6º DTC – Reflexão dominical – 12.02.2012 – Ano B
Lv 13,1-2.44-46; 1Cor 10,31-11,1; Mc 1,40-45
1ª PARTE
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
Que terrível a lei judaica que o Levítico descreve. Por mais que tentássemos nos incorporar às vítimas da lepra daquele tempo não conseguiríamos entender o suficiente dos sofrimentos dos leprosos.
Afastados das suas casas e parentes, proibidos de circular dentro das cidades, impedidos de aproximarem-se das pessoas, trajados pobremente com vestes rasgadas, cabelos e barbas sem nenhum cuidado, exalando mau cheiro, verdadeiros maltrapilhos que além dos sofrimentos físicos, viviam uma das piores humilhações sendo obrigados a anunciarem-se para que outros não se aproximassem, gritando: “Impuro! impuro!”. Quanto sofrimento!
O máximo que poderíamos imaginar a seus respeitos seria o fato de que eram portadores de doença incurável, destinados à morte lenta sentindo seus corpos apodrecerem em vida. E ainda eram considerados vítimas de seus próprios pecados...
Hoje, felizmente, a lepra não é mais danosa assim. Existem tratamentos e curas, e os portadores dessa doença não são excluídos, convivendo harmoniosamente em família e na sociedade.
Mas doentes, pobres, fragilizados e rejeitados, abandonados pelas próprias pessoas e pelo governo que arrota vantagens na área de saúde, ainda existem irmãos nossos que mesmo sem a mancha da lepra antiga sofrem a miséria corporal e vexatória devido a outras enfermidades que muito bem poderiam ser evitadas ou curadas. E eles estão por aí, nas calçadas, debaixo de pontes, caminhando aos nossos olhos, mendigando um pedacinho de pão ou míseros centavos que sem consciência também se expõem como quem a gritar: “ImpuroI impuro!”. E não pensem que estão somente nesses lugares. Muitos tem até suas casinhas e parentes, mas longe dos tratamentos de saúde, das assistências médicas.
CONTINUA
Nenhum comentário:
Postar um comentário