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sábado, 29 de junho de 2013

PERSEGUIÇÃO E VINGANÇA - DOIS DEMÔNIOS INSEPARÁVEIS 1ª PARTE



Diac. Narelvi



            De repente veio-me a inspiração para falar de uma maneira simples, sobre perseguição e vingança, duas condutas repugnantes em nossa sociedade cheia de intolerantes e de consciências tortas, que apesar de seus desvios se julgam “certinhos”, “cheios de razão”, e até enfeitam suas mesas de trabalho com a Bíblia.
            O homem acostuma-se com o mal, infelizmente, embora os ensinamentos de Jesus exatamente sirvam para reconstruir essas consciências. 
            Existe um ditado que diz: “quem ama o feio bonito lhe parece”.  Aqui é uma questão de gosto. Mas existe outra questão que é de sentimento, de personalidade, quando o mal é praticado pelo prazer da maldade, apesar dos provérbios “o mal não se deve vencer com o mal”, “o mal, às vezes, triunfa; mas nunca vence”, “quem planta o mal, colhe o mal em dobrado.”
            Se abrirmos um pouco mais nossos olhos seremos capazes de perceber tanta gente praticando outro tipo de maldade: a vingança e a perseguição. E como dói! E quantos sofrimentos causam! Esses militantes até sentem prazer dessas praticas expondo-as para suas satisfações vangloriando-se: “A vingança é um prato que se come frio!”, ou “começar a comer mingau pelas bordas do prato”, dizem, esquecendo da indigestão.
           Não me refiro aqui às reações imediatas contra crimes contra a vida que o código penal dá classificações como imputabilidade penal, exclusão de ilicitude, legitima defesa e outras circunstâncias que envolvem o emocional, que a meu ver não se enquadram como vingança e mereceria um comentário mais amplo em separado não sendo oportuno agora. 
            Refiro-me aos mais mesquinhos e despropositados pretextos levados pelo egoísmo como as sórdidas perseguições e vinganças políticas, religiosas, familiares e uma infindável lista de vergonhosas situações que todos nós conhecemos e que não pertencem ao emocional mas à covardia.
             No Antigo Testamento encontramos tantas referências a vingança que até nos assustam se formos fundamentalistas, mas que não representam exatamente a vontade de Deus por isso deve ser muito bem entendido e interpretado.  Já no Novo Testamento, com Jesus e a Nova Aliança, passamos a compreender que nem a vingança, nem a perseguição, devem fazer parte do comportamento humano, e menos ainda, dos cristãos.
            A primeira lição que encontrei hoje na Bíblia está em Mateus, 5,37:  “Diz apenas "sim", quando é "sim"; e "não", quando é "não". O que disseres para além disto vem do Maligno».  Isto é ser Homem com “H” maiúsculo, Cristão com “C” maiúsculo. Significa, agir corretamente, eticamente. 
            Nós Cristãos e católicos, por princípios, temos a obrigação de abolir de nossas vidas os sentimentos de vingança e de perseguição. Aliás, não é prerrogativa somente nossa, mas de todos os povos do mundo independentemente do credo que professem. 
            Contudo, se professamos e pregamos valores éticos, morais, e acima de tudo cristãos, a  coerência manda que tenhamos uma formação  e educação mais ilibada. E quando se exerce função de liderança, educadora, e principalmente quando se educa para a fé a desculpa de que somos propensos a erros “como os outros” deve ser entendida com reservas, pois isto, na verdade, nos obriga a errar menos do que os outros.
            Como nossas reflexões são levadas pela e para a espiritualidade, nada melhor do que ouvirmos o Mestre dos Mestres, Jesus:

“Eu, porém, digo-vos: não vos vingueis de quem vos fez mal. Pelo contrário: se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda!” (São Mateus 5, 39). 
“De fato, se perdoardes aos homens os males que eles fizeram, o vosso Pai que está no Céu também vos perdoará.” (São Mateus 6, 14). 
“Mas, se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os males que tiverdes feito». (São Mateus 6, 15). 

E a oração do Pai Nosso que todos rezamos finaliza: “E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. (São Mateus 6, 13).

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