Discurso
proferido pelo historiador morretense
ERIC JOUBERT HUNZICKER nas exéquias de
dona Iracema Bittencourt
Autoridades presentes, Senhoras, Senhores e em
especial os Familiares dessa que foi e sempre será a nossa inesquecível
educadora, professora, amiga.
Dona
Iracema, quem poderá hoje afirmar por quantas gerações a Senhora foi
responsável pelos ensinamentos a elas ministrados. É muito difícil. Mas, estas
mesmas gerações jamais esquecerão aquela figura de fibra, que nos idos de 1948 iniciou
a dirigir o nosso mais importante estabelecimento de ensino. O Miguel Schleder.
Em todas às áreas possíveis, vamos encontrar profissionais que ouviram seus
ensinamentos.
Dona Iracema, receba neste momento a homenagem
imorredoura, pura e sincera de milhares de morretenses e morreteanos, que
tiveram a honra de passar pelas suas mãos de lente.
Não podemos deixar de notar que, acaso ou não, seu
exemplo de civismo e religiosidade fez com que seu traspasse ocorresse quando
em nossa cidade comemoramos as duas datas mais importantes das solenidades
cívicas e religiosas: A Independência do Brasil e Nossa Senhora do Porto.
Aproveitando excertos do discurso escrito e proferido
pelo Professor Arlindo de Castro, em 25 de agosto de 1966, e transcrito no
livro Tenho Dito, Discursos de Marcos Luiz De Bona desejamos registrar que:
“Nasceu na Galiléia o maior dos Professores!
No dia desse advento.
Um arrepio de susto, um estremecimento.
Acendeu pelos céus esplendorosa luz.
E dessa estranha luminosidade
Foi que nasceu Jesus.
O Grande Mestre, o Redentor da Humanidade!
Filho de Deus Ele ensinou bondade...
Mostrou que amor só com amor se paga
E que a maior virtude é a caridade.
Dona Iracema, como Jesus, foi Educadora!
Herdaste dele a glória de ensinar.
A glória até de preparar doutores!
E nunca esqueceu, porém,
De que a suprema luz
De que o supremo bem
vêm dos ensinamentos de Jesus
Dona Iracema, a Senhora será a nossa eterna
Professora!!!”
Por favor, amigos, se uma lágrima brotar e rolar pelo
seu rosto, não a esconda e, se alguém a ver, não a enxugue. Diga apenas que não
é ou não foi nada, ou melhor, foi apenas um cisco de saudade que vamos sentir
da Dona Iracema, que se desprendeu do passado e caiu no canto dos seus olhos.
Eric Joubert Hunzicker
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