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domingo, 9 de junho de 2013

JOVEM, EU TE ORDENO, LEVANTA-TE!




 
10º DOMINGO Tempo Comum – 09.06.2013
REFLEXÃO DOMINICAL
1Rs 17,17-24; Gl 1,11-19; Lc 7,11-17

 Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

         O profeta Elias, deixando sua terra em Serepta foi hospedar-se na casa de uma viúva que tinha um filho enfermo.

         Essa viúva sabia da religiosidade de Elias, mas tinha um pensamento muito comum naquela época de que Deus era vingativo e que despejava sua vingança contra os pecadores ou seus familiares.

         Ao olhar para Elias, sentia nele uma pessoa tão fortemente ligada a Deus capaz de desviar o olhar do Senhor para aquela mulher a fim de descobrir seus pecados de outrora. A criança morreu e a viúva lamentou contra Elias como se tivesse sido ele o responsável pela morte do filho em decorrência da vingança de Deus.

         Elias pega a criança e a conduz para outro cômodo e lá pede a Deus que devolva sua vida. E assim se fez.

         O que se percebe é que até mesmo Elias entendia que a morte da  criança teria sido resultado da ação de Deus, tanto que nos versículos aparece ele dirigindo-se a Deus com uma conversa nada aparentemente calma: até a viúva, em cuja casa habito como hóspede, queres afligir, matando-lhe seu filho?'.

         Deus o atende e a criança é ressuscitada e devolvida à mãe que reconhece Elias como um homem de Deus e que suas palavras são verdadeiras.

         Pois é, irmãos. Ainda hoje costumamos ouvir pessoas atribuindo a Deus responsabilidade por alguém  da família que morre, e até mesmo quando consolam outros nas conversas de velório. E essa conversa fica mais forte quando a causa da morte é trágica. “É a vontade de Deus”, “Deus sabe o que faz”, “Deus sabe o que é melhor ´pra ele`” ...

Que absurdo! Atribuir a Deus tamanha malvadeza. Deus jamais escolheria um modelo de morte para cada um, “fulano vai morrer de câncer”, “beltrano em acidente”, “cicrano assassinado”,  cruz credo!

         Irmãos, Deus é autor da vida e não da morte. Deus é a essência do bem. Deus perdoa, não vinga. Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos, pelos pais; cada qual morrerá pelo seu pecado” Dt 24:16. Ezequiel 18:20 nos diz: “É o pecador que deve perecer. Nem o filho responderá pelas faltas do pai, nem o pai pelas do filho”.

         O importante é a confiança que devemos depositar em Deus que sabe quando deve atender nossas necessidades.  Jamais Deus causará sofrimentos a ninguém por vingança ou porque alguém de nossa família tenha sido pecador.

         Cada um é responsável pelos seus atos. Deus é amor e tudo faz para que a nossa felicidade seja completa. Temos os profetas de hoje que dedicados a Deus saberão como transmitir Sua Palavra fazendo sair de suas bocas mensagens evangélicas que dignificam o homem e o conduz à felicidade.  
2ª PARTE:

         Sentimos, então, na reflexão acima, o grande amor que Deus nutre pelo seu povo. Sentimos também que Deus, infinitamente amoroso não é vingativo. São Paulo que o diga.

         Numa belíssima narração de Paulo, como um diário de sua vida, ele se apresenta como um pecador terrível que antes perseguia a Igreja de Deus e gozava por isso, dentro do judaísmo, de privilégios e progressos pessoais pelas suas façanhas.

Mas Paulo converte-se sentindo-se um escolhido de Deus  desde a sua concepção, para servir a Jesus. E no seu testemunho justifica sua nova vida não no seguimento de pessoas nem correndo logo para Jerusalém a procura dos apóstolos que existiam antes dele.

Paulo não fala assim com o sentido de menosprezo, pois que ele também se transformou em pregador, mas para mostrar que a verdadeira conversão se encontra mais do que vendo e ouvindo, aproximando-se primeiramente e mais intimamente de Jesus.   

E suas pregações não seguiam os critérios humanos, mas divinos. Deus era a sua inspiração e nas suas mensagens não havia preocupação sobre o que seus irmãos e conhecidos dissessem, se gostavam ou não, mas falava o que Jesus e o Espírito Santo o inspirava dizer colocando em prática tudo o que aprendeu pela revelação de Cristo.

Paulo é Paulo! Mas nós também podemos ser, digamos assim, um “Paulinho”.        

Ouvir pregadores cristãos naquela época não era fácil. E eu, irmãos, agora vos desafio como católico, a ser um novo modelo de cristão. Estamos comemorando o Ano da Fé que traz como um dos objetivos despertar um catolicismo mais profundo, não tanto correndo somente atrás de medalhinhas, de católico das sextas feiras santas para uma vez por ano carregar Jesus morto, de rezas via internet mais próximas de “correntes” do que de oração, sugerindo aos leitores o envio da reza para outros tantos, sei lá quantos, como condição para a obtenção de graça.

A nossa religiosidade deve se espelhar em Paulo. Firme, convicta para sempre sob pena de incorrer no pecado de tantos irmãos nossos que depois de uma longa vida católica, de amar Maria e estimular sua devoção, de receber a Eucaristia, de pregar a Palavra e até presidir Cultos e tantos outros gestos de religiosidade, de um dia para outro jogam tudo isso no lixo renegando anos de catequese e formação para viver um cristianismo separado e doutrinariamente insustentável.

Paulo nos ensina hoje de que podemos sair da ignorância religiosa, que podemos ser melhores, que podemos servir de exemplos e de ensinar, que precisamos perseverar.
3ª PARTE

         Lucas fecha a reflexão de hoje com o Evangelho fazendo uma convocação: "JOVEM, EU TE ORDENO, LEVANTA-TE”.

         O texto fala de um filho único, jovem, morto, e sua mãe chorando.

         Jesus coloca sua mão no caixão e ordena: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te”, e o jovem retornou à vida.

         Como eu gostaria que algum jovem estivesse lendo esta reflexão, pois que a ele interessaria mais do que aos outros.

         Não precisamos nos prender ao pé da letra aos milagres de Jesus no sentido de imaginarmos sempre citações de pessoas mortas. Podemos e devemos muito bem transformar os mortos em vivos para aproveitamento melhor dos ensinamentos de Cristo.

         Na verdade, quantos jovens vivos estão mortos? Quantos jovens estão sendo carregados nos caixões das drogas, da indiferença, do desrespeito aos pais, da delinquência, do sexo, dos vícios em geral, mortos para Deus?

         Jovens e adultos, Jesus está neste momento colocando sobre o caixão que os envolvem e em alta voz desafiando você: “LEVANTA-TE, CARA, SAIA DESSA VIDA, REENCONTRE-SE COMIGO E COM VOCÊ MESMO. EU TE ESTENDO A MÃO, É SO VOCÊ QUERER!
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diac. Narelvi.

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