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sexta-feira, 18 de julho de 2014

As novelas vêm incluindo no seu elenco pessoas fazendo o papel de homossexuais cujo comportamento já chegou ao beijo na boca e ao casamento. Não aprovar essas atitudes seria preconceito ou crime? E a religião, como fica?

(Do comentário na postagem HOMOAFETIVIDADE NAS NOVELAS):
 http://diacononarelvi.blogspot.com.br/2014/07/normal-0-21-false-false-false.html





 Pergunta de Henrique José (pseudônimo)
           Permita-me estender um pouco para a resposta.
De inicio, não vejo como preconceito nem como crime quando o que se rejeita é o ato e não as pessoas. Afinal, ninguém é obrigado a aplaudir o que não lhe agrada.
Os conceitos de homofobia mais comuns ditados pelos próprios homossexuais dizem que é “uma designação de preconceito, aversão irreprimível, repugnância, ódio, rejeição, manifestação de  ódio ou rejeição a homossexuais”. E o dicionário cita: “s.f. Repulsão aos homossexuais.
Ódio aos homossexuais, geralmente, demonstrado através de violência física e/ou verbal - (Etm. homo + fobia)”.
Pois bem!
Não podemos hoje, culpar alguém por ser homossexual sem conhecer o diagnostico da origem, mesmo porque a conduta que existe desde tempos remotos, tanto que a bíblia a eles se refere em Gn 19:5-7; Lv 18:22; 20:13; Jz 19:22-23; Rm 1:26-28; 1 Co 6:9-10, sendo que os livros mais antigos da bíblia aqui indicados foram escritos entre 1.400 a 1.350 aC  cujos versículos recriminam a prática do ato chamada de repugnante, contraria a natureza e ato indecente, não se interpretando necessariamente  como ataque à pessoa mas à conduta como pecaminosa.
Portanto, o preconceito está em quem discrimina, odeia, rejeita o homossexual como pessoa, assim como discriminam, odeiam, rejeitam os pobres, os deficientes físicos, os obesos, os feios, os adúlteros, etc. etc. e pelos motivos de religião, raça e cor mesmo que sejam heterossexuais. Isto é crime. Não é correto!
Contudo, isso não significa deixar de reconhecer que o ser humano é essencialmente homem e mulher, macho e fêmea, cabendo aos homossexuais procurar descobrir através da ciência, da família, da religião, e do que estiver ao seu alcance, o motivo ou motivos da sua sexualidade sem os exageros estimulantes que querem impor até aos próprios homossexuais discretos.     
        Agora, expor uma homoafetividade nas novelas não deixa de ser um artifício conveniente e oportunista na busca de ibope aproveitando de um momento de modismo e explosão da liberalidade sem responsabilidade, com ataques contra a espiritualidade, a religiosidade, a educação familiar, contra a tradicional formação cristã, contra os que pensam diferente, aliás, como já se vem fazendo com a pratica de sexo explicito entre heterossexuais e tantas outras provocações e deboches das coisas sérias e sagradas da vida que passaram a chamar pejorativamente de “tabus”.
        Portanto, não aprovar romances entre gays ou lésbicas nas novelas ou mesmo nos locais públicos conforme intenção, e tantos outros comportamentos inadequados mesmo que entre heterossexuais, ou ainda as sátiras, piadas, deboches contra pessoas, valores culturais, morais e religiosos,  também se encaixam nos direitos constitucionais da livre manifestação do pensamento, liberdade de consciência e de crença, da intimidade, da vida privada, da honra,  e de tantos outros direitos recíprocos não se constituindo, portanto, moralmente em preconceito nem crime.
         Em relação à religião, creio que todas não aceitam a prática de sexo entre homossexuais. A Igreja Católica não rejeita a pessoa do homossexual e a aceita na comunidade como irmão. Porém, não aprova que haja relacionamento sexual entre eles.
        Particularmente, quanto aos homossexuais, o Catecismo da Igreja Católica reconhece a tendência homossexual entre algumas pessoas e é bem claro nos parágrafos 2357-2359 na reprovação do ato sexual ao mesmo tempo em que desaconselha a discriminação. Diz: “Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta”. E apresenta como solução uma vida em castidade chamando-os a unir as suas dificuldades ao sacrifício da cruz do Senhor.
        Essa tolerância, contudo, não está aberta para a exibição de intimidades amorosas nem para o casamento entre homossexuais, nem aceita que simulem a união homoafetiva a um matrimônio religioso imitando-o nos congraçamentos. 
        Lembre irmão, que regras existem também para os heterossexuais. Saibamos, assim, separar o joio do trigo. "Deus ama os pecadores, mas odeia o pecado".
        A Igreja, sucessora dos apóstolos e depositária da fé tem o dever e a obrigação de orientar os fiéis segundo seus princípios, mas não algema ninguém embora o católico, por questão de coerência, tenha por obrigação ouvi-la já que a ela está ligado pelo vinculo da religião.  
                                                                                                                             Dc. Narelvi

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