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sexta-feira, 29 de março de 2013

O QUE TRANCA O DIACONATO PERMANENTE - 4 -

Pretendo fazer um rápido comentário de conscientização sobre o diaconato permanente, com ajuda de subsídios de fácil alcance, inclusive com destaque a matéria do cardeal dom Aloísio Lorscheider, de saudosa  memória. É uma forma de lamento contra algumas dificuldades que encontramos para o exercício do nosso ministério.
Para não tornar exaustivo, fracionarei a matéria.
         Vamos começar pelo começo, como se diz no popular. 
 Diac. Narelvi

CONTINUAÇÃO:

Testemunho favorável ao diaconato permanente:
         Lição apostólica do bispo dom Aloísio Cardeal Lorscheider que com autoridade  e forte vinculo com o Sagrado e normas da Igreja enobrece o diaconato, a exemplo de tantos outros bispos. 

2ª PARTE:
O que significa isso de fato?
“Paulo VI, no Motu Próprio "Ad pascendum" (para apascentar e fazer crescer cada vez mais o povo de Deus, o Cristo Senhor instituiu na Igreja diversos ministérios, destinados ao bem de todo o seu corpo), oferece-nos uma pista muito rica. Diz o Papa: "o Concílio Vaticano II anuiu aos pedidos e desejos de que o diaconato permanente, onde isso viesse a contribuir para o bem das almas, fosse restaurado como Ordem intermediária entre os graus superiores da hierarquia eclesiástica e os demais membros do povo de Deus. Dessa forma, os diáconos seriam como que intérpretes das necessidades e aspirações das comunidades cristãs, animadores do serviço ou da diaconia da Igreja junto às comunidades cristãs locais, bem como sinal ou sacramento do próprio Cristo Senhor, que 'não veio para ser servido, mas para servir”.

Temos neste texto o seguinte:

-o diaconato permanente uma Ordem intermediária entre os graus superiores da hierarquia eclesiástica e os demais membros do povo de Deus;
-o diácono como intérprete das necessidades e aspirações das comunidades cristãs;
-o diácono animar do serviço ou da diaconia da Igreja junto às comunidades cristãs locais;
-o diácono sinal ou sacramento do próprio Cristo Senhor Servo.
Observamos: o diaconato é sacramento, o 1º grau do sacramento da Ordem e como tal um sinal sacramental de Cristo na comunidade.
É necessário que o diácono tenha esta convicção de fé: eu sou um sinal sacramental de Jesus Cristo, sou um sacramento de Jesus na comunidade. Ora, o específico do sacramento é ser uma presença eficaz da realidade da qual é expressão visível. E o diácono é sinal de que realidade? É sinal do Cristo Servo e da diaconia (= do ser serva) da Igreja. Daí segue o seu ser intérprete das necessidades e aspirações das comunidades cristãs e o seu ser animador do serviço da Igreja nas comunidades cristãs locais. Não se trata aqui unicamente de uma atividade humana assistencial, que também faz parte da diaconia do diácono, mas de uma participação, difundida na Igreja por graça do Espírito Santo, da atitude de Cristo, o Servo de Jahvé, o servo humilde e paciente que tomou sobre si o nosso pecado e a nossa miséria humana (Is. 53,3-5), que se inclinou amorosamente sobre cada necessidade concreta (Lc. 10,33-34: o bom Samaritano!), que se imolou dando a sua vida (Mt. 20,18), que testemunhou o seu amor até o fim, até o extremo (Jo. 13,1).
Esta participação no ser servo de Cristo, possui uma eficácia salvífica e de cura. Cristo se fez Servo (se fez diácono, se fez servidor!) para salvar a partir de dentro da situação em que o pecado colocara a humanidade. São Paulo em Filip. 2, 7, diz que Jesus se esvaziou a si mesmo, e assumiu a condição de servo, fazendo-se, como diz São Paulo na 2Cor. 5,21, pecado por causa de nós, Ele que não conhecera pecado, e isso tudo, a fim de que nós nos tornássemos justiça de Deus (= para que nós fôssemos salvos). O ser servo de Jesus, servo por amor (Filip. 2,7) liberta a nós seres humanos servos do pecado, servos por coação.
Deste ser servo de Jesus, faz parte o lava-pés e a instituição da Eucaristia. Lava-pés e eucaristia ligam-se intimamente. Ligam-se intimamente sobretudo na vida do diácono. A Eucaristia é a prova do amor maior: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos" (Jo. 15,13). Além de ser prova do amor, Ela é incremento de amor. Ora, a graça sacramental do diácono consiste em promover o serviço, a diaconia, exercício de amor. O lava-pés, por sua vez, foi um gesto concreto do ser servo de Jesus e do que Ele quer dos seus seguidores: "Se eu, o Mestre e o Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais" (Jo. 13,14-15). Aqui insere-se muito bem a passagem de Lc. 22,24-27, onde Jesus lembra aos Apóstolos, na última Ceia, que o maior é aquele que serve. E Jesus esteve no meio deles como aquele que serve.
Há toda uma mística para o diácono no lavapés - serviço e na Eucaristia-doação.”
CONTINUA

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