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domingo, 13 de julho de 2014

NÃO PERMITA QUE A GRAÇA DE DEUS DESPRENDA-SE DE VOCÊ




REFLEXÃO DOMINICAL

15º DTC – Ano A – 13.07.2014

1ª Leitura: Is 55,10-11

Não permita que a Graça de Deus desprenda-se de você



Irmãos em Cristo:

          O Profeta Isaias faz uma confirmação e profecia sobre a vantagem da prática das boas obras.

         Segundo os exegetas, Isaias começou a profetizar provavelmente entre os vinte e trinta anos de idade e teria profetizado durante 50 anos[1] e sua narrativa data entre os anos 700-690 aC.   o que demonstra que o bem e o mau já eram conhecidos naquele tempo como consequencia do pecado de Adão e Eva.

         A intenção profética de Isaias era ensinar ao Povo de Deus que apesar das fraquezas humanas, o bem, a honestidade, a sinceridade, enfim, o amor fraternal é possível e tem sua receita na Palavra de Deus porque tudo o que vem do Alto inspirado pelo Senhor, supera qualquer dificuldade, qualquer maldade.

         E o importante é que as graças que Deus nos concede Ele não as retira, é dada gratuitamente com a intenção de que permaneça em nós para sempre.

         Sem a experiência da ciência que nos explica o ciclo da água, para os tempos antigos, principalmente quando Isaias escreveu,  a chuva e a neve eram vistas como algo que descia das alturas até o solo e não retornava mais. Um belo exemplo!

         Hoje podemos usar da ciência para dizer, como crentes de que Deus é o criador de todo o universo, portanto, assim também da terra como planeta que se separou dos demais, que a água ou a chuva chegaram à terra, irrigam o solo, fecundam a terra, evaporam mas sempre retornam e se mantém permanentemente no solo possibilitando a existência da nossa natureza com a exuberância das matas e dos alimentos que colhemos de nossas árvores e plantas frutíferas.

         É verdade, irmãos e irmãs. Se as águas das chuvas evaporassem e não retornassem mais e esvaziasse o solo a terra seria um deserto, matéria morta, imprestável, sem vida.

         Mas Isaias não pretendia falar sobre os efeitos das chuvas e neves cientificamente, mas como paradigma para a nossa vida humana e espiritual.

         Somos pecadores inúteis enquanto assim permanecemos.  Como um terreno infértil, estéril. Mas Deus nos reconciliou por Jesus Cristo, tornando-nos fecundos, produtivos, vivos, inteligentes...

         E Deus se fez ouvir primeiramente pelos profetas até Jesus Cristo, e depois pelo próprio Cristo, e depois, ainda, pelos seus escolhidos para representá-lo aqui neste mundo.  Por isto somos cristãos!

         A nossa geração já nasceu sob a égide de Cristo e da Igreja por ele fundada como religião a nos religar a Deus. Desde o inicio a sua Palavra vem dos Céus e a ouvimos por Jesus nas Sagradas Escrituras e nas pregações nas Santas Missas, anunciada pelos legítimos sucessores, os apostólicos.

         Assim como afirmava Isaias de que as palavras saídas da sua boca não voltariam a ele vazias, e tudo o que aprendemos e vivemos como crentes católicos vêm de Deus pela boca dos bispos, padres e diáconos e de todos aqueles que obedecendo a mesma fonte doutrinal e Magistério da Igreja, somos todos mensageiros da boa noticia que uma  vez acolhida pelos fiéis deles não saem mais vazias, sem conteúdo, a não ser que, pela fraqueza  abdiquem espontaneamente  dos ensinamentos de Cristo.

Cada um poderá se tornar colaborador na obra de irrigação dos corações dos homens.

Louvado seja N. S. Jesus Cristo

Dc. Narelvi


[1] Bíblia Ave Maria, traduzida da vulgata e anotada pelo Pe. Matos Soares, Edições Paulinas, 7ª edição, pg. 813.

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