Pandemia e a Igreja.
Uma das piores coisas que pode acontecer para o cristão é ver-se privado da sua prática religiosa.
Uma vida toda ligada a Deus pela fé, pela oração, pelas devoções, leituras bíblicas, que nos mantém unidos ao Senhor, e como ponto mais profundo e sublime, é a participação dominical da Santa Missa para os católicos e culto para os irmãos evangélicos.
De repente, uma epidemia da COVID invade o mundo impondo sua raiva e ódio avassaladores. Um número enorme de pessoas foram contaminadas inclusive em nosso país, ceifando a vida de milhares de irmãos que não conseguiram sobreviver à perversidade da doença apesar de, felizmente, a grande maioria dos contaminados terem conseguido a plena recuperação.
Mas os que perderam a vida são muitos, demais para a nossa capacidade de suportar os sentimentos, além de todas as consequências danosas que conhecemos. Não dá para entender direito! Um mal físico com reflexo total em nossas vidas e religiosidade.
Como cristãos já nos assusta a perseguição contra os irmãos na China, Coreia do Norte e outros países comunistas e socialistas, pela violência contra os templos e fiéis.
Não bastasse isso, agora em todas as nações um vírus de surgimento enigmático se alastra e agride a todos indistintamente.
Ciência e experiência se unem para o combate ao mal invisível. E dentre os esforços as Igrejas dentre todos os segmentos também são atingidas e levadas a seguirem regras impostas pelos dirigentes governamentais interferindo nas atividades religiosas com as restrições que levam desde a limitação de presença física dos fieis até mesmo ao fechamento temporário dos templos para o público.
Irmãos e irmãs. Nos causa aflição a ausência presencial das Missas, dos Sacramentos em geral, e de não poder estar ali para o momento da Consagração e sentir de perto a transubstanciação que é fazer acontecer o milagre da presença real de Jesus na Eucaristia e recebe-Lo em comunhão, além de não poder contar com o convívio fraterno e afável dos irmãos e do calor humano e paternal do celebrante da Missa e da Celebração da Palavra por quem também somos alimentados pela Comunhão da Palavra.
No Evangelho de Mt 18,20, Jesus afirma: "onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”.
Sabemos da Igreja Domestica que é nossa casa. Sabemos que o Senhor é onipresente e por isso, seja em casa ou em qualquer outro lugar formamos a Igreja onde Jesus está sempre presente.
Por isso que nossa ausência física da Igreja Templo nesse tempo de pandemia pode e deve ser suprida por nossos atos individuais ou não, de louvor e ação de graças, cada um reverenciando e orando ao Senhor conforme é do seu habito fazer, lendo e meditando a bíblia, recitando o terço, lembrando do Senhor durante o dia, fazendo as orações da manhã e da noite, praticando boas obras, e assistindo as Missas e outros atos litúrgicos à disposição via internet.
Irmãos, é um tempo passageiro. Em breve retornaremos às nossas praticas normais dos nossos deveres religiosos, funcionais, familiares e sociais.
Portanto, nada justifica afastar-se da espiritualidade e oração. São Paulo ensina: “Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos.” (Ef. 6,18); “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” (Filipenses, 4,6); “Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem discussões.” 1 Tm 2,8.
Como ensinou Jesus em Jo, 13,17: "Agora que vocês sabem estas coisas, serão felizes se as praticarem.".
Livrai-nos Senhor do mal da enfermidade, e dai-nos coragem para suportar as dificuldades sem perdemos a fé.
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