A entrada triunfal
de Jesus em Jerusalém com os discípulos e o povo seguindo com ele demonstra o
quanto era esperado, alguns o seguiam tendo-o como o Messias, o Salvador e
gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito
o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!” e o reconheciam
como 'o profeta Jesus, de Nazaré da
Galiléia.”
Porém outros, se achavam
esperançosos de que fosse um governante, chefe da nação cheio de poder político,
um rei que com força e espada resolveria seus anseios materiais.
E revestiram o
caminho com ramos e vestes para Jesus passar.
Para muitos incrédulos
a decepção veio quando viram um Jesus humilde, sem soldados e sem batalha, sem
nenhuma pretensão de poder político que ao invés de pregar conquistas vingativas
e sangrentas falava em amor e perdão. Foi o que bastou para que esses se
revoltassem e logo em seguida, diante Pilatos gritassem: “CRUCIFICA-O”.
Na 5ª feira quando
se celebrava naquele tempo a Páscoa Judaica Jesus lava os pés dos apóstolos em
sinal de humildade e de serviço de uns para com os outros. Também reúne-os para
a Ceia que foi a instituição da Eucaristia e do sacerdócio ministerial.
Essa
Ceia/Eucaristia foi a primeira Missa de Jesus que com sua paixão, morte e
ressurreição eternizou-se. Em cada Missa celebrada neste mundo
nos harmonizamos com o mesmo momento, com o mesmo calvário de Cristo.
“Jesus tomou o pão, deu graças,
partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomem e comam; isto é o meu
corpo”. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos,
dizendo: “Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é
derramado em favor de muitos, para perdão de pecados". E completou segundo Paulo: “fazei isto em memória de mim”.
Hoje,
6ª feira Santa,
conhecida como “Sexta-feira Maior” celebramos a Paixão e Morte de Jesus. Aos
gritos do “CRUCIFICA-O” Jesus é
amarrado, humilhado, ironizado como Rei dos Judeus, trocado por Barrabás,
coberto com um manto vermelho, coroa de espinhos em sua cabeça, perversamente chicoteado,
carrega sobre seus ombros o seu próprio martírio, e pregado na cruz, Jesus
morre.
Com muito
sentimento de tristeza e amargura no coração, num gesto de amor e respeito
fazemos a adoração da Santa Cruz.
Sabemos que Jesus como
homem morreu e ressuscitou por que Ele é Deus e Homem.
Nos lembramos da Paixão
e Morte de Jesus por que foi um fato verdadeiro que não podemos nos esquecer,
afinal, desse sofrimento no terceiro dia veio a vitória de Cristo sobre a morte, e graças a
essa entrega de Jesus ao Pai foi que nós, homens pecadores recebemos o dom e a
graça da Salvação.
Resta-nos então,
meditarmos muito nesta data. Pensemos se apesar de todo o sofrimento de Jesus,
nós com nossas atuais faltas e pecados, alguns até renegando sua fé crista católica
que recebeu do próprio Cristo, não estaremos traindo Jesus como fez Judas?
Os braços abertos
de Jesus na Cruz estão a nos acolher e a abraçar. Sempre é tempo de conversão.
Sempre é tempo de reconciliação. Sempre é tempo para voltar a Jesus e sua
Igreja.
Infelizmente fomos
tomados inoportunamente pelo mal da enfermidade do Coronavirus que vem ceifando
a vida de muitos dos nossos irmãos e colocando em sofrimentos tantos outros, privando-nos dos momentos de profundas celebrações da Semana Santa dentro das
nossas Igrejas, embora elas estejam acontecendo diariamente com o mesmo profundo
e piedoso sentimento de amor e adoração a Jesus Cristo, em atos celebrativos
liturgicamente corretos adaptados para o momento pelos nossos ministros ordenados, e limitado número de fiéis em decorrência da
necessidade do recomendado isolamento social, com participação domiciliar ao
vivo pela internet.
Deus
seja sempre louvado.
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