Pretendo fazer um rápido comentário de conscientização sobre o diaconato
permanente, com ajuda de subsídios de fácil alcance, inclusive com destaque a
matéria do cardeal dom Aloísio
Lorscheider, de saudosa memória. É uma
forma de lamento contra algumas dificuldades que encontramos para o exercício
do nosso ministério.
Para não tornar exaustivo,
fracionarei a matéria.
Vamos
começar pelo começo, como se diz no popular.
Diac. Narelvi
1ª PARTE
Instituição do
Diaconato:
Bíblia Sagrada:
O diaconato foi instituído pelos
apóstolos, portanto, bem no inicio do cristianismo, facilmente entendível lendo
o livro Ato dos Apóstolos, 6, 1-6:
1. Naqueles dias, como crescesse o número dos discípulos, houve queixas
dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas teriam sido negligenciadas
na distribuição diária.
2. Por isso, os Doze convocaram uma reunião dos discípulos e disseram: Não
é razoável que abandonemos a palavra de Deus, para administrar.
3. Portanto, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação,
cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos este ofício.
4. Nós atenderemos sem cessar à oração e ao ministério da palavra.
5. Este parecer agradou a toda a reunião. Escolheram Estêvão, homem cheio
de fé e do Espírito Santo; Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau,
prosélito de Antioquia.
6. Apresentaram-nos aos apóstolos, e estes, orando, impuseram-lhes as
mãos.
Até quando durou na Igreja o diaconato (permanente)?
O diaconato facultado aos
casados permaneceu florescente na Igreja do Ocidente até o século V, depois por
“várias razoes” desapareceu.
Ficamos, portanto, sem diácono
permanente do século V até o Concilio Vaticano II, quando foi restaurado
conforme a Constituição Dogmática Lúmen Gentium, parágrafo 29, decretado em Roma aos 21 de novembro de 1964 pelo
Papa Paulo VI onde ficou facultado aos bispos instituir em suas dioceses o
diaconato permanente, que mal interpretado vem servindo de pretexto para a
rejeição desse ministério em algumas dioceses.
O diaconato transitório, isto é,
como condição para o sacerdócio, reservado aos solteiros e celibatários, sempre
existiu. Todos os presbíteros e bispos, portanto, são também diáconos.
Não existe diferença ministerial
entre o diácono transitório (que pretende ser padre), e o diácono permanente
assim chamado porque não será ordenado padre, salvo se ficar viúvo e quiser,
evidentemente.
CONTINUA.
Narelvi
ResponderExcluirBem explicado o assunto desta postagem. Gostei de saber a história do diaconato e vou esperar a continuação.
Abraços da
Ligia
Eu sou a favor de casamento para religiosos...
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