Reflexão Dominical - 19 DTC - 07.08.2011 - Ano A
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
Como você espera enxergar Deus?
Sabemos da grandiosidade, da plenitude, da imensidão que é Deus. E isto muitas vezes nos leva a pensar que precisamos de chamados apoteóticos para recebe-Lo, como na citação do Primeiro Livro dos Reis: um vento impetuoso e forte, um terremoto, um fogo, eram os sinais que o profeta Elias esperava para a passagem de Deus. Esses sinais realmente aconteceram, mas Deus não estava neles. Mas de repente, depois desses fenômenos, Elias ouviu o murmúrio de uma leve brisa, e foi neste momento que sentiu a presença de Deus e saindo da gruta colocou-se ao Seu dispor.
Irmãos, Deus, porque é Deus, pode se fazer anunciar como quiser, inclusive através das grandes agitações da natureza. Entretanto podemos sentir a presença de Deus no silencio, ouvindo a brisa do nosso coração e dos nossos sentimentos, e isto certamente acontece quando nos entregamos ao recolhimento espiritual.
Deus é assim. Nem sempre Ele quer barulhos ou eventos espetaculares para ser anunciado, preferindo a quietude e a mansidão dos humildes.
São Paulo, na condição de judeu, sofria ao ver seus patrícios não aceitarem Jesus. E isso era um peso enorme que suportava com agonia porque a sua missão era anunciar Jesus e justamente nos seus irmãos sentia resistência. São Paulo queria alcançar a todos, faze-los conhecer a Deus
Veja a que ponto chega Paulo afirmando que ele até preferia separar-se de Cristo se isso pudesse ser compensado com a conversão de todos os judeus.
É uma realidade que todos os bons cristãos católicos sentem quando anunciando o Evangelho, testemunhando a sua religiosidade, exercendo serviços pastorais e até mesmo o ministério ordenado convivem com a realidade da rejeição dos amigos, familiares e por vezes de irmãos do ministério, contratempos que devemos superar com nossas ações tomando atitudes fortes sim, porém sem nunca deixar de sentir a presença de Deus.
Essa brisa de Deus Mateus nos narra no Evangelho de hoje colocando em destaque a fé de Pedro.
Pela madrugada, Jesus sai da barca e caminhando sobre as águas, chega à terra firme para conversar com seus discípulos. Um susto para eles. Mas Jesus acalma: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”
Pedro queria fazer como Jesus: caminhar sobre as águas. Jesus o encoraja. Pedro tenta e consegue, mas logo afunda e pede socorro. Jesus o salva estendendo a mão.
A fé, meus irmãos, a fé é que nos mantém firmes com Deus. Sei que é difícil conseguir caminhar sobre as águas como Jesus Cristo, mas podemos tentar viver essa fé em outras águas da vida na certeza de que, se nos faltar forças, a mão de Cristo estará sempre estendida para nos salvar. E não tenhamos constrangimento em ouvir a admoestação de Jesus: Homem fraco na fé, por que duvidaste?”
A nossa fé está justamente na atitude de entrega à vontade de Deus seguindo os passos de Jesus e com a força do Espírito Santo. Por mais que nos afundemos uma vez ou outra, a insistência e resistência pela oração e demais praticas espirituais cristãs, nos Sacramentos, e sobretudo quando olhamos para Jesus e proclamamos: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”, é que aprendemos a sentir a presença de Deus em nossas vidas.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diác. Narelvi.
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