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domingo, 16 de março de 2014

UMA TENDA PARA VOCÊ

REFLEXÃO DOMINICAL
2º Domingo da Quaresma - 16.03.2014 - Ano A
Gn 12,1-4ª; 2Tm 1,8b-10;  Mt 17,1-9



Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª parte

         Segundo domingo da quaresma.

         Falamos que quaresma é tempo de conversão, não que a oportunidade seja somente agora, uma vez que Deus espera que aproveitemos de cada momento de nossa vida para o crescimento interior. Quaresma é apenas um tempo especial!

         Mas converter-se é uma atitude de entrega à espiritualidade que ultrapassa o limite de deixar de ser pecador para ser santo; é preciso que a nova oportunidade que Deus por seu filho Jesus oferece, nos encaminhe para águas mais profundas. Isto é, que coloquemos em prática, em ação, a Palavra de Deus, que haja efetivamente uma participação religiosa.

         O Gênesis nos aponta a vocação de Abraão: “Sai da tua terra, da tua família ... Farei de ti um grande povo e te abençoarei ...”

         Naquele tempo havia um mundo todo precisando saber sobre Deus. E sabemos as maravilhas que os patriarcas e profetas fizeram para tornar Deus conhecido e mais perto.

         Hoje já chegamos ao mundo conhecendo Deus, próximo a Jesus e protegido pelo Espírito Santo. Desde o batismo...

         Então podemos aproveitar do exemplo da vocação de Abraão no limite territorial da nossa comunidade ajudando o bispo da diocese, os párocos e diáconos a chegarem mais perto do povo de Deus que tem sede de espiritualidade e religiosidade. Os clérigos ordenados exercendo os seus ministérios ordinários, e os leigos o ministério comum dos batizados colaborando nas pastorais e movimentos da Igreja da sua paróquia. Tenham certeza, irmãos, que o Senhor fará da nossa comunidade um povo santo e derramará sobre todos a sua bênção, transformará a juventude, as famílias,  em proclamadores da Palavra, testemunhas de Cristo e do Evangelho como irmãos verdadeiramente crentes em Jesus.

2ª parte

         São Paulo usa de uma expressão “sofre” não no sentido de dor, mas de vontade, empenho pelo Evangelho assegurando que Deus concede a força necessária para o serviço de evangelização.

         Num tempo de tantos vícios, desarmonia familiar e social, e até de descrença,  devemos lembrar que temos uma vocação especial que é a de sermos santos, não pelos nossos próprios méritos, mas pela graça dada por Jesus que por ser Deus desde toda a eternidade nos reservou esse presente.

         Portanto, irmãos e irmãs, a nossa santidade, a nossa salvação, está assegurada por Jesus Cristo e sem Ele não seria possível, embora, secundariamente, dependa da nossa aceitação, do nosso querer. A morte foi destruída por Cristo justamente para que pudéssemos ter vida em abundância e vida imortal. 

3ª parte

         O Evangelho transmitido por Mateus testemunha a transfiguração de Jesus que perde por um momento o seu lado humano para ser visto como o Filho de Deus: “seu rosto brilhou ... suas roupas ficaram brancas como a luz...”

         Podemos imaginar, então, a felicidade de Pedro, Tiago e João convivendo aquele instante celeste com a aparição de Moisés e Elias representando a Lei e os Profetas.

         Vejo aquele momento como um Templo na natureza da montanha e os apóstolos envolvidos espiritualmente no cenário do Céu. Tão maravilhoso que Pedro propôs ficarem ali contemplando e vivendo aquele momento de revelação:  Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!”

         Amigos e irmãos. Nós católicos temos a oportunidade de viver igual momento senão todos os dias, ao menos aos domingos nas Santas Missas. E até mesmo fora dessas celebrações quando visitamos o interior de uma Igreja.

         Certamente vocês já tiveram a experiência de entrar numa Igreja com a aparência de vazia, e caminhar espaço por espaço olhando para as imagens, para cima, para baixo, para as janelas com seus vidros coloridos ou decorados, para o altar, para o confessionário, e num silencio quase absoluto olharam para o Sacrário e lá enxergaram Jesus, vivo, real, presente na Eucaristia. Quanta paz!  Até dá vontade de não sair mais de lá e quem sabe até de propor a Jesus construir ali uma tenda para você, para os santos, e toda a sua família celestial, sendo que a de Jesus já está lá, pronta, que é o Sacrário. E quando citei aparência de vazia é porque nenhuma Igreja Católica fica vazia já que Jesus está também lá, o tempo todo, na Eucaristia.

         Quaresma, irmãos, é para isso. Para que nossos momentos sejam todos de conversão. A paz que queremos já nos é oferecida aqui, em vida e continuará no céu, eternamente.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diac. Narelvi  

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