REFLEXÃO DOMINICAL
5º DOMINGO DA PÁSCOA – Ano A –
18.05.2014
1ª Leitura: At 6,1-7
2ª Leitura: 1Pd 2,4-9
Evangelho: Jo 14,1-12
1ª PARTE
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
Queridos diáconos.
Parece
estranho o tema. Mas certo dia, um cliente protestante quando viu num quadro em
meu escritório uma foto de um batizado que presidi, fez logo uma pergunta
curiosa: “Existe diácono na Igreja Católica? Respondi-lhe que sim e aproveitei
para dar-lhe algumas explicações, mas fiquei triste porque aquilo significou
que os católicos não sabem quase nada sobre o diácono e quem sabe e teria a
obrigação de ensinar, cala-se.
Quantos, aqui
em Morretes sabem que sou diácono e me tratam como tal?
Pois bem!
Na igreja
existe um só ministério da ordem (Sacramento da Ordem), dividido em três graus:
Bispo, diácono e presbítero.
Santo Inácio
de Antioquia, na Epistula ad Trallianos, pelo ano 110 dC já afirmava: “SEM BISPO, PRESBÍTERO E DIÁCONOS NÃO PODE
FALAR-SE DE IGREJA”. E o Catecismo da Igreja Católica repetiu no parágrafo
1.593.
Santo Inácio
de Antioquia sabia da importância desses ministérios ordenados, mas sobre os
diáconos assim acrescentou: “Da mesma
forma, todos respeitem os diáconos como eles respeitariam Jesus Cristo, assim
como eles respeitam o Bispo como imagem do Pai, e os presbíteros como o
Concílio de Deus e o colégio dos Apóstolos. Sem isso não pode ser chamado de
“igreja”. Tenho certeza que você vai entender essas coisas, e eu recebi o bom
exemplo de seu amor, e eu tenho comigo, na pessoa do seu bispo...”
“O bispo recebe a plenitude do sacramento
da Ordem que o insere no colégio episcopal e faz dele o chefe visível da Igreja
particular que lhe é confiada. Os bispos, enquanto sucessores dos Apóstolos e
membros do Colégio têm parte na responsabilidade apostólica e na missão de toda
a Igreja, sob a autoridade do Papa, sucessor de São Pedro. Os presbíteros estão unidos aos bispos na dignidade sacerdotal e,
ao mesmo tempo, dependem deles no exercício das suas funções pastorais. Os
presbíteros recebem do bispo o encargo de uma comunidade paroquial ou de uma
função eclesial determinada. Os diáconos
são ministros ordenados para as tarefas de serviço da Igreja; não recebem o
sacerdócio ministerial, mas a ordenação
confere-lhes funções importantes no ministério da Palavra, culto divino, governo
pastoral e serviço da caridade, encargos que eles devem desempenhar sob a
autoridade pastoral do seu bispo. A ordenação imprime um caráter sacramental
indelével.” Padres e diáconos são auxiliares do bispo. Não existe uma
hierarquia de superioridade entre eles, mesmo porque como homens consagrados a
Deus, devem se respeitar por humildade como iguais, como irmãos, existindo
apenas uma hierarquia de função, isto é, cada qual desempenhando seu mister.
Para distinguir, o padre usa a estola pendurada como gravata e o diácono, de
forma transversal do ombro esquerdo para a cintura direita.
Santo Inácio ainda escreveu: “Da mesma forma, todos respeitem os
diáconos como eles respeitariam Jesus Cristo, assim como eles respeitam o Bispo
como imagem do Pai . . .”
A leitura de
hoje, At 6,1-7 narra a instituição do diaconato. Os Apóstolos escolheram para
começar, sete homens “de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria”: Estêvão, Felipe,
Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia.
Naquele
tempo, assim como os presbíteros, podiam ser casados. Passados alguns séculos
foi condicionado aos padres o celibato e aos diáconos que prendiam alcançar o
presbiterado tinham que se manter solteiros. Passados alguns séculos, não se
sabe ao certo, talvez pelos anos 400 ou 500, a Igreja passou a ordenar somente diáconos
solteiros para serem padres e assim os diáconos casados foram sendo “extintos”. Mas casado ou não, o sacramento
diaconal é o mesmo. Foi no Concilio Vaticano II encerrado no ano de 1965 que o
diaconato para casados foi restaurado. Então a partir daquele marco, a Igreja
começou mesmo que timidamente a ordenar homens casados para o ministério do
diaconato. Para diferenciar, os diáconos que aspiram o presbiterado são
chamados de diáconos (transitórios) e os que serão sempre diáconos, como os
casados, de diáconos permanentes. Aqui
no Brasil, por exemplo, o numero de diáconos está crescendo muito graças a
compreensão de muitos padres e bispos, enquanto que em algumas dioceses, por
resistência preconceituosa ou até de rivalidade de alguns padres e falta de
coragem pastoral dos bispos, ainda os diáconos (permanentes) não estão sendo
aceitos ou ordenados. Pena! Um atraso pastoral em prejuízo da Igreja e para a
Evangelização, pois faltam padres, a fuga de católicos para outras igrejas e
seitas é incontestável e quase incontrolavel, a Igreja Católica está perdendo
adeptos ou ficando mais infiéis, e com certeza se houvesse um pouco mais de
humildade, fraternidade, e abertura de oportunidades a favor do diaconato permanente,
o Catolicismo estaria caminhando muito melhor e os padres teriam mais tempo
para dedicarem-se às almas.
O
diácono pertence ao clero, isto é, não se classifica como leigo porque pertence
a estrutura eclesial e com suas funções de batizar, presidir casamentos, auxiliar
o bispo e o padre no altar, proclamar o
Evangelho, fazer homilias, atender exéquias, presidir cultos, conceder bênção
do Santíssimo, dar formação pastoral e catequética, conceder bênçãos e
sacramentais e tantas outras funções, com certeza a Igreja cresceria e arrisco
até afirmar que seria uma boa experiência para que os padres pudessem voltar a
casar.
Você
conhece algum diácono permanente na sua diocese? Ele atua? Então, irmãos, orem
para que a Igreja ouça os grandes bispos e papas e testemunhos de tantos bons
padres para que a Igreja não continue capenga, isto é, só com bispos e padres,
e que se complete com os diáconos permanentes. Tenho certeza de que os fiéis
desejam.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Dc Narelvi
Diac Narelvi Carlos Malucelli é filho de Morretes da Paróquia Nossa Senhora do Porto, sabemos que muitos outros gostariam de servir nesta paróquia que ainda precisa abrir as portas... acorda igreja!!!
ResponderExcluirREVENDO HOJE, FELICITO VOCÊ LUIZ FABIANO PELO ENGAJAMENTO NA IGREJA DE JESUS. PRECISA QUE ABRAM TODA A PORTA E NÃO APENAS UMA UM LADO DELA.
ExcluirDiac Narelvi Carlos Malucelli é filho de Morretes da Paróquia Nossa Senhora do Porto, sabemos que muitos outros gostariam de servir nesta paróquia que ainda precisa abrir as portas... acorda igreja!!!
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