O profeta Malaquias fala num mensageiro anônimo anunciando o “Dia do Senhor” em
que Deus vai descer ao encontro do seu Povo para criar uma nova realidade,
eliminar o egoísmo e o pecado, purificar o coração do seu povo. Um novo tempo e
uma verdadeira comunhão entre Deus e os Homens.
A figura desse mensageiro nos leva a inserir na realização da profecia a vida
consagrada. Homens e mulheres que se consagram a vida
e ao ministério religioso da Igreja de Cristo, sejam leigos ou ministros
ordenados.
São Paulo nos fala de Jesus como igual, aquele que tem a carne e o sangue como
nós, mas que tinha por missão especial combater e eliminar o pecado, destruir o
diabo e com isso libertar os pecadores da escravidão dos erros. Jesus se fez,
portanto, igual a nós para nos alcançar e ficar mais perto, sem disputa de
superioridade, de domínio, de comando desmedido, para que pudéssemos usar da
liberdade de escolha por Ele oferecida para, enriquecidos pela graça
abraçássemos sua doutrina, e pela conversão pudéssemos alcançar a Salvação, a
vida eterna.
Mas São Paulo fala também que Jesus tornou-se semelhante a nós como caminho
para o exercício de um sacerdócio misericordioso segundo o desejo do Pai.
Queridos
irmãos.
Jesus é o Messias profetizado que por tantos milênios foi esperado. Poucos
séculos antes de nascer o seu anúncio foi muito mais profundo colocando à
frente tantos profetas, patriarcas, sacerdotes, que com suas próprias vidas romperam
barreiras da incredulidade até que Jesus nasceu.
Simeão teve o privilégio de receber em seus braços o tão esperado Salvador. Naquele momento Jesus não apenas foi apresentado ao Templo,
ou a Simeão, mas à toda a humanidade não como um simples primogênito do sexo
masculino como a todos os outros do seu tempo, mas como alguém muito especial
que Simeão reconheceu e identificou como o Salvador, como Deus feito Homem que
veio para iluminar as nações.
A partir de então, outros consagrados pós Cristo deram sequencia aos
ensinamentos de Jesus que podemos também dividir entre o antes e depois da
morte na cruz que compõem o NT. Alguém precisava dar continuidade
ao seu Plano de Salvação. Homens e mulheres que
aderiram à fé Cristã tinham a missão de continuar com a Evangelização. Jesus
desde o inicio fez suas escolhas e seus chamados, mas não como ovelhas sem
pastor para que se espalhassem sem rumo. Um pastor para suas ovelhas. Sim,
Jesus tem por suas ovelhas que é toda a humanidade e a quem ama indistintamente
e incondicional um apego de unidade e por isso quer vê-las todas unidas a ele.
Um só pastor para todas as ovelhas; para todos nós!
Dentre essa imensidão de consagrados que conta com tantos católicos engajados
nas pastorais e ministérios leigos, religiosos e consagrados como também nossas
queridas freiras, não podemos deixar de dar um
destaque especial aos ministérios ordenados do bispo, presbítero e diácono,
alicerces da Igreja cuja cabeça é Cristo e chefiada pelo bispo de Roma o
Papa.
Irmãos no ministério Ordenado. A Igreja é UNA. Cristo é nosso Deus e Salvador e
nosso líder fundador da IGREJA CATÓLICA de quem somos seus ministros e a quem
prestamos juramento de obediência na pessoa dos bispos. Já dizia Santo
Inácio de Antioquia (67-110 dC) que “SEM O BISPO,
OS PREBÍTEROS E OS DIÁCONOS, NÃO SE PODE FALAR DE IGREJA”,
fundamento tão forte que constou tal afirmação no parágrafo 1593 do Catecismo
da Igreja Católica.
Quero manifestar minha alegria pela apresentação de Jesus e viver num tempo em
que Ele já foi apresentado. Quero desejar que todas as forças vivas da Igreja,
religiosos, leigos e ministros ordinários e extraordinários, principalmente meus irmãos ordenados bispos,
presbíteros e diáconos que honrem o Sacramento da Ordem e exerçam suas funções
consagradas. Que exista harmonia entre nós sem preconceito quanto ao
grau de cada um visto que somos iguais, sem hierarquia sacramental a não ser
pelo respeito às respectivas funções. E que os bispos
e presbíteros que ainda rejeitam o diaconato permanente destoando do Evangelho
e da própria Igreja e do bom senso e coerência, revejam suas posições para que
a unidade clerical, o tripé ministerial ordenado, fortaleça-se para que
possamos testemunhar com santidade nossa missão. Somente assim a data de hoje
terá sentido.
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