Reflexão Dominical - 24 DTC – Ano A – 11.09.2011
Eclo 27,33-28,9; Rm 14,7-9; Mt 18,21-35
Neste domingo as leituras bíblicas nos levam a meditar sobre o nobre sentimento do perdão e suas conseqüências.
Pelo visto, nada será lógico se não existir em nós a consciência do que é errado, a espontaneidade do arrependimento, a vontade de pedir e de conceder perdão.
O rancor e a raiva são coisas detestáveis diz o Eclesiástico que previne contra a tendência da vingança.
Somos todos filhos de Deus. Somos irmãos e devemos viver sob a égide do mandamento “Amai-vos uns aos outros” porque não somos criaturas do acaso, de uma evolução sem Deus, mas seres humanos criados à imagem e semelhança de Deus.
Daí, então no dizer de São Paulo, “Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”. E nesse balancear de emoções e sentimentos, ora ofendemos, ora somos ofendidos.
Mas, se pertencemos ao Senhor, descuido não houve no sentido de sermos dotados de sentimentos que nos levam ao reencontro da paz.
O Evangelho de Mateus nos tranqüiliza no momento em que descreve as palavras de Jesus confortando-nos com o perdão como forma incondicional, imprescritível. Não devo perdoar somente sete vezes, mas até setenta vezes sete, isto é, sempre. E segue-se uma parábola onde Jesus mostra como é o Reino dos Céus.
Conta ele sobre um Rei que num dia de prestação de contas exigiu de seu empregado o pagamento da dívida, mas porque não podia pagar mandou vende-lo como escravo junto com a mulher e filhos e tudo o que possuía para reunir recursos para quitar o débito. O empregado suplica, pede prazo, e o patrão movido por compaixão perdoa a dívida.
Paradoxalmente, este empregado contemplado pela anistia logo adiante encontra um amigo que também lhe devia e cobra-lhe com todo o rigor: “Paga o que me deves”. E sem levar em conta as súplicas do devedor mandou prende-lo até que pagasse o que devia.
O Rei soube da ingratidão, advertiu o empregado perverso porque, tendo sido beneficiado pelo perdão da dívida, não fez o mesmo com o relação ao seu companheiro. Por causa disso, o empregado teve revogada a anistia e foi levado ao sofrimento até que quitasse o seu débito.
“É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”, disse Jesus.
Parece-nos severidade de Deus. Mas não é, visto que a justiça é o fiel da balança. Quem escolhe somos nós se pendemos para o lado do amor, da amizade, do perdão, ou para o lado da ingratidão e da vingança.
Não podemos imaginar um cristão perdoado negar a reconciliação a quem lhe tenha ofendido ou não lhe seja simpático, ou hipocritamente discursar sobre o amor, a fraternidade, o perdão, se no seu íntimo é incapaz de vivenciar essas virtudes, conflitando com a oração do Pai Nosso.
Perdoar as vezes é difícil, meu irmão. Mas nada impossível para quem leva a sério o compromisso com Jesus.
Abrir o coração para pedir ou conceder o perdão e reconciliação faz bem as criaturas. Faz bem para as famílias. Faz bem para manter a unidade dos membros da Igreja É necessário para alcançar o Reino de Deus.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diác. Narelvi.
Bom dia Diac. Narelvi.
ResponderExcluirMto agradecido.
Que o Sr. tenha uma boa semana também.
Saudações, Humberto
Gostaria de saber qual o horário das missas no sábado e no domingo.
Agradecido.