REFLEXÃO DOMINICAL
5º Domingo da Quaresma – Ano C – 17.3.2013
Is 43,16-21; Fl 3,8-14; Jo
8,1-11
Queridos amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
Falamos
na ultima reflexão sobre o que é ser um homem novo.
Hoje Isaias faz uma introdução citando a
travessia do mar vermelho. Recordando, os israelitas foram retirados do Egito e
conduzidos por Deus e na fuga, o faraó que evidentemente não gostou nada,
reuniu seu exercito com seus carros puxados por cavalos sob as rédeas
dos cavaleiros e armado com seus guerreiros se pôs no encalço dos israelitas,
estes que, guiados por Deus continuaram a caminhada sem medo, por onde lhes era
indicado. Deus abre um caminho pelo mar vermelho, separa as águas, torna o solo
enxuto e seco livre para seus protegidos que percorrem em segurança.
A mesma sorte não
tiveram os egípcios que invadindo o mesmo trajeto, de repente Moisés estendeu
sua mão sobre o mar, e o mar se fechou sobre eles, engolidos que foram pelas
águas os “carros e cavalos, tropas e homens corajosos”.
Então o Senhor, por
Moisés, ensina que o passado sofrido deve ser esquecido para dar lugar às
coisas novas que Deus prepara para o seu povo, como por exemplo fazer correr
água no deserto para saciar a sede de seus escolhidos, que alegres glorificam o
Senhor.
De fato, irmãos, mesmo
que o passado muitas vezes nos acompanhe e até deprima, não deve sobrepor-se à
vida nova que temos pela frente. O novo
homem é aquele que deixa para traz os seus pontos negativos, seus vícios, seus
pecados, para assumir as alegrias e virtudes da vida presente e futura
transformada pelo Evangelho. Deus esta à nossa frente. É Ele quem abre os
caminhos e afasta os inimigos com suas mãos poderosas e vigilantes servindo-se
de seus servos a exemplo da ação de Moisés.
2ª PARTE
Vejam,
irmãos, o que São Paulo diz: “esquecendo o que fica para
trás,
eu me lanço para o que está na frente”. É o que também devemos fazer.
eu me lanço para o que está na frente”. É o que também devemos fazer.
Quando nos entregamos ao
Sagrado, assumimos a nossa fé, abraçamos a Jesus e sua Igreja com Maria e todos
os santos, sentimos as bênçãos e graças que a Missa contempla, principalmente
quando entramos em comunhão com Cristo na Eucaristia e pela confissão nos
libertamos do pecado, nos transformando a tal ponto que tudo nos parece daí para
a frente como lucro medido pelo abraço de paz de Jesus que passa a integrar-se
ao nosso modo de viver concedendo-nos por consequência muita luz para guiar as
nossas famílias e a nós mesmos.
Quem sabe ainda não tenhamos
por razões intimas, alcançado plenamente a Jesus. Mas como São Paulo diz,
corramos atrás dele para alcançá-lo certo de que Ele não se distanciará, mas
reduzira seus passos para que O alcancemos mais rapidamente e possamos receber
o premio de Deus por Jesus Cristo.
3ª PARTE
O Evangelho insiste no perdão, na humildade, na compreensão,
distanciando os pecados do orgulho, da soberania, da superioridade quando Jesus
dá uma rasteira nos mestres da Lei e nos fariseus.
Voltado às reflexões
acima, e lembrando um grande amigo que sempre insiste em sentir-se pecador sem
chance apesar de ser católico convicto e responsável, somos chamados a confiar
na força do arrependimento, da conversão, da misericórdia de Deus que está
sempre pronto para nos acolher.
Um dos maiores exemplos
vem do desafio feito a Jesus com relação a uma mulher surpreendida em
adultério. “Mestre, ela foi flagrada em adultério e a Lei de Moisés manda
apedrejá-la. O que diz o Senhor?”
E Jesus desmonta os
inquisidores com outra pergunta: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o
primeiro a atirar-lhe uma pedra.”
Pois é. Não ficou nenhum
deles! Estando a sós com a mulher, Jesus pergunta-lhe: “Mulher, onde estão
eles? Ninguém te condenou?”. “Eu também não te condeno”, e a manda de volta,
porém, com a recomendação: “De agora em diante não peques mais”.
Irmãos e irmãs. Jesus
confirma que o PAI perdoa sempre. Mas não estimula a reincidência pecaminosa. A
verdadeira conversão implica na renuncia a toda espécie de mal. E é justamente através das graças que
recebemos pelos Sacramentos, principalmente pela assiduidade na participação
das Santas Missas que vamos nos fortalecendo e resistindo contra a repetição dos
pecados.
Se a carne é fraca para
o pecado, o Espírito é forte para resistir. E apesar de não diferenciar os
cristãos católicos uns dos outros, convém aqui dar um toque no sentido de que a
responsabilidade maior está para aqueles que exercem cargos ou funções
pastorais e ministeriais na Igreja, sejam leigos ou clérigos. Catequistas,
MECEs, comissões das igrejas, movimentos jovens, coroinhas, religiosos, bispos,
padres ou diáconos e tantas outras forças vivas da Igreja, não podem justificar
suas falhas na costumeira defesa de que “somos fracos”, pois que as nossas
intervenções religiosas ministeriais e pastorais impõem que erremos menos do
que os outros, até por questão de coerência.
Aproximemo-nos, pois, de
Jesus e Ele nos acolherá.
Louvado seja N.S. Jesus
Cristo.
Diac. Narelvi.
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