contaminada pelo anticristianismo, pelos falsos profetas e por lideranças corrompidas lançam contra o Povo de Deus e a Igreja.
E nesse burburinho como é importante saber separar as coisas para não cair em armadilha. Céus e terras pertencem a Deus. Logo, praticar as obras terrenas no contexto da seriedade e da honestidade faz parte do Plano de Deus, de cuja cautela surgiu a expressão de Jesus “Daí pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” como que a ensinar sobre a convivência harmoniosa e séria que deve nortear o comportamento humano e principalmente dos ungidos. Aos dissimulados Jesus tem a palavra certa: “hipócritas”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi
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