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terça-feira, 21 de novembro de 2017

500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE. MOTIVO DE EUFORIA?








1.   O Brasil e alguns países festejaram no dia 31 de outubro os 500 anos da reforma protestante. Um direito que merece nosso respeito. Contudo a Reforma causou um trauma no cristianismo, por isso merece uma reflexão: Exaltação ou circunspecção?
Se olharmos somente para lado dos protestantes nas suas diversas denominações, certamente que foi motivo de alegria e euforia bastante festejado com razão pelos que lá nasceram e pelas coisas boas que realizaram.
2.   Não vai aqui nenhum desrespeito às pessoas a quem consideramos e amamos. Entretanto, não devemos nos esquecer de que a questão é CRISTIANISMO, de seguidores de Jesus Cristo que obrigatoriamente devem levar em conta a missão de Jesus, sua vida, paixão, morte na cruz e ressurreição e o legado que nos deixou através dos Apóstolos. De levar em conta que ser CRISTÃO não é apenas gostar do homem Jesus, considera-lo um “cara” legal, alguém que trouxe um novo sentido para a humanidade. Ser cristão implica necessariamente e muito mais em aceita-lo como DEUS e SALVADOR. Quem não O aceita assim, NÃO É CRISTÃO!
 3.   Então estamos falando de uma DIVINDADE REVELADA E CONHECIDA. E divindade não é um estado de quem propaga ideias fragmentárias, controversas, problemáticas, mas DEUS com seus atributos: onisciência, onipresença e onipotência (Aquele que possui todo o conhecimento, toda a ciência; Aquele que está presente em toda parte; Aquele que pode todas as coisas, de forma completa e plena).
 4.   Em sendo Jesus DEUS, tem Ele esses atributos por isto que seus ensinamentos não podem ficar a mercê de qualquer um que lendo a bíblia ou não se ache no direito de criar um conceito próprio de Cristo, interpretar as Sagradas Escrituras segundo suas conveniências ou capacidade intelectual e até criar novas religiões.
 5.   A consequência dessas “faculdades” abertas pelo padre (monge) católico Martinho Lutero decorre do principio da “sola scriptura” e “livre interpretação da bíblia” agravadas pela retirada da bíblia de 7 livros do AT e de trechos de Ester e Daniel, prejudicial para os cristãos da sucessão apostólica rompendo com mais de 1.500 anos de união.
6.   Ora, se Jesus é perfeito, infalível, sua doutrina não pode ser diversificada, fora de um único contexto de fé e moral conforme confiou aos Apóstolos e à Igreja por Ele instituída.
Jesus disse: “Quem não está a meu favor, está contra mim, e quem não ajunta comigo, dispersa (Bíblia de Jerusalém, Mt 12, 30; Lc 11,23); ”Jesus, porém, penetrando nos seus pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo será destruído. Toda cidade, toda casa dividida contra si mesma não pode subsistir” (Mt 12,25).
7.   Destarte, é relevante a afirmação de Jesus: "haverá um só rebanho e um só pastor." Jo 10,16; "Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo." Ef. 4,5, e vejo na Tradição Apostólica, na Igreja formada no ano 33 por Jesus na pessoa dos Apóstolos, e no Magistério da Igreja Católica que comemora no dia de Pentecostes o seu início – hoje mais de dois mil anos, a importância da unidade cristã, e confesso que me sinto no mínimo constrangido (e assim deveriam se sentir todos os seguidores de Jesus) pela falta de diálogo e tolerância na Reforma, e pela divisão que a Reforma causou entre os CRISTÃOS levando o segmento protestante a milhares de seitas todas elas falando cada uma por si e todas “em nome de Jesus” e usando da mesma bíblia muitas vezes desarmoniosamente. É a divisão multiplicada. Por isso que a MULTIPLICAÇÃO DA DIVISÃO MULTIPLICA A DESUNIÃO DO CRISTIANISMO COMO UM TODO.
8.   A comemoração da Reforma sem dúvida trouxe alegria aos protestantes e serviu para reconhecerem mesmo aos que antes rejeitavam: que a IGREJA CATÓLICA É VERDADEIRAMENTE A IGREJA MÃE; QUE O PADRE MARTINHO LUTERO, AO SER RECONHECIDO COMO O PAI DO PROTESTANTISMO CONFIRMOU A PRÉ-EXISTÊNCIA DA IGREJA CATÓLICA o que lhe assegura a condição de Igreja primogênita de Jesus.
9. Aliás, Martinho Lutero não desejava a separação da Igreja Católica, mas, no seu entender, curar algumas feridas, assim como Lutero não queria ver a sua Reforma transformada em criadora de facções religiosas e seitas como está hoje. Mas o inesperado também  acontece . . .
      São fatos que devem levar a uma reflexão mais firme por aqueles que desconhecendo a história e a religião imigram para o protestantismo e no protestantismo “navegam” entre uma e outra denominação. 
 10. Por isso vale a pena o esforço da Igreja Católica que depois da Reforma caminhou para algumas correções,  e hoje juntamente com outras Igrejas Cristãs unidas no CONIC - Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, e todos os cristãos,  buscam encontrar dentro do ecumenismo uma aproximação salutar e quem sabe, um dia, com a lealdade religiosa a que somos obrigados, todos os cristãos venham a fazer parte novamente como antes desses cinco séculos de separação, do mesmo redil de Jesus Cristo. 
Que Deus nos ajude!

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