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domingo, 11 de novembro de 2012

MORREMOS UMA SÓ VEZ.


 REFLEXÃO DOMINICAL – 32 DTC – Ano B – 11.11.2012

1Rs 17,10-16; Hb 9,24-28; Mc 12,38-44

Queridos amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

“O Livro de 1 Reis não cita especificamente o nome do seu autor e a tradição diz que foi escrito pelo profeta Jeremias. Provavelmente foi escrito entre os anos 560 e 540 aC.”
“O Livro de 1 Reis tem muitas lições para os fiéis. Nesse livro encontramos uma advertência para que tipos de amigos temos, especialmente no que diz respeito a associações próximas e casamento”
             Essas lições foram inspiradas na forma de vida que levavam os contemporâneos, escritos certamente por inspiração Divina conforme entendeu a Igreja.
            E justamente hoje, vemos uma situação tão antiga, mas que ainda acontece não apenas em nossas comunidades, mas em todo o mundo, com irmãos passando fome, doentes, vivendo na miséria, secas, enchentes, guerras, vitimas de tantos sofrimentos que necessitam de amparos que devem vir de todas as pessoas, individualmente ou dos governos que representam o povo. Mas uma esperança se sobrepõe: a fé em Deus.
            Elias foi um homem de biografia não tão conhecida, a não ser que era um homem de Deus, um profeta, que mesmo talvez não se enquadrando nos exemplos de sofrimentos citados, naquele momento da sua caminhada com destino a Sarepta, sentiu sede e fome.
            Quem o socorre é uma viúva em situação de miséria tal que estava preparando para ela e seu filho um punhado de farinha e um pouco de azeite como uma ultima refeição para depois aguardar a morte por fome. E ela desculpa-se jurando “Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão”.
            Porém, Elias insiste assegurando à pobre mulher que não se preocupasse, preparasse o seu alimento e trouxesse para ele um pãozinho e repartisse a sobra entre ela e o filho citando uma fala de Deus:  “A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até ao dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra”.
            A viúva confiou, e de fato não lhe faltou mais o que comer.
            A lição a ser tirada é que Deus, sempre em primeiro lugar, é quem nos provê em tudo. Mas isso não exclui a participação do homem das necessidades humanas como se bastasse ficar sentado, sem nada fazer, e tudo cairia dos Céus. Afinal, o homem foi sentenciado para o trabalho conforme Gn 3,19.
            Mas a Justiça de Deus e o seu infinito amor estão sempre presentes em todos favorecendo a fraternidade, a ajuda e amparo aos irmãos a tal ponto que o sofrimento humano se supera quando Deus está no coração dos homens.

2ª PARTE

            A nossa realidade presente é a vida nesta terra na certeza de uma nova vida eterna num outro “lugar” que é o Céu.
            O que Elias e tantos outros profetas ensinaram com lições de vida e de esperança num bem maior, se completou com a vinda do Messias que, feito homem, veio habitar neste mundo que não foi feito pelas mãos do homem, mas pelas Mãos de Deus. Por isso podemos chamar esta terra de santuário levando em conta que o santuário por excelência é o próprio Céu onde Jesus sempre se encontrou.
            Os ensinamentos proféticos e confirmados pelo anunciado Jesus, são de que a oportunidade deste mundo usufruindo do dom da vida, é temporário e necessário para a vida nova eterna após a morte.
            Temos, então, na morte, o fiel da balança, o ponto que separa a vida material da vida espiritual. Portanto, a oportunidade é única, porque, em que pese Deus levar em conta os nossos comportamentos durante a vida toda, é no momento da morte quando a alma se afasta para submeter-se ao julgamento imediato e particular de Deus que é selado seu destino no céu ou no inferno.
            São Paulo escrevendo aos hebreus lembra que Jesus está agora na presença de Deus, isto é, ressuscitado advogando a nossa causa, digamos assim, missão que iniciou aqui na terra.
            E faz um lembrete muito importante: Jesus não veio para se oferecer repetitivamente, mas por um único sacrifício, morrendo (como homem) uma só vez.  Até na Santa Missa o Sacrifício de Jesus é o mesmo que não se repete mas se atualiza.
            Irmãos e irmãs. Todos sabem que Jesus veio e morreu na cruz para nos salvar. E que a sua morte foi uma só vez. Logo, não teremos outra oportunidade para alcançar a salvação porque a segunda vinda de Cristo não será para oferecer perdão mas para mostrar a sua Glória, a sua vitória, e no gesto do Juízo Final revelar de forma talvez até festiva, o lado que nesta vida terrestre escolhemos para viver a eternidade no Céu, que a parábola dos talentos revela (Mt 25).
              E como nós igualmente morreremos uma única vez, resta-nos aproveitar do tempo para uma plena conversão para Deus.
            Aqui a doutrina cristã se diferencia e distancia das crenças reencarnacionistas que infelizmente muitos católicos e outros cristãos se deixam contagiar sem saber distinguir a reencarnação da ressurreição praticando o pecado da ignorância e incoerência da fé, visto que a ressurreição de Cristo abriu a ressurreição para todos depois de uma única vida aqui na terra.
            Por isso diz São Paulo que como Jesus destruiu o pecado com o seu próprio e único sacrifício, “O destino de todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento.”

3ª PARTE

            São Marcos, narrando Jesus, adverte sobre o risco de seguirmos homens inescrupulosos que sábios e doutores da Lei, pessoas que deveriam se impor pela humildade e não pela exaltação da sua função legal ou ministerial, se aproveitam sobrepondo-se aos outros com seus poderes e regalias em disputas de espaços, usurpando e prejudicando pessoas simples e cerceando vocações e servidores aptos a exerceram o múnus de servir às causas religiosas e civis. A pior condenação a esses, afirma Jesus.
            E o texto do Evangelho conta que Jesus observou uma viúva bem pobre colocando no cofre do Templo “duas pequenas moedas que não valiam quase nada”, enquanto que ricos depositavam grandes quantias.
            Jesus quis que seus discípulos aprendessem o significado da doação com o exemplo da viúva pobre dizendo: “esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
            O episodio pode ser aplicado não somente nas ofertas em dinheiro, mas também nas disponibilidades de tempo para auxiliar os próximos e para o serviço da Igreja.
            É a célebre desculpa que quase sempre ouvimos: “se eu tiver tempo, irei!”
            Por isso os elogios àqueles que se disponibilizam a doar e a servir na medida do seu coração, sempre encontrando uma forma de estar presente voluntariamente nas necessidades sociais, humanitárias e religiosas.   Deus saberá recompensar.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi

2 comentários:

  1. Ola, Diacono, Boa noite!
    Gostei muito de reflexão de hoje, ja compartilhei com meus amigos e pode continuar me enviando que é de muito proveito para nosso crescimento Espiritual.
    Paz e bem da parte de Cristo Nosso Senhor!
    ass: Roni

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    1. Valeu, Roni.
      Grato e continuo contando com a sua participação e divulgação.
      TUDO PELO REINO!
      Diac. Narelvi.

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