Reflexão: Páscoa da Ressurreição 2.014
Domingo, 20/04/2014
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
Esta
nascendo hoje uma nova igreja. Religiões sempre existiram com seus
fundadores que procurando interpretar o divino ditavam suas idéias.
Alguns ligados a deuses ou espíritos que segundo a história habitavam as
rochas, as árvores, os rios, animais, deuses gregos e deuses romanos,
de quem se esperavam compensações através de oferendas, canções, danças,
sacrifícios, magias, até de sacrifícios humanos e tantos outros
rituais.
Sintonizamos-nos em Abraão que em obediência a Deus deixou o politeísmo
e foi fundador do judaísmo considerada a primeira religião monoteísta
(adorava um único Deus, Javé, Senhor absoluto do céu e da terra, Criador
de todas as coisas visíveis e invisíveis) de onde derivaram o
cristianismo e o islamismo. A profecia do Messias consta do Antigo
Testamento, transmitida por homens como Isaias, Moisés e Abrão. O
cristianismo surgiu com Jesus Cristo revelado que foi como o Messias
prometido, não aceito como tal pelo judaísmo e islamismo que ainda
aguardam “o seu messias”.
“A
fé cristã professa que o Deus revelado a Abraão, a Moisés e aos
profetas envia à terra seu filho como messias salvador. Ele nasce numa
família comum, morre, ressuscita e envia o Espírito Santo para
permanecer no mundo até o fim dos tempos. Desde o início o Cristianismo
organiza-se como Igreja, sob a autorizada dos apóstolos e dos seus
sucessores. Os discípulos espalham-se pelas regiões do Mediterrâneo,
inclusive Roma, e fundam várias comunidades”.
De inicio Jesus poderia não ser o Messias, afinal, como reconhecê-lo como o Filho de Deus prometido?
É uma história bíblica longa que se soma a tradição e ao magistério da
Igreja. O marco final e incontestável de que Jesus é verdadeiramente o
Messias esta na sua ressurreição uma vez que antes, tantas profecias já
apontavam para Ele, inclusive pela participação de Maria no Plano de
Deus, escolhida para gerar humanamente um Filho sob a ação do Espírito
Santo, cujo nome escolhido foi JESUS.
O Novo Testamento, então, para os cristãos, é uma conclusão do Antigo
Testamento que tem toda a sua história direcionada para Jesus.
Portanto, o NT marca exatamente a historia de Cristo, escrito que foi
sob a inspiração de Deus por homens que conviveram com Jesus como os
apóstolos e discípulos, e também por seguidores contemporâneos.
Nenhum dos grandes filósofos, religiosos ou fundadores de religiões da
antiguidade e da modernidade chegou à ressurreição. Nasceram, cresceram e
morreram. Cristo foi o único profetizado que nasceu, cresceu, morreu e
ressuscitou.
Portanto, a
Páscoa da Ressurreição tornou-se para os cristãos a maior e expressiva
data da cristandade, maior até do que o próprio Natal de Jesus porque se
o seu nascimento trouxe uma expectativa de fé na sua divindade, a sua
ressurreição deixou a certeza de que é verdadeiramente o Messias, o
próprio Deus encarnado.
Hoje somos conduzidos à alegria do Ressuscitado, convencidos pela
Tradição, pelo Magistério da Igreja e principalmente pela Bíblia. E
encontramos nos textos do AT e NT provas alicerçadas na fé,
principalmente nos Evangelhos, Palavra viva de Jesus, testemunhada por
quem com Ele conviveu até Pentecostes e assistiu a sua ascensão, de que
de fato Ele é o Messias Ressuscitado, nosso Deus e Salvador.
Páscoa cristã, portanto, é a passagem de Jesus Cristo da morte para a
vida, a Ressurreição. Para uma vida nova, convertida, deixando para trás
o pecado e tudo o que desagrada a Deus.
O Papa Bento XVI na Vigília Pascal de sábado, assim pregou:
“A
Páscoa é a festa da nova criação. Jesus ressuscitou e nunca mais morre.
Arrombou a porta que dá para uma nova vida, que já não conhece doença
nem morte. Assumiu o homem no próprio Deus. (…) Abriu-se uma nova
dimensão para o homem. A criação tornou-se maior e mais vasta. A Páscoa é
o dia De uma nova criação, mas por isso mesmo, neste dia, a Igreja
começa a liturgia apresentando-nos a criação antiga, para aprendermos a
compreender bem a nova.”
São Paulo em 1 Cor 15, 14 coloca a ressurreição como o alicerce da nossa fé num Jesus Messias, Deus e Salvador: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”.
No Evangelho de Mc 16, 5-7, Maria
Madalena e Maria, a mãe de Tiago, e Salomé, foram as primeiras pessoas a
saber da ressurreição. Ao visitarem o túmulo o encontraram vazio e um
anjo lhes disse: “Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui ... Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele irá à vossa frente, na Galiléia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito”.
A
Igreja também conta nos tempos de hoje com seus anjos anunciadores nas
pessoas dos bispos, padres e diáconos, religiosos e religiosas, e um
número enorme de fiéis leigos evangelizadores que fazendo o papel
daquelas mulheres, e convictos do Ressuscitado, cumprem a missão de
correr atrás dos amigos de Jesus com o mesmo propósito de encontra-Lo,
não na Galiléia mas nas Missas, principalmente as dominicais pois que
ressuscitou num domingo, onde Ele já espera, no Sacrário. Afinal, “tendo você ressuscitado com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus”. Cl 3,1-4
Feliz Páscoa
Diác. Narelvi
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