4º Domingo da Quaresma – Ano C – 10.03.13
Js 5,9a.10-12; 2Cor 5,17-21; Lc 15,1-3.11-32
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
O que é ser um homem novo na lição
bíblica?
1ª PARTE
A idéia nos leva a lembrar de que
somos frutos da criação de Deus como seres humanos perfeitos, sem pecado, mas
que levados pela tentação fomos impulsionados à desobediência, a sermos pretensiosos
a ponto de querer tornar-se igual ou superior a Deus. Tornamo-nos, então, perdidos,
pecadores.
Deus reaproxima-se dos homens pelos
patriarcas e profetas dos quais nos falam o Antigo Testamento para
transformar-nos em novas criaturas até que Deus se fez homem e habitou entre nós
encarnado na pessoa de Jesus Cristo.
Por Jesus, então, fomos aliviados dos erros do
passado e assumimos uma nova postura, um novo jeito de ser cristão autêntico. Nova vida. Criatura nova. Não na estética
física, mas na existência interior, na espiritualidade.
Jesus é o autor dessa conversão. Foi na cruz que Ele
nos redimiu do pecado e perpetuou na instituição da Eucaristia e na sua Igreja
a oportunidade permanente de freqüentes conversões.
Quando São Paulo diz que Jesus se fez pecado por nós,
reconciliou-nos com ele mesmo e nos confiou o ministério da reconciliação, foi justamente
para sepultar o homem velho transformando-o numa criatura nova sem o peso do
pecado.
NINGUÉM MAIS, nenhum filósofo, nenhum pensador,
nenhum “iluminado”, nenhum fundador de crença ou religião por bem intencionado
que seja, é capaz de tamanho gesto concreto de transformação dos corações
endurecidos dos desviados do rumo divino, em pessoas de bem, de paz,
merecedoras do Reino, aptas a serem
também, - juntas com os ministros escolhidos especialmente para o serviço da Igreja com poderes para agir in persona Christi - , embaixadores de
Cristo que todos os fiéis leigos devem ser, A NÃO SER JESUS CRISTO que por ser
Deus não cometeu pecado.
2ª PARTE
2ª PARTE
Como se vê irmãos e irmãs, ninguém é excluído da
missão evangelizadora nem do Céu. Somos todos irmãos em Cristo e se defendemos
a mesma causa impossível admitir-se separações, invejas, mas sim, solidariedade
e fraternidade na busca de nossos ideais materiais e religiosos principalmente.
Não se pode aceitar a presença de fariseus dentro da
igreja disputando poder à custa de opressões formando seus grupinhos de
privilegiados em detrimento aos demais porque Jesus não é assim. Viver o
cristianismo não é assim. Jesus é aberto,
livre, tem compaixão, é misericordioso e acolhedor e quer estar com todos, sem
exceção. Lucas narra um momento em que fariseus criticavam Jesus porque fazia
refeição junto com os pecadores. Não entendiam os fariseus que Jesus não
apoiava o pecado, mas amava o pecador para transformá-lo em convertido.
A parábola do filho pródigo é espetacular para
mostrar que os bens divinos são oferecidos à partilha para todos. E mesmo
quando um dos beneficiários movido pela fraqueza, más companhias, tenha jogado
fora as virtudes cristãs, perdido a fé, o seu retorno sempre é aguardado de
braços abertos por Cristo que o acolhe e festeja pelo seu retorno.
O arrependimento é a força motivadora para uma vida
nova. O filho mais novo da parábola, mesmo tendo esbanjado seus bens materiais,
passou pela experiência do sofrimento até que com humildade e coragem procurou
novamente seu pai para dizer-lhe: “Pai, pequei contra
Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho”.
Irmãos, vocês nunca viram um
pecador retornar à Igreja e tornar-se um excelente cristão, chegando mesmo a exercer
atividades importantíssimas na Igreja? Evidente que sim! Mas garanto que viram
também muitos apontarem seu dedo contra ele . . . Os exemplos são tantos.
Não se permanece na Igreja
esperando vantagens ou aplausos, mas para viver o cristianismo na busca da
Salvação eterna.
O final da parábola fecha o
assunto com sabedoria: “Então o pai lhe disse: "Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava
perdido, e foi encontrado”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi
Nenhum comentário:
Postar um comentário