REFLEXÃO DOMINICAL
4º Domingo da Quaresma – Ano A –
30.03.2014
1Sm 16,1b.6-7.10-13ª; Ef 5,8-14;
Jo 9,1-41
Prezados
amigos e irmãos em Jesus
Cristo.
1ª PARTE
Deus pode
tudo e não precisa de ninguém, pois Ele é Onipotente. Esse mesmo atributo lhe
permite dividir com os homens a missão de salvar a humanidade do pecado,
inclusive por tarefas políticas de reinado e administrativas deste mundo.
A questão
aqui é quem ele escolhe? No primeiro
livro de Samuel da liturgia de hoje encontramos a resposta.
O Senhor
escolheu um rei para Israel e quis servir-se de Samuel para a missão na sua
busca antecipando que esse rei seria da família de Jesse de Belém.
La chegando
avistou Eliab, um dos filhos de Jesse e foi logo pensando que este seria o
escolhido, pois segundo a avaliação de Samuel, Jesse tinha boa aparência e boa
estatura. Errou, porque Deus não o escolheu justificando que não faz escolha
segundo os critérios dos homens, mas Dele mesmo.
Então vieram
os demais filhos de Jesse e também nenhum foi escolhido, mas o Senhor sabia que
faltava ainda um dos filhos e mandou chamá-lo. Apresentaram-Lhe, então, o filho mais novo,
Davi e este o Senhor o escolheu e mandou ungir na presença dos irmãos. Davi era um jovem ruivo, de belos olhos e de
formosa aparência cf. o v. 12.
Vejam irmãos,
que o Senhor não deixou de reconhecer os dotes físicos de Davi, mas deixou bem
claro que nas suas escolhas para o serviço do Reino não são essas qualidades
físicas que devem orientar, mas a justeza do coração das pessoas que nem
precisa ser belo ou formoso.
Portanto,
Deus escolhe para o seu serviço, não com o olhar dos homens, pois onisciente,
que tudo sabe, conhece as pessoas pelo seu caráter, sua índole, sua qualidade
interior, pelo coração.
Foi assim que
o Senhor escolheu o rei Davi, e o ungiu, que a partir desse momento foi tomado
pelo Espírito Santo.
Isso nos
ajuda a entender com Jesus também escolheu para servir Sua Igreja, os
apóstolos, discípulos, e sucessores chegando hoje aos bispos, presbíteros e
diáconos, religiosos e religiosas, e uma gama de homens e mulheres que estão
engajados no serviço pastoral em suas próprias paróquias ou como missionários
pelo mundo todo.
2ª PARTE
São Paulo
falando aos efésios reporta-se a uma vida anterior nas trevas e outra de
conversão para uma vida de luz. E justamente essa é a pregação do período da
quaresma, fazer com que os homens e mulheres apaguem das suas vidas o passado
de trevas, de pecados, para assumirem um novo tempo de conversão, de paz, de
união efetiva com Deus e com os irmãos.
O v. 10 e
seguintes traçam uma cartilha de conduta ajudam a trilhar pelo bom caminho.
Primeiro nos chama à responsabilidade pelas escolhas, pelo discernimento,
rejeitando com todas as forças tudo aquilo que trai nossas consciências e nos
precipita para o abismo. Obras das
trevas são os pecados, os vícios, as maldades, que chegam levar à
concupiscência. Lembra-me agora em particular, por exemplo, o corporativismo
entre os viciados em drogas que aprendem a mentir, a dissimular, a ferir a si
mesmos e à própria família, a proteger os traficantes seja por medo deles ou
pela dependência química, sendo muito apropriados os vv. 11 e 12: “Não vos associeis às obras das trevas, que
não levam a nada; antes, desmascarai-as. O que essa gente faz segredo, tem
vergonha até de dizê-lo”.
Desmascarai-as,
é a recomendação de são Paulo para que sejam combatidas e sepultadas das nossas
vidas uma vez por todas. “Desperta, tu
que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá”.
3ª PARTE
No Evangelho,
João transmite a lição de Jesus e já de inicio afasta a idéia ilógica de muitos
de que as pessoas pagam pelos pecados de seus pais. Foi a duvida dos discípulos
apresentada a Jesus.
No episodio
de hoje Jesus curou um cego de nascença e explicou que a cegueira física do
curado não tem origem em culpas dos pais nem dele próprio. Mas deixou claro que
a cegueira ou outras enfermidades servem para despertar os sentimentos do homem
com relação a Deus.
Jesus ainda
quer dizer que estamos neste mundo para servir, e essa tarefa deve ser exercida
enquanto é tempo. Não somente para
ajudar os irmãos nas questões físicas humanas, mas também e principalmente
espirituais. O relacionamento entre os homens e Deus tem reciprocidade também
entre os homens.
O cego é um
exemplo que envolve o provedor da cura e a gratidão do curado, afinal somos luz
do mundo e sal da terra daí porque nossa vida faz parte de toda a criação
motivo pelo qual nossas ações devem dizer respeito aos interesses de todos.
O cego fez
questão de revelar que foi curado. Nem mesmo sabia direito do nome daquele que
o curou, mas reconhecia nele uma pessoa virtuosa e seu testemunho levou a Jesus
Cristo, o Messias. “Só sei que Ele me
curou!”.
Houve uma
reação contrária dos fariseus e o que era
cego chegou a ser expulso da sua terra. Mas Jesus o encontra e se
apresenta e o pobre homem se assume como crente: “Eu creio, Senhor”.
Irmãos e
irmãs, de alguma maneira vocês já não se sentiram cegos para as coisas de Deus
e mesmo ser ter percebido, voltaram a enxergar? Jesus é a luz que nos
transforma em seres melhores, santos. O caminho queira ou não, passa de uma
maneira muito especial e particular pela Igreja de Cristo e pelos seus
ministros servidores. O necessário é que todos assumam o compromisso de
cristãos e vivam a realidade de Jesus.
Honre irmão,
o teu chamado porque a sua escolha foi pelo que você é interiormente, pela
força do pulsar do seu coração.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi
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