Igreja N.S. do Porto, de Morretes Pr. Brasil |
Aos cristãos católicos.
Cristãos dividindo-se. Seitas crescendo ao bel-prazer[1] cada qual de forma independente, apresentando-se como CONHECEDORAS DA VERDADE E AUTORIZADAS A FALAR “EM NOME DO SENHOR JESUS”. Isto nos preocupa porque sendo Jesus único assim como único são os seus ensinamentos e doutrina, como admitir igrejas cristãs com pregações e conceitos diferentes e contraditórios? Afinal, a verdade não é uma só?
Irmãos, não basta dizer que aceita
Jesus, e pronto!. Não basta recitar de cor a bíblia, pois o diabo também sabe e
mesmo assim perdeu a salvação e nele está o inferno.
Não podemos entender uma celebração
cristã sem incluir o rebanho celeste como nossos santos e intercessores, limitá-la tão somente aos que estão na
terra. Refiro-me à comunhão dos santos da terra e do céu. Jesus convive conosco aqui na terra e também na Trindade divina com sua mãe Maria a
Nossa Senhora e todos os santos “lá” no céu.
Biblicamente falando e historicamente
também, Jesus quis formar uma Igreja e a instituiu nas pessoas dos apóstolos
que por óbvio continuou por intermédio de seus sucessores senão a Igreja teria
desaparecida com a morte do último apóstolo. Essa sucessão deu-se sem sombra de dúvida nas
pessoas dos bispos, presbíteros e diáconos e um número de seguidores sob uma
chefia chamada de Papa.
Esses seguidores de Jesus formaram um
grupo coeso conhecido como Cristãos que desde o início eram orientados por esses
mesmos ministros, participavam da Ceia do Senhor (Missa-Eucaristia), veneravam
os santos, amavam Nossa Senhora, eram batizados (adultos e crianças), usavam imagens
como referencias, reuniam-se aos domingos, oravam pelos mortos, pediam a
intercessão dos santos, aceitavam o purgatório, seguiam os mandamentos de Deus,
tinham a sua liturgia, altar, paramentos, e no primeiro século (60-90 dC) já
contavam com um catecismo chamado “didaque”[2] assim
como continuamos hoje com a bíblia, tradição, magistério, costumes, Catecismo
da Igreja Católica, Encíclicas e demais documentos da Igreja que fortalecem a
Igreja e orientam e alicerçam a nossa fé.
Foi assim até o século XVI quando
aconteceu a REFORMA com LUTERO (frade agostiniano) provocando a ruptura do
cristianismo, portanto, depois de 1.500 anos quando se denominou os reformistas
de PROTESTANTES e os que continuaram fiéis à sua origem, de CATÓLICOS,
denominação, aliás, já conhecida no primeiro século citada por Santo Inácio de
Antioquia: “Onde está o Bispo, aí está a comunidade, assim como onde está
Cristo Jesus aí está a Igreja Católica”,
embora hoje muitos se refiram àqueles cristãos como “igreja primitiva”
cuja referencia não os desvincula da continuadora Igreja Católica.
Segue-se, então, que a Igreja
Católica, Apostólica Romana permaneceu firme e única na sua doutrina cristã até hoje, enquanto que
os protestantes, em decorrência dos ensinamentos de Lutero de que Sola Scriptura tem autoridade, e da
livre interpretação da bíblia, levou a divisão do protestantismo que hoje
alcança um número despropositado de denominações[3]
independentes embora aliadas entre si pelo nome de “Evangélicos” ou “Crentes”,
expressões que não os privilegia porque os católicos sempre foram desde sempre crentes
e evangélicos.
Sabemos que o ecumenismo aproxima
algumas das igrejas tradicionais protestantes. Sabemos de muitos valores
espirituais de membros dessas denominações. Somos amigos e nos respeitamos como
pessoas e os respeitamos nas suas opções religiosas e até admiramos o
comportamento e exemplos de muitos.
Entretanto, não podemos chegar ao
relativismo a ponto de achar que vale tudo, que qualquer religião cristã serve,
que deixar de ser católico para adotar o protestantismo não é pecado, nem se
justificar dizendo “que Deus é o mesmo”. Alguns tomarão o tema com antipatia,
mas defender a fé e a convicção cristã católica é nossa obrigação por uma
questão de fidelidade e coerência.
Jesus não
falou “MINHAS IGREJAS”, mas “MINHA IGREJA”.
Além do mais, as pregações
protestantes - à exceção da crença no
mesmo Deus e em Jesus como Deus e
Salvador e outras pontos doutrinários comuns como Céu, Inferno, orações, etc.
porque afinal eles são cristãos saídos do catolicismo - negam verdades cristãs
reconhecidas pela Igreja Católica como a veneração aos santos, o purgatório,
não possuem o sacerdócio ministerial sacramental, não têm os Sacramentos, não
têm a Eucaristia presença real de Cristo, não dão o devido respeito à Maria, negam
o batismo de crianças, negam o Papa, retiraram seis livros do Antigo
Testamento, interpretam diferentemente até uns dos outros a própria bíblia, não
têm a sucessão apostólica, etc. etc sem falar naquelas que fazem da sua
“igreja” um centro de anúncios para obtenção de resultados financeiros em troca
de bênçãos, prosperidade material e curandeirismo.
Jesus não quer divisão. Jesus não
aceita desunião e quer que todos os cristãos perseverem com Ele e sua Igreja na
mesma fé e preocupa-se com os afastados: “Tenho ainda outras ovelhas que não
são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá
um só rebanho e um só pastor” Jo 10,16.
“Jesus fundou uma única igreja e
deseja ardentemente que haja um só rebanho e um só pastor (Jo. 10,16) e que
todos sejam um como Ele e o Pai são um (Jo. 17,21). A divisão e multiplicidade
de igrejas, com doutrinas diversas e contraditórias, são um contra testemunho
porque a divisão não é obra de Deus”[4].
A Igreja Católica, Apostólica,
Romana, apesar dos percalços que a história nos conta, pediu perdão e superou
todas as dificuldades e sobrevive até hoje e sobreviverá para sempre. O Espírito Santo assegura!
Não é intenção retirar de ninguém a
livre escolha. Nem Deus faz isso! Mas mudar de religião não é o caminho mais
indicado nem a solução para recuperar-se dos próprios erros ou para acomodar
interesses pessoais. A Igreja Católica como Apostólica é a única depositária
fiel da fé, das obras e dos testemunhos dos Apóstolos, e eficaz no amparo nas
dificuldades e na condução ao mais importante de tudo que é a SALVAÇÃO.
Por isso o título: Religião é coisa
séria! Não se pode de um dia para outro renegar a tudo o que antes acreditava e
servia como alguns católicos estão fazendo.
Se motivo fortíssimo e aparentemente
insuperável existir, busque-se com calma a solução. Consulte-se um bom
dirigente espiritual. Aconselhe-se com seus irmãos de fé. Ore bastante porque a
rejeição à Igreja de Cristo importa em renúncia e por consequência no pecado da
separação que somente a misericórdia de Deus resolverá, sendo certo que não se recrimina
aqueles que já nasceram no seio de outras religiões ou crenças, nem os que, sem
culpa própria, desconhecem Cristo e sua Igreja e ignoram o Evangelho[5].
Católicos, ouçam Jesus: “Mas quem
perseverar até ao fim, será salvo” (MT 24,13).
Diac. Narelvi.
[1] A
palavra seita vem do latim secta e singifica cortada,
separada. Trata-se de um grupo religioso com uma concepção derivada
dos ensinamentos de uma das principais religiões do mundo. Ou seja, uma
seita é uma subdivisão de uma religião.
[3] Veja uma
relação de denominações “evangelicas” no site http://www.pspsp.com.br/art.php?c=24
[4] Pe.
Silvio Mocelin - http://www.pspsp.com.br/art.php?c=248
[5]
Catecismo da Igreja Católica – 846-848.
Diácono, qual é a posição correta do Sacrário e as cadeiras dos celebrantes na Igreja?
ResponderExcluirDisciplina o assunto a Instrução Geral do Missal Romano e a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis.
ExcluirNa IGMR, parág. 314, estabelece que o sacrário fique “num lugar de honra da igreja, insigne, visível, devidamente ornamentado e adequado à oração”.
O parág. 314 traz uma recomendação de que o sacrário não esteja no altar em que se celebra a Missa.
O Bispo diocesano pode autorizar que o sacrário fique no presbitério, fora do altar de celebração com forma e localização mais convenientes “ou também nalguma capela adequada à adoração e oração privada dos fiéis, que esteja organicamente unida à igreja e visível aos fiéis”.
Na Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, do parag. 69 podemos destacar: “por isso, é necessário que o lugar onde são conservadas as espécies eucarísticas seja fácil de individuar por qualquer pessoa que entre na igreja”, “nas igrejas, onde não existe a capela do Santíssimo Sacramento mas perdura o altar-mor com o sacrário, convém continuar a valer-se de tal estrutura para a conservação e adoração da Eucaristia”, “Nas novas igrejas, bom seria predispor a capela do Santíssimo nas proximidades do presbitério; onde isso não for possível, é preferível colocar o sacrário no presbitério, em lugar suficientemente elevado, no centro do fecho absidal ou então noutro ponto onde fique de igual modo bem visível”.
Com relação ao local apropriado para o sacrário, a conclusão a que se chega é que o sacrário merece ocupar um lugar digno e a orientação maior da Igreja é o que está na EASC, isto é, no presbitério, em posição mais central e elevada.
Fora disso, pode existir uma capela própria para o sacrário, mas bem visível e de fácil acesso aos fiéis.
Portanto, se não ficar bem visível a ponto de dificultar ao fiel que o localize e enxergue facilmente, sempre é preferível permanecer no presbitério.
Considere-se ainda, que Jesus é o centro da celebração e é a ele que os presentes na celebração devem dirigir seus olhares e devoções. Ao se olhar para o altar, é Jesus que deve atrair a atenção.
Essa disposição do sacrário deve seguir a orientação do bispo diocesano.
Presbitério.
Para entender melhor a questão, “O presbitério é o lugar onde sobressai o altar, donde se proclama a palavra de Deus e onde o sacerdote, o diácono e os outros ministros exercem as suas funções. Deve distinguir-se oportunamente da nave da igreja, ou por uma certa elevação, ou pela sua estrutura e ornamento especial. Deve ser suficientemente espaçoso para que a celebração da Eucaristia se desenrole comodamente e possa ser vista” (parag. 295 e 294 – Secretariado Nacional de Lirturgia)
O altar é a mesa do sacrifício incruento do Cordeiro que é Jesus, centro do presbitério, motivo pelo qual ninguém, nem outra atividade deve ser exercida no espaço além da presença do sacerdote, diácono e outros ministros em função (não confundir com equipe de música e amontoado de pessoas e instrumentos musicais). Veja a recomendação: para que os serviços litúrgicos desenvolvam-se comodamente e possam ser vista, logicamente, com o sacrário em destaque.
Cadeira dos celebrantes:
O parag. 310 do SNL, reserva ao sacerdote presidente da celebração uma cadeira distinta (sem aspecto de trono), uma para o diácono ao seu lado, outras para os concelebrantes, e devem se colocar AO FUNDO do presbitério, de frente para o povo, não devendo ficar de costas para o sacrário nem onde chamem a atenção para si deixando o tabernáculo em segundo plano.