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domingo, 12 de janeiro de 2014

BATISMO DE JESUS



 REFLEXÃO DOMINICAL
FESTA DO BATISMO DO SENHOR
Is 42, 1-4.6-7; At 10, 34-38; MT 3, 3-17


Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE

         Hoje a Igreja festeja o Batismo de Jesus. Fato que nos deixa curioso sobre as razões que O levaram a aceitar o batismo e também um dos motivos pelos quais os protestantes evangélicos não batizam crianças, apenas adultos e por imersão.

        Isaias anuncia um Servo do Senhor. Quem seria ele? Os primeiros cristãos reconheciam esse Servo como imagem de Jesus que o Senhor Deus O reconhece como o eleito e que Nele está o seu Espírito, e aponta seus predicados colocando-O na mesma divindade.

        Esse Servo traz em si as qualidades de quem quer realmente recuperar os pecadores.  Um homem que não levanta a voz, não quebra a cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega.

        Vemos nesse Servo que é Jesus um educador que ensina e adverte sem gritar, sem ofender, sem humilhar; que não desiste dos que dele precisam nos exemplos da cana rachada que não a quebra de vez mas a restaura; que enquanto um pavio fumega existe a possibilidade de inflamar.

        Irmãos, muitas vezes nos comportamos como a cana rachada e um pavio que fumega imaginando que não servimos mais pra nada, que estamos sentenciados à morte. Deus nos mostra o contrário.

        O Servo do Senhor é exatamente o mesmo Deus feito homem que se programou para estar visível no nosso meio encarnado na pessoa de Jesus para como “centro da aliança, luz das nações, para abrir os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão e livrar os que vivem nas trevas”, enfim, restaurar a humanidade.      

2ª PARTE

        O livro Ato dos Apóstolos, um verdadeiro diário de anotações da evangelização cristã narra São Pedro na casa de Cornélio, em Cesaréia debatendo uma questão conflitante entre os apóstolos: Os pagãos podiam ser admitidos ao Batismo? Até Pedro tinha suas dúvidas, mas, iluminado pelo Espírito Santo e até exercendo sua função de chefe da Igreja convence-se de que “Deus não faz distinção entre as pessoas, mas aceita quem o teme e pratica a justiça”.

        Sentimos aqui de certa forma um sentimento de “panelinha”: somente os nossos sem chance aos outros.

        Irmãos e irmãs, isso ainda não acontece hoje? E não apenas entre os leigos, mas também entre clérigos. “Aqui quem manda sou eu, ninguém mais entra!”

        Afinal, se Jesus não quebra a cana rachada nem apaga um pavio fumegante, a coerência cristã exige que ninguém se posicione como maior do que Cristo e do que os outros e que, vestindo as sandálias da humildade, abra o seu coração e sua igreja, ofereça um espaço do seu banco de assento a todos os que quiserem e precisarem se aproximar de Deus por Jesus Cristo e receber a unção do Espírito Santo. Quem assim não age contraria Jesus e a própria Igreja ferindo os princípios cristãos. 

3ª PARTE

        Jesus apresenta-se a João para ser batizado. João reage porque reconheceu o Mestre: Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?”

Primeiro, não devemos confundir o batismo cristão com aquele pelo qual Jesus submeteu-se, o administrado por João.

        No batismo administrado por João, primeiro as pessoas eram convertidas e, arrependidas e perdoadas de seus pecados, num gesto simbólico eram mergulhadas na água, totalmente cobertas, e depois puxadas para fora. Tinha um significado: a imersão na água significava o desaparecimento de toda a vida passada que era levada pela correnteza, e a saída da água representava uma vida nova, um novo nascimento.

        Ora, Jesus como Deus não tinha pecado nem precisava submeter-se a nenhum ato de arrependimento. Não precisava ser batizado.

        Sabemos que Jesus veio a este mundo e colocou-se ao lado dos pecadores para convertê-los e perdoá-los. Se fez um deles, viveu com eles, sofreu com eles, caminhou com eles. É impossível imaginar um Jesus diferente.  

        Justamente por Jesus colocar-se no mesmo patamar dos homens, ainda que sem pecado quis trilhar o caminho dos penitentes e experimentar o gesto da purificação nas águas, como um exemplo a ser seguido.

        E a reação de João tinha sentido tanto que naquele momento Jesus foi revelado pelo Pai que na expressão de intimidade O considerou Deus.  O céu se abriu e Jesus viu o Espírito de Deus em forma de pomba pousando sobre Ele: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado”.

        Não foi a nuvem que se abriu, mas o próprio céu numa indicação de onde é a morada de Jesus e onde estão preparadas também as nossas moradias.

        A imagem da pomba relembra o dilúvio de quando o céu se encontrava fechado pela inimizade entre Deus e os homens mas que o seu retorno era sinal  de que a terra firme fora encontrada e   o raminho de oliveira era um sinal de paz.

        Também a pomba no AT simbolizava a comunicação de Deus com reis, profetas, libertadores, e infundia coragem e poder para se levar ao caminho da salvação. Essa forma no batismo de Jesus traz a mesma conotação como o Messias que veio pra trazer a libertação com o perdão dos pecados.

        A voz de Deus é entendida como uma manifestação ou proclamação de que Jesus é o “Servo” predileto, amado.

        Irmãos e irmãs. O batismo que recebemos não é o mesmo de João, mas o pregado por Jesus. E não precisa, embora possa ser por aspersão ou imersão, assim como não é reservado somente para os adultos, mas às crianças também.

        Queridos, Jesus aceitou batizar-se conforme exposto, mas como condição a todos os penitentes sua missão continuou, assim como todos nós batizados pelo batismo cristão devemos fazer uso da missão sacerdotal que recebemos e colocar nossa vida na prática missionária e evangélica como crentes católicos na busca de nossa Salvação e participes do Plano de Deus amando a todos, sem nenhuma distinção.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diac. Narelvi.

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