REFLEXÃO
DOMINICAL
1ª
Semana da quaresma – Ano A – 09.03.2014
Gn
2,7-9; 3,1-7; Rm 5,12-19; Mt 4,1-11
Prezados
amigos e irmãos em Jesus
Cristo.
1ª
PARTE
A Primeira Leitura nos fala sobre a
criação do homem, a abundância lhes oferecida, uma regra a ser obedecida, a
desobediência e o pecado.
O Senhor formou o homem do pó da terra e
soprou-lhe nas narinas o sopro da vida e o homem tornou-se um ser vivente, v.
7.
Hoje existe um questionamento sobre a
origem do homem: a) foi assim como se encontra na bíblia ou b) decorrente de
uma evolução.
Nada de misterioso para quem crê em Deus. A Bíblia nos narra
segundo a inspiração do escritor – Moisés, no Pentateuco.
O sentido da bíblia e a Igreja ensinam é
que Deus criou o homem. Como, exatamente, não nos preocupa. A bíblia, como
livro inspirado por Deus ensina que o homem foi feito do barro e somente depois
soprou-lhe nas narinas quando tornou-se um ser vivente. Nada de errado, portanto, que você, meu
irmão, creia que foi exatamente assim como está na bíblia. Mas também nada de
errado existe se você acredita que somos frutos de uma evolução. Afinal, não
estamos aqui para tirar de Deus a liberdade do processo da criação. A verdade é
que o que deu origem a vida humana não foi tanto o gesto de manipular o barro,
mas o sopro da vida. Podemos entender que se Deus tivesse feito apenas
uma moldura de barro, seriamos como um boneco. Mas foi o sopro da vida que nos
deu a identidade de homem com corpo e alma.
É perfeitamente possível aceitar, e não
é pecado, que Deus tenha preferido criar alguma criatura e deixá-la evoluir até
o momento em que julgou ser oportuno transformá-lo, digamos assim, em ser
humano com o sopro da vida. O IMPORTANTE É QUE NINGUÉM PODE TIRAR DE DEU A
AUTORIA DA CRIAÇÃO DO HOMEM.
Quando nos tornamos verdadeiramente
criatura humana, com inteligência, capacidade de pensar e agir, seja no momento
da moldura de barro ou do sopro da vida, fomos colocados nesta terra como seu
dono para usufruir de tudo o mais que Deus já havia criado e entregue ao
domínio do homem.
Irmãos, hoje não defendemos a
necessidade de se dar liberdade aos nossos filhos, porém, com limitações?
Deus já fez isso com o homem na criação.
No meio de toda a natureza, Deus quis medir a responsabilidade da sua criação humana,
a obediência, o livre arbítrio. E dentre todas as árvores do jardim, uma em especial
foi reservada: a “arvore do conhecimento do bem e do mal”.
Todos nós continuamos com nossas
liberdades, mas também sabemos que nem tudo o que nos é oferecido ou que está
ao nosso alcance pode ser tomado por nós. Precisamos, então, refletir, analisar,
avaliar se isso que ambicionamos será do agrado de Deus que o aceitemos ou
manipulemos.
Então o bem e o mal podem estar
inseridos em qualquer coisa, em qualquer lugar. A questão é usar do
discernimento.
O demônio traiu nossos primeiros pais e
eles foram levados a fazer justamente aquilo que Deus o havia proibido.
E hoje? Quantas coisas erradas estão
sendo empurradas goela abaixo em nossas vidas e o demônio se aproveitando: "Não
seja bobo", "você pode mais do que Deus!", "Roube", "adultere", "seja venal", "não vá
à Igreja", "não case", "pratique o sexo aventureiramente", "engane",
"minta", "pratique o aborto", "não respeite seus pais", etc. etc.
Deus advertiu: se você desobedecer,
morrerás! E se tornará frágil e perderá sua pureza.
Vejam o que nos diz a leitura de hoje no
v. 7: Adão e Eva estavam nus e não se envergonhavam por isso. Entretanto,
quando desobedeceram e reconheceram o erro envergonharam-se porque a virtuosa
ingenuidade do bem perdeu espaço para a perversão do mal.
Queridos, quando nossa conduta é
maculada pelo pecado, passamos a agir sob os efeitos dos maus pensamentos, das
más intenções, e no fundo, passamos a sentir vergonha.
A quaresma nos convida a refletirmos
sobre essas coisas que o Gênesis nos apresenta. Essa vergonha, esses pecados,
são afunilados para o lixo e
desaparecerão para dar lugar a vida pura tal qual fomos criados por Deus. É a
conversão para a qual somos chamados e
que nos traz de volta a Deus, que nos coloca novamente num jardim de paz.
2ª
PARTE
São Paulo nos tranquiliza no sentido de que, quando
pecamos, a graça de Deus se torna mais presente em nossa vida.
Apesar de todos os erros e dificuldades
humanas que nos conduzem para a pratica do mal, Jesus é o homem-Deus que
sozinho nos transforma desfazendo o erro de um único homem, Adão. O v. 19 expressa bem que
pela desobediência de um só homem (Adão) a humanidade toda foi colocada em situação de pecado mas que, pela obediência de um só, (Jesus) passamos
para uma situação de justiça, de salvação.
3ª
PARTE
O Evangelho nos ensina que somos fracos e propensos ao
pecado. Essa fraqueza é um legado de nossos primeiros pais sob a influencia do
demônio.
O próprio Jesus foi conduzido pelo
Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo. Quarenta dias e quarenta
noites de retiro com o intuído de fortalecer-se. O diabo se aproveita e o
desafia por três vezes, sempre provocando: “Se és Filho de Deus...” e lhe
propõe parceria ou submissão: “manda que estas pedras se transformem pães”,
“lança-te daqui abaixo”, “ajoelha diante de mim para me adorar”.
A cada desafio uma resposta fulminante
contra o diabo até que ele é expulso.
Jesus expulsou o demônio de perto de si,
e colocou o Senhor Deus como o único a ser adorado, e os anjos o serviram.
Irmãos e irmãos. Nós não vivemos sob o
domínio do demônio o tempo todo conforme lamentavelmente nossos irmãos
protestantes pregam. Vivemos sob o domínio de Deus. Mas a tentação existe, sim!
Se nossas respostas às tentações forem
firmes como foram as de Jesus, seremos vitoriosos e os anjos nos servirão.
Estamos
contando com quarenta dias de quaresma para colocar nossa casa espiritual em ordem. Jesus abre
seus braços nas Igrejas do mundo todo, e na sua cidade, na sua paróquia, sob a
bandeira de algum padroeiro, lá está Jesus pertinho de você. Procure-O e você
reencontrara a paz.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi
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