Gn 9,8-15; 1Pd 3,18-22; Mc 1,12-15
Reflexão dominical – 1º. Domingo da Quaresma – 26.02.2012 – Ano B
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
Desde o inicio dos tempos o homem atribuiu a Deus a iniciativa de todos os males. Se chove muito, se ocorre a seca, ou uma guerra, quando acontece a morte, o dilúvio e tantos outros fenômenos naturais eram atribuídos a ira de Deus.
Vemos no Gênesis de hoje, a história de Noé, a grande enchente, o enorme barco conduzindo a sua família e todas as espécies de animais. Vontade de Deus? Deus estaria se vingando dos pecadores daquele tempo?
O dilúvio existiu? Tudo indica que sim. Mas comungo da idéia de que foi um fenômeno natural que serviu e inspirou o escritor da bíblia para demonstrar a bondade de Deus em favor daqueles que O aceitam.
Na salvação da família de Noé está a figura de Deus salvando a humanidade, pois que na época do dilúvio os homens viviam mais para o pecado e o episódio mostra o privilégio de Noé por ter agradado a Deus.
Deus acompanha os passos dos homens. Sabe muito bem quando eles comportam-se com dignidade e respeito, e também quando decaem na sua moral e aprofundam-se na violência, no ódio, na pratica do mal uns contra os outros. E como Criador que ama as suas criaturas, sabe como e o momento certo para intervir, sem jamais destruir, castigar ou vingar.
Quando disse a Noé que estabeleceria uma aliança com ele, referia-se a aliança com todos os homens, servindo o acontecimento do dilúvio, a salvação de Noé e sua família, como perspectiva de uma mudança de vida, de um abandono do mal para viver a prática do bem.
Interessante como São Paulo traça um paralelo entre o dilúvio, a arca e o batismo. Assim como a arca salvou Noé e os seus, o Batismo salva a todos que se submetem. A água do dilúvio acabou por permitir a Noé a sua salvação assim como agora a água do Batismo faz o homem renascer. E aponta o Cristo como Salvador da humanidade, dizendo que Jesus morreu uma única vez pelos nossos pecados a fim de os conduzir a Deus. O Batismo, então, comunica o Espírito da Vida, a água que destrói o pecado, conforme o próprio Cristo instituiu e ensinou.
Irmãos, estamos iniciando a Quaresma. Veja o sentido da condução de Jesus ao deserto: mostrar que necessitamos de momentos de recolhimento, de meditação, de desapego das coisas materiais. Mostrou também a vulnerabilidade do homem à tentação do demônio. Porém, o mais importante foi a lição de que alimentados espiritualmente, com a fé fortalecida pela oração e pelos retiros espirituais individuais e os que a Igreja oferece, o homem é capaz de resistir ao pecado e de conquistar uma vida santa.
Lembramos nesses dias que o tempo de pecado está contado, e que o alcance do Reino depende somente de aceitar o convite de Jesus: “Convertei-vos e crede no Evangelho”, mensagem que você ouviu ao receber as cinzas da quarta-feira.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diác. Narelvi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário