REFLEXÃO DOMINICAL
Sf 3,14-18ª; Fl 4,4-7; Lc 3,10-18
3 Domingo do Advento – 13.12.2015 – Ano C
Amados irmãos em Jesus Cristo.
Como quase sempre
na vida dos profetas, enfrentavam momentos difíceis na história de Israel,
Jerusalém, com corrupções, perda da fé e tantas outras formas de perseguições.
A
reação mais imediata era ameaçar com castigos de Deus: ira, angustias, aflições,
trevas, etc.
Porém,
Sofonias muda o seu discurso para falar em alegria, serenidade, confiança, antevendo
que com a vinda de Jesus os castigos seriam eliminados para dar lugar a uma convivência
entre irmãos. E então convida a cidade de Sião que tem para nós hoje um
contexto espiritual, a cantar de alegria.
Jesus
que historicamente nos preparamos para recebê-Lo revogou a perversidade, a
sentença de morte pelo pecado. E quem confia nessa vinda de Jesus e opta pela
alegria de viver a santidade não viverá mais sob as ameaças dos inimigos
do bem.
São
Paulo em sua carta aos efésios conclama o povo ao alegramento: ALEGRAI-VOS
SEMPRE NO SENHOR, ALEGRAI-VOS, porque a bondade de Jesus ensina que o homem
deve viver a sua bondade partilhando com os irmãos todas as coisas que trazem
felicidade.
Chega
irmãos e irmãos de aflições, inquietudes, preocupações, pois que o Espírito de
Deus está sobre nós e porque nos revestiremos de Cristo neste próximo Natal
seremos capazes de amar e perdoar.
Vejam
o que Lucas nos transmite no Evangelho de hoje.
É
uma passagem de João Batista que no domingo passado refletimos sobre a voz que
clama no deserto chamando a atenção para a conversão e o batismo.
Olhando
para a multidão que se aproximava para o batismo sua reação parecia violenta
por tê-los chamado de RAÇA DE VÍBORA que procuravam fugir da ira de Deus. Mas
não, o que ele queria é que houvesse sincero arrependimento dos pecados e que
soubessem que Jesus era maior do que Abraão.
E
a repreensão mexeu com eles a ponto de perguntarem sobre o que deveriam fazer.
À multidão
recomendou a partilha das suas vestes e alimentos com os necessitados; aos
cobradores de impostos que fossem justos; e aos soldados que não roubassem o
dinheiro dos outros, nem fizessem falsas acusações e honrassem seus salários.
João
Batista reconhece o lugar de Jesus autor do batismo, alguém tão importante que
ele, João, não era digno nem mesmo de desamarrar a correia de suas sandálias.
E
fala na vinda de Jesus como um obreiro com sua pá para tratar sua lavoura
limpando-a contra as pragas, colher e recolher o trigo, mas jogando fora a
palha inútil, queimando-a um fogo interminável.
Sim
irmãos e irmãs. Até parece que o profeta Sofonias, São Paulo e Jesus por Lucas falavam
ao povo brasileiro. Desordens de toda a natureza abalando as estruturas políticas, sociais e familiares, abalo na fé, multiplicação de crenças... Até
clamamos às vezes por uma ação de Deus mais contundente.
Essa
ira divina fica para os pecados reservando aos pecadores dos menores aos
maiores, a mensagem de paz e amor, de alegria pelo dia presente e futuros. O
que passou, passou! Para que isso aconteça comigo e com vocês, precisamos aproveitar
deste tempo de espera do nascimento de Jesus para que ele não nasça somente nas
decorações do presépio, mas especialmente em nossos corações com tanta solidez
espiritual a nos conduzir por caminhos não desertos conforme dissera João
Batista, mas por caminhos largos e iluminados pelas luzes do Espirito Santo
abraçados como um só povo de Deus.
Fomos
batizados pelo Espírito Santo. Todos os batizados são também sacerdotes embora
não ministerial, mas fortalecidos para anunciar e viver o Evangelho, cuidadosos
para colher os bons frutos, separar o joio do trigo, fazer com que as palhas
secas convertam-se para que não cheguem ao fogo eterno.
Alegria e paz a
vocês, meus irmãos.
Dc Narelvi.
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