REFLEXÃO DOMINICAL
18º DTC – Ano C – 04.08.2013
Eclo 1,2; 2,21-23; Cl 3,1-5.9-11; Lc 12,13-21
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
As leituras
bíblicas nas Missas de hoje levam a refletir sobre a vaidade, ganância, riqueza
...
De inicio
vamos ressalvar que ser rico materialmente não é pecado, quando fruto do
trabalho. O trabalho para a sobrevivência foi imposto por Deus lá no tempo de
Adão e Eva que expulsos do paraíso onde tinham tudo à disposição, devido ao
pecado da desobediência e ambição Deus mandou-o trabalhar e “tirar da terra com
seu trabalho o sustento (Gn 3,17) e ainda disse: “Comerás o teu pão com o suor
do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te
hás de tornar.” (Gn 3,19).
Tornou-se, sem
dúvida, um desafio que passou para as gerações futuras. Um desafio à capacidade
laborativa do homem. Em alguma época surgiu o mercado, o salário, a economia, o
lucro ...
Alias, como
exemplo, Labão disse a Jacob: «O fato de seres meu parente não é motivo para me
servires de graça. Diz-me qual deve ser o teu salário».(Gn 29,15). Afinal,
muitas passagens do AT falam em salário e riqueza.
No NT também
encontramos muitas referencias ao salário: “Ora, o salário não é gratificação,
mas uma dívida ao trabalhador”(Rm 4,4; Lcf 10,7; Jô 4,36 etc)
Entretanto, e
na medida em que o homem enriquecia com seus bens materiais, muitos se tornaram
vaidosos, gananciosos, opressores, e passaram a esquecer o próprio Deus. Criaram
na sua imaginação um novo deus, o dinheiro. A esses é que todas as mensagens
cristãs evangélicas se dirigem lembrando da advertência que vem no NT
referindo-se a Judas: “Este homem adquirira um campo com o salário de seu
crime. Depois, tombando para a frente, arrebentou-se pelo meio, e todas as suas
entranhas se derramaram” (At 1,18). Também em Tg 5,4: “Eis que o salário, que
defraudastes aos trabalhadores que ceifavam os vossos campos, clama, e seus
gritos de ceifadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos.”
2ª PARTE
Irmãos, as leituras de hoje vêm lembrar daqueles que deixando o principal que é a vida em Deus abandonaram a Igreja, deixaram de fazer
suas orações, seus atos de caridade, ou até mesmo dos que, com vínculos
religiosos, continuam idolatrando o materialismo. Quantos pregadores ficam a
criticar uma imaginaria idolatria de imagens mas idolatram escancaradamente o
dinheiro, a riqueza, o evangelho da prosperidade.
Quantos são
capazes de trabalhar de sol a sol ou de segunda a segunda com inegáveis
esforços físicos e intelectuais para ampliar suas fortunas, porém, sem tempo para a Igreja, para a
oração. Vaidade! Diz o Livro do
Eclesiastes.
Todo esse
esforço não deve levar o homem a esquecer que o mais importante é interessar-se pelas coisas do alto, onde está Cristo, e aspirar acima de tudo
as coisas celestes e não as terrestres.
São Paulo
lembra ainda que tudo o que excede às nossas necessidades materiais são abandonadas nesta terra quando da nossa morte e quantas
vezes geram discórdias entre os herdeiros.
São Lucas cita
uma passagem de um herdeiro pedindo a Jesus que intercedesse para que seu irmão
dividisse com ele a herança. Jesus, então, separando o material do
espiritual, responde que não lhe cabe dividir bens materiais entre as pessoas. E
por parábola dá a seguinte lição: “Um rico consegue uma grande colheita de
trigo, tão
farta que não tinha onde guardar. Então constrói celeiros maiores
para depositar a produção só para
satisfazer seu ego e poder admirar sua própria fortuna e aproveita a vida,
como se diz".
Esse homem, irmãos, tinha todo o direito de ser rico, mas
não tão ambicioso a ponto de fazer da sua economia um reinado para si mesmo, um
propósito de vida. Então na parábola Deus lhe diz: “Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem
ficará o que tu acumulaste?' Assim acontece com
quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico
diante de Deus.”
3ª PARTE
Irmãos
ricos. Vocês são tão bem vindos ao reino dos Céus quanto os pobres. O que Deus
espera é que não façam da riqueza, do dinheiro, um deus particular. Se o tesouro que você juntou é fruto do seu
trabalho honesto e com ele quer amparar sua família e praticar o bem,
orgulhe-se disso.
O que Jesus ensina é que o mais importante é ser rico diante de Deus. E que mesmo sendo rico não faça distinção entre as pessoas e acolha de uma maneira muito especial e fraterna os pobres que sofrem. Que jamais essa riqueza momentânea te desvie da vida religiosa, da Igreja, dos irmãos.
O que Jesus ensina é que o mais importante é ser rico diante de Deus. E que mesmo sendo rico não faça distinção entre as pessoas e acolha de uma maneira muito especial e fraterna os pobres que sofrem. Que jamais essa riqueza momentânea te desvie da vida religiosa, da Igreja, dos irmãos.
Não esqueçamos
que no juízo particular Deus não nos perguntará quantas obras materiais fizemos
aqui, se nossa casa é uma mansão maravilhosa, se nosso automóvel é topo de linha, se a Igreja e suas extensões que ajudamos a
construir são mais suntuosas do que as pequenas
e humildes capelinhas, mas perguntará certamente sobre o que realmente
fizemos em favor de nossos irmãos em geral para que tenham já aqui uma vida decente, digna, e que todos
os homens tenham dentro de si uma alma pura, cheia de graças, Templo do
Espírito Santo, e que mesmo na
simplicidade seja muito mais importante do que todos os templos da terra.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.
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