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domingo, 20 de outubro de 2013

OUVIR A IGREJA. A FORÇA DA ORAÇÃO.



 REFLEXÃO DOMINICAL
29 DTC – ANO C – 20.10.2013
Ex 17,8-13; 2Tm 3,14 - 4,2;  Lc 18,1-8

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE
        No Êxodo ouvimos sobre um combate dos amalecitas contra Israel e nessa batalha acontece a intercessão de Moisés, cuja parte inspira-me para a reflexão de hoje.
        Moisés protegia Israel e se pôs em forma de oração lá no alto da colina. Levou com ele Aarão e Ur. Enquanto Moises mantinha as mãos levantadas, Israel vencia; quando baixava as mãos, os amalecitas é que venciam.
        Irmãos e irmãs.
        A lição que tiramos hoje é a força da oração. E aprendemos mais ainda: Se a oração individual já vale por si mesma, imaginem a força que toma quando oramos juntamente com outros, em família, em grupos de oração, nas Missas, enfim, em comunidade. Juntos não nos cansamos nem desanimamos.
        Quando Moisés abaixava a mão pelo cansaço, os seus protegidos perdiam espaço na batalha.
        Aarão e Ur perceberam essa situação e passaram a apoiar Moises dando-lhe um assento de pedra para descansar e, um de cada lado, sustentava as mãos de Moises levantadas até que vitória chegou.
        Lembra-me neste momento pretexto de muitos católicos ausentes da prática religiosa que se justificam dizendo “rezo em casa”. Ótimo! Precisamos muitas vezes nos recolher para em silêncio ouvirmos a voz de Deus. Precisamos nos retirar dos ambientes tumultuados para nos entregarmos melhor a Deus. Precisamos fazer nossos Retiros. Mas isso não quer dizer que devamos viver solitariamente o nosso relacionamento com Deus.
        Imagine você participando de um jogo de futebol como único torcedor; ou você e sua esposa ou esposo dançando sozinhos da sala da casa. Não seria melhor a presença de uma numerosa torcida no estádio? E dançar num salão de baile juntamente com tantos outros casais de amigos?
        Como a celebração se torna maravilhosa quando a Igreja está repleta de fiéis dando as mãos uns aos outros e todos dando as mãos a Jesus na Missa! E quando damos nossas mãos à Nossa Senhora na oração do rosário ou de uma Ave Maria?
        São nesses momentos, irmãos, que sentimos o apoio que necessitamos quando estamos cansados, enfraquecidos na fé, desanimados pelas dificuldades que enfrentamos em nossas vidas sejam por questões financeiras, de saúde, de relacionamento familiar . . .
Diz o v. 12 que devido ao apoio que Moisés recebeu de Aarão e Ur suas mãos não se fatigaram até ao pôr do sol”. Também nós, com apoio dos irmãos, jamais cansaremos de orar e de com nossas orações interceder pos nós mesmos e para os irmãos, pela honra e glória de Jesus Cristo e pelo crescimento espiritual da comunidade.
  PARTE
        Muitas vezes somos levados a reações raivosas quando desafiados em nossos costumes e argumentos. O bom senso manda que contemos até dez antes de qualquer agressão contestatória.
        Do ponto de vista da cidadania, do exercício da democracia, da vida em sociedade, devemos ser firmes em nossos posicionamentos sem que isto implique em irreversibilidade.
        Somos filhos de Deus e criaturas deste mundo. Separamos o material do espiritual, porém sem radicalidade porque nossa existência converge para Deus daí porque a espiritualidade deve ser nossa bússola.
        Por isso São Paulo recomenda que sejamos firmes naquilo que aprendemos e aceitamos como verdade, não dos homens, mas de Deus manifestada pelos homens que Lhe servem.
        O material e o espiritual devem conviver em comunhão e para os crentes na fé católica a confiança absoluta está em Jesus Cristo e na estrutura que nós chamamos de Igreja por ele fundada.
        Ser autodidata em religião é arriscado e se perde quando se prega o absolutismo da bíblia sob o argumento luterano do sola scriptura.
        Viver segundo o que se aprendeu implica necessariamente na tradição e bíblia sob a garantia do Magistério da Igreja que só a católica tem[1].
Quando a instituição Igreja se manifesta o faz sob a autoridade que lhe foi dada seguindo a direção primeira de Jesus e a colaboração dos apóstolos e sucessores legítimos sob a luz do Espírito Santo. Por essa legitimidade é que nos obrigamos a ouvir e a seguir a Palavra de Deus, sem o frágil individualismo que muitas vezes prejudica a fé.
 Aliás, a Bíblia como uma das fontes da revelação cristã, traz segundo São Paulo, a permissão à Igreja divinamente constituída de “ensinar, argumentar, corrigir e educar na justiça para que os homens sejam perfeitos e qualificados para toda boa obra”.
Contudo, cuidado, irmão, para não pensar que esse ensinamento está aberto à livre interpretação de cada um como se estivesse lendo uma receita culinária. Ler e interpretar a Bíblia é importante e necessário com a ressalva de que a interpretação maior e centralizada está com o Magistério da Igreja para que não se divida nem se perca como aconteceu com o protestantismo.
Amigos, é justamente o que pede São Paulo no capitulo 4, versículo 1: “Proclama a palavra, insiste oportuna e importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda paciência e doutrina”. Essa admoestação não se aplica aos que lêem reservadamente para si, mas àqueles escolhidos por Cristo para o ministério ordenado na estrutura eclesiástica do papa, bispos, presbíteros e diáconos, a quem em primeiro lugar foi confiada a Pregação da Palavra.
Por isso irmãos e irmãos, é que devemos ouvir a Igreja para que nossa caminhada para a vida eterna não corra o risco de tropeçar nos falsos profetas, nas falsas metas doutrinárias e arriscadas interpretações bíblicas.
Permanecer firme no que aprendemos significa honrar o batismo, a crisma, a Eucaristia, as Missas e demais Sacramentos e todas as devoções cristãs que se encontram impressas indelevelmente em nossas almas como uma marca cristã católica que deve ser respeitada e irrenunciável.  
3ª PARTE
        Retornamos aqui, irmãos, à força da oração testemunhada por Moisés. Enquanto Moisés intercedia Deus protegia, significando que a insistência na oração é recomendada por Deus. Deus tudo pode sem depender de ninguém, mas gosta e quer que suas criaturas participem de seu Plano no dialogo da oração.
        A parábola apresentada por Jesus segundo Lucas dá uma lição simples e até comum para nós.
        Imagine você mãe, ouvindo seu filhinho pedindo insistentemente algo que a principio não te impressiona mas pela insistência e porque no seu julgamento o que ele pede é razoável, acaba dando-lhe dizendo: “pega, pega de uma vez!!!”
        Foi o que aconteceu na parábola. A viúva tanto insistiu junto ao juiz pedindo julgamento rápido e justo sobre seus direitos que o magistrado resolveu agilizar e julgar dando-lhe ganho de causa.
        Primeiramente, o juiz não fez favor nem julgou injustamente pois que ele disse “vou fazer justiça”. Apenas cumpriu com seu dever de julgar levado pelo clamor da viúva.
        A parábola nos ensina que Deus é nosso juiz e sabe muito bem “dos nossos direitos”, isto é, ouve nossos pedidos e diferentemente do juiz humano não se aborrece e atende às nossas necessidades apresentadas por meio de orações se julgá-las justas e necessárias, e no momento em que entender ser a melhor oportunidade.
        Fé e confiança em Deus, meus irmãos. O tempo é dele e não nosso.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi


[1] Eu não creria no Evangelho, se a isto não me levasse a autoridade da Igreja Católica
(St. Agostinho - Contr. Epist. Manichaei. v, 6)

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